A TERAPIA OCUPACIONAL NA ESCLEROSE MÚLTIPLA

10/06/2011
Elisa de Góes

No sistema nervoso existem células de uma tonalidade cinzenta, ligadas entre si e ao resto do corpo por axônios, que são fibras nervosas. São através deles que se conduzem os sinais elétricos, pelos quais se dá a comunicação intracelular, ou sinapses. Esses axônios são envoltos por uma substância gorda esbranquiçada, a mielina, que funciona como uma camada protetora e de isolamento e que acelera a transmissão das informações entre o cérebro e o resto do corpo, como um computador central.

Acredita-se que a Esclerose Múltipla (EM) seja uma doença auto-imune, na qual a mielina é atacada pelo sistema imune da própria pessoa. Porém, a causa verdadeira ainda é desconhecida. Numa primeira fase, instalam-se pequenos focos de inflamação; numa fase mais avançada vai começando a desfazer-se. É então que se dá início ao processo de perda de mielina, causando dificuldades na transmissão de informações nervosas.

A partir disto, a evolução da doença é variável de acordo com a gravidade da inflamação e do ritmo em que a mielina se deteriora.

Os sintomas aparecem de acordo com o local dessas perdas de mielina no cérebro, que vão e vêm sem razão aparente, seguidos de períodos de remissão. O sintoma mais aparente é na função motora, com perda da força muscular nos braços e pernas. A dor nos músculos das costas, pernas, braços e face também acompanham a EM.Fadiga, dificuldades em pensar e em recordar, alterações visuais, alterações de humor e disfunções sexuais completam esse quadro de sintomas da doença. Todos esses sintomas levam o paciente a dificuldades em realizar suas tarefas profissionais e até pessoais, causando muita ansiedade, podendo levá-los à depressão e agressividade. Passam a fugir do convívio social, isolando-se, provavelmente por sentirem-se constrangidos pelo estado de dependência em que vão ficando.

A EM deve ser tratada com medicamentos e tratamentos psicológicos.

A Terapia Ocupacional é indicada para organizar os pensamentos e atividades. Se necessário, serão feitas adaptações em casa e no local de trabalho visando à independência do paciente. Atividades artísticas, expressivas, de coordenação motora e de rotina auxiliam na estruturação do emocional do indivíduo e na segurança em realizá-las próximas a outras pessoas. Essas atividades são sempre realizadas valorizando as capacidades e habilidades de cada paciente e de acordo com o estágio em que se encontra.

Para mais esclarecimentos:

Elisa de Góes
Terapeuta Ocupacional
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Tel: 9744-9747
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