Fraturas 12/02/2014
Estudo consistiu em injetar células-tronco com potencial de se transformarem em osso.
Pesquisa do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into)
aponta que o uso de células de medula óssea pode ajudar na recuperação
de fraturas em pacientes com pseudoartrose, que enfrentam dificuldades
em consolidação de fraturas.
O ortopedista João Matheus Guimarães, coordenador de Ensino e Pesquisa do Into, explicou que quem sofre de pseudoartrose não apresenta a evolução natural que leva à formação de um novo osso no local da fratura, popularmente chamado de calo ósseo, que consolida a fratura.
Nesses casos, o processo de formação do calo ósseo termina na fibrose, sem as etapas posteriores de cicatriz, cartilagem e, finalmente, o osso.
— Quando o processo para na fibrose, é o que a gente chama de pseudoartrose ou falsa articulação, que é a não consolidação [da fratura] — disse à Agência Brasil.
O estudo consistiu em injetar células-tronco da medula óssea com potencial de se transformarem em osso, em tendão ou em músculo, chamadas multipotenciais, no local da fratura. As células foram retiradas dos próprios pacientes.
— São essas [multipotenciais] que nós injetamos no foco [da fratura] e elas, naquele meio, viraram osso — explicou. A pesquisa constatou também que os pacientes que receberam mais células da medula óssea tiveram maior consolidação das fraturas.
A pesquisa identificou também que a predisposição genética pode interferir na consolidação de fraturas. Foram estudados dois genes que estimulam tanto a formação do osso como da fibrose e verificou-se que alterações neles podem afetar o processo. Foram avaliados os genes de 101 pessoas que tiveram consolidação da fratura, em comparação com 66 pacientes com pseudoartrose.
Além da questão genética, o ortopedista advertiu que uma cirurgia mal sucedida, uma fixação inadequada, também podem influenciar na recuperação. A expectativa dele é usar a terapia, com células da medula óssea, no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de 2015, pois até o final do ano está prevista a inauguração do banco de células de medula óssea do Into.
— O que depende de você ampliar para a população toda é ter um laboratório com um banco de células, onde você possa multiplicar essas células. E, com isso, você consegue fazer em larga escala no Sistema Único de Saúde (SUS). A gente pode até, no futuro, estar cedendo células para outros hospitais, como já faz com o banco de tecidos — disse.
O Into dispõe do único banco público de tecidos do país.
FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/vida/noticia/2014/02/celulas-da-medula-ossea-ajudam-pacientes-com-pseudoartrose-aponta-pesquisa-4417645.html
O ortopedista João Matheus Guimarães, coordenador de Ensino e Pesquisa do Into, explicou que quem sofre de pseudoartrose não apresenta a evolução natural que leva à formação de um novo osso no local da fratura, popularmente chamado de calo ósseo, que consolida a fratura.
Nesses casos, o processo de formação do calo ósseo termina na fibrose, sem as etapas posteriores de cicatriz, cartilagem e, finalmente, o osso.
— Quando o processo para na fibrose, é o que a gente chama de pseudoartrose ou falsa articulação, que é a não consolidação [da fratura] — disse à Agência Brasil.
O estudo consistiu em injetar células-tronco da medula óssea com potencial de se transformarem em osso, em tendão ou em músculo, chamadas multipotenciais, no local da fratura. As células foram retiradas dos próprios pacientes.
— São essas [multipotenciais] que nós injetamos no foco [da fratura] e elas, naquele meio, viraram osso — explicou. A pesquisa constatou também que os pacientes que receberam mais células da medula óssea tiveram maior consolidação das fraturas.
A pesquisa identificou também que a predisposição genética pode interferir na consolidação de fraturas. Foram estudados dois genes que estimulam tanto a formação do osso como da fibrose e verificou-se que alterações neles podem afetar o processo. Foram avaliados os genes de 101 pessoas que tiveram consolidação da fratura, em comparação com 66 pacientes com pseudoartrose.
Além da questão genética, o ortopedista advertiu que uma cirurgia mal sucedida, uma fixação inadequada, também podem influenciar na recuperação. A expectativa dele é usar a terapia, com células da medula óssea, no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de 2015, pois até o final do ano está prevista a inauguração do banco de células de medula óssea do Into.
— O que depende de você ampliar para a população toda é ter um laboratório com um banco de células, onde você possa multiplicar essas células. E, com isso, você consegue fazer em larga escala no Sistema Único de Saúde (SUS). A gente pode até, no futuro, estar cedendo células para outros hospitais, como já faz com o banco de tecidos — disse.
O Into dispõe do único banco público de tecidos do país.
FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/vida/noticia/2014/02/celulas-da-medula-ossea-ajudam-pacientes-com-pseudoartrose-aponta-pesquisa-4417645.html
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