ARTRITE , APROVAÇÃO EM XEQUE

01 de setembro de 2012
  
Nova droga contra artrite reumatoide aguarda aval de agências.

A medicação oral Tofacitinibe, para o tratamento da artrite reumatoide, em fase de aprovação por agências reguladoras internacionais, está criando polêmica no meio médico por revelar benefícios significativos mas, ao mesmo tempo, apresentar importantes efeitos colaterais.

Em maio deste ano, a medicação recebeu a recomendação para aprovação com previsão para o final de agosto de 2012 do órgão regulador americano, Food and Drug Administration (FDA). Porém, o FDA solicitou um maior prazo para avaliar a droga.

O órgão regulador europeu, European Medicines Agency (EMA), em 2011, também aceitou avaliar os estudos a respeito, sem que ainda tenha uma posição final. A medicação ainda não foi submetida para aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no Brasil.

A medicação foi testada em 45 países em uma amostra de 4,8 mil pessoas, revelando resultados promissores, segundo a empresa que detém a sua patente, a Pfizer.

Além disso, dois estudos recentes com a droga foram publicados neste mês na revista The New England Journal of Medicine, uma das mais renomadas na área médica. Ambos de fase III, com humanos, verificaram que mais de 50% dos pacientes tratados com o Tofacitinibe melhoraram os sintomas.

Embora em torno de três pacientes para cada 100 revelaram efeitos colaterais, alguns desses efeitos foram graves, como infecções respiratórias e aumento do colesterol.

Segurança da medicação em teste
Segundo um dos pesquisadores da medicação, Claiton Brenol, gestor do Serviço de Reumatologia do Hospital Mãe de Deus (HMD) e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), embora a eficácia do medicamento seja promissora, a maior preocupação com relação ao Tofacitinibe diz respeito à segurança dos pacientes.

Brenol colaborou como pesquisador em diversos estudos com o Tofacitinibe, incluindo um dos publicados no New England neste mês, que foi realizado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

Sendo aprovada, ao ingressar no mercado, a medicação poderá ser utilizada para casos selecionados em que a terapia convencional não surtiu efeitos ou não funciona mais.

– Cerca de um terço dos pacientes com artrite reumatoide não respondem ou deixam de responder à terapia convencional – diz Brenol.

 
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> A artrite reumatoide é uma doença autoimune crônica, quando o organismo passa a se auto agredir, cuja principal característica é a inflamação das articulações (juntas).

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Os principais sintomas são dor, edema, vermelhidão e inchaço nas juntas, especialmente nas mãos e nos punhos. Se a doença progride, pode ocorrer degeneração das cartilagens das juntas e deformidades, impedindo a pessoa a realizar suas tarefas cotidianas, sendo incapacitante.


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