11 de janeiro de 2014
PESQUISADORES DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DESENVOLVEM IMPLANTE PARA TRATAR PESSOAS COM DOENÇAS OFTALMOLÓGICAS
Uma tecnologia que permite a aplicação de medicamentos diretamente na
retina para tratar doenças que podem levar à cegueira, já utilizada com
sucesso nos Estados Unidos, acaba de ganhar uma versão brasileira.
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) conseguiram criar esse
tipo de implante, que, por ser biodegradável, é absorvido pelo organismo
após seis meses, tempo suficiente para que o remédio termine de ser
administrado. Com isso, o produto não precisa ser retirado, evitando que
o paciente passe por um segundo processo cirúrgico.
Segundo Rubens Siqueira, oftalmologista do Serviço de Retina e Vítreo do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HCFMRP) e um dos envolvidos no projeto, a característica biodegradável do implante é uma melhora feita pela equipe brasileira em relação ao método que serviu de inspiração.
– Quando começamos a pesquisa, existia um sistema não biodegradável disponível no mercado dos Estados Unidos para tratamento de inflamação da retina por citomegalovírus em pacientes com Aids. Tivemos, então, a ideia de usar esse sistema na oftalmologia, com a vantagem de ser biodegradável – destaca.
Outros benefícios, segundo o médico, são o tamanho (a prótese brasileira é menor) e a possibilidade de aplicar diferentes tipos de drogas, o que amplia o número de males a serem combatidos.
– O implante pode ser usado com diferentes medicamentos, como antibióticos, corticoides e imunossupressores, que serão escolhidos de acordo com o tipo de doença da retina – explica Siqueira. – Atualmente, estamos usando mais o corticóide, adequado para várias doenças da retina, como uveíte (inflamação no olho), retinopatia diabética (doença da retina causada pelo diabetes) e oclusões vasculares da retina.
Segundo Rubens Siqueira, oftalmologista do Serviço de Retina e Vítreo do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HCFMRP) e um dos envolvidos no projeto, a característica biodegradável do implante é uma melhora feita pela equipe brasileira em relação ao método que serviu de inspiração.
– Quando começamos a pesquisa, existia um sistema não biodegradável disponível no mercado dos Estados Unidos para tratamento de inflamação da retina por citomegalovírus em pacientes com Aids. Tivemos, então, a ideia de usar esse sistema na oftalmologia, com a vantagem de ser biodegradável – destaca.
Outros benefícios, segundo o médico, são o tamanho (a prótese brasileira é menor) e a possibilidade de aplicar diferentes tipos de drogas, o que amplia o número de males a serem combatidos.
– O implante pode ser usado com diferentes medicamentos, como antibióticos, corticoides e imunossupressores, que serão escolhidos de acordo com o tipo de doença da retina – explica Siqueira. – Atualmente, estamos usando mais o corticóide, adequado para várias doenças da retina, como uveíte (inflamação no olho), retinopatia diabética (doença da retina causada pelo diabetes) e oclusões vasculares da retina.
Implante será opção econômica para quem tem doença ocular
Nos primeiros testes, 10 pacientes receberam, com sucesso, um tratamento com dexametasona, anti-inflamatório oftálmico muito utilizado. O método ainda não tem custo definido, mas o pesquisador adianta que um dos objetivos principais do novo implante é fazer com que o tratamento seja uma opção econômica para as pessoas que sofrem com as doenças oculares.
– Um implante similar nos Estados Unidos custa por volta de R$ 2,5 mil. Obviamente, o nosso, por ser com tecnologia nacional, será mais barato, com potencial de uso no sistema público – diz.
Está nos planos da equipe da USP o uso de implantes semelhantes em outros órgãos do corpo e também para tratamentos veterinários.
Nos primeiros testes, 10 pacientes receberam, com sucesso, um tratamento com dexametasona, anti-inflamatório oftálmico muito utilizado. O método ainda não tem custo definido, mas o pesquisador adianta que um dos objetivos principais do novo implante é fazer com que o tratamento seja uma opção econômica para as pessoas que sofrem com as doenças oculares.
– Um implante similar nos Estados Unidos custa por volta de R$ 2,5 mil. Obviamente, o nosso, por ser com tecnologia nacional, será mais barato, com potencial de uso no sistema público – diz.
Está nos planos da equipe da USP o uso de implantes semelhantes em outros órgãos do corpo e também para tratamentos veterinários.
MAIS CONFORTO
Para
Andrea Barbosa, oftalmologista e professora assistente do Hospital
Universitário Pedro Ernesto, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro
(Uerj), a nova tecnologia na área chega em uma boa hora.
– Esse implante é conhecido nos Estados Unidos e tem sido utilizado com sucesso. Acredito que uma iniciativa como essa poderá nos ajudar a incorporar essa nova técnica, principalmente com custos mais baratos, já que esses implantes importados custam muito caro – avalia.
A médica também acredita que o método vai facilitar a aplicação do medicamento tanto para os oftalmologistas quanto para os pacientes.
– Por ser menos trabalhoso, o paciente não vai precisar ir várias vezes ao consultório, já que o remédio dura seis meses e, depois, não precisa ser retirado cirurgicamente. Isso diminui os inconvenientes e traz mais conforto a quem sofre com essas doenças – destaca.
– Outro ponto interessante é o uso de muitos medicamentos, pois, desse modo, podemos abranger um número maior de doenças e diversificar os tratamentos de problemas de visão com uma solução atual e eficaz – conta a oftalmologista.
Para o médico Rubens Siqueira, depois do término da primeira etapa de testes, existe mais confiança quanto ao implante.
– Esse implante é conhecido nos Estados Unidos e tem sido utilizado com sucesso. Acredito que uma iniciativa como essa poderá nos ajudar a incorporar essa nova técnica, principalmente com custos mais baratos, já que esses implantes importados custam muito caro – avalia.
A médica também acredita que o método vai facilitar a aplicação do medicamento tanto para os oftalmologistas quanto para os pacientes.
– Por ser menos trabalhoso, o paciente não vai precisar ir várias vezes ao consultório, já que o remédio dura seis meses e, depois, não precisa ser retirado cirurgicamente. Isso diminui os inconvenientes e traz mais conforto a quem sofre com essas doenças – destaca.
– Outro ponto interessante é o uso de muitos medicamentos, pois, desse modo, podemos abranger um número maior de doenças e diversificar os tratamentos de problemas de visão com uma solução atual e eficaz – conta a oftalmologista.
Para o médico Rubens Siqueira, depois do término da primeira etapa de testes, existe mais confiança quanto ao implante.
PESQUISA
A novidade foi apresentada durante o Congresso Internacional da Sociedade Americana de Especialistas em Retina, em Toronto, no Canadá, este ano. A segunda etapa da pesquisa, prevista para este mês, pretende contar com a participação de 50 pacientes.
– Nessa primeira etapa, observamos que o implante é seguro e tem potencial de produzir efeito benéfico. Na fase seguinte, avaliaremos se é realmente eficaz – detalha Rubens Siqueira. – Também vamos compará-lo com outras modalidades de tratamento e determinar sua real vantagem.
POR SER MENOS TRABALHOSO, O PACIENTE NÃO VAI PRECISAR IR VÁRIAS VEZES AO CONSULTÓRIO, JÁ QUE
O REMÉDIO DURA SEIS MESES.
A novidade foi apresentada durante o Congresso Internacional da Sociedade Americana de Especialistas em Retina, em Toronto, no Canadá, este ano. A segunda etapa da pesquisa, prevista para este mês, pretende contar com a participação de 50 pacientes.
– Nessa primeira etapa, observamos que o implante é seguro e tem potencial de produzir efeito benéfico. Na fase seguinte, avaliaremos se é realmente eficaz – detalha Rubens Siqueira. – Também vamos compará-lo com outras modalidades de tratamento e determinar sua real vantagem.
POR SER MENOS TRABALHOSO, O PACIENTE NÃO VAI PRECISAR IR VÁRIAS VEZES AO CONSULTÓRIO, JÁ QUE
O REMÉDIO DURA SEIS MESES.
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