PUBLICADO EM 03/01/14 - 04h00
Uma noite sem dormir já altera a química cerebral.
Um novo estudo divulgado
nesta semana na Suécia reforça a importância do sono para a saúde.
Pesquisadores da universidade de Uppsala analisaram amostras de sangue
de 15 homens, jovens e em perfeitas condições de saúde, em duas
condições: quando todos haviam dormido por cerca de oito horas e após
uma noite em que o grupo permaneceu acordado.
Na segunda situação, foi
constatado aumento de aproximadamente 20% da molécula NSE e da proteína
S-100B, que são essenciais para o funcionamento do cérebro. Como a
presença de maior quantidade desses compostos no sangue normalmente
ocorre em decorrência de lesões neurais, a conclusão é que a falta de
sono desencadeia processos degenerativos.
O professor Christian Benedict, do
Departamento de Neurociência da Universidade de, Uppsala, que liderou a
equipe responsável pela pesquisa, comentou a descoberta: “O aumento de
NSE e S-100B não ocorreu na mesma proporção do que ocorreria, por
exemplo, em decorrência de ferimento na cabeça, mas ainda é
significativa. Nossos testes indicam que boas noites de sono são
cruciais para a manutenção da saúde do cérebro”, concluiu.
O
experimento dos cientistas da Universidade de Uppsala será publicado na
revista “Sleep” e complementará um estudo anterior, que atribui ao sono
a função de limpar as toxinas do cérebro. Se esse processo não ocorrer
do modo necessário, os riscos de desenvolver doenças de Alzheimer, de
Parkinson e Esclerose Múltipla seriam consideravelmente maiores. Outros
especialistas já haviam relacionado o hábito de dormir pouco a problemas
cardíacos e prejuízos a atividades motoras.
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