28/07/2011
Como as novas bases do DNA representam um  estado intermediário no processo de demetilação, elas podem ser  importantes para a reprogramação celular e para o câncer, já que os dois  envolvem a desmetilação do DNA.[Imagem: Human Genome Project].
Quantas bases tem o DNA?
Durante décadas, os cientistas consideraram que o DNA é composto por  quatro unidades básicas - adenina, guanina, timina e citosina.
Essas quatro bases são ensinadas nas escolas e nos livros de ciência e  formaram a base do conhecimento crescente sobre como os genes codificam  a vida.
No entanto, em 2010, eles expandiram essa lista de 4 para 6.
Agora, pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, descobriram as sétima e oitava bases do DNA.
Novas bases do DNA
As duas bases mais "novas" do DNA são 5-formilcitosina e 5-carboxilcitosina.
Elas são na verdade versões da citosina que foram modificadas por  proteínas Tet, entidades moleculares que se acredita terem um papel  importante na demetilação (ou desmetilação) do DNA e na reprogramação  das células-tronco.
Assim, a descoberta pode trazer avanços para a pesquisa com  células-tronco, dando um vislumbre das mudanças no DNA - como a remoção  de grupos químicos através da demetilação - que poderiam reprogramar  células adultas para fazê-las agir como células-tronco.
"Antes que possamos compreender a magnitude desta descoberta, temos  que descobrir a função dessas novas bases," disse  Yi Zhang, autor  principal do estudo.
"Como essas bases representam um estado intermediário no processo de  demetilação, elas podem ser importantes para a reprogramação celular e  para o câncer, já que os dois envolvem a desmetilação do DNA."
Precisão do experimento
Já se sabe bastante sobre a quinta base, a 5-metilcitosina. Esta  metilação está associada com o silenciamento genético, uma vez que ela  faz a dupla hélice do DNA dobrar-se ainda mais apertado sobre si mesma.
No ano passado, o grupo de Zhang descobriu que as proteínas Tet podem  converter a 5-metilC (a quinta base) em 5-hidroximetilC (a sexta base  do DNA) no primeiro de uma reação de quatro passos, trazendo de volta a  tradicional citosina.
Mas, por mais que tentassem, os pesquisadores não conseguiram  continuar a reação para atingir as sétima e oitava bases, agora chamadas  5-formilC e 5-carboxiC.
O problema, eles finalmente descobriram, não era que a Tet não estava  dando os segundo e terceiro passos, mas que seu experimento não era  sensível o suficiente para detectá-los.
Assim que perceberam as limitações do ensaio, eles reprojetaram o  experimento e, de fato, foram capazes de detectar as duas novas bases do  DNA.

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