SEM MEDO DA ENDOSCOPIA

03 de dezembro de 2011


Cápsula é ingerida pelo paciente, e as imagens são enviadas para um computador para posterior análise clínica.



PROCEDIMENTO PODE PREVER DESDE GASTRITE ATÉ CÂNCER DE ESTÔMAGO.


Não há exame que envolva mais mitos e mistérios do que a endoscopia. Muitos disseminam a informação de que ele é dolorido, demora, fica sob efeito da anestesia por muito tempo, corre risco de choque anafilático, entre outras complicações. Caracterizado pela introdução de um “fio” – chamado de gastrofibroscópio – pela boca, que passa por garganta, esôfago, estômago, até chegar ao intestino, o procedimento não é dos mais agradáveis, porém sua função é nobre. Por meio dele, é possível fazer um diagnóstico preciso do aparelho digestivo e ainda tratar eventuais problemas como úlceras, irritações, inflamações e até tumores.

O presidente da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed), Sérgio Bizinelli, alerta sobre a importância do exame.

É possível realizar de forma segura a ressecção do tecido doente, evitando o procedimento cirúrgico. É eficaz no tratamento de cânceres gástricos e outras doenças gastrointestinais – afirma Bizinelli.

Segundo o especialista, o processo dura, em média, de 10 a 15 minutos.

Primeiro é aplicado um anestésico (geralmente em spray). Um protetor bucal é colocado para que ele não feche a boca. Depois, é inserido o gastroscópio pela garganta até o início do intestino (duodeno).

Antigamente, o exame era feito sem anestesia e com um instrumento não muito flexível, os fibroscópios, por isso causava dor. Hoje, a tecnologia é avançada como o caso da cápsula endoscópica, considerado a melhor forma de examinar o intestino delgado.

Com esse equipamento, podemos explorar esse segmento com fotos de alta definição, ampliando nossas possibilidades de diagnóstico e melhorando a precisão do tratamento, sem nenhum desconforto para o paciente – detalha o gastroenterologista Marcelo de Souza Cury, um dos maiores especialistas no tema no Brasil.

Quanto ao choque anafilático por causa do anestésico, Bizinelli diz que a probabilidade é baixa, com poucos casos registrados mundialmente.

 Mitos & Verdades

NÃO DÁ PARA RESPIRAR DURANTE O EXAME

> Mito. O canal por onde o gastrofibroscópio passa não é o mesmo do sistema respiratório, portanto, respire aliviado.

É DOLORIDO

> Mito. Devido ao uso de sedativos, isso já não é mais verdade. O máximo que pode ocorrer é um leve incômodo na passagem do aparelho.

É DESCONFORTÁVEL

> Em parte. A sensação de desconforto só acontece após o término da endoscopia, devido ao efeito dos sedativos, e não ao exame em si. O paciente sente sonolência e, raramente, náuseas. Com meia hora de descanso, é possível resolve o problema.

É DEMORADO

> O tempo médio de duração do exame varia entre 10 e 15 minutos.

FONTE:http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a3583021.xml&template=3898.dwt&edition=18479&section=1028

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