29 de dezembro de 2011
Presidente argentina diz que irá liderar congresso dos que venceram a doença.
Cristina Kirchner ainda não tirou o luto do figurino, mas já se diz forte para outro desafio: superar o câncer de tireoide anunciado na terça-feira. Ontem, vestida de preto até os pés – como faz há 14 meses, desde que o marido Néstor morreu –, a presidente da Argentina demonstrou otimismo em sua primeira aparição pública após a divulgação da doença.
Em uma cerimônia com governadores na Casa Rosada, ela brincou com o vice, Amado Boudou. Ele ficará no cargo por 20 dias a partir de 4 de janeiro.
– Cuidado com o que você vai fazer. É uma brincadeira, mas leve a sério – disse a presidente, que tem 58 anos e tomou posse para o segundo mandato há 19 dias.
Apesar de ser conhecida por centralizar decisões – e compartilhá-las apenas com os filhos –, Cristina agora tem um vice afinado a ela. O antigo, Julio Cobos, ela chamava de “traidor” por conta de seu protagonismo na derrubada do projeto “impostaço agrário” do governo.
Para demonstrar que está em pleno exercício do poder e dissipar inquietação com a notícia, a presidente manteve a agenda oficial e pediu aos servidores que não saiam de férias enquanto ela se recupera “por uma questão de responsabilidade”.
Em telefonema, Dilma desejou sorte
No ato de ontem, Cristina contou que o primeiro telefonema de solidariedade que recebeu foi do colega venezuelano Hugo Chávez, que se diz curado de um câncer. Chávez propôs que fizessem um congresso dos presidentes que tiveram a doença, referindo-se também à presidente Dilma Rousseff, que se tratou de um linfoma em 2009, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que luta contra um câncer na laringe, e ao presidente do Paraguai, Fernando Lugo, que se curou também de um linfoma. Dilma ligou para a Argentina e desejou sorte.
– Vou brigar pela presidência honorária do congresso dos que venceram o câncer – brincou, mais uma vez, agradecendo a solidariedade e dizendo que seguirá com “a mesma força de sempre”.
A notícia da doença, feita pelo porta-voz Alfredo Scoccimarro, causou consternação no país. A histórica presidente da Associação Mães da Praça de Mayo, Hebe de Bonafini, escreveu uma carta para Cristina, dizendo que a vida outra vez lhe pede “uma prova”, mas que ela irá “vencer a pequena glândula”. O sindicalista Hugo Moyano, que no mandato anterior era um dos principais aliados dos Kirchner, mas que se converteu em adversário e deixou o Partido Justicialista, disse estar comovido.
Mesmo assim, levou, como de costume, uma alfinetada da presidente na cerimônia de ontem.
– O bom é ter direitos e não aristocracias entre os assalariados – declarou Cristina.
Uma das principais incertezas geradas pela divulgação da doença é o fato de ser um governo “personalista”, conforme análises de analistas políticos. A expectativa é de que, apesar de estar afastada fisicamente, será ela quem seguirá ditando as regras.
Em uma cerimônia com governadores na Casa Rosada, ela brincou com o vice, Amado Boudou. Ele ficará no cargo por 20 dias a partir de 4 de janeiro.
– Cuidado com o que você vai fazer. É uma brincadeira, mas leve a sério – disse a presidente, que tem 58 anos e tomou posse para o segundo mandato há 19 dias.
Apesar de ser conhecida por centralizar decisões – e compartilhá-las apenas com os filhos –, Cristina agora tem um vice afinado a ela. O antigo, Julio Cobos, ela chamava de “traidor” por conta de seu protagonismo na derrubada do projeto “impostaço agrário” do governo.
Para demonstrar que está em pleno exercício do poder e dissipar inquietação com a notícia, a presidente manteve a agenda oficial e pediu aos servidores que não saiam de férias enquanto ela se recupera “por uma questão de responsabilidade”.
Em telefonema, Dilma desejou sorte
No ato de ontem, Cristina contou que o primeiro telefonema de solidariedade que recebeu foi do colega venezuelano Hugo Chávez, que se diz curado de um câncer. Chávez propôs que fizessem um congresso dos presidentes que tiveram a doença, referindo-se também à presidente Dilma Rousseff, que se tratou de um linfoma em 2009, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que luta contra um câncer na laringe, e ao presidente do Paraguai, Fernando Lugo, que se curou também de um linfoma. Dilma ligou para a Argentina e desejou sorte.
– Vou brigar pela presidência honorária do congresso dos que venceram o câncer – brincou, mais uma vez, agradecendo a solidariedade e dizendo que seguirá com “a mesma força de sempre”.
A notícia da doença, feita pelo porta-voz Alfredo Scoccimarro, causou consternação no país. A histórica presidente da Associação Mães da Praça de Mayo, Hebe de Bonafini, escreveu uma carta para Cristina, dizendo que a vida outra vez lhe pede “uma prova”, mas que ela irá “vencer a pequena glândula”. O sindicalista Hugo Moyano, que no mandato anterior era um dos principais aliados dos Kirchner, mas que se converteu em adversário e deixou o Partido Justicialista, disse estar comovido.
Mesmo assim, levou, como de costume, uma alfinetada da presidente na cerimônia de ontem.
– O bom é ter direitos e não aristocracias entre os assalariados – declarou Cristina.
Uma das principais incertezas geradas pela divulgação da doença é o fato de ser um governo “personalista”, conforme análises de analistas políticos. A expectativa é de que, apesar de estar afastada fisicamente, será ela quem seguirá ditando as regras.
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