Exagero na dose12/06/2012
Amy Winehouse bebia constantemente em seus shows, já havia sido presa por dirigir bêbada e por agressões, internada inúmeras vezes em clínicas e hospitais e usava crack.
Pesquisa mostra que 56% das usuárias de álcool ou drogas estavam em tratamento de transtorno alimentar.
Drunkorexia é um termo em inglês que se refere à associação entre álcool e anorexia. Também conhecido como ebriorexia, o distúrbio consiste em inibir o apetite devido à ingestão excessiva de bebida alcóolica, embora o contrário também possa acontecer: o dependente químico desenvolver um distúrbio alimentar. Vômitos, restrição alimentar, compulsão, angústia e características típicas da anorexia completam o quadro. É comum as pessoas acometidas desse distúrbio passarem fome para compensar as calorias adquiridas com o álcool ou provocarem o vômito por causa do excesso de bebida e de comida ingerida.
De acordo com Breno Rosostolato, professor de Psicologia da Faculdade Santa Marcelina, o álcool adquire a característica de diminuir a ansiedade e a dor geradas pela comida, além do efeito embriagante que serviria como uma fuga da realidade angustiante.
— Pessoas com distúrbios ou traumas de infância têm uma probabilidade maior de utilizar o álcool como recurso para lidar com frustrações e conflitos emocionais — alerta o professor.
Mulheres são as mais afetadas
Estudos do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa) indicam que os anoréxicos estariam mais propensos à dependência de álcool, principalmente as mulheres. No caso da drunkorexia, o uso de substâncias como cocaína, crack e anfetaminas também são comuns, pois ajudam a suprir a sensação de fome.
De acordo com o Programa da Mulher Dependente Química (Promud/IPq), 56% das usuárias de álcool ou de drogas que estavam em tratamento tinham algum tipo de transtorno alimentar. Desse percentual, 41% tinham transtorno do comer de modo compulsivo; 30%, bulimia; e 8% eram anoréxicas.
— Percebe-se que a compulsão é o ponto de intersecção entre os distúrbios alimentares, nos quais um dos alicerces que reforçam o problema é uma imagem distorcida do próprio corpo e, portanto, uma exagerada necessidade de se enquadrar a modelos de beleza e estereótipos estéticos — comenta Rosostolato.
Conforme o especialista, a falta de limites e os excessos são formas destrutivas de preencher lacunas sociais. Daí também a compulsão por jogos e compras. A cantora britânica Amy Winehouse, que morreu em julho de 2011, é um exemplo de tudo isso. Bebia constantemente em seus shows, já havia sido presa por dirigir bêbada e por agressões, internada inúmeras vezes em clínicas e hospitais e usava crack. Nos últimos meses que antecederam sua morte, estava extremamente magra. Na avaliação de Rosostolato, possivelmente, esse seja um retrato do distúrbio.
Um comentário:
álcool e Cigarro só faz mal.concordo com a postagem do André Ponce viu!!
Postar um comentário