02 de junho de 2012
Por trás dos bocejos e da fadiga, pode estar oculta uma síndrome.
Ofamigerado cansaço físico é um reflexo normal do corpo humano à labuta diária. Afinal, muitas vezes, com o excesso de compromissos, não sobra tempo para um descanso adequado. Entretanto, há sempre uma reserva energética que nos permite, ao chegar em casa, preparar o jantar e até mesmo praticar exercícios físicos. Quando a canseira é extrema, porém, a ponto de impedir tarefas comuns do dia a dia, e não melhora mesmo com o repouso por um período de tempo de pelo menos seis meses, pode se caracterizar como síndrome da fadiga crônica (SFC).
O problema, que ainda tem causas desconhecidas e não conta com tratamento específico, ocorre mais comumente em mulheres - em uma proporção de duas mulheres para cada homem - e, geralmente, em pacientes entre 20 anos e 50 anos.
Um alerta para quem sente esse cansaço extremo é não ignorar os sintomas. A fadiga pode esconder problemas mais sérios. A neurologista Mírian Moura aponta que ela pode ser sintoma de doenças mais graves, como Esclerose Múltipla e Miastenia Grave.
– Se a perda de força ocorre no fim do dia, pode ser indício de Miastenia Grave. Quanto mais cedo tratada, maiores as chances de cura – alerta Mírian.
O problema, que ainda tem causas desconhecidas e não conta com tratamento específico, ocorre mais comumente em mulheres - em uma proporção de duas mulheres para cada homem - e, geralmente, em pacientes entre 20 anos e 50 anos.
Um alerta para quem sente esse cansaço extremo é não ignorar os sintomas. A fadiga pode esconder problemas mais sérios. A neurologista Mírian Moura aponta que ela pode ser sintoma de doenças mais graves, como Esclerose Múltipla e Miastenia Grave.
– Se a perda de força ocorre no fim do dia, pode ser indício de Miastenia Grave. Quanto mais cedo tratada, maiores as chances de cura – alerta Mírian.
Sintomas claros
> Além do cansaço inexplicável, os sintomas da fadiga crônica são dores musculares, dores frequentes de garganta, aumentos episódicos dos gânglios no pescoço, mal-estar geral, dores de cabeça, sensação de estar com febre baixa, distúrbios gastrointestinais e outros, que devem durar mais de seis meses seguidos. Além dos aspectos fisiopatológicos, há os psicológicos. A síndrome pode levar o portador a quadros depressivos, o que exige acompanhamento nas duas frentes.
> Outros sintomas associados ao cansaço são dor de garganta, gânglios aumentados e doloridos, dor de cabeça, alterações gastrointestinais (prisão de ventre e diarreia) e depressão. As mulheres estão mais suscetíveis a apresentarem a síndrome, em função das questões hormonais.
> As faixas etárias que mais apresentam a SFC são as de 20, 50 e 60 anos.
> Profissionais perfeccionistas em demasia podem estar mais propensos à doença.
> Cerca de 30% dos pacientes com fibromialgia (dor crônica que acomete vários pontos do corpo, especialmente nos tendões e nas articulações, e que causa fadiga e distúrbios do sono) podem apresentar a Síndrome da Fadiga Crônica, ou o contrário.
Diagnóstico
> Para diagnosticar a Síndrome da Fadiga Crônica, é feito um diagnóstico clínico. Porém, o diagnóstico pode ser feito apenas se a pessoa apresentar alguma doença que cause fadiga. É preciso primeiro pedir exames para afastar estes e outros problemas que podem se assemelhar aos sintomas de fadiga crônica.
> Hipotireoidismo, depressão e mononucleose, por exemplo, dão fadiga. Então é preciso curar esses problemas primeiro antes de apontar um diagnóstico da SFC.
Tratamento
O tratamento geralmente consiste em indicar ao paciente a prática de atividades físicas e sessões de psicoterapia. Há também medicamentos neuromoduladores, que atuam nos neurotransmissores, mudando o funcionamento do Sistema Nervoso Central. Por enquanto, mudanças alimentares não fazem parte do tratamento.
Também não há um prazo determinado para a melhora do paciente. Às vezes, nem há recuperação. Pacientes qe possuem atitudes mais positivas. apresentam maiores chances de melhora.
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