Segurados reclamam de atendimento do INSS em SP.

26/04/2011 12h14 - Atualizado em 26/04/2011 13h23

População reclama da falta de soluções para os problemas.
Maiores dificuldades são em relação à perícia médica.

Segurados que procuram o INSS para tirar dúvidas sobre perícia, auxílio-doença e outros serviços reclama de dificuldades. Desde o dia 21 de março, o SPTV exibiu reportagens sobre a luta de aposentados e pensionistas na hora de requerer seus direitos. Foram entregues centenas de e-mails com dúvidas e reclamações de telespectadores para o INSS. Contudo, muita gente continua sem resposta.
Ana Claudia Ribeiro, secretária, é uma das pessoas que aguarda um retorno. Em 2006, ela descobriu que tem esclerose múltipla, uma doença que atinge o sistema nervoso central, não tem cura e piora com o tempo. Em 2010, ela foi afastada do trabalho e, desde então, está recebendo o auxílio-doença, mas não consegue se aposentar. A resposta para o e-mail da secretária chegou, mas a dúvida sobre o pedido de aposentadoria por invalidez não foi esclarecida.
Outros telespectadores que enviaram perguntas também reclamam de respostas vagas, quase automáticas. Há segurados descontentes também com as respostas da ouvidoria do INSS, que diz ter como objetivo dar tratamento adequado às reclamações, sugestões, denúncias e elogios que se referem ao serviço previdenciário.
O vendedor Fernando Gomes dos Santos mora em Ribeirão Pires, na Grande São Paulo, e tem síndrome do pânico. Ele está afastado do trabalho há mais de um ano e deixou de receber o auxílio-doença em novembro. Já entrou com recurso e enviou vários e-mails para a ouvidoria do INSS, mas ninguém explicou a ele porque o benefício foi negado.
“As respostas não têm como avaliar. São tão vazias, tão automáticas. É uma coisa tão sem sentido que não tem nada a ver com o que você pergunta, com o que você questiona”, reclama o vendedor.
Ele conta que recebeu um endereço eletrônico para acompanhar o andamento do processo. Contudo, continua decepcionado. “Não me perguntaram se eu queria contribuir com a Previdência Social quando eu comecei a trabalhar e hoje eu tenho que perguntar se eles podem me pagar enquanto eu não posso trabalhar.”
Adeildo da Silva Augusto fez duas cirurgias na coluna e desde setembro do ano passado está numa batalha com o INSS e não entende porque o auxílio-doença foi negado. O órgão respondeu dizendo, apenas, que ele tem direito de pedir a reconsideração do benefício.
Outro caso é o da Isabel Moura. Ela teve um tumor no crânio e ficou quase dois anos afastada do trabalho recebendo o auxílio. Passou por sete perícias e diz que foi muito mal tratada. Ela perguntou por que os peritos não se identificam com crachás e carimbos. O INSS respondeu o e-mail, mas não esclareceu a questão. Disse apenas que a perícia é feita por um médico especialista.
 

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