Novas fontes DE CURA


Cientistas descobrem formas de reconstrução óssea com célulastronco de tubas uterinas

Apenas três anos se passaram desde que uma das equipes de cientistas do Centro de Estudos do Genoma Humano da Universidade de São Paulo (Cegh/USP) provou para o mundo, pela primeira vez, que a tuba uterina (antigamente chamada de trompa de Falópio) era uma fonte rica de células-tronco adultas mesenquimais (que podem se transformar em outros tecidos). Agora, no começo de 2011, a mesma equipe – liderada pelas geneticistas Maria Rita Passos-Bueno e Mayana Zatz e pela bióloga e doutora em ciências Tatiana Jazedje Costa e Silva – confirmou que esse tipo de material é capaz de reconstruir cartilagens, ossos e músculos lesionados do crânio de camundongos.

O próximo passo da pesquisa é tentar regenerar – inicialmente em animais – a tuba uterina, adianta Tatiana. Atualmente, ela se debruça sobre a compreensão dos segredos celulares do aparelho reprodutor feminino.

“Acreditamos que as células-tronco da tuba têm um papel importante para a manutenção do ambiente ideal para a fecundação e o desenvolvimento do embrião em fase inicial, até cinco dias antes da descida ao útero”, diz, referindo-se ao aprofundamento das pesquisas que relacionam infertilidade feminina a células-tronco da tuba.

Segundo ela, por enquanto, isso é uma hipótese. O que intriga a bióloga e sua equipe é saber por que a tuba uterina é tão rica nessas células. Outro campo de ação do Cegh é a busca de correção de distrofias musculares, por enquanto em bichos. “Quando se fala em regeneração óssea ou muscular, temos alcançado resultados muito bons e bastante animadores”, admite Mayana.

Agora, a intenção é submeter o trabalho à aprovação de órgãos de regulamentação, como o Conselho Nacional de Ética em Pesquisas, para poder iniciar testes em humanos.
Processo
1 Após retirar as
células-tronco
do organismo (tuba
uterina), foram
realizados testes em
laboratório (in vitro) para
determinar se essas
células poderiam ou não
formar tecido ósseo.
OSSO
REGENERADO
CÉLULAS-TRONCO
TUBA UTERINA
2 Comparou-se
a evolução na
reconstrução óssea de
dois grupos distintos de
ratos, um com implante no
crânio de células-tronco
e outro sem implante, em
condições normais.
3 Constatou-se que os ratos que tinham a
membrana com células-tronco tiveram uma
regeneração muito mais acelerada do osso fraturado
do que os ratos que não receberam células-tronco.
Canal da vida
n As tubas uterinas são dois
canais finos que ligam os
ovários ao útero das fêmeas de
mamíferos. Recebiam o nome
de trompas de Falópio em
homenagem ao seu descobridor, o
anatomista italiano do século
16, Gabriele Falloppio.
n Existem duas tubas, cada uma
ligando-se a um lado do útero
e terminando perto de um dos
ovários. As tubas não estão
diretamente ligadas aos ovários,
mas abertas na cavidade do
abdômen. Dessa forma, elas são
uma ligação direta entre
a cavidade peritonial e o
exterior do corpo feminino.
n Ao fazer a laqueadura das tubas,
processa-se a esterilização, porque
o óvulo deixa de se encontrar
com os espermatozoides.
Uma das linhas de abordagem
da pesquisa com células-tronco
para regeneração óssea (e muscular)
foi exatamente testar várias
fontes de células-tronco. Entre as
fontes de extração de células-tronco
para cultivo e teste com animais,
foram escolhidas polpa de dente
de leite, tecido adiposo – descartado
em cirurgias de lipoaspiração
–, tecido muscular de lábio leporino
e de tubas uterinas. “ A técnica
pretende assegurar eficiência também
no tratamento de doenças
como a osteoporose, que causa a
perda de massa óssea e aumenta
a fragilidade dos ossos e o risco de
fraturas”, diz Mayana Zatz.
Esperança contra osteoporose
Muitas crianças fazem de tudo para não
dormir cedo. Algumas até inventam que têm
dores só para não ir para a cama. Na opinião
do ortopedista Gilberto Anauate, os pais
precisam estar atentos, pois, em 15% dos
casos, as queixas podem ser verdadeiras, já
que essa é a porcentagem de crianças que
sofre de “dor de crescimento”.
Anauate afirma que a dor de crescimento
geralmente acomete as duas pernas. “Crescer
não dói. Mas, dependendo de seu sistema
músculo-esquelético, a criança pode sentir
dor ao final do dia, depois de ter corrido,
pulado e praticado esportes. Recomendamos
diminuição das atividades esportivas enquanto
acompanhamos o caso”, diz o médico.
Atenção à dor de crescimento As recomendações
n Para que a criança tenha um
sono mais tranquilo, os pais podem
fazer uma massagem terapêutica,
esfregando suavemente onde dói.
n Durante o dia, também é recomendável
a criança alongar os músculos dos
membros inferiores, contando com
supervisão de um adulto.
n Quando os pais percebem que
a reclamação de dor é frequente,
persistente, e se estende do início da
noite até o começo da manhã do dia
seguinte, devem desconfiar de que não
se trata apenas de manha.
n Nesses casos, é recomendável
procurar um ortopedista, principalmente
se a dor for acompanhada de inchaços,
vermelhidão ou formigamento.
n Episódios de dor mais intensa exigem
prescrição de analgésicos

FONTE:http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a3270355.xml&template=4187.dwt&edition=16869&section=1210

http://www.clicrbs.com.br/pdf/10764401.pdf

Nenhum comentário: