EUA PODEM PROIBIR CHIMPANZÉS EM PESQUISA MÉDICA

04/12/2011



Parar a pesquisa com chimpanzés ameaçaria vidas humanas, acredita médico americano.


Estados Unidos e Gabão são os únicos países que realizam pesquisa invasiva com estes animais.

 

 A pesquisa biomédica com chimpanzés ajudou a produzir uma vacina para a hepatite B e agora busca outra para a hepatite C, que infecta 170 milhões de pessoas no mundo inteiro.

Porém, a decisão de parar a pesquisa com chimpanzés nos Estados Unidos pode ser tomada dentro de um ano. Agora, os EUA são um dos dois únicos países do mundo que realizam pesquisa invasiva em chimpanzés. O outro é o Gabão, na África.

-Está na hora de tirar esses chimpanzés da pesquisa invasiva e dos laboratórios — disse Wayne Pacelle, presidente da Humane Society of the United States.

John VandeBerg, do Centro Nacional de Pesquisa com Primatas do Sudoeste, em San Antonio, Texas, concordou que se trata de "um momento crucial".

A Humane Society of the United States e outros grupos pressionaram os Institutos Nacionais de Saúde a pedir um relatório sobre a utilidade dos chimpanzés na pesquisa, prometido para este ano. Além disso, a Lei de Proteção aos Grandes Primatas e Redução de Custos, agora no Congresso americano, baniria a pesquisa invasiva.

O Sr. Pacelle afirma que a pesquisa invasiva em chimpanzés é cara, que existem alternativas e que os macacos envolvidos sofrem.

É uma espécie ameaçada e, geneticamente, é a mais próxima da nossa.

O Dr. VandeBerg sustenta que parar a pesquisa com chimpanzés ameaçaria vidas humanas.

Qualquer redução na taxa de desenvolvimento de drogas para essas doenças significará centenas de milhares de pessoas, na verdade, milhões de pessoas, morrendo porque provocará anos de atraso.

Existem mil chimpanzés vivendo em centros de pesquisa nos Estados Unidos, incluindo o Centro de Pesquisa de New Iberia. O centro, parte da Universidade da Louisiana, em Lafayette, ocupa 40 hectares e abriga 360 chimpanzés e mais de 6 mil outros primatas.

Numa vista recente, alguns chimpanzés estavam em domos geodésicos de dez metros, enquanto outros ocupavam jaulas menores no lado de fora. Um terceiro grupo de animais, menos de dez naquele momento, segundo o Dr. Thomas J. Rowell, diretor do centro, participava de estudos ativos e eram mantidos individualmente em jaulas internas, de cerca de 1,8 x 1,5 x 2 metros de altura. De acordo com ele, os procedimentos físicos envolviam injeções, amostras de sangue e biópsias do fígado (feita sob sedação).

De forma apaixonada, o Dr. Rowell defendeu o tratamento dispensado aos chimpanzés, enfatizando o tratamento veterinário e esforços para enriquecer suas vidas com ambientes mais interessantes.

O uso de chimpanzés em pesquisas nos EUA data da década de 1920. Porém, nos anos 1970, a importação de chimpanzés capturados na natureza foi proibida.

Em 2000, foi aprovada uma lei federal exigindo que o governo cuidasse da aposentadoria dos animais depois que parassem de ser usados em experimentos e foi aberto o Chimp Haven, perto de Shreveport, Louisiana. Atualmente, 132 chimpanzés vivem lá, em vários recintos cercados, em 80 hectares de pinheiros.

Kathleen Conlee, diretora sênior de questões de pesquisa animal da Humane Society, afirma que a presente discussão sobre chimpanzés mostra o caminho para o futuro.

É o tipo de análise rigorosa que deveríamos aplicar em toda pesquisa animal.

Os Estados Unidos e o Gabão são os únicos dois países que realizam pesquisa invasiva com chimpanzés. 

 

FONTE:http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/bem-estar/19,0,3582816,EUA-podem-proibir-chimpanzes-em-pesquisa-medica.html



2 comentários:

Drika Sanz disse...

Oi André,
Eu penso que isso devia ser proibido mesmo. Não podemos garantir a sobrevivência de nossa espécie às custas de sofrimento e aniquilação de outra. Os cientistas tem que encontrar outras formas de desenvolver suas pesquisas. Minha opinião.
Bjs

André Ponce da Silva disse...

Oi Drika!!

Concordo contigo!!
Bjs