16/05/2015
Pesquisa observou que relação é mais elevada entre as mulheres.
Pessoas com mais de 50 anos com sintomas de depressão podem ter o dobro de risco de ter um acidente vascular cerebral (AVC).
De acordo com o estudo da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, o risco de derrame continuou elevado mesmo quando os sintomas do distúrbio desapareceram.
O fato foi observado principalmente entre as mulheres.
Os resultados foram publicados no periódico "Journal of the American Heart Association".
— Se forem replicadas, essas descobertas sugerem que médicos identifiquem e tratem os sintomas de depressão no início, antes que os efeitos adversos para riscos de derrame se acumulem — afirma Paola Gilsanz, principal autora do estudo.
A pesquisa foi feita por meio da análise de dados de mais de 16 mil pessoas acima dos 50 anos, coletados entre 1998 e 2010.
Os participantes eram interrogados a cada dois anos sobre questões relacionadas à saúde, como ocorrência de depressão e histórico familiar de AVC. Durante o período de estudo, 1.192 indivíduos tiveram derrame.
Em duas entrevistas consecutivas, os participantes com altos sintomas depressivos apresentaram o dobro de riscos de sofrer um derrame em comparação àqueles com sinais pouco visíveis da doença.
Embora os sintomas sumiram no decorrer do estudo, o risco de sofrer um AVC continuou elevado para essas pessoas, principalmente entre as mulheres.
Quem começou a desenvolver indícios de depressão durante a pesquisa não apresentou chance mais elevada da doença.
Pesquisadores disseram também que as pessoas com menos de 65 anos apresentaram maior risco de derrame ligado a sintomas depressivos do que os mais velhos.
Maria Glymour, professora da Universidade da Califórnia, Estados Unidos, disse que ainda será necessário replicar os resultados com pessoas de diferentes faixa etárias e explorar mais motivos de melhoras nos sintomas de depressão.
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