05/05/2015
Aumento da glicose causou alteração em ratos.
Uma ligação única entre diabetes e Alzheimer, que fornece mais evidências de que uma doença que tira a memória das pessoas pode estar relacionada a taxas elevadas de açúcar no sangue, foi descoberta por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Washington em St. Louis, nos Estados Unidos.
O estudo foi publicado na segunda-feira no Journal of Clinical Investigation.
Enquanto muitos estudos anteriores apontaram o diabetes como um possível contribuinte para a doença, a nova pesquisa — em camundongos — mostra que a glicose elevada no sangue pode aumentar rapidamente os níveis de beta amilóide, um componente-chave para a formação de placas cerebrais em pacientes com Alzheimer.
A constituição dessas placas é considerada um condutor inicial do conjunto complexo de mudanças que causa a doença de Alzheimer no cérebro.
— Nossos resultados sugerem que o diabetes, ou outras condições que tornam difícil controlar os níveis de açúcar no sangue, pode ter efeitos nocivos sobre a função cerebral e agravar doenças neurológicas, como o Alzheimer — disse a autora do estudo, Shannon Macauley.
— O elo que descobrimos pode nos levar a metas futuras de tratamento que reduzam esses efeitos.
Para entender como a elevada taxa de açúcar no sangue pode afetar o risco de Alzheimer, os pesquisadores infundiram glicose nas correntes sanguíneas de ratos criados para desenvolver uma condição da demência.
Nos jovens sem placas no cérebro, duplicar os níveis de glicose no sangue aumentou os níveis de beta amilóide no órgão em 20%.
Quando os cientistas repetiram o experimento em ratos mais velhos que já tinham desenvolvido placas no cérebro, os níveis de beta amilóide aumentaram em 40%.
Os pesquisadores também estão investigando como as mudanças causadas pela elevação dos níveis de glicose afetam a capacidade de regiões do cérebro para trabalhar em rede uma com as outras e para executarem tarefas cognitivas.
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