12 de maio de 2012
Baixo sistema imunológico e até mesmo estresse podem favorecer vitiligo.
Depois de 30 anos convivendo com o diagnóstico de vitiligo, a comerciante Maria Júlia de Oliveira, de 56 anos, ainda não consegue solução para as manchas brancas que se espalham por todo o seu corpo. Durante esse tempo, foram muitas as tentativas de estagnar o problema, mas a doença vem ganhando força.
Embora não cause dor ou qualquer outro incômodo que não o estético, Maria Júlia teve que aprender a lidar com os impactos emocionais da doença. Ela conta que passou por situações constrangedoras, percebendo o preconceito das pessoas e o medo equivocado de se contagiar.
– No início, eu ficava com vergonha, me sentia triste. Mas acabei aprendendo a lidar com os inconvenientes. Aceitei a doença e já desisti até de me tratar. Para quem depende do Sistema Único de Saúde (SUS), como no meu caso, é tudo muito desgastante. É difícil conseguir consulta e o acesso a tratamentos é pior ainda – lamenta.
Sem causa definida e presente em cerca de 1% da população, o vitiligo não escolhe idade nem sexo para se instalar, podendo atingir igualmente homens e mulheres. De acordo com a dermatologista Ivana Oliveira, embora não se conheçam exatamente as causas do problema, algumas teorias são usadas pelos especialistas. Muitos acreditam que a origem seja genética, já que um terço dos pacientes relatam outros casos na família.
A teoria de que o vitiligo seja uma doença autoimune é uma das mais compartilhadas. Nesse caso, considera-se que alterações do sistema imunológico poderiam resultar na destruição dos melanócitos. A tese é reforçada pelo fato de o vitiligo costumar vir associado a outras doenças autoimunes, como o hipotireoidismo e o lúpus.
Embora não cause dor ou qualquer outro incômodo que não o estético, Maria Júlia teve que aprender a lidar com os impactos emocionais da doença. Ela conta que passou por situações constrangedoras, percebendo o preconceito das pessoas e o medo equivocado de se contagiar.
– No início, eu ficava com vergonha, me sentia triste. Mas acabei aprendendo a lidar com os inconvenientes. Aceitei a doença e já desisti até de me tratar. Para quem depende do Sistema Único de Saúde (SUS), como no meu caso, é tudo muito desgastante. É difícil conseguir consulta e o acesso a tratamentos é pior ainda – lamenta.
Sem causa definida e presente em cerca de 1% da população, o vitiligo não escolhe idade nem sexo para se instalar, podendo atingir igualmente homens e mulheres. De acordo com a dermatologista Ivana Oliveira, embora não se conheçam exatamente as causas do problema, algumas teorias são usadas pelos especialistas. Muitos acreditam que a origem seja genética, já que um terço dos pacientes relatam outros casos na família.
A teoria de que o vitiligo seja uma doença autoimune é uma das mais compartilhadas. Nesse caso, considera-se que alterações do sistema imunológico poderiam resultar na destruição dos melanócitos. A tese é reforçada pelo fato de o vitiligo costumar vir associado a outras doenças autoimunes, como o hipotireoidismo e o lúpus.
Fique por dentro O que é vitiligo?
O problema é caracterizado pela ausência de melanina na pele devido à destruição ou à inativação dos melanócitos, células responsáveis pela produção da melanina, substância que dá cor à pele. O problema acomete cerca de 1% da população mundial, atinge todas as raças e ambos os sexos, em qualquer idade. Em cerca de metade dos casos, aparece antes dos 20 anos.
Qual a causa da doença?
As causas não são bem conhecidas, mas há hipóteses sobre a origem do problema. A mais compartilhada é a teoria autoimune. Considera-se que, devido a alterações no sistema imunológico, haveria destruição dos melanócitos. A tese é reforçada pela concomitância do vitiligo com outras doenças autoimunes, como hipotireoidismo e diabetes. Também existe a teoria convergente, segundo a qual a combinação das várias teorias explicaria o problema. O vitiligo poderia ser um sinal ou parte das condições de origens diversas que apresentam em comum a destruição ou a inativação dos melanócitos.
Tratamentos
Não há como prevenir as lesões de vitiligo ou a progressão da doença, mas é possível tratá-la. Uma das primeiras medidas é tentar repigmentar a pele, estimulando as células pela exposição aos raios ultravioleta. É possível expor apenas a mancha, quando o problema é localizado, ou o corpo todo, quando o vitiligo atinge uma grande superfície da pele. Para esse último caso, existem cabines de raios ultravioleta. Outra opção é o uso de remédios para aumentar a sensibilidade à radiação.
> No caso de manchas localizadas, também é possível usar um laser específico, o excimer laser. As lesões recentes repigmentam-se com mais facilidade. Peles mais escuras respondem melhor ao tratamento.
> Medidas tópicas, que incluem o uso de pomadas, de cosméticos e de autobronzeadores, também podem ser indicadas.
> Formas estáveis da doença têm a opção cirúrgica.Trata-se do implante de melanócitos em pequenos fragmentos de pele atingida pelo vitiligo. A desvantagem é que é pouco acessível.
Não há como prevenir as lesões de vitiligo ou a progressão da doença, mas é possível tratá-la. Uma das primeiras medidas é tentar repigmentar a pele, estimulando as células pela exposição aos raios ultravioleta. É possível expor apenas a mancha, quando o problema é localizado, ou o corpo todo, quando o vitiligo atinge uma grande superfície da pele. Para esse último caso, existem cabines de raios ultravioleta. Outra opção é o uso de remédios para aumentar a sensibilidade à radiação.
> No caso de manchas localizadas, também é possível usar um laser específico, o excimer laser. As lesões recentes repigmentam-se com mais facilidade. Peles mais escuras respondem melhor ao tratamento.
> Medidas tópicas, que incluem o uso de pomadas, de cosméticos e de autobronzeadores, também podem ser indicadas.
> Formas estáveis da doença têm a opção cirúrgica.Trata-se do implante de melanócitos em pequenos fragmentos de pele atingida pelo vitiligo. A desvantagem é que é pouco acessível.
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