EXAME DE SANGUE PODERÁ AJUDAR NO TRATAMENTO CONTRA DEPRESSÃO

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08/06/2016

Estudo apontou que pessoas que apresentam concentrações elevadas de dois marcadores biológicos têm mais resistência a antidepressivos comuns


Um novo tipo de exame de sangue poderá mudar o tratamento contra um dos problemas que mais crescem no mundo e preocupa órgãos como a Organização Mundial da Saúde (OMS): a depressão.

Liderado pela pesquisadora Annamaria Cattaneo, professora do Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociência do King's College de Londres, o estudo se concentrou em analisar dois marcadores biológicos que medem níveis de inflamação sanguínea e indicam como uma pessoa vai reagir a antidepressivos comuns. 

Os resultados foram publicados nesta terça-feira na revista científica International Journal of Neuropsychopharmacology.

De acordo com o estudo, mais da metade dos pacientes diagnosticados com depressão não mostra resposta adequada aos antidepressivos chamados de primeira linha, e um terço deles é resistente a todos os medicamentos disponíveis. 

O artigo diz ainda que pessoas deprimidas tendem a apresentar concentrações elevadas de dois marcadores, por isso os pesquisadores se concentraram em medi-los e detectá-los.

Annamaria já vem pesquisando o tema há alguns anos e, em estudos anteriores, já havia identificado que altos níveis de inflamação no sangue tinham relação com o resultado de antidepressivos tradicionalmente prescritos. 

O teste publicado agora conseguiu identificar dois marcadores que predizem a resposta ao tratamento. 

No documento, a especialista e a equipe que participou da pesquisa apontam que, sabendo da resistência, os médicos poderão prescrever tratamentos menos comuns ou até fazer combinações de medicamentos.

Segundo a OMS, a depressão é uma das formas mais comuns de problemas mentais e atinge 350 milhões de pessoas em todo o mundo. 

Estima-se que, só no Brasil, 17 milhões de pessoas tenham o transtorno. 

De acordo com órgão, o problema custa US$ 1 trilhão à economia mundial a cada ano e, em 2020, deverá ser a doença mais incapacitante no mundo. 

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