COMO SABER SE A IMUNIDADE ESTÁ BAIXA

#UnidosSomosMaisFortes

21/06/2016

Ficar doente várias vezes em um curto período de tempo pode indicar que o sistema que protege o organismo pode estar com alguma deficiência


Você mal se recupera de uma infecção e poucos meses depois vem outra doença e te derruba de novo na cama. 

Se essa situação ocorre com frequência, é preciso atenção. Sofrer com sucessivas infecções em um intervalo de poucos meses pode ser um sinal de que sua imunidade está baixa. 

Isso significa que as defesas do organismo, cuja função é proteger o corpo da atuação de parasitas como vírus, bactérias, fungos, protozoários e vermes não estão funcionando de maneira correta.

Jorge Neumann, diretor do Laboratório de Imunologia de Transplantes da Santa Casa de Porto Alegre, explica que a baixa imunidade de uma pessoa pode ser definitiva ou transitória. 

As chamadas imunodeficiências definitivas são relacionadas a doenças que impedem o sistema imunológico de produzir anticorpos ou que afetam as células desse sistema. 

A pessoa pode nascer com o problema ou manifestá-lo por volta dos 20 anos de idade, devido a uma pré-disposição genética.

Nessas situações – que são raras – os tratamentos são a base de medicamentos que repõem os anticorpos ou até mesmo transplantes de medula óssea, em casos mais graves.

Já a imunidade baixa transitória geralmente é desencadeada por alguma infecção, desaparecendo após a melhora. É o que acontece, por exemplo, com as crianças que têm sarampo.

– O sarampo, entre os efeitos, produz um estado de imunodeficiência. O sistema imune da criança fica exaurido pela doença, podendo gerar outras infecções. Quando o paciente se cura, tudo volta ao normal – esclarece Jorge.

Pessoas que têm HIV também são mais suscetíveis a apresentar a imunidade baixa:

– HIV não é sinônimo de estar imunodeficiente. A imunodeficiência é provocada pela aids, ou seja, quando o vírus se manifesta e a pessoa fica doente.

Estudos apontam que o estresse crônico representa um papel importante na baixa imunidade. Isso porque o problema tem uma interação com o sistema nervoso central.

 Esse último, por sua vez, diante de uma situação de tensão permanente libera uma série de hormônios que atuam, inclusive, sobre o sistema imunológico. 

É por isso que muitas pessoas apresentam herpes labial, por exemplo, quando estão preocupadas com algo. Casos mais graves também podem surgir, como câncer após viuvez.

– Se sabe que quando um casal está junto há muito tempo e um dos dois morre, as chances de que o sobrevivente venha a ter a doença nos seis meses iniciais de luto são bem maiores do que antes. Isso porque a profunda tristeza provoca uma diminuição da resposta imune – declara o médico da Santa Casa.

De acordo com o médico infectologista do Hospital Moinhos de Vento Paulo Ernesto Gewehr Filho, outros fatores que prejudicam o sistema imunológico são deficiências nutricionais, estresse físico, distúrbio do sono, consumo de álcool, drogas, tabagismo, medicamentos (como corticoides e imunossupressores, utilizados para o tratamento de pacientes transplantados e doenças autoimunes), quimioterapias, hepatites B e C, lúpus, artrite reumatoide, diabetes, câncer, obesidade e alguns tipos de anemia. Intoxicação crônica com produtos químicos e as alterações hormonais na gestação e na menopausa também influenciam o sistema imunológico de forma negativa.

SINAIS DE QUE O CORPO PODE ESTAR COM A IMUNIDADE BAIXA


Se você apresenta quadros recorrentes de herpes, amigdalite, estomatite, otites, abscessos, infecções intestinais de repetição, diarreia crônica, infecções graves como meningite ou infecções generalizadas, sua imunidade pode estar baixa e um médico precisa acompanhar seu estado de saúde.

PARA MANTER A IMUNIDADE EM ALTA

Paulo Ernesto Gewehr Filho, médico infectologista do Hospital Moinhos de Vento, sugere algumas ações para equilibrar o funcionamento do sistema imunológico.

Mantenha uma dieta saudável para que o organismo fique bem nutrido. Faça uma dieta rica em verduras, frutas, proteínas, cereais, legumes, grãos.

Pratique exercícios físicos com orientação profissional. Não sobrecarregue o corpo com atividades acima de sua capacidade.

Tenha bons hábitos de sono.

Mantenha o peso adequado para a sua altura.

Evite contato com substâncias químicas tóxicas.

Evite, ao máximo, situações de estresse.


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