ESTUDO DESCOBRE LIGAÇÃO ENTRE ANOREXIA E HIPERATIVIDADE

11/01/2013 

Anorexia nervosa afeta principalmente as adolescentes.
Mecanismo molecular comum liga os dois comportamentos.


A anorexia nervosa, um distúrbio alimentar grave, e a hiperatividade física estão ligadas por um mecanismo molecular comum, uma descoberta que pode levar a um tratamento desta doença que afeta principalmente as adolescentes, de acordo com um estudo recente.

Enquanto acreditava-se que a hiperatividade dos anoréxicos era intencional e tinha como objetivo a perda de mais peso com a queima de calorias, uma equipe conjunta de pesquisadores do Inserm, do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS) e das universidades Montpellier e Nîmes descobriu um mecanismo comum que explica o elo entre os dois comportamentos.

Usando ratos geneticamente modificados que imitam o comportamento da anorexia humana, os pesquisadores descobriram que eles apresentavam uma anormalidade molecular em uma região do cérebro relacionada à recompensa.

Esta anomalia corresponde à "super-expressão" (excesso de expressão de genes) do receptor 5-HT4 a serotonina, um receptor celular que controla a hiperatividade motora nos ratos.

Nós identificamos pela primeira vez ao nosso conhecimento uma via molecular comum envolvida na anorexia e hiperatividade — explica Valérie Compan, que liderou o estudo publicado no final do ano passado na revista Translational Psychiatry.

O trabalho também confirmou a existência de semelhanças entre a anorexia e o vício. 

A anorexia e a cocaína trilham o mesmo caminho molecular, o que tende a confirmar que a anorexia é um vício — acrescenta Compan.

Os pesquisadores também descobriram que o receptor poderia tornar-se completamente inativo e provocar "um excesso de consumo de alimento", como o encontrado especialmente na bulimia.

Os distúrbios que afetam este receptor - às vezes muito ativo e supressor do apetite e às vezes inativo - podem explicar as oscilações entre a anorexia e a bulimia em alguns pacientes — ressalta a pesquisadora, que espera que o trabalho possa ser reproduzido em seres humanos.

Na ausência total de medicamentos para o tratamento da anorexia, este receptor pode representar um alvo terapêutico eficaz, já que ao desativá-lo os pacientes estariam mais dispostos a se alimentar e ao reativá-lo poderia moderar a ingestão de alimentos — acrescenta.

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2013/01/estudo-descobre-ligacao-entre-anorexia-e-hiperatividade-4007888.html

 

CIENTISTAS ALTERAM VÍRUS DO SARAMPO PARA COMBATER CÂNCER

10/01/2013 

Células-tronco cancerígenas infectadas com vírus
(em verde, na imagem) começam a morrer.
Resultado foi positivo contra células-tronco cancerígenas, diz estudo.
Para pesquisadores, teste dá um 'um novo passo' na luta contra o câncer.


Pesquisadores do Instituto Paul Ehrlich, na Alemanha, modificaram geneticamente o vírus do sarampo como teste para combater células-tronco cancerígenas. Atenuado, o vírus se ligou a uma proteína contida na superfície destas células para infectá-las e levá-las à morte.

(Correção: ao ser publicada, esta reportagem afirmava incorretamente que foi modificado o DNA do vírus do sarampo. Essa doença, no entanto, é causada por um vírus cuja genética se expressa por RNA. O texto foi corrigido às 15h05.)

O estudo, que teve resultados positivos, foi publicado nesta semana no periódico "Cancer Research".
As células-tronco cancerígenas costumam resistir mais à quimioterapia e radioterapia do que outras, segundo os pesquisadores. Elas são consideradas pela comunidade científica como uma das responsáveis por tumores decorrentes da metástase.

Para os cientistas, trata-se de "um novo passo na busca por maneiras de identificar e eliminar as células cancerígenas".

A proteína CD133, diz o estudo, é um marcador característico da superfície de células-tronco cancerígenas. O vírus do sarampo modificado usa a substância como receptora para ingressar nas células e, uma vez dentro, as leva à morte.

Os testes foram feitos com ratos que apresentaram células de câncer no fígado e no cólon. O vírus manipulado mostrou atividade antitumoral nos animais, dizem os cientistas. "O crescimento do tumor foi reduzido substancialmente ou até totalmente suprimido", afirma o estudo.

Novas pesquisas devem ser feitas, principalmente para descobrir como atacar todos os tipos de células cancerígenas e para aprimorar o uso do vírus do sarampo e outros tipos.



 

ANVISA DETERMINA APREENÇÃO E SUSPENÇÃO DE MEDICAMENTOS

11/01/2013 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão e a apreensão, em todo o País, de medicamentos e produtos irregulares, conforme publicação no Diário Oficial da União desta sexta-feira. Conforme comunicado do órgão regulador em sua página na internet, o lote CC10303 do medicamento Hormotrop na apresentação de 12 unidades, pó liofilizado injetável foi apreendido. Segundo a agência, o produto fabricado pelo Laboratório Químico Farmacêutico Bergamo sofreu falsificação. A Anvisa informa ainda que o lote 12090993 do medicamento Hytropin (Sulfato de Atropina), 0,50 mg/ml, fabricado pela empresa Hypofarma Instituto de Hypodermia e Farmácia, foi suspenso, porque deve ser oferecido apenas na quantidade de 0,25 mg/ml. Segundo a agência, por falta de autorização para funcionamento, foi suspenso o Creme Fitomedic, feito da semente de Sucupira, produzido pela empresa D.M. Cucio ME. A suspensão é definitiva e tem validade imediata. A Anvisa adverte que as pessoas que adquiriram algum dos lotes ou produtos suspensos devem procurar orientação médica e interromper o uso. 


ESTUDO SOBRE INSULINA PODE PÔR FIM ÀS INJEÇÕES

Esperança aos diabéticos   10/01/2013

Injeções diárias de insulina fazem parte da rotina dos diabéticos.
Descoberta pode ser utilizada na elaboração de novo tratamentos.


Pesquisadores conseguiram decifrar o mecanismo de fixação da insulina em seu receptor celular, comparado a "um aperto de mãos molecular", uma descoberta que pode ser crucial para milhões de diabéticos em todo o mundo. Os trabalhos, publicados nesta quinta-feira na revista Nature, permitem conhecer melhor o funcionamento da insulina, hormônio que retém o açúcar do sangue para metabolizá-lo e transformar em energia.

Ao estabelecer um modelo do hormônio fixado em seu receptor (uma proteína) graças a um acelerador de partículas, "mostramos que a insulina e seu receptor se modificam graças a uma interação", destacou Mike Lawrence, professor associado do Walter and Eliza Hall Institute de Melbourne.

— Um fragmento de insulina se desloca e as partes fundamentais do receptor vão ao encontro do hormônio da insulina. Isso pode ser chamado "um aperto de mãos molecular" — explicou.
Seu laboratório fez esta descoberta em associação com a Case Western Reserve, da Universidade de Cleveland (Ohio), com a Universidade de Chicago, a Universidade de York (Grã-Bretanha) e o Instituto de Química Orgânica e Bioquímica de Praga.

— Agora podemos utilizar esses conhecimentos para elaborar novos tratamentos com insulina mais eficazes — acrescentou Lawrence.
Milhões de pacientes podem, por exemplo, esperar uma importante melhoria de sua qualidade de vida graças ao fim das injeções diárias de insulina. 

A destruição de células beta produtoras de insulina leva à diabetes de tipo 1, enquanto problemas em seu funcionamento provocam a forma mais corrente da doença, a diabetes de tipo 2 (DT2). A diabetes DT2 afeta mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. Este número poderá ser duplicado nos próximos anos devido à epidemia de obesidade e a vida sedentária acompanhada de alimentação rica em gordura e açúcar. Alguns fatores genéticos também favorecem o aparecimento da doença.

— Nós ainda não temos um tratamento para a diabetes, mas descobertas como a da fixação da insulina nos dão esperança de estarmos mais próximos — declarou Nicola Stokes, do Conselho Australiano de Diabetes.

A diabetes é uma doença silenciosa: quando aparecem os sinais (sede, necessidade frequente de urinar, taxa de açúcar no sangue muito elevada), é porque a doença já evolui há muitos anos. Durante esse período, a deterioração dos órgãos já começou.

A diabetes, muitas vezes associada à hipertensão e a taxas de colesterol altas, expõe a um risco maior de infarto cardíaco e de acidentes vasculares encefálicos. A doença pode também obrigar o paciente a fazer hemodiálise, levar à amputações e à cegueira.

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2013/01/estudo-sobre-insulina-pode-por-fim-as-injecoes-4006769.html

 

ESPECIALISTA ALERTA QUE CONSUMO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS TAMBÉM PREJUDICA SISTEMA NERVOSO

09/01/2013

O álcool age negativamente no sistema nervoso por diversas vias.
Confira entrevista com neurologista sobre as consequências do abuso de bebidas alcoólicas.

Lapsos de memória, desequilíbrio, falta de coordenação motora; todos são efeitos colatareis provocados pelo álcool, mas recuperáveis em curto prazo de tempo. Mas o abuso no consumo de bebidas alcóolicas pode gerar sequelas irreversíveis ao sistema nervoso. É o que explica o neurologista Leandro Teles em entrevista. 

Confira:


Todo mundo sabe que o álcool prejudica o fígado, mas... e o cérebro?


Leandro Teles - Sem dúvida nenhuma o álcool em excesso, seja em quantidade, seja na frequência do uso, gera uma série de alterações agudas e crônicas no sistema nervoso como um todo. O cérebro sofre e os nervos periféricos, também. O álcool traz comprometimento agudo e imediato da função de algumas regiões e, com o passar dos anos, gera alterações estruturais irreversíveis podendo levar a demência, neuropatia periférica, entre outros problemas.


Por que quando bebemos ficamos confusos e sem coordenação motora?


LT - Após ingerir o álcool esse se difunde rapidamente para o sangue e é distribuído por todo o corpo. O cérebro recebe cerca de 20 % do sangue que sai do coração. O impacto é imediato, o sistema atencional localizado nos lobos frontais é o primeiro a sofrer, ficamos desatentos, eufóricos, com respostas motoras mais lentas e desajeitadas. A segunda região cerebral a acusar o golpe é o cerebelo, ficamos sem coordenação, cambaleantes e com a fala mole. Por fim surge a sonolência que se aprofunda progressivamente. Já não fixamos nada na memória e se não houver muito cuidado a pessoa pode entrar em coma alcoólico com risco de vida.


Como o álcool destrói os neurônios e suas conexões?


LT - O álcool age negativamente no sistema nervoso por diversas vias. Primeiro, há uma toxicidade direta do álcool ao corpo do neurônio e ao seu prolongamento (axônio). O álcool em excesso destrói diretamente células, conexões e redes inteiras. O cérebro que quem bebe demais envelhece precocemente e pode ficar atrofiado. Além do efeito direto, que bebe está mais sujeito a traumas na região da cabeça e a carência de algumas vitaminas fundamentais para o bom funcionamento do cérebro como a vitamina B1 (tiamina), vitamina B3 (niacina), B6 (piridoxina) e principalmente a vitamina B12 (cianocobalamina).


Quem bebe com frequência e se abstém pode ter problemas neurológicos? 


LT - O álcool vicia psíquica e fisicamente. Isso significa dizer que a pessoa necessita cada vez mais da substância para ter tranquilidade e sentir-se próximo do seu normal. Quando um viciado fica sem sua droga surgem sempre sintomas de abstinência: irritabilidade, taquicardia, pressão alta, excitação psíquica, confusão mental e até alucinações. Neste momento é fundamental a intervenção médica para preservar a saúde do paciente e ajudá-la na transição para a cessação do etilismo.


Afinal, um pouco de vinho tinto faz bem ou mal ao cérebro?


LT - Consumo regular de baixas doses de vinhos esteve relacionado a uma melhora do perfil cardiovascular. O cérebro fica sim mais protegido quando os vasos que o nutrem ficam mais saudáveis. A substância do vinho tinto responsável pelo efeito benéfico é o resveratrol, presente principalmente na casca das uvas tintas. Agora, não podemos esquecer que tem o álcool envolvido na formulação do vinho. Algumas pessoas tem tendência ao abuso, outras doenças clínicas ou mesmo uso de medicamentos que não combinam com a ingestão de álcool. Essas últimas devem sim evitar essa substância. Portanto, a questão do custo versus benefício no uso regular de vinho deve ser avaliada caso a caso. 

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2013/01/especialista-alerta-que-consumo-excessivo-de-bebidas-alcoolicas-tambem-prejudica-sistema-nervoso-4005676.html

 

TRANSPANTE DE MEDULA,ESTUDO APONTA QUAL MÉTODO PODE SER MAIS SEGURO

09.01.2013

Para tratamento de certos cânceres, principalmente o câncer no sangue, o procedimento padrão é a quimioterapia seguida do transplante de medula óssea. A finalidade do transplante é a transferência células hematocitopoiéticas, um tipo de célula-tronco que se transforma em hemácias, leucócitos e plaquetas, responsáveis pela oxigenação, combate à infecção e coagulação sanguínea.

A coleta das células hematocitopoiéticas pode ser feita de duas formas. Uma das formas é o transplante de medula (BM), uma cirurgia de duas ou três horas, com anestesia geral, em que a medula óssea é coletada do osso da bacia com uma agulha e seringa. A outra forma é chamada de coleta periférica de células tronco sanguíneas (PBSC), e consiste em cinco dias de aplicação de um produto que faz com que as células-tronco migrem para o sistema circulatório por um período de alguns dias, onde podem então ser coletadas por um procedimento chamado aférese.

O doador que passa pelo processo da PBSC sofre dores durante o período de tratamento de cinco dias de tratamento com citocinas, e os doadores de medula óssea tem mais desconforto logo após a doação, mas os dois tipos de doadores não têm mais sintomas quatro semanas após a doação.

Apesar do procedimento de PBSC ser o mais comum nos Estados Unidos, até o fim do ano passado não havia nenhum estudo que apontasse qual o melhor método. O estudo feito pelo hematologista Ned Waller é o primeiro nesta área, e envolveu 48 centros e uma seleção de 551 pacientes, e não encontrou diferenças significativas na taxa de sobrevivência nos dois anos seguintes, nem nas taxas de rejeição, ou em doenças agudas de doença enxerto versus hospedeiro (GVHD). 

Entretanto, e esta é a descoberta importante do estudo, os pacientes que usaram células-tronco sanguíneas tiveram uma taxa maior de GVHD crônicas. A GVHD é uma complicação difícil, algumas vezes ameaça a vida dos pacientes, e envolve danos infligidos ao novo sistema imune do transplantado, no fígado, pele e sistema digestivo.

A descoberta vai gerar discussões entre os pesquisadores da área de transplante sobre qual a melhor opção para tratamento, se a doação de medula ou o transplante de células-tronco sanguíneas, e em que situações usar cada opção. [Medical Xpress]


PESQUISA LIGA BEBIDAS DIET A MAIOR RISCO DE DEPRESSÃO

09/01/2013

Mais estudos são necessários para explorar as causas dessa relação.
Quem bebe café diariamente tende a sofrer menos da doença. 


Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos verificou uma possível ligação entre o consumo de bebidas diet e um maior risco de depressão.

O estudo realizado com 250 mil pessoas verificou que pessoas que consumiam quatro latas ou copos de refrigerantes ou sucos dietéticos por dia aumentavam o risco de depressão em até um terço.

A pesquisa, apresentada na reunião anual da Academia Americana de Neurologia, não indicou a causa dessa ligação.

O estudo também analisou o efeito do consumo diário de café e verificou que os consumidores da bebida tendem a sofrer menos de depressão.

Segundo os pesquisadores, as pessoas que bebiam quatro copos de café por dia tiveram 10% menos chance de serem diagnosticados com depressão ao longo dos dez anos do estudo do que aqueles que não bebiam café.

'Nossa pesquisa sugere que cortar ou reduzir o consumo de bebidas com adoçante ou trocá-las por café não adoçado pode reduzir naturalmente seu risco à depressão', afirma o coordenador do estudo, Honglei Chen, do Instituto Nacional de Saúde da Carolina do Norte.

Ele disse, porém, que mais estudos são necessários para explorar as causas dessa relação.

Os pesquisadores advertem ainda que os resultados se aplicam aos objetos do estudo - pessoas acima de 50 anos vivendo nos Estados Unidos -, mas podem não ser repetidos em outras amostras.


Críticas


Os resultados da pesquisa americana são contestados pela Associação Dietética Britânica. Para a nutricionista Gaynor Russell, porta-voz da organização, o estudo não significa necessariamente que adoçantes provocam depressão.

— Para começar, as pessoas que sofrem de depressão podem se ligar mais à ideia de que suas bebidas adoçadas provocam o problema e então adicionar uma inclinação em seus relatos de consumo passado, especialmente porque os refrigerantes nos Estados Unidos são muito demonizados. Além disso, pode ser que o consumo de bebidas dietéticas esteja ligado à obesidade e ao diabetes, o que podem ser em si mesmos causas para a depressão.

Segundo ela, 'os adoçantes não caloríficos têm um papel importante em dietas para as pessoas que tentam perder peso ou que têm diabetes, e certamente não é recomendável que elas substituam suas bebidas dietéticas por mais café'.




Russell afirma que a segurança dos adoçantes, como o aspartame, já foi extensivamente estudada por pesquisadores e é certificada por agências reguladoras.

 

CONHEÇA CINCO HÁBITOS QUE ATRAPALHAM O SONO

07/01/2013 

Noites mal dormidas podem trazer danos irreversíveis para a saúde.
Mudar pequenas atitudes pode auxiliar a dormir melhor.


Uma boa noite de sono é essencial para quem busca qualidade de vida. Afinal, o sono adequado e reparador é a principal ferramenta que o organismo utiliza para se recuperar do cansaço físico e mental do dia-a-dia e se preparar para o dia seguinte. 

— Quando uma pessoa dorme mal, ela pode apresentar dificuldade de concentração, de aprendizado, lapsos de memória, irritabilidade, mau humor e redução de reflexos, predispondo a acidentes de variados tipos. Cronicamente, noites mal dormidas podem trazer danos irreversíveis a saúde como doenças cardio-vasculares e até doenças degenerativas — alerta o neurologista Leandro Teles. 


Ainda de acordo com o especialista, até ganho de peso pode ser fruto do sono inadequado: 


Quem dorme pouco libera menor quantidade de leptina (hormônio da saciedade) e libera mais grelina (hormônio da fome). Como se não bastasse, tem maior índice de ansiedade, assalta mais a geladeira e faz escolhas alimentares piores durante a noite e o dia. Resultado: engorda mais.

Outro hábito recomendado é a prática regular de exercícios físicos. Isso controla muito bem o nível de ansiedade e cansaço, gerando noites de sono com duração e arquitetura bem mais saudáveis. 

A atividade mais recomendada é o exercício aeróbico, lembrando que devemos evitar nos exercitar próximo do horário de dormir, pois isso pode agravar a insônia, na medida em que libera substâncias estimulantes na corrente sanguínea — pondera Teles. 


Além disso, há outros hábitos que podem atrapalhar a qualidade da noite de descanso. Confira:


1) Dormir com a televisão l

Segundo o especialista, a questão entre a TV ligada é complexa. Por um lado, ela desliga nossa mente dos problemas do dia-a-dia, é uma atividade passiva e, dependendo da programação, pode ser um ótimo indutor do sono. Por outro lado, a luz emitida inibe a liberação de melatonina (hormônio do sono), sinalizando ao cérebro que não é hora de dormir. Além disso, o ruído variável emitido por ela estimula as vias cerebrais da audição, o que torna o sono superficial e pode até causar despertares, percebidos ou não pelo paciente. Com isso, fica a recomendação: assista TV distante da tela, com iluminação ambiente reduzida, programas tranquilos, com som baixo e nunca se esquecer de desligá-la (ou colocar a função de desligamento automático) antes de adormecer definitivamente.


2) Contato com outras fontes luminosas (notebook, tablet, smartphone)



Nestes casos, o especialista é menos permissivo. 

São equipamentos de uso muito mais próximo ao rosto e de iluminação intensa. Além disso, a interação com eles não é passiva, é ativa. Isso dificulta muito as pessoas a adormecer nos dias de hoje. São jogos, redes sociais, e-mail, vídeos, tudo ao alcance dos dedos. Se queremos dormir bem é fundamental nos desconectarmos pelo menos 45 minutos antes do horário desejado — aconselha o neurologista.


3) Alimentar-se antes de dormir



Devemos dar muita atenção à alimentação realizada a noite. São recomendadas pequenas porções, de alimentos de fácil digestão e não muito próximas da hora de dormir (pelo menos 1 hora e meia antes). O ideal são alimentos pouco gordurosos, evitar o álcool (que apesar de induzir um pouco o sono desregula completamente sua arquitetura), além de evitar excesso de líquidos (que pode dar refluxo e causar necessidade de várias idas ao banheiro).


4) Estimulantes após as 18 horas



Algumas substâncias estimulam diretamente o sistema nervoso central e tendem a inibir o sono. A cafeína é a mais importante delas. Devemos evitar consumo de café, chá mate, chá preto, refrigerantes de cola, chocolate em excesso e mesmo medicamentos que contenham cafeína em sua composição, principalmente após as 18 horas. Devemos também evitar energéticos, anfetaminínicos e mesmo a nicotina, pois também são inimigos do sono. Preferir atividades intelectuais passivas, atividade física relaxantes, massagens, alongamentos ou banho mormo. Isso preparará a transição entre um dia agitado e uma noite tranquila.


5) Ambiente desfavorável



Este é um erro comum de quem dorme mal. Devemos preparar o terreno para uma boa noite de sono. Nada de quarto bagunçado, temperatura inadequada, ruídos desnecessários (tratar ronco do parceiro, usar protetor auricular, janelas anti-ruídos). Atentar para o tamanho e qualidade do colchão, travesseiro, roupas de cama.

Se, com tudo isso, você não conseguir uma excelente noite de sono, está na hora de procurar um médico para determinar o que pode estar acontecendo. Estresse, ansiedade e insônia podem ser os causadores do problema. E nada de se automedicar, os remédios para dormir podem causar dependência física e psíquica. 

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2013/01/conheca-cinco-habitos-que-atrapalham-o-sono-4003261.html

 

DESVENDADOS RESULTADOS CONFLITANTES DAS CÉLULAS-TRONCO DO CORDÃO UMBILICAL

08/01/2013

A descoberta explica os resultados contraditórios obtidos com as células-tronco, alguns entusiasmantes e outros decepcionantes.

Células-tronco do cordão umbilical


Ao contrário do que se acreditava, apenas um grupo das células-tronco extraídas do cordão umbilical e mantidas em cultivo em laboratório são úteis para aplicações terapêuticas.

A descoberta, feita por cientistas das universidades de Granada e Alcalá (Espanha), vai ajudar a evitar a condução de testes e estudos que levam inexoravelmente a resultados danosos, como o desenvolvimento de tumores.

A equipe do Dr. Antonio Campos Muñoz demonstrou que nem todas as células-tronco extraídas do cordão umbilical têm a mesma eficácia na hora de usá-las na medicina regenerativa ou na criação de tecidos artificiais.

Essa possibilidade existe para apenas um pequeno grupo dessas células, o que pode explicar os resultados contraditórios obtidos até agora pelos estudos que tentam aplicar as células-tronco do cordão umbilical para tratamentos.


Células idôneas


As células-tronco retiradas do cordão umbilical estão sendo alvo de interesse crescente porque não suscitam os dilemas éticos envolvendo as células-tronco embrionárias.

De todos os tipos de células existentes no cordão, as que mais têm sido estudadas são as chamadas células-tronco da gelatina de Wharton (ou geleia de Wharton), devido à sua fácil coleta, ao grande potencial para diferenciar-se em vários tecidos e às suas propriedades imunológicas.

Através de técnicas microanalíticas e da análise dos genes envolvidos na viabilidade celular, os pesquisadores mostraram que é necessário selecionar as células mais "idôneas", de forma comparável com o que acontece com a seleção dos melhores óvulos para fertilização in vitro.

O estudo também demonstrou a possibilidade de selecionar subgrupos de células de outras populações - além daquelas da gelatina de Wharton - ou de células-tronco de tecidos diferentes para aumentar sua eficácia terapêutica.

 

CIENTISTAS BRASILEIROS DESVENDAM ELO ENTRE ALZHEIMER E DEPRESSÃO

07/01/2013 

Manifestações psiquiátricas mais comuns do paciente com Alzheimer são transtornos depressivos.
Descoberta abre a possibilidade de investigar mais a fundo a eficácia da indicação de antidepressivos em fases iniciais da doença.


Cientistas brasileiros descobriram o mecanismo responsável pela associação entre doença de Alzheimer e depressão. Na prática clínica, observa-se que uma das manifestações psiquiátricas mais comuns do paciente com Alzheimer são transtornos depressivos, que também atuam como fatores de risco importantes para a doença degenerativa. O que não se conhecia até agora era o mecanismo molecular exato por trás dessa relação.

O estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) concluiu que neurotoxinas chamadas oligômeros de abeta, presentes em maior quantidade no cérebro dos pacientes com Alzheimer, são capazes de levar a sintomas de depressão em camundongos. O tratamento desses roedores com antidepressivo reverteu o quadro depressivo e melhorou a memória.

A descoberta, que abre a possibilidade de investigar mais a fundo a eficácia da indicação de antidepressivos em fases iniciais do Alzheimer, foi publicada na revista Molecular Psychiatry, do mesmo grupo que publica a Nature.

Os oligômeros, estruturas que se agregam formando bolinhas, atacam as conexões entre os neurônios, impedindo o processamento de informações. Como são solúveis no líquido que banha o cérebro, eles se difundem, atacando o órgão em várias regiões. Pesquisas anteriores demonstraram que os oligômeros são os principais responsáveis pela perda de memória nas fases iniciais da doença.

Para testar a hipótese de que eles também provocam depressão, os cientistas aplicaram a toxina nos cérebros de camundongos. Após 24 horas, os animais foram submetidos a testes que identificaram comportamentos depressivos. Mediante o tratamento com fluoxetina, o quadro foi revertido. 

— Uma boa surpresa do estudo foi que a fluoxetina também teve efeitos positivos na memória — diz um dos líderes do estudo, o pesquisador Sergio Ferreira, do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ.

Segundo o neurologista Ivan Okamoto, membro da Academia Brasileira de Neurologia, quem não tem histórico de depressão e desenvolve um quadro depressivo com idade mais avançada tem de três a quatro vezes mais risco de desenvolver Alzheimer.

Agora, de acordo com Ferreira, o desafio é entender por que os oligômeros levam também à depressão.

— Observamos que eles induzem uma reação inflamatória no cérebro dos animais. ê possível que essa reação esteja levando à depressão, mas os dados ainda não permitem garantir isso.

Para o neurologista Arthur Oscar Schelp, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), é difícil reproduzir o Alzheimer em modelos animais, por isso a transposição do que se descobre nos roedores para os seres humanos ainda é difícil. Ele observa que a depressão predispõe ao surgimento de muitas doenças. 

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2013/01/cientistas-brasileiros-desvendam-elo-entre-alzheimer-e-depressao-4003308.html

 

CIENTISTAS JAPONESES CRIAM PRIMEIRAS CÉLULAS CAPAZES DE MATAR CANCRO

2013-01-07 

Cientistas do Japão criaram, pela primeira vez, células que podem ser injectadas no organismo para matar o cancro, avança o portal Isaúde.
A equipa do Centro de Pesquisa RIKEN conseguiu desenvolver células do sistema imune chamadas de linfócitos T assassinos a partir de células-tronco pluripotentes induzidas (células iPS).

Para criar essas células assassinas, primeiro a equipa teve de reprogramar os linfócitos T especializados em matar certo tipo de cancro, em células iPS. As células iPS então geraram novos linfócitos T anticancro específicos. Estes linfócitos regenerados a partir de células iPS podem servir como terapia futura contra o cancro.

Estudos anteriores mostraram que os linfócitos T assassinos produzidos em laboratório usando métodos convencionais não são eficazes a matar células cancerígenas, principalmente porque têm um tempo muito curto de vida, o que limita a sua utilização como um tratamento para o cancro.

Visando superar esses problemas, os investigadores japoneses liderados por Hiroshi Kawamoto reprogramaram linfócitos T maduros assassino em células iPS e investigaram como essas células se diferenciam.

A equipa induziu linfócitos T assassinos específicos para um determinado tipo de cancro de pele em células iPS, expondo os linfócitos aos "factores de Yamanaka, grupo de compostos que induzem as células a voltar a um estágio não-especializado.

As células iPS obtidas foram então cultivadas em laboratório e induzidas a diferenciarem-se em linfócitos T assassinos novamente. Este novo grupo de linfócitos T mostrou ser específico para o mesmo tipo de cancro da pele, como os linfócitos originais.

Eles mantiveram a reorganização genética, permitindo-lhes expressar o receptor de cancro específico na sua superfície. Os novos linfócitos T também demonstraram ser activos e produzirem um composto antitumoral.

"Conseguimos a expansão de células T antígeno-específicas, transformando-as em células iPS e diferenciando-as novamente em células T funcionais. O próximo passo será testar se essas células T podem matar selectivamente as células tumorais, mas não as outras células do corpo. Se elas fizerem isso, essas células podem ser injectadas directamente nos pacientes para a terapia. Isto poderia ser realizado num futuro não muito distante", conclui Kawamoto.

SUPER BACTÉRIA KPC É DETECTADA EM HOSPITAL DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

04/01/2013

A super bactéria KPC foi detectada em um hospital de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. A bactéria é altamente resistente aos antibióticos e pode causar a morte dos infectados.  

ESTILO DE VIDA

05 de janeiro de 2013

Recentes pesquisas médicas confirmam os benefícios de um estilo de vida saudável. Uma delas releva que o controle da obesidade durante a menopausa reduz, nos anos subsequentes, o risco e a agressividade do câncer de mama. Outro estudo, no entanto, mostra que estar levemente (mas, atenção, apenas levemente) acima do peso não chega a ser um fator de risco, desde que os demais indicadores de saúde, como a pressão arterial e o colesterol, estejam em ordem.

O peso e o risco de câncer de mama.

 

Um estudo da Universidade de Colorado (Estados Unidos) revelou que mulheres que mantêm um estilo de vida saudável durante a menopausa correm menos risco de contrair câncer de mama.

Já as mulheres obesas no período pós-menopausa têm mais chance de desenvolver tipos mais agressivos da doença do que as magras.

Rastreando o caminho dos nutrientes em modelos de ratos magros, os pesquisadores descobriram que o excesso de gordura e glicose foi armazenado no fígado e nos tecidos mamários e esqueléticos.

Mas em ratos obesos, o excesso de gordura e glicose foi usado por tumores, alimentando seu crescimento, explicou o autor do estudo, Erin Giles.

Segundo ele, isso significa que a menopausa pode ser uma oportunidade para as mulheres controlarem o risco de câncer de mama por meio da gestão de peso. Os pesquisadores também descobriram que o ganho de peso durante a menopausa é particularmente ruim para as mulheres que já são obesas quando elas param de menstruar.

Enquanto as drogas podem ser úteis no controle do risco de câncer de mama em mulheres obesas na pós-menopausa, nossos resultados sugerem que uma combinação de dieta e exercício pode ser tão ou mais benéfica – conclui Giles.


 


A quase absolvição DOS GORDINHOS

 

Atualmente, é quase senso comum relacionar uma boa forma física com saúde. Mas um estudo feito nos Estados Unidos com 3 milhões de pes­soas mostrou um resultado surpreendente. Indivíduos com leve sobrepeso (índice de massa corporal entre 30 e 34,9) não correm maior risco de mortalidade do que pes­soas com peso normal.

Mas vá com calma com a batata frita. Se a pesquisa sinaliza que estar um pouco acima do peso não é motivo para pânico, também não elimina os perigos de acumular quilos desnecessários – o estudo confirmou que os obesos (índice de massa corporal acima de 35) têm um risco de mortalidade maior do que os magros.

Na verdade, os resultados sugerem que o índice de massa corporal, ou IMC, um cálculo que estipula o grau de obesidade de uma pessoa considerando o seu peso e sua altura, pode não ser um indicador confiável para medir a saúde de uma pessoa.

Para muitos pesquisadores, a definição de “normal” para um IMC entre 18,5 e 24,9 deveria ser revista.

– É uma medida imperfeita para avaliar o risco de mortalidade – diz Samuel Klein, diretor do Centro de Nutrição Humana da Universidade de Washington (EUA), destacando que fatores como a pressão arterial, o colesterol e a taxa de açúcar no sangue também precisam ser considerados.


FONTE:http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a4001167.xml&template=3898.dwt&edition=21133

MÉDICO DIZ QUE PACQUIAO APRESENTA SINAIS DE PARKINSON

04/01/2013 

Manny Pacquiao é considerado uma lenda no boxe.
Lutador filipino estaria com sintomas da doença, que degenera o sistema nervoso central. Ele tem 34 anos e é uma lenda do boxe.

Tido como o melhor lutador peso por peso do mundo e campeão mundial em oito categorias do boxe, o filipino Manny Pacquiao, de 34 anos, tem preocupado o seu país e demais amantes do esporte. Após membros de sua família detectarem sinais do Mal de Parkinson no lutador, agora é um renomado médico filipino que levanta as suspeitas.

O neurologista Rustico Jiménez afirmou, em entrevista a uma rádio local, que Pacquiao apresentou sinais da doença degenerativa no sistema nervoso central. "Por mais que ainda tenha reflexos muito rápidos, notei recentemente, e é meu ponto de vista, que existem sinais prematuros de Parkinson. Não digo que esteja perto, mas vejo que existem alguns sinais prematuros", disse, segundo o Portal Terra.

Jimenez lembrou que o Mal de Parkinson não surge de uma só vez, mas aos poucos, com deterioração continuada por lesões cerebrais. "O Parkinson é um transtorno que causa incapacidades motoras e cognitivas, afetando a expressão das emoções e a autonomia nos seus movimentos. Se me perguntassem, acho que ele deveria se aposentar", completou o neurologista, que é presidente da Associação de Hospitais Privados das Filipinas.

Ali - No boxe, o caso mais emblémático de um lutador com Mal de Parkinson é o americano Muhammmad Ali. Campeão mundial dos pesos-pesados e também campeão olímpico, Ali teve a doença diagnosticada na década de 1980. Em 2010, Ali foi a Israel para tratar a doença. O trabalho é feito com células tronco adultas. Treinador de Pacquiao, Freddie Roach também sofre da mesma doença.  


ESTUDO REFUTA TEORIA DEFENDIDA HÁ MAIS DE 50 ANOS SOBRE RESISTÊNCIA DAS BACTÉRIAS

Novidade na ciência  04/01/2013 

Estudo traz novo enfoque para tentar decifrar por que algumas infecções são tão difíceis de eliminar.
Descoberta pode ajudar a desenvolver novos tratamentos para doenças como a tuberculose.


Pesquisadores refutaram uma teoria defendida há muito tempo sobre como algumas bactérias sobrevivem aos antibióticos e abriram as portas para novos tratamentos para combater as bactérias resistentes, segundo estudo publicado nesta quinta-feira nos Estados Unidos. 

Utilizando uma técnica chamada "microfluidos", os cientistas revelaram que, ao contrário da explicação existente há mais de 50 anos, a bactéria resistente continua se dividindo e crescendo e, que, às vezes, morre.

A velha teoria indicava que as bactérias que sobreviviam eram aquelas individuais que paravam de crescer e de se dividir.

— A população bacteriana que persiste, no entanto, é muito dinâmica, e as células que a constituem estão em constante mutação, apesar de o número total de células se manter — explicou o microbiólogo Neerak Dhar. 

Esta é uma informação crucial, enfatizam os autores do estudo, e poderá ajudar os cientistas a desenvolver novas terapias para cepas bacterianas mais difíceis de combater, como a tuberculose multirresistente. 

— Uma população geneticamente idêntica se compõe de bactérias individuais com um comportamento amplamente variável — afirmou o pesquisador que liderou o trabalho, John McKinney. 

Os pesquisadores da Escola Politécnica Federal Suíça, em Lausanne, estudaram uma bactéria relacionada com outra causadora da tuberculose e a submergiram em um fluido que continha isoniácidos, um agente que acaba com essa doença. Descobriram, então, que a bactéria produzia apenas uma enzima chamada de KatG, necessária para o antibiótico trabalhar contra ela, de uma forma intermitente.

O fato de quando e como a bactéria deixa de se dividir não está relacionado de maneira estreita com o momento em que ela morre, afirmaram os cientistas. No entanto, a sobrevivência da bactéria em qualquer momento é determinada pelo fato de produzir ou não a enzima em questão. Como em algum momento certas bactérias não produziam esta enzima, a população inteira de bactérias era capaz de sobreviver.

Futuras pesquisas se centrarão em outros micróbios, incluindo a bactéria que causa a tuberculose e a Escherichia coli, assim como, de forma diferente, em certas células cancerígenas que resistem ao tratamento.

— Este é um novo enfoque para tentar decifrar por que algumas infecções são tão difíceis de eliminar — afirmou McKinney, assegurando que as técnicas já estão em uso em colaboração com empresas farmacêuticas, para desenvolver novos antibióticos.

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2013/01/estudo-refuta-teoria-defendida-ha-mais-de-50-anos-sobre-a-resistencia-das-bacterias-4001051.html

 

ESPECIALISTAS REALIZAM PRIMEIRO TRANSPLANTE DE MÃO NO REINO UNIDO

04/01/2013
Médicos do hospital Leeds General Infirmary, em Leeds, norte da Inglaterra, realizaram o primeiro transplante de mão do Reino Unido, informaram nesta sexta-feira veículos britânicos.
Mark Cahil, de 51 anos, que teve a mão direita paralisada pelos efeitos da gota, doença causada por uma acumulação de cristais de ácido úrico nas articulações, passou por uma intervenção cirúrgica muito delicada, que durou oito horas.

Os cirurgiões conectaram nervos do braço do homem a sua nova mão, mas informaram que ainda é muito cedo para saber quanto movimento o órgão terá. Segundo Cahill, ele se sente bem, sem muita dor e consegue movimentar levemente os dedos, embora não tenha tato.

A equipe de especialistas esteve em contato com médicos franceses de Lyon, que fizeram o primeiro transplante de mão em 1998.

 

CONFIRA EXAMES PREVENTIVOS QUE DEVEM SER FEITOS A PARTIR DOS 30 ANOS

Check-up  03/01/2013 

Aparelhos modernos têm resultado em novos exames preventivos.
Eles podem ser o primeiro passo caso cuidar mais da saúde esteja entre as resoluções para 2013.

Se entre as suas resoluções para 2013 está cuidar mais da saúde, o primeiro passo pode ser a realização de exames preventivos, ainda mais de se você tem 30 anos ou mais. 

— De uma forma geral, recomendamos que, na ausência de problemas de saúde que exijam atenção médica periódica e específica, os 30 anos são a idade apontada como a mais razoável para a realização do primeiro check-up, que é uma avaliação médica ampla, que pressupõe a abordagem pelo especialista de diversos aspectos da saúde mental e física do paciente nas diferentes etapas da vida — afirma a médica Roberta Carvalho, do Lâmina Medicina Diagnóstica.

A especialista preparou uma lista de exames de imagem sugeridos para check-up de acordo com a idade do paciente. Confira: 
 
 :::: Colonoscopia



Exame indicado a partir dos 50 anos, mas que deve ser feito antes se houver casos de câncer na família. Dependendo do resultado do primeiro exame, fundamental para a prevenção do câncer de cólon, a repetição ocorre a cada cinco anos. O exame é feito com um tubo flexível dotado de uma câmera na extremidade. Permite detectar lesões e doenças inflamatórias. 



:::: Densitometria óssea



Recomendado a mulheres com mais de 65 anos, deve ser realizado antes se houver menopausa precoce ou osteoporose na família. Verifica a densidade e a integridade de ossos, como a bacia e o fêmur, diagnosticando a perda de massa óssea e a osteoporose. 



:::: Ecocardiograma



É a ultrassonografia do coração. Deve ser indicado por cardiologista em casos de suspeitas de alterações cardíacas. O método permite avaliar a capacidade de contração do músculo cardíaco, alertando para possíveis disfunções. 



:::: Eletrocardiograma e teste ergométrico 



Podem ser solicitados ainda na casa dos 20 anos e se tornam obrigatórios após os 40, quando devem ser feitos anualmente. Ambos se valem de eletrodos sobre o peito para apurar o risco cardiovascular. O primeiro é feito com o paciente deitado e o segundo durante esforço físico programado e individualizado. O teste ergométrico, ou teste de exercício, avalia a capacidade funcional e condição aeróbica da pessoa. Também serve para detectar eventuais problemas como isquemia miocárdica, arritmias cardíacas e distúrbios hemodinâmicos induzidos pelo exercício, entre outras. 



:::: Mamografia



Deve ser feita anualmente a partir dos 40 anos. Se houver casos de câncer na família, a investigação começa mais cedo. A mulher é examinada em um aparelho que comprime as mamas e permite averiguar alterações na região. O exame é essencial para a detecção precoce do câncer de mama, um dos mais comuns no sexo feminino. 



:::: Ultrassonografias





Cada vez mais elas fazem parte do arsenal de exames preventivos prescritos pelo médico, mais comumente para examinar mamas, em complemento à mamografia, mas também são importantes para exames da tireóide e abdome. 



Segundo Roberta Carvalho, tomógrafos e aparelhos de ressonância magnética modernos têm resultado em novos exames preventivos. São eles, principalmente, a angiotomografia coronariana, que permite avaliar o risco cardíaco do paciente, e a colonoscopia virtual, que não requer sedação e é um exame rápido e eficaz para avaliar o cólon, embora não substitua a colonoscopia. 

A ressonância de mamas, por sua vez, é cada vez mais é usada na prevenção do câncer de mama também, em especial em pacientes com alto risco para neoplasia mamária, como aquelas com parente de primeiro grau com câncer de mama ou com algumas mutações genéticas que predispõem ao câncer, sendo também o exame de escolha para pacientes que possuem próteses mamárias. 

A especialista informa que há também os check-ups de investigação, nome dado a exames que avaliam uma condição específica. Um bom exemplo é a endoscopia, prescrita diante de reclamações como queimação e dores de estômago e que rastreia gastrites e refluxos. 

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2013/01/confira-exames-preventivos-que-devem-ser-feitos-a-partir-dos-30-anos-3999803.html

 

ESPECIALISTA TIRA DÚVIDAS SOBRE DISTROFIA MUSCULAR

02/01/2013

Quais são as causas da Distrofia Muscular?

Por que ela ocorre quase sempre em meninos? Beny Schmidt, especialista em patologia neuromuscular, ajuda a entender a doença.

 

A forma mais correta de se referir a esta condição genética é no plural. Isso porque existem mais de trinta tipos de distrofias musculares já identificados, com diferentes complexidades e tendo em comum o fato de afetarem a musculatura do paciente. Uma das formas mais comuns da doença, e também uma das mais severas, é a Distrofia Muscular de Duchenne, que afeta uma criança a cada 3.500 nascimentos, de acordo com dados da Associação Brasileira de Distrofia Muscular (ABDIM).

Esta variação ocorre 99% das vezes em meninos, pois é causada por uma mutação no cromossomo sexual X. Como as mulheres possuem dois cromossomos X, se um deles é afetado pela mutação, o outro pode anular o efeito, de modo que a doença não se manifesta. Já os meninos, que possuem um cromossomo X e um Y, são mais suscetíveis, pois caso o X apresente a mutação, não há outro para contrabalancear e normalizar o funcionamento do músculo.

Os sintomas começam a aparecer por volta dos três anos de idade, em forma de quedas e dificuldades de locomoção, e as crianças com Distrofia Muscular de Duchenne costumam perder a capacidade de andar perto dos 12 anos de idade. Já a Distrofia Muscular de Becker é uma variação mais branda do que a de Duchenne, com início mais tardio e evolução lenta, que tem incidência de um a cada 30.000 nascimentos.

Outros tipos acometem mais adultos e idosos, como a Distrofia Muscular do tipo Cinturas, que afeta os músculos da cintura escapular (região dos ombros e dos braços) e da cintura pélvica (região dos quadris e coxas), levando à fraqueza progressiva. Beny Schmidt, chefe do laboratório de patologia neuromuscular da Unifesp, explica no vídeo abaixo as causas e os sintomas dessas doenças.

 O conteúdo destes vídeos é um serviço de informação e não pode substituir uma consulta médica. Em caso de problemas de saúde, procure um médico.

CLIQUE NA FONTE PARA VER OS VÍDEOS !!

SAIBA MAIS SOBRE A FIBROMIALGIA, DOENÇA EM QUE O PACIENTE SENTE DORES PELO CORPO

01/01/2013

Incidência é maior em mulheres entre 30 e 60 anos.

A fibromialgia é uma doença reumática nas quais os pacientes sentem dores pelo corpo todo. A doença atinge cerca de 5 milhões de brasileiros. Embora pessoas de qualquer sexo ou idade, inclusive crianças e adolescentes, possam ser vítimas, a incidência é maior em mulheres entre 30 e 60 anos. Entre os sintomas estão dor, fadiga, indisposição, distúrbios do sono, ansiedade, depressão, alterações intestinais, entre outras.

O reumatologista Marcelo Cruz Rezende, coordenador da Comissão de Dor, Fibromialgia e Outras Síndromes Dolorosas de Partes Moles da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), esclarece a seguir as as principais dúvidas. 

:::: A fibromialgia é uma síndrome clínica caracterizada por dor difusa e outras sintomas associados, como cansaço, sono não reparador, alteração de memória, concentração, entre outras. Existe uma associação muito forte com o aspecto psicológico, com quadros depressivos e ansiedade, mas não se pode afirmar que se trata somente de fundo emocional. 

:::: Algumas novas medicações estão sendo desenvolvidas, mas o tratamento está mais ligado a atividades como natação, pilates etc. 

:::: O diagnóstico é eminentemente clínico. Em 2010, foram lançados novos critérios de diagnóstico, retirando a necessidade da contagem de pontos dolorosos e colocando um índice de dor generalizado e de grau de severidade de sintomas, mas ainda estão sendo questionados pelos especialistas. 

:::: A fibromialgia não tem cura. Existe, sim, um controle dos sintomas. Entretanto, pode ser confortador saber que, embora não exista cura, a fibromialgia é uma doença benigna.

CORDÃO SALVADOR

29 de dezembro de 2012  LEUCEMIA
Mãe pode se curar de leucemia com ajuda de células-tronco de filha de dois meses.
 
Sessenta dias após o nascimento da primeira filha, Liz, a bióloga Fabricie Marcele Wilbert, 38 anos, de Maringá (PR), recebeu outra boa notícia no dia 14 de dezembro. As células-tronco do cordão umbilical de Liz são compatíveis e poderão ser utilizadas no tratamento realizado por Fabricie, que sofre de leucemia mieloide crônica. A notícia foi confirmada pela assessoria de imprensa do Centro de Terapia Celular Cordcell.

O sangue do cordão umbilical será a fonte de células-tronco para o transplante de medula óssea, que poderá ser realizado em breve, caso a quimioterapia não dê o resultado esperado. Fabricie descobriu que estava com a doença em março deste ano, quando fez o primeiro exame pré-natal.

A incidência desse tipo de leucemia em adultos é de dois casos a cada 100 mil habitantes.

O exame de sangue indicava alteração celular. Tive um susto, mas resolvi encarar o problema de frente – contou a mãe em outubro.

A coleta das células-tronco de Liz foi realizada logo após o parto, em 15 de outubro, no Hospital Santa Casa de Maringá, justamente a data do aniversário de Fabricie. Segundo o médico e fundador da Cordcell, Adelson Alves, o material passou por diversos testes e poderá ser utilizado em um possível transplante.

O transplante de células-tronco do cordão umbilical apresenta menos reações adversas do que o transplante com células da medula óssea. No entanto, vale ressaltar que essa é a última fase do tratamento. O procedimento só será indicado caso a mãe não tenha boa resposta ao tratamento quimioterápico – ressaltou.

Fabricie está respondendo bem ao tratamento quimioterápico desde o último mês.” Sendo assim, as células estão armazenadas e podem ser uma alternativa de tratamento na necessidade do transplante.


Para armazenar o material genético, é preciso desembolsar cerca de R$ 3 mil

O armazenamento das células-tronco do sangue do cordão umbilical custa, em média, R$ 3 mil. Segundo o fundador da empresa Cordcell, o Brasil realiza de 50 mil a 70 mil retiradas desse tipo de célula-tronco por ano, número que, segundo ele, ainda é baixo. Para Alves, a popularização do procedimento esbarra na falta de conhecimento da população:

Por ser um procedimento novo, ainda existe um certo descrédito. Pensam que é coisa do futuro, mas já está acontecendo.

Casos como os de Fabricie são raros. Uma situação semelhante ocorreu em maio de 2001 nos Estados Unidos, quando uma moradora de Houston, no Texas, apresentou diagnóstico de leucemia mieloide crônica, a mesma doença da bióloga brasileira. A americana, de 43 anos, não encontrou doadores ou amostras compatíveis nos registros de doadores de medula óssea. Sua esperança recaiu sobre a amostra de células-tronco de seu filho de três anos, que estava armazenada em um banco de sangue de cordão umbilical privado. A amostra era compatível, e o transplante foi realizado com sucesso.