Saúde e bem-estar 03/12/2013
Pesquisa avaliou adultos entre 55 e 90 anos.
Grupo que meditava melhorou
significativamente a conectividade funcional nas áreas da rede de modo
padrão, além de apresentar menor atrofia do hipocampo.
Recentemente, um estudo piloto comandado por pesquisadores do Centro
Médico Beth Israel descobriu que a redução do estresse, feita através da
meditação, pode retardar a progressão de desordens cognitivas do
envelhecimento, como o Alzheimer e outras demências.
Segundo a pesquisadora Rebeca Erwin Wells, autora do estudo, eles já sabiam da grande relação entre o estresse e a doença de Alzheimer. Além disso, ela destaca como outra razão fundamental para desenvolver a pesquisa o fato de que aproximadamente 50% das pessoas diagnosticadas com comprometimento cognitivo leve — estágio intermediário entre os declínios comuns do envelhecimento e a deterioração cognitiva — podem desenvolver a demência em cinco anos.
Segundo a pesquisadora Rebeca Erwin Wells, autora do estudo, eles já sabiam da grande relação entre o estresse e a doença de Alzheimer. Além disso, ela destaca como outra razão fundamental para desenvolver a pesquisa o fato de que aproximadamente 50% das pessoas diagnosticadas com comprometimento cognitivo leve — estágio intermediário entre os declínios comuns do envelhecimento e a deterioração cognitiva — podem desenvolver a demência em cinco anos.
Pesquisa avaliou adultos entre 55 e 90 anos
Para chegar aos resultados do estudo, Rebeca, que é neurologista do Centro Médico Wake Forest Baptist (BIDMC), avaliou adultos entre 55 e 90 anos da Unidade de Neurologia Cognitiva do BIDMC, sendo que 14 deles tinham o diagnóstico de transtorno cognitivo leve.
Os voluntários foram divididos aleatoriamente em dois grupos: aqueles que participaram da redução de estresse pela meditação e yoga, e os outros que receberam cuidados normais. Os do primeiro grupo se reuniram duas vezes por semana, durante dois meses, além de participar de um retiro que durou o dia inteiro e serem encorajados a continuar a prática em casa, por cerca de 15 a 30 minutos diários.
Os participantes foram submetidos, no começo e no final da pesquisa, a ressonâncias magnéticas funcionais (fMRI), a fim de determinar se houve quaisquer alterações nas estruturas do cérebro ou na atividade cerebral. A neuroimagem foi realizada no Hospital Geral Massachusetts Martinos Center.
— Nós estavamos particularmente interessados em examinar a rede de modo padrão (DMN) — sistema do cérebro envolvido quando as pessoas se lembram de eventos passados ou imaginam o futuro, por exemplo — e no hipocampo, parte responsável pelas emoções, aprendizado e memória, que é conhecido por atrofiar quando as pessoas tem o comprometimento cognitivo leve ou Alzheimer — explica Rebecca.
Os resultados do estudo demonstraram que o grupo que meditava melhorou significativamente a conectividade funcional nas áreas da rede de modo padrão, além de apresentar menor atrofia do hipocampo.
Apesar de também terem sido feitos testes de memória, os pesquisadores não conseguiram ver as diferenças entre os grupos nesse quesito. No entanto, Rebeca e seus colegas relataram que a maioria dos dados sugerem uma tendência para a melhoria de medidas de cognição e bem-estar.
Embora seja um estudo pequeno e mais pesquisas sejam necessárias, eles estão muito animados com os resultados.
— Se a meditação pode ajudar a retardar os sintomas de declínio cognitivo, mesmo que pouco, pode contribuir para melhorar da qualidade de vida de muitos pacientes — afirma Rebecca.
Os resultados foram publicados online no Neuroscience Letters, periódico com notícias referentes a neurociência.
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