TABAGISMO ASSOCIADO AO DESENCADEAMENTO DA ESCLEROSE MÚLTIPLA

24/08/2012 

No mês de conscientização sobre a Esclerose Múltipla, a Academia Brasileira  de Neurologia chama, mais uma vez, a atenção da sociedade civil para os fatores associados ao desenvolvimento da doença. Somente fatores genéticos não são suficientes para manifestar a enfermidade. Fatores ambientais são também associados à doença. Destacamos aqui a contribuição do tabagismo, um fator ambiental que pode ser modificado apenas com uma mudança de hábito.

A atual coordenadora do Departamento de Neuroimunologia da Academia Brasileira de Neurologia, Dra. Doralina Guimarães Brum, destaca que vários estudos epidemiológicos apontam o tabagismo como um agravante na manifestação da Esclerose Múltipla desde os anos 60. Alguns estudos encontraram uma correlação entre o tempo de tabagismo e o número de cigarros fumados com o risco de aparecimento da doença. “A interação do tabagismo com os fatores genético necessitam de mais estudos para esclarecer os mecanismos envolvidos, mas já há evidências suficientes para alertar os pacientes com EM e seus familiares sobre a influência negativa do tabagismo sobre a doença”, explicou a Neurologista.

A doença - Equivocadamente a Esclerose Múltipla pode ser associada à terceira idade, porém mulheres, entre 20 e 40 anos, são as principais atingidas pela doença. Segundo a Dra. Suzana Nunes Machado, membro da Academia Brasileira de Neurologia, a incidência é de 18 em cada 100 mil pessoas apenas nas regiões Sul e Sudeste.

O diagnóstico da doença, no entanto, ainda é confundido devido aos sintomas constantemente associados a outras doenças. Quando o diagnóstico é equivocado, compromete o tratamento.

A Esclerose Múltipla vem, na maior parte das vezes, de forma súbita e pode haver recuperação espontânea. Frequentemente ocorrem outros períodos de piora, às vezes, com sintomas diferentes do anterior. Dores podem ocorrer e algumas queixas podem ser confundidas com problemas na coluna”, explica Dra. Suzana.

O diagnóstico, por sua vez, é confirmado com exame clinico e, além disso, ressonância magnética do encéfalo e da medula espinhal. Entre os principais indícios da doença, de acordo com a neurologista, estão a fraqueza de um ou mais membros, dificuldade para falar e caminhar, falta de coordenação motora, visão dupla e até mesmo perda de visão repentina e dormências em partes do corpo.
 

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