24/07/2012
A intensidade da dor não diz nada sobre sua gravidade, já que uma crise de enxaqueca pode doer mais que um tumor cerebral.
Neurologista comenta crenças populares relacionados às causas, manifestações e tratamentos do problema.
É muito difícil conhecer alguém que não tenha experimentado crises de dor de cabeça durante a vida. Por ser um problema muito comum, existem diversos mitos e crenças populares relacionados às suas causas, manifestações e tratamentos.
— As pessoas relacionam a dor de cabeça com eventos que ocorrem simultaneamente por pura coincidência. Isso pode atrasar o diagnóstico e o tratamento da causa real da dor — afirma o neurologista Leandro Teles.
Verdade. Medicamentos analgésicos comuns são úteis para crises infrequentes ou devidas a uma causa aguda reversível. Pessoas com dores de cabeça crônicas com crises frequentes podem ter seu sintomas piorados com o uso abusivo dessas medicações. Com o tempo, a dor passa a responder cada vez menos e tende a retornar logo após o término do efeito do remédio. Considera-se exagerado o uso de analgésicos acima de duas vezes por semana.
Mito. A intensidade da dor não diz nada sobre sua gravidade. A gravidade depende da causa. Uma crise de enxaqueca intensa pode doer mais que a dor relacionada a um tumor cerebral ou uma meningite. A diferença está nos sintomas associados, no contexto clínico e no exame físico. Por isso, é fundamental a avaliação de um médico mesmo para dores mais leves.
Mito. O aumento da pressão arterial é geralmente silencioso, não causa dor na cabeça. Já o contrário é bem mais provável, a dor de cabeça eleva a pressão arterial, principalmente em pessoas predispostas. É comum as pessoas medirem a pressão com dor de cabeça e ela estar elevada, aí nasce o mito e a confusão. A pressão alta é uma doença geralmente assintomática até que ocorram complicações, por isso é necessário vigilância e controle constante, mesmo sem dor.
Verdade. Para quem tem predisposição a enxaqueca e a dor de cabeça tensional, o jejum prolongado pode desencadear uma crise. A dica é não passar mais de seis horas, durante o dia, sem se alimentar.
Mito. Muito comum as pessoas associarem dores crônicas de cabeça a problemas de visão. A miopia, de modo geral, não dá dor de cabeça, menos ainda dores intensas e frequentes. Como são doenças muito comuns, é comum a concomitância das duas, sem relação causal.
Mito. Na verdade, o alívio surge da temperatura baixa da batata, e não da batata em si. O frio tem poder analgésico local e reduz o calibre dos vasos sanguíneos aliviando um pouco a dor.
Mito. Na verdade o que ocorre é a melhora na frequência e intensidade das crises em algumas mulheres, não em todas. Aquelas que mais melhoram após a menopausa são as que têm dores relacionadas estritamente aos períodos perimenstruais.
Verdade. Mas isso depende do tipo de cabelo e do tipo de penteado. A tração intensa e contínua, principalmente em cabelos crespos, pode gerar uma dor de leve intensidade na região frontal e no topo da cabeça.
Mito. Esse é o mito mais comum de todos. Na verdade, a sinusite aguda, aquela causada por infecção, pode trazer desconforto facial e eventualmente dor de cabeça, aliado a febre e secreção nasal espessa e amarelada. A rinite e sinusite crônica, de origem geralmente alérgica, não costumam cursar com dor na cabeça. Os sintomas da sinusite alérgica são: coceira no nariz, coriza, obstrução nasal e eventualmente espirros.
Verdade. Isso não ocorre com todos os pacientes, mas uma porcentagem importante refere piora das crises após ingesta de determinados alimentos. Entre os mais citados estão: chocolate ao leite, vinho tinto, queijos amarelos, condimentos e alimentos embutidos. No caso de associação convincente entre a ingestão e as crises de dor, o alimento deverá ser evitado.
FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2012/07/uso-frequente-de-analgesicos-pode-agravar-a-dor-de-cabeca-mito-ou-verdade-3830929.html
— As pessoas relacionam a dor de cabeça com eventos que ocorrem simultaneamente por pura coincidência. Isso pode atrasar o diagnóstico e o tratamento da causa real da dor — afirma o neurologista Leandro Teles.
Para entender o que realmente tem de verdade em meio às crenças populares, o especialista analisa alguns comentários comuns sobre o tema. Mito ou verdade?
:: Uso frequente de analgésicos pode agravar o problema.
Verdade. Medicamentos analgésicos comuns são úteis para crises infrequentes ou devidas a uma causa aguda reversível. Pessoas com dores de cabeça crônicas com crises frequentes podem ter seu sintomas piorados com o uso abusivo dessas medicações. Com o tempo, a dor passa a responder cada vez menos e tende a retornar logo após o término do efeito do remédio. Considera-se exagerado o uso de analgésicos acima de duas vezes por semana.
:: Dores mais fortes são indícios de doença mais grave.
Mito. A intensidade da dor não diz nada sobre sua gravidade. A gravidade depende da causa. Uma crise de enxaqueca intensa pode doer mais que a dor relacionada a um tumor cerebral ou uma meningite. A diferença está nos sintomas associados, no contexto clínico e no exame físico. Por isso, é fundamental a avaliação de um médico mesmo para dores mais leves.
:: Quando a pressão arterial aumenta, a cabeça dói.
:: Dor de cabeça pode ser sinal de fome.
Verdade. Para quem tem predisposição a enxaqueca e a dor de cabeça tensional, o jejum prolongado pode desencadear uma crise. A dica é não passar mais de seis horas, durante o dia, sem se alimentar.
:: Dor de cabeça pode ser sinal de miopia.
Mito. Muito comum as pessoas associarem dores crônicas de cabeça a problemas de visão. A miopia, de modo geral, não dá dor de cabeça, menos ainda dores intensas e frequentes. Como são doenças muito comuns, é comum a concomitância das duas, sem relação causal.
:: Rodelas de batata crua na testa melhoram a dor de cabeça.
Mito. Na verdade, o alívio surge da temperatura baixa da batata, e não da batata em si. O frio tem poder analgésico local e reduz o calibre dos vasos sanguíneos aliviando um pouco a dor.
:: Após a menopausa, a enxaqueca desaparece.
Mito. Na verdade o que ocorre é a melhora na frequência e intensidade das crises em algumas mulheres, não em todas. Aquelas que mais melhoram após a menopausa são as que têm dores relacionadas estritamente aos períodos perimenstruais.
:: Ficar com o cabelo preso muito tempo pode dar dor de cabeça.
Verdade. Mas isso depende do tipo de cabelo e do tipo de penteado. A tração intensa e contínua, principalmente em cabelos crespos, pode gerar uma dor de leve intensidade na região frontal e no topo da cabeça.
:: Sinusite crônica causa dor de cabeça.
Mito. Esse é o mito mais comum de todos. Na verdade, a sinusite aguda, aquela causada por infecção, pode trazer desconforto facial e eventualmente dor de cabeça, aliado a febre e secreção nasal espessa e amarelada. A rinite e sinusite crônica, de origem geralmente alérgica, não costumam cursar com dor na cabeça. Os sintomas da sinusite alérgica são: coceira no nariz, coriza, obstrução nasal e eventualmente espirros.
:: Alguns alimentos pioram a enxaqueca.
Verdade. Isso não ocorre com todos os pacientes, mas uma porcentagem importante refere piora das crises após ingesta de determinados alimentos. Entre os mais citados estão: chocolate ao leite, vinho tinto, queijos amarelos, condimentos e alimentos embutidos. No caso de associação convincente entre a ingestão e as crises de dor, o alimento deverá ser evitado.
FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2012/07/uso-frequente-de-analgesicos-pode-agravar-a-dor-de-cabeca-mito-ou-verdade-3830929.html
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