28/07/2012
Os portadores de Esclerose Múltipla que frequentam a unidade de apoio à doença em Sorocaba têm enfrentado dificuldades de locomoção próximo à sede da a União dos Portadores de Esclerose Múltipla de Sorocaba e Região (Upem-Sor). Isso porque há cerca de duas semanas, a Urbes - Trânsito e Transportes fez algumas alterações no tráfego da região do Jardim Altos do Itavuvu. Com isso, a rua Otávio Luvizzoto, onde está situada entidade, passou a receber um grande número de veículos vindos da região dos bairros Jardim São Guilherme e Jardim Maria Eugênia.
Antes das alterações, o acesso à av. Itavuvu era feito direto pela rua Atanázio Soares. No entanto, agora com as mudanças é necessário que o motorista que vem de outras regiões passe ainda pelas ruas Atílio Silvano e Alcides Soares antes de entrar na via que sedia a Upem e dá acesso direto à principal avenida da região.
Antes das alterações, o acesso à av. Itavuvu era feito direto pela rua Atanázio Soares. No entanto, agora com as mudanças é necessário que o motorista que vem de outras regiões passe ainda pelas ruas Atílio Silvano e Alcides Soares antes de entrar na via que sedia a Upem e dá acesso direto à principal avenida da região.
Por meio de nota, a Urbes informou que as alterações no tráfego do local foram feitas "com o objetivo de melhorar as condições de circulação na região devido à implantação do Plaza Shopping Itavuvu". Segundo a autarquia, a passagem de veículos na rua Otávio Luvizzoto é voltada para os moradores do Jardim Pacaembu, não sendo necessária a passagem de condutores que venham pela rua Atanázio Soares, que podem acessar a av. Itavuvu através da rua Abílio Figueiredo, conforme sinalização no local. A Urbes finaliza afirmando que o trecho ainda se encontra em período de obras, solicitando a compreensão de motoristas e moradores até o término dos serviços.
Para a vice presidente da Upem-Sor, Cristiane Reis Jesus Ferreira, percorrer uma distância de cerca de 150 metros da sede da entidade até sua casa de cadeira de rodas tornou-se uma tarefa ainda mais difícil, principalmente em horários de pico. "Depois que o fluxo foi alterado, passei a levar um tempo muito maior para fazer o trajeto. Entre o final da tarde e início da noite é praticamente impossível", lamenta. Cristiane, que postou um vídeo na internet, no qual leva mais de seis minutos para atravessar o trecho, explica que a passagem tem de ser feita em meio aos automóveis. "Não há como passar pela calçada, pois existem inúmeros degraus. E na rua os carros não param. Mesmo assim, acabo entrando em meio a eles. É arriscado, mas não tenho escolha", diz.
A voluntária da entidade, Sônia Fumie Otaguro, diz que não vê benefícios nas alterações de fluxo no local. "Não consigo entender até que ponto essa mudança é boa. Para os frequentadores da Upem, a dificuldade de locomoção já é grande. Agora a situação ficou ainda pior". Segundo ela, a união possuía um espaço público, que foi retirado. "Tínhamos um espaço no Hospital Regional de Sorocaba, porém tivemos que deixar o local há cerca de três anos para a realização de uma reforma. Desde então, tenho cedido minha residência para abrigar a sede", conta.
O presidente da Upem-Sor, Leandro Giraldi Martins, também critica as dificuldades de deslocamento encontradas pelos deficientes. "As calçadas e ruas são totalmente desapropriadas. Por aqui, a acessibilidade que deveria melhor cada vez mais, só piora", reclama. O presidente ressalta também que esperava maior atenção por parte do poder público. A Upem-Sor conta com cerca de 250 portadores da doença cadastrados, onde são oferecidos voluntariamente recursos como assistência psicológica, terapia ocupacional e fisioterapia.
Questionada sobre a falta de acessibilidade nas calçadas da rua Otávio Luvizzoto e a respeito do espaço do espaço destinado à Upem-Sor no Hospital Regional de Sorocaba, a Prefeitura não se manifestou até o fechamento desta edição.
Doença sem cura
A Esclerose Múltipla é uma doença incurável que ataca o sistema nervoso central (cérebro e medula) e progride lentamente. Alguns dos sintomas mais comuns são problemas visuais, perda de equilíbrio e força, dificuldade para andar, rigidez muscular e dores articulares, entre outros. Os surtos da doença são imprevisíveis e sua causa é desconhecida. O diagnóstico é feito através de exames de imagem, como por exemplo, o de ressonância magnética. (Supervisão: Admir Machado)
Para a vice presidente da Upem-Sor, Cristiane Reis Jesus Ferreira, percorrer uma distância de cerca de 150 metros da sede da entidade até sua casa de cadeira de rodas tornou-se uma tarefa ainda mais difícil, principalmente em horários de pico. "Depois que o fluxo foi alterado, passei a levar um tempo muito maior para fazer o trajeto. Entre o final da tarde e início da noite é praticamente impossível", lamenta. Cristiane, que postou um vídeo na internet, no qual leva mais de seis minutos para atravessar o trecho, explica que a passagem tem de ser feita em meio aos automóveis. "Não há como passar pela calçada, pois existem inúmeros degraus. E na rua os carros não param. Mesmo assim, acabo entrando em meio a eles. É arriscado, mas não tenho escolha", diz.
A voluntária da entidade, Sônia Fumie Otaguro, diz que não vê benefícios nas alterações de fluxo no local. "Não consigo entender até que ponto essa mudança é boa. Para os frequentadores da Upem, a dificuldade de locomoção já é grande. Agora a situação ficou ainda pior". Segundo ela, a união possuía um espaço público, que foi retirado. "Tínhamos um espaço no Hospital Regional de Sorocaba, porém tivemos que deixar o local há cerca de três anos para a realização de uma reforma. Desde então, tenho cedido minha residência para abrigar a sede", conta.
O presidente da Upem-Sor, Leandro Giraldi Martins, também critica as dificuldades de deslocamento encontradas pelos deficientes. "As calçadas e ruas são totalmente desapropriadas. Por aqui, a acessibilidade que deveria melhor cada vez mais, só piora", reclama. O presidente ressalta também que esperava maior atenção por parte do poder público. A Upem-Sor conta com cerca de 250 portadores da doença cadastrados, onde são oferecidos voluntariamente recursos como assistência psicológica, terapia ocupacional e fisioterapia.
Questionada sobre a falta de acessibilidade nas calçadas da rua Otávio Luvizzoto e a respeito do espaço do espaço destinado à Upem-Sor no Hospital Regional de Sorocaba, a Prefeitura não se manifestou até o fechamento desta edição.
Doença sem cura
A Esclerose Múltipla é uma doença incurável que ataca o sistema nervoso central (cérebro e medula) e progride lentamente. Alguns dos sintomas mais comuns são problemas visuais, perda de equilíbrio e força, dificuldade para andar, rigidez muscular e dores articulares, entre outros. Os surtos da doença são imprevisíveis e sua causa é desconhecida. O diagnóstico é feito através de exames de imagem, como por exemplo, o de ressonância magnética. (Supervisão: Admir Machado)
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