AUMENTO DA DEMANDA ELEVA LIMITE MÁXIMO DE ATENDIMENTOS PSICOLÓGICOS VIA INTERNET

À distância  04/07/2012


A psicóloga Maria Adélia Minghelli Pieta (na tela) realiza sessões para pesquisa em caráter experimental, na UFRGS.
A partir de dezembro, o número de consultas possíveis passará de 10 para 20 sessões.

A facilidade de fazer tudo na frente do computador já foi estendida até para alguns casos de atendimentos psicológicos.

Em situações pontuais de orientação, é liberado, desde 2005, o atendimento via MSN, skype ou outra ferramenta de comunicação online.

Com o crescimento da demanda por este tipo de serviço, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) agora aumentou o número de consultas possíveis na modalidade. A partir de dezembro, o limite passará de 10 para 20 sessões, e haverá maior rigor nos seus mecanismos de segurança.

A possibilidade de fazer o dobro veio para que o acompanhamento das questões possa ser mais qualificado, mas não tem intenção de substituir a terapia prolongada.

 O atendimento online não é psicoterapia. É importante lembrar que as consultas à distância só devem ser usadas em casos muito focados, como orientação vocacional, de pacientes que estão no Exterior, para dificuldades de adaptação em uma nova cidade, problemas escolares ou questões afetivas — afirma o coordenador da comissão de credenciamento de sites do CFP, Aluízio Lopes de Brito.

Há 204 sites aptos a prestar o serviço em todo o Brasil. Segundo o Conselho Federal de Psicologia, somente quatro são gaúchos, e três destes precisam ter sua licença renovada.

Apesar do baixo número, há uma fila de sites do Estado para conseguir o selo que garante que o internauta está sendo atendido por um psicólogo credenciado e que o site tem as medidas de segurança exigidas para que não haja vazamento de dados.

 A fiscalização e o credenciamento são as garantias de que o paciente está sendo tratado por um psicólogo apto — alerta o coordenador técnico do Conselho de Psicologia do Rio Grande do Sul, Lúcio Fernando Garcia.

Embora a eficácia do tratamento online para casos específicos já seja amparada em pesquisas, ainda faltam estudos para tratamentos mais longos. Sessões de psicoterapia online só estão liberadas para pesquisa em caráter experimental, como a realizada pela psicóloga Maria Adélia Minghelli Pieta no Laboratório de Fenomenologia Experimental e Cognição da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

O estudo iniciado em junho vai tratar 24 pacientes durante três meses, metade da maneira convencional, metade em chat com vídeo na internet. Os resultados serão usados para comparar as duas modalidades.

 A pesquisa vai nos ajudar a identificar em quais tipos de tratamento prolongado não haveria perda na qualidade da psicoterapia para uma possível oferta futura desta opção — explica Maria Adélia. 

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