NANDO BOLOGNESI REVELA COMO MANTÉM O OTIMISMO APÓS TER ESCLEROSE MÚLTIPLA

29/12/2013

O Nando passou quatro meses dando carona para a Élida, uma das colegas com quem atuava em uma peça de teatro e que tentava conquistar imaginando estar diante do amor da sua vida. Para seduzi-la, ele seguia a receita do italiano Casanova: "Não há mulher que resista a assiduidade e atenção". 

Nando Bolognesi e o bom humor inabalável

 Nando Bolognesi com o filho, Leonardo, de oito anos, na casa da família em Itu

 O ator Nando Bolognesi, que sofre de esclerose múltipla, faz espetáculos e palestras contando como supera os percalços que a vida lhe trouxe com alto astral e bom humor

 Nando com a mulher, Élida, depois de passar por um transplante de medula

O ator em 1997, na peça Tartufo, de Molière

 Nando em viagem de bicicleta pela Holanda

 Com os Doutores da Alegria, que integrou até quando conseguia andar apenas de bengala; hoje, usa muletas
 No curta "Pedro e o Senhor", dirigido pelo irmão Luiz Bolognesi



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Naquela noite de 1994, os dois enfim "se pegaram" em uma festa. E Nando estava levando a jovem para a chácara de seu pai, em Itu. Já pensava em "abrir um vinhozinho, pegar uma sauninha", quando sentiu "vontade de fazer xixi". Se segurou o quanto pôde. Ao sair do carro, na porta da casa, sentiu "um líquido quente na perna". Tentou disfarçar. Mas os cães da família "vieram com o focinho no meio da minha perna". Arrasado, ele se desculpou. E foi para o chuveiro.
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De repente, a porta do banheiro range. Era Élida: "Posso tomar banho com você?".
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"E a gente tá tomando banho há 19 anos", diz Luiz Fernando Bolognesi, 45, ator, palhaço profissional, marido da Élida, pai do Leonardo, que vive essa e outras histórias tragicômicas desde que, em 1990, foi diagnosticado com esclerose múltipla. A doença, degenerativa, vem roubando os movimentos de seu corpo. E traz incômodos adicionais como incontinência urinária.
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Em 2014, Nando pretende ganhar dinheiro revelando, no teatro, as cachaças que tomou e os tombos que já levou. É o que chama de "plano Z" profissional: por causa da doença, teve que abandonar a carreira de ator (caía no palco) e mais tarde a de palhaço (integrou os grupos Doutores da Alegria e Jogando no Quintal até quando conseguia andar apenas de bengala; hoje, usa muletas). Prestou concurso público. Passou. Mas foi reprovado na perícia médica.
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Diante das portas que se fechavam, resolveu retomar projeto antigo: se apresentar sozinho no palco, falando dos percalços da própria vida. "Eu nunca gostei de stand-up comedy. Resolvi fazer a 'sit down tragedy'." As primeiras apresentações, na Faap e num teatro na Pompeia, lotaram com a divulgação entre amigos do Facebook. Prepara outras tantas para 2014.
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Nelas, que terminam sempre entre choros e gargalhadas, Nando conta que, até os anos 80, era o típico jovem da classe média alta de SP: filho de executivo, era o caçula de dois irmãos (o mais velho é o cineasta Luiz Bolognesi, casado com a diretora Laís Bodanzky). Estudou no Colégio Santa Cruz. Entrou em economia na USP e em história na PUC. Vivia da mesada do pai.
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Virou "um aluno bem medíocre", "deslumbrado com a liberdade" de que gozam os universitários de seu círculo social. Até queria mudar o mundo. Mas gostava mesmo era de jogar basquete no clube Paineiras, remar, correr e jogar futebol. "Me dedicava aos esportes e às noitadas."
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Aos 21 anos, recém-formado, ganhou um presentão do pai: uma passagem para rodar a Europa e "espairecer" antes de pegar no batente.
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"Foi uma coisa muito intensa, uma descoberta, um sonho", lembra. Arranjou emprego numa "relojoariazinha vagabunda no metrô", em Londres. Refletia, escrevia um diário. Começou a achar que a civilização "estava sendo escravizada". Decidiu que seria ator.
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*E, claro,* encontrou logo um campo e amigos para jogar futebol. Foi então que deu o primeiro tropeço. "Joguei mal, chutei o chão." Num outro dia, ao correr para pegar o metrô, quase caiu da escada rolante. "Pensei: 'Que esquisito'. Mas a viagem estava tão incrível que eu não tinha tempo para ficar em crise."
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*Em Paris,* caiu numa sarjeta e não conseguiu se levantar sozinho. Na Itália, teve dificuldades para preencher a ficha do hotel. Não conseguia apertar o frasco do desodorante. Procurou um hospital. Queriam interná-lo. Voltou ao Brasil. E teve o diagnóstico da esclerose múltipla.
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O médico disse à família que, mesmo com a doença, ele poderia levar uma vida normal. Chegou a voltar para a Europa e a viajar com um amigo de bicicleta pela Holanda. Amarrava o pé que estava sem força no pedal. Levava tombo atrás de tombo. Mas a vida seguia, bela e intensa. E ele, "desencanado".
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Só voltou a se preocupar num dia em que, na Bélgica, não conseguiu mexer um dos pés. "Senti então a mesma sensação de quando fui à boca do vulcão Stromboli, na Itália, e começou uma micro-erupção. Não era medo. E sim um grande respeito. Vi que me confrontava com uma coisa muito maior. Tive a mesma sensação de pequenez."
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A segunda "ficha que caiu" foi quando soube que a incidência da esclerose era de um caso para cada grupo de 100 mil habitantes no Brasil. "Era como seu eu estivesse no Morumbi, na final do Corinthians e São Paulo, e anunciassem que alguém ali teria a doença. A gente sempre acha que as coisas acontecem com o outro. Aí seria alguém do setor amarelo. Da fila J... eu! Cara, eu sou o outro. Tá acontecendo comigo!"
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"E não adianta eu ter pai bem relacionado, tio deputado, ser bom aluno. Nada disso vai resolver", segue ele. "As coisas são como elas são. Não tem merecimento, sentido da vida. As coisas são e pronto. A gente é que pendura os significados nelas. A vida tá aí, bicho. A vida tá aí e você não é diferente de ninguém. Eu sou eu só pra mim. Para os outros 6 bilhões de pessoas do mundo, eu sou o outro. E, se acontece com o outro, acontece comigo também." Virou o pior jogador do time de futebol. "De repente, eu era aquele cara com quem eu sempre tinha gritado. Foi um trabalho de humildade."
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Parou de beber e passou a se alimentar melhor. Entrou na EAD (Escola de Artes Dramáticas) da USP. "Fiquei encantado. Como eu tinha vivido sem aquilo por tanto tempo?" Mas logo veio um novo tombo. Agora em público, na primeira peça em que atuou.
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"Baita sucesso, casa cheia", lembra. Ele entra em cena. E se esborracha no chão: as sequelas da doença, que tiram a força das pernas, já se manifestavam de forma contundente. "Aí fiquei mal: 'Caramba, bicho. Será que a esclerose vai me impedir de ser ator?'." Seguiu na profissão com essa dúvida.
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Chorava no quarto, e só se fortalecia ao ouvir "Maria, Maria", de Milton Nascimento e Fernando Brant, na voz de Elis Regina. "'É isso aí, cara. Sou corintiano, é preciso ter força, é preciso ter gana'. Virou ritual: quando estava 'down', eu falava 'Elis, Elis, vamos lá'. E botava o disco."
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No último semestre da EAD, a luz surgiu no fim do túnel: Nando fez oficina de palhaço. E se identificou com "aquela figura que tropeça, que faz a coisa errada, que é inapto, chega em último. Porque eu sempre fui inadequado. Na economia, usava brinco. Na história, era o burguesinho que tinha carro. Na EAD, o careta, que usava camisa por dentro da calça."
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Nascia o palhaço Comendador Nelson. Na "pele" dele, Nando visitou hospitais com os Doutores da Alegria. Fez sucesso com a companhia Jogando no Quintal. Atuou em hospitais psiquiátricos na dupla Fantásticos Frenéticos. "Eu sempre falo: as soluções são simples e óbvias. A gente não as vê porque fica se martirizando." Uma das coisas que a profissão de palhaço ensina, diz, é a "desdramatizar o mundo". Fez vários tipos de terapia -antroposófica, xamânica, com um pai de santo.
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*Em 2005,* começou a piorar. Passou da cortisona em comprimido para intravenosa. Em seguida, quimioterapia. Em 2009, se submeteu a um transplante de medula. Ficou 45 dias internado. Tinha "sonhos intensos, muito malucos, muito fortes".
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A doença estacionou. Mas a fadiga crescia. Da bengala, passou a usar muletas. A profissão de palhaço também chegava ao fim. "Foi aí que falei: 'Bom, vou prestar concurso publico'." À euforia do sucesso nas provas para ser auditor fiscal sobreveio a reprovação na perícia médica, que o fez recorrer à Justiça contra a Prefeitura de SP.
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E é por isso que agora Nando, que hoje vive em Itu, partiu para as palestras. Ansioso, mas achando que tudo vai dar certo.
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E essa certeza ele tem desde que, numa viagem de avião, leu num livro da francesa Simone de Beauvoir: "É preciso saber aguardar a simplicidade dos fatos".
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"Eu li aquilo e me lembrei imediatamente das provas de química da época do colegial. Eu passava dois meses assustadíssimo. Era um terror. E a prova durava só 50 minutos - e era infinitamente mais simples do que os dois meses que eu passara sofrendo por causa dela. Realmente as coisas são mais simples do que parecem. A gente é que cria fantasia sobre elas." 

DOR QUE DESCE ATÉ O PÉ PODE SER INFLAMAÇÃO DO NERVO CIÁTICO

Belo Horizonte, 19/DEZ/2013 
 
 
O quadro, muitas vezes, é desencadeado por uma hérnia de disco e o tratamento para a inflamação é o chamado conservador, o corpo resolve o problema por si só.
 
 
 
O nervo ciático é o maior do corpo humano. Responsável pelos sentidos e pelos movimentos das pernas, começa na região lombar, é composto por raízes nervosas que saem da coluna vertebral, juntam-se e passam pela pelve, pela coxa, pela panturrilha, até terminar no tornozelo, ainda que suas ramificações cheguem até a sola dos pés. Pelo tamanho do nervo, é possível ter uma ideia da dor que ele pode desencadear.

O principal problema relacionado ao nervo ciático é a sua inflamação. Ela pode acontecer por uma diversidade de fatores pouco relacionados aos membros inferiores. “A causa mais comum de dor relacionada ao ciático é uma inflamação secundária decorrente de uma compressão em qualquer nível de seu trajeto. Na maioria das vezes, essa compressão é resultado de uma hérnia de disco na região lombar”, diz o reumatologista Cleandro Pires. Mas a hérnia não é a única razão — outros responsáveis podem ser tumores, contraturas musculares, bicos de papagaio, quedas ou acidentes ou causas mais raras, como doenças autoimunes, que acabam agredindo o próprio nervo.


Quando o disco sai do lugar, ocorre uma inflamação acompanhada de inchaço, que, por sua vez, comprime as raízes nervosas que compõem o ciático. O sintoma principal é a dor. O diagnóstico de problema no ciático não é difícil, uma vez que a dor passa no trajeto do nervo, e a maioria dos casos decorre da hérnia de disco, mas o complicado é definir o que está causando a compressão se a hérnia for descartada. “É feito um exame clínico e, para confirmar, uma radiografia da coluna. Se for insuficiente, uma ressonância magnética mostrará a origem da inflamação”, explica o ortopedista João Vicente Teodoro.

O tratamento para a inflamação é o chamado conservador — o corpo resolve o problema por si só. “Se a inflamação não estiver aliada a uma infecção, o organismo se encarrega de saná-la”, diz Cleandro. O que os médicos podem fazer durante a fase aguda é administrar anti-inflamatórios e analgésicos para ajudar a lidar com a dor, que, em alguns casos, pode obrigar o paciente a deixar as atividades diárias. “Fisioterapia e RPG ajudam na recuperação, uma vez que melhoram a postura e alongam os músculos. Acupuntura também pode contribuir”, afirma João Vicente. O repouso auxilia a melhora, já que alivia a pressão intradiscal, mas, em geral, não é recomendado por mais que cinco ou seis dias. Tempo demais no leito pode causar problemas adicionais musculo esqueléticos. 
 

DE TODA A MAGIA DE ALICE, AO DRAMA DA ESCLEROSE MÚLTIPLA

Publicado em 15 de Dezembro de 2013

 

Lançamento do livro de Lucia do Valle aconteceu recentemente no Shopping Palladium.

Lucia do Valle lançou “Entre o Caos e o Bom Humor”. A obra possui 72 páginas. Para falar da sua doença, autora utiliza a magia da história de ‘Alice no País das Maravilhas’.

 

 

A professora ponta-grossense, Lucia do Valle, lançou recentemente o livro “Entre o Caos e o Bom Humor”. A publicação retrata como a autora enfrentou o diagnóstico da esclerose múltipla, recebido há 15 anos. Para expressar as diversas etapas e formas de como enfrentou a doença, Lucia utilizou metáforas e comparações com a famosa história de ‘Alice no País das Maravilhas’. A ideia surgiu a partir de um apelido que a família deu a ela no início do tratamento. Segundo a autora, havia dias em que estava muito alegre e, quando chegava em casa, a família dizia que ela estava Alice, que é toda encantada. No texto, a autora utiliza o início do filme para contextualizar os principais tópicos do livro. 

De acordo com Lucia, a queda de Alice no buraco e a tontura foram relacionadas ao momento em que ela recebeu o diagnóstico, quando se sentiu perdida e sem chão. A obra tem 72 páginas e, de acordo com a autora, a intenção é oferecer uma leitura rápida e leve, o que influenciou na escolha do nome do livro. Lucia conta que sua principal paixão é escrever romances, mas que viu na autoajuda uma oportunidade de incentivar outros pacientes crônicos a enfrentarem suas doenças.

A publicação da obra é patrocinada pela Unimed Ponta Grossa e, para o presidente da cooperativa, Dr. Lecy Ferreira Mattos, na ocasião do lançamento, a história permite enriquecer o conhecimento dos pacientes e estimulá-los a não desanimar e seguir o tratamento. O livro pode ser adquirido nas Livrarias Curitiba do Shopping Palladium pelo preço de R$ 12,90. Interessados em bater um papo com a escritora podem ir hoje a Livraria depois das 16h ou na próxima quinta-feira no mesmo horário.

Jornal da Manhã: Agora que você já lançou o livro, que ele já pode ser apreciado pelas pessoas, como foi à recepção por parte do público?

Lucia: Foi uma recepção boa em vários sentidos. Primeiro que eu não achava que um livro de autoajuda fosse tão receptivo. Segundo, porque eu tive o patrocínio total da Unimed. Eu achei isso muito bom, pois já deu para ver que outras publicações também estão contanto com o patrocínio de empresas da cidade, valorizando os escritores ponta-grossenses. 

Terceiro, porque foi uma experiência maravilhosa poder apresentar um romance para o público. Esse meu texto já estava há dois anos na gaveta. Então, isso significou muito para a minha pessoa. Eu estou esperando agora que mais pessoas que já leram cheguem até mim e comentem as suas impressões da obra. Incluo nesse grupo ainda, as pessoas que sofrem de alguma doença crônica. 

Quero muito saber o que elas acharam do livro.

 

PESSOA COM DOENÇA GRAVE TEM DIREITO À ISENÇÃO FISCAL E BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS

Legislação  15/12/2013


Os portadores de doenças graves e de algum tipo de necessidade especial podem ser beneficiados com isenções fiscais e direitos previdenciários previstos na legislação brasileira. Existe também uma possibilidade de isenção de impostos para portadores de deficiências físicas e intelectuais na compra de automóveis. Especialistas destacam que todas essas alternativas estão dispostas na Constituição Federal, no Código Tributário Nacional e nas legislações federal, estadual e municipal.
 
A advogada Beatriz Rodrigues Bezerra, do escritório Innocenti Advogados Associados e colaboradora do Portal Previdência Total, explica que, para se beneficiar de qualquer isenção, a pessoa deve comprovar a doença grave ou deficiência com um laudo médico. “Isso porque, para solicitar o benefício, há a necessidade de um laudo emitido por serviço médico oficial da União, dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios”.
 
Alan Balaban, sócio do escritório Braga e Balaban Advogados, observa que as doenças graves são aquelas que têm evolução prolongada, são permanentes ou para as quais não existe cura. “São aquelas doenças que levam o empregado a afastar-se por mais de 15 dias do trabalho, sem previsão de retorno”.
 
São consideradas doenças graves e estão relacionadas nas normas oficiais: câncer, aids, doenças profissionais, tuberculose ativa, alienação mental, Esclerose Múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados de doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação e fibrose cística.
 
Como pedir a isenção
 
O deficiente ou doente grave deve requerer seus benefícios junto ao INSS, onde se submeterá a perícia médica. O professor Marco Aurélio Serau Jr., da área de Direito Previdenciário, ressalta, porém, que os benefícios fiscais não são atribuição do INSS; devem ser discutidos junto à Receita Federal ou estadual, conforme o caso (IPTU e IPVA, por exemplo).
 
O primeiro passo para o pedido é o afastamento do trabalhador pelo INSS, que, segundo Alan Balaban, comprova a gravidade da doença. “Com esse documento em mãos, o trabalhador pode requerer o benefício previdenciário e, ainda, diversos incentivos fiscais. Por exemplo, o portador de HIV ou câncer, poderá sacar o FGTS”.
Beatriz Rodrigues observa que, se a doença gerar deficiência física incapacitante, o trabalhador pode pedir isenções dos seguintes impostos na compra de veículos: ICMS, IOF, IPI e IPVA. “Devido ao caráter pessoal destes benefícios, a concessão está vinculada à comprovação da condição física; pouco importa se a deficiência é congênita, decorrente de doença grave ou acidente, desde que seja incapacitante ou dificulte muito a condução de um veículo comum”.
 
A burocracia é, também, uma barreira a ser vencida, comenta Alan Balaban. “O INSS, por exemplo, não consegue processar a quantidade de solicitações de auxílios e/ou pedidos de aposentadoria que recebe. Quanto mais os pedidos de outros benefícios, que dependem de novas avaliações; há uma fila para que eles sejam ou não deferidos”.
 
Nova lista
 
O Senado aprovou recentemente um projeto de lei prevendo que formas incapacitantes das doenças reumáticas, neuromusculares ou osteoarticulares crônicas ou degenerativas sejam incluídas na lista de moléstias que isentam os portadores do prazo de carência para receber o auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez.
 
Esse projeto de lei do Senado (PLS 319/2013) já foi aprovado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Segundo o autor da proposta, senador Paulo Paim (PT/RS), esse grupo inclui doenças como o lúpus eritematoso sistêmico, a osteoporose, a esclerose lateral amiotrófica, a esclerose múltipla e a artrite reumatóide.

Confira mais informações no site www.previdenciatotal.com.br



FONTE:http://www.atribuna.com.br/economia/pessoa-com-doen%C3%A7a-grave-tem-direito-%C3%A0-isen%C3%A7%C3%A3o-fiscal-e-benef%C3%ADcios-previdenci%C3%A1rios-1.355734

CONHEÇA MITOS E VERDADES SOBRE A INFECÇÃO URINÁRIA

Incômodo   14/12/2013 

Beber muita água é fundamental para prevenir a infecção urinária. 
Problema é bastante comum entre as mulheres.


A infecção urinária é uma das doenças mais recorresntes entre as mulheres. De acordo com o urologista membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia João Afif Abdo, cerca de dois terços delas experimentam, no mínimo, um episódio do problema ao longo da vida, sendo que 23% dessas mulheres têm dois episódios e 5% têm recorrências. 


O especialista listou os principais mitos e verdades sobre o problema. Veja:


A infecção urinária é causada apenas por fungos: mito



A infecção do trato urinário pode ser causada por fungos, porém a maioria delas é provocada por bactérias que podem se alojar no aparelho urinário. A infecção pode se alojar apenas na bexiga (cistites) ou atingir os rins (pielonefrites). As cistites são mais frequentes e geralmente provocam dor ao urinar, frequência urinária muito aumentada e às vezes até sangramento às micções. Já as pielonefrites provocam os mesmos sintomas da cistite, mas comprometem o estado geral das pessoas com febre alta, mal estar geral e fraqueza. As bactérias mais comuns nas infecções do aparelho urinário coexistem normalmente nos intestinos, mas quando entram em contato com o sistema urinário, tornam-se nocivos e causam grande desconforto ao paciente.


A doença só acomete as mulheres: mito 



A infecção pode acontecer com os homens também, mas é muito mais frequente nas mulheres. A própria anatomia feminina é uma das causas que facilitam o aparecimento das infecções urinárias nas mulheres. A uretra feminina é bastante curta e desemboca no genital ao lado da vagina. Por outro lado, ela está muito próxima da região anal, área contaminada até mesmo em pessoas com boa higiene, fato este que facilita o aparecimento de infecções ginecológicas e que a partir daí podem contaminar o aparelho urinário. 


A infecção acontece mais frequentemente em certas épocas do ano: verdade



No inverno as chances de contrair a infecção aumentam. Em épocas mais frias, as pessoas costumam ingerir menos líquidos e sentem menos necessidade de ir ao banheiro. O ato de urinar auxilia na limpeza do canal da uretra e, quando isso não acontece, há um aumento da possibilidade de reter bactérias no local. Já no verão, período normalmente de férias, é natural que as mulheres mudem seus hábitos diários, como alimentação e atividades do cotidiano, causando uma oscilação no funcionamento do organismo. Este fato aumenta o risco de contrair a infecção urinária. 


Um dos sintomas da infecção urinária é a urina ficar rosada: verdade



Entre os sintomas da infecção do trato urinário estão: necessidade frequente de urinar acompanhada de dor, modificação na cor da urina, que passa a ser turva ou rosada (pela presença de sangue), alteração no cheiro, que se intensifica, além de febres e dores na região lombar, dependendo da gravidade do caso.


Ardor e dor para urinar são sempre sintomas de infecção urinária: mito



A queixa pode também estar relacionada a infecções ginecológicas, traumatismo local e alergias.


A única maneira de prevenir a infecção é adquirir o costume de ingerir muita água: mito



Cuidados simples podem ser tomados para evitar o problema. Beber muita água é fundamental, assim como urinar logo após a relação sexual e tomar cuidado durante uma atividade sexual para evitar a contaminação da área genital. Não segurar a vontade de ir ao banheiro também é importante. No longo prazo, essa prática pode enfraquecer a bexiga, que passa a não conseguir eliminar totalmente a urina e essa sobra é prejudicial.

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2013/12/conheca-mitos-e-verdades-sobre-a-infeccao-urinaria-4364078.html

 

PORTUGUESES DESCOBREM PROTEÍNA PARA ESCLEROSE MÚLTIPLA

12/12/2013 



Uma equipa de investigadores da Universidade do Minho descobriu uma proteína cuja acção é fulcral no tratamento da Esclerose Múltipla. A mesma pode ajudar a percepcionar a rapidez com que a doença evolui em cada paciente e, dessa forma, adaptar o tipo de medicação mais preciso, avança o portal Boas Notícias.

Os resultados do estudo, levado a cabo pela equipa liderada por João Cerqueira, foram agora publicados na revista 'Frontiers in Cellular Neuroscience' e sugerem que a lipocalina 2 pode ser usada como marcador de diagnóstico e avaliador de prognóstico na esclerose múltipla, uma vez que a mesma aumenta nos pacientes com a doença.
 
"Ao medir a quantidade desta proteína presente no líquido da espinal-medula, é possível saber, com alguma segurança, se o doente vai ter uma evolução mais ligeira ou agressiva da doença. Isso vai permitir um ajustamento mais adequado e eficaz da terapêutica em cada paciente", explica o neurologista de 36 anos.
 
Em comunicado enviado ao Boas Noticias, os especialistas avançam ainda que o sol e respectiva vitamina D também beneficiam o tratamento da esclerose múltipla, na medida em que ajudam ao controlo do sistema imunitário.
 
"Há um défice endémico desta vitamina na população ocidental, que deixou de se expor ao sol em quantidades suficientes. Isso pode agravar uma série de doenças imunitárias e outras degenerativas como o Alzheimer", avança o docente da Escola Superior de Ciências da Saúde da Universidade do Minho.
 
A esclerose múltipla surge quando o próprio sistema imunitário se começa a agredir a si mesmo, em particular ao sistema nervoso central (cérebro e espinal medula) e à mielina, que protege os neurónios. Essa mudança interfere com as funções coordenadoras centrais como a sensibilidade, a locomoção, a cognição, a audição, a visão e a excreção.
 
Em Portugal, a doença afecta cerca de 5.000 portugueses, numa média de 46 casos em cada 100.000, entre os 20 e os 40 anos de idade, dos quais dois terços são mulheres.


NÚMERO DE VÍTIMAS DE ALZHEIMER CRESCE 22% EM TRÊS ANOS

Sem solução à vista   11/12/2013

Doença é caracterizada pela morte progressiva dos neurônios. 
Especialistas estimam que 135 milhões de pessoas deverão sofrer com a doença em 2050.


O número de pessoas que sofrem com a demência, principalmente em decorrência do mal de Alzheimer, aumentou em 22% nos últimos três anos, atingindo 44 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo relatório recente da Federação Internacional de Estudos sobre o Mal de Alzheimer.

Este número deverá triplicar até 2050, para quando é estimado que haverá cerca de 135 milhões de pessoas vítimas da demência em todo o planeta. A doença é caracterizada pela existência de placas senis (identificadas como agregados de proteínas beta-amiloides), bem como uma degeneração neurofibrilar, ligada à proteína Tau em estado anormal ("fosforilada"), que se acumula nos neurônios e propaga a sua destruição. Apesar dos progressos, as pesquisas ainda se concentram em entender a sequência de eventos que levam à morte neural, para melhor elucidar as primeiras alterações identificadas no organismo do paciente. 

— A busca não está avançando rápido o suficiente e os modelos animais são imperfeitos. Para parar a engrenagem fatal seria necessário intervir antes do início dos sintomas, o que significa que deveríamos ser capazes de diagnosticar muito cedo o risco de uma pessoa desenvolver Alzheimer, quase dez anos antes das primeiras manifestações da doença — afirma o professor Philippe Amouyel, diretor da Fundação Nacional de Alzheimer da França.


Testes neuropsicológicos, genéticos, tomografias por emissão de pósitrons e dosagem do líquido que banha a medula espinhal são alguns dos instrumentos mais comuns existentes para a detecção da doença hoje em dia. Também há estudos que são conduzidos para melhor identificar as pessoas em risco de desenvolver Alzheimer. De acordo com especialistas, a identificação de vinte genes que predispõem à doença em sua forma esporádica (não-familiar) oferecem novos caminhos que podem ajudar a desenvolver tratamentos e métodos de triagem do problema.

Estimular a mente, ocupar-se com atividades variadas e até mesmo trabalhar por mais tempo diminuem o risco de desenvolver a doença, ou pelo menos retardam o seu aparecimento, conforme demonstrado por estudos franceses e americanos — algo que não pode ser desprezado, dizem os cientistas.

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2013/12/numero-de-vitimas-de-alzheimer-cresce-22-em-tres-anos-4361414.html

 

ESCOLIOSE NÃO É PROBLEMA APENAS DE ADOLESCENTES

Coluna vertebral   09/12/2013

Cirurgia é recomendada apenas para quem tem sintomas incapacitantes não aliviados pelos tratamentos não invasivos. 
Índice da doença deve crescer com o envelhecimento da população.



 Durante uma viagem de família ao Grand Canyon três verões atrás, meu filho Erik, que caminhava atrás de mim, comentou:

 Mãe, o lado direito do seu quadril é mais alto do que o esquerdo.

Eu sei — respondi, rapidamente desqualificando a observação.

Porém, ela voltou a me assombrar muitos meses mais tarde, quando tive duas percepções relacionadas: as pernas esquerdas das minhas calças eram todas mais compridas e eu havia encolhido alguns centímetros.

Diagnóstico: escoliose adulta, uma curvatura assimétrica da coluna vertebral que, se não cuidada, poderia vir a me deixar ainda mais baixa e torta, incapacitada por um nervo espinhal pinçado e dependendo de andador para manter o equilíbrio.

Determinada a minimizar mais o encolhimento e evitar dor e lesão ao nervo, marquei consulta com um médico que, após analisar as radiografias da minha coluna disforme, afirmou que os músculos do meu lado direito, onde se encontrava a protusão da coluna, estavam mais desenvolvidos que os da esquerda. Ele prescreveu um exercício de ioga — prancha lateral — para fortalecer os músculos da esquerda e exercer tração suficiente na coluna para a protusão não aumentar ainda mais à direita. O médico sugeriu que o exercício poderia até endireitar um pouco a curvatura.

Venho fazendo esse exercício, em conjunto com dois outros sugeridos por um fisioterapeuta, todos os dias, há oito meses. O fisioterapeuta também sugeriu o uso de calcanheiras no sapato esquerdo para ajudar a nivelar os quadris e ombros. Embora ainda seja muito cedo para saber se houve uma redução significativa da curva espinhal, ela certamente não piorou e, a não ser que meu espelho minta, eu pareço menos torta.

Embora se costume pensar que a escoliose seja um problema de adolescentes, que geralmente precisam de colete ou cirurgia para corrigir a curvatura, o problema é muito mais comum em adultos mais velhos. Segundo um estudo de ortopedistas do Centro Médico Maimonides, no Brooklyn, com 75 voluntários saudáveis com mais de 60 anos, 68% tinham deformidades na coluna que batiam com a definição de escoliose: desvio da curvatura em relação à vertical em mais de 10 graus.

Estudos anteriores relataram a prevalência da escoliose, em adultos mais velhos, de até 32%. Tais análises podem ter incluídos adultos que eram mais jovens do que os do estudo do Brooklyn, cuja média de idade era de 70,5 anos e não sentiam dor nem deficiência ligada ao problema de coluna.

Seja qual for o índice real, a prevalência de escoliose em adultos é alta e estima-se que cresça conforme a população envelhece. A causa mais comum por trás das deformidades da coluna na meia idade ou mais tarde é a degeneração dos discos entre as vértebras e, às vezes, das vértebras em si.


Prevenção e tratamento 


Exercícios que fortalecem os músculos do tronco — do abdômen, costas e pélvis — ajudam a dar suporte à coluna e podem reduzir o risco de desenvolver escoliose, além de prevenir ou minimizar os sintomas. Demonstrações de exercícios para o tronco que podem ser feitos em casa, com ou sem auxílio de bola para ginástica, são facilmente encontrados na internet.

Eu sou nadadora e minha fisioterapeuta insistiu para que eu acrescentasse o nado de costas na minha ginástica diária na água, para fortalecer o tronco e os músculos dorsais e dos ombros, impedindo de me inclinar para frente conforme for envelhecendo.

Logo descobri que o nado costas é mais desafiante do que a natação estilo livre e, ao praticá-lo durante metade da minha sessão de 40 minutos na água, perdi peso e fiquei mais forte.

A maioria das pessoas que desenvolve sintomas de escoliose pode ser tratada com medicação comum e exercícios para aumentar a força e a flexibilidade. O uso de colete não é recomendado na escoliose adulta porque pode enfraquecer ainda mais os músculos do tronco.

O tratamento cirúrgico é reservado para quem tem sintomas incapacitantes não aliviados por tratamentos não invasivos. A cirurgia costuma envolver fusão vertebral para aliviar a pressão nos nervos afetados. É mais arriscada em adultos do que nos adolescentes com escoliose, a taxa de complicação é mais elevada e a recuperação, lenta, segundo a Sociedade de Pesquisa da Escoliose.

Todavia, estão havendo avanços no desenvolvimento de medidas menos invasivas, como o uso de substâncias biológicas que estimulam o crescimento do osso em vértebras degeneradas.

Consequências, prevenção e fatores

— Ao contrário da escoliose na juventude, que aflige mais garotas do que garotos, a escoliose adulta afeta homens e mulheres basicamente na mesma proporção

— Alguns tiveram escoliose quando criança, que voltou a progredir gradualmente à medida que a idade avançada cobrou seu preço sobre a coluna. Contudo, a grande maioria dos adultos com escoliose teve colunas normais durante a juventude

— O corpo desalinhado é a consequência menos séria da escoliose. Provoca dor em nádegas, costas ou pernas

— Também causa neuropatia, um distúrbio de sensação e função quando um nervo da coluna é comprimido entre as vértebras. A neuropatia deve ser tratada de imediato para prevenir a morte do nervo e a perda permanente da função


Problemas evitáveis 
— Embora não existam maneiras infalíveis de prevenir todos os casos de escoliose adulta, certos problemas aumentam as chances de ela se desenvolver e são evitáveis. Uma é estar com sobrepeso ou obeso e a outra é fumar

— Uma terceira causa é a falta de condicionamento físico, o que resulta em músculos fracos no tronco


Riscos 
— Entre os fatores de risco estão o desgaste da osteoartrite e da osteoporose, o afinamento e o enfraquecimento dos ossos, que podem fazer as vértebras se quebrarem e se comprimirem de forma desigual

— Quem passa por cirurgia de coluna para remoção de tecido pressionando os nervos às vezes fica com desequilíbrio na coluna. Uma lesão na coluna que deforme as vértebras também pode levar à escoliose

Sintomas 

— Geralmente, os adultos não buscam tratamento para a escoliose até apresentarem sintomas. Os mais comuns são dores na região lombar, travamento e torpor, cãibra ou dor lancinante nas pernas

— Quem sofre com o problema costuma se inclinar para a frente tentando aliviar a pressão sobre os nervos afetados

— Pessoas com escoliose podem ainda se inclinar para frente porque perdem a curva natural na lombar

— A postura compensadora, por sua vez, pode prejudicar os músculos na lombar e nas pernas, causando fadiga indevida e dificuldade para realizar tarefas de rotina. 

DISLEXIA É CAUSADA POR RUÍDO NA CONECTIVIDADE CEREBRAL, APONTE ESTUDO

Pesquisa   06/12/2013

Dislexia afeta 10% da população mundial. 
Descoberta indica caminhos de novo tratamento para transtorno neurológico.


A dislexia, uma dificuldade para ler e compreender, seria resultado de uma má conectividade entre duas regiões do cérebro, revelou nesta quinta-feira uma pesquisa que lança nova luz à origem deste transtorno neurológico que afeta 10% da população mundial.

Durante várias décadas, neurologistas e psicólogos atribuíram este problema de aprendizagem a uma representação mental defeituosa das palavras, inclusive fonemas, elementos sonoros característicos da língua, segundo Bart Boets, autor principal do estudo publicado na revista americana Science. Para confirmar esta hipótese, os cientistas examinaram com uma ressonância magnética (RM) 45 estudantes de 19 a 32 anos, 23 dos quais eram severamente disléxicos, para obter imagens tridimensionais do seu cérebro quando escutavam diferentes séries de sons.

— Assim foi possível obter um bom registro neuronal de representações fonéticas dos sons escutados — explicou Boets, psicólogo da Universidade Católia de Lovaine, na Bélgica.

Os participantes escutaram uma série de sons diferentes como "ba-ba-ba-ba" e deviam identificar o que era diferente, um exercício que, segundo os cientistas, requer uma boa representação mental dos diferentes fonemas. Os cientistas descobriram que as respostas do grupo de disléxicos e a intensidade de suas reações neuronais foram similares aos do grupo de controle.

— Suas representações fonéticas mentais estavam perfeitamente intactas — disse Boets. 

Mas os participantes disléxicos foram aproximadamente 50% mais lentos para responder, segundo os cientistas.

Acesso defeituoso à região cerebral dedicada à linguagem 

Quando analisaram a atividade geral do cérebro, os autores do estudo descobriram que os disléxicos tinham uma coordenação menor entre treze regiões do cérebro que têm a ver com os sons básicos e a área de broca, uma das principais responsáveis ao processamento da linguagem.

Outras análises revelaram que quanto mais frágil a coordenação entre estas duas regiões cerebrais, mais lenta a resposta dos participantes. Isso demonstra que a causa da dislexia não é uma má representação mental dos fonemas, mas um acesso defeituoso destes sons na região do cérebro que processa o som, concluíram os autores.

Para Frank Ramus, cientista especialista neste tema na École Normale Supérieure de Paris, que não participou deste estudo, "esta é a pesquisa mais conclusiva em cinco anos" sobre a dislexia. "Se estes resultados se confirmarem vão mudar completamente nossa compreensão da dislexia", disse em um artigo à parte, publicado na Science. 

No entanto, outros especialistas se mostram mais céticos. Michael Merzenich, neurologista da Universidade da Califórnia em San Francisco (oeste dos EUA), disse não estar convencido de que a atividade neuronal medida no estudo seja representativa dos diferentes fonemas ouvidos.

Para Iris Berent, linguista da Universidade Northeastern em Illinois (norte dos EUA), também citada em um artigo da revista Science, as diferenças nos sons usados neste estudo foram muito óbvias.

Um método mais preciso seria provar contrastes mais sutis entre os sons ambíguos com os quais os disléxicos têm a maior dificuldade, disse, em desacordo com Boets e Ramus. Mas, segundo Ramus, "a RM teria mostrado se os disléxicos tinham uma representação defeituosa" dos fonemas escutados, inclusive se não tivesse diferenças mais sutis entre eles.

Boets já vislumbra um novo tratamento potencial para restaurar a conectividade normal entre as duas regiões do cérebro, que são aparentemente a causa da dislexia.

— Não é inconcebível usar algum tipo de estimulação elétrica não invasiva do cérebro para restaurar a comunicação entre estas duas regiões do cérebro — disse o pesquisador.

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2013/12/dislexia-e-causada-por-ruido-na-conectividade-cerebral-aponta-estudo-4356309.html

 

FISIOTERAPIA AUXILIA RECUPERAÇÃO DE PESSOAS COM ESCLEROSE MÚLTIPLA

Doença atinge principalmente mulheres entre 20 e 40 anos e é de difícil diagnóstico; Abem oferece diversas opções de tratamento.



FONTE:http://saude.terra.com.br/videos/fisioterapia-auxilia-recuperacao-de-pessoas-com-esclerose-multipla,484662.html

MEDITAÇÃO PODE RETARDAR A PROGRESSÃO DO ALZHEIMER E DEMÊNCIA, INDICA ESTUDO

Saúde e bem-estar   03/12/2013

Pesquisa avaliou adultos entre 55 e 90 anos. 
Grupo que meditava melhorou significativamente a conectividade funcional nas áreas da rede de modo padrão, além de apresentar menor atrofia do hipocampo.


Recentemente, um estudo piloto comandado por pesquisadores do Centro Médico Beth Israel descobriu que a redução do estresse, feita através da meditação, pode retardar a progressão de desordens cognitivas do envelhecimento, como o Alzheimer e outras demências.

Segundo a pesquisadora Rebeca Erwin Wells, autora do estudo, eles já sabiam da grande relação entre o estresse e a doença de Alzheimer. Além disso, ela destaca como outra razão fundamental para desenvolver a pesquisa o fato de que aproximadamente 50% das pessoas diagnosticadas com comprometimento cognitivo leve — estágio intermediário entre os declínios comuns do envelhecimento e a deterioração cognitiva — podem desenvolver a demência em cinco anos. 


Pesquisa avaliou adultos entre 55 e 90 anos


Para chegar aos resultados do estudo, Rebeca, que é neurologista do Centro Médico Wake Forest Baptist (BIDMC), avaliou adultos entre 55 e 90 anos da Unidade de Neurologia Cognitiva do BIDMC, sendo que 14 deles tinham o diagnóstico de transtorno cognitivo leve.

Os voluntários foram divididos aleatoriamente em dois grupos: aqueles que participaram da redução de estresse pela meditação e yoga, e os outros que receberam cuidados normais. Os do primeiro grupo se reuniram duas vezes por semana, durante dois meses, além de participar de um retiro que durou o dia inteiro e serem encorajados a continuar a prática em casa, por cerca de 15 a 30 minutos diários.

Os participantes foram submetidos, no começo e no final da pesquisa, a ressonâncias magnéticas funcionais (fMRI), a fim de determinar se houve quaisquer alterações nas estruturas do cérebro ou na atividade cerebral. A neuroimagem foi realizada no Hospital Geral Massachusetts Martinos Center.

— Nós estavamos particularmente interessados em examinar a rede de modo padrão (DMN) — sistema do cérebro envolvido quando as pessoas se lembram de eventos passados ou imaginam o futuro, por exemplo — e no hipocampo, parte responsável pelas emoções, aprendizado e memória, que é conhecido por atrofiar quando as pessoas tem o comprometimento cognitivo leve ou Alzheimer — explica Rebecca.

Os resultados do estudo demonstraram que o grupo que meditava melhorou significativamente a conectividade funcional nas áreas da rede de modo padrão, além de apresentar menor atrofia do hipocampo.

Apesar de também terem sido feitos testes de memória, os pesquisadores não conseguiram ver as diferenças entre os grupos nesse quesito. No entanto, Rebeca e seus colegas relataram que a maioria dos dados sugerem uma tendência para a melhoria de medidas de cognição e bem-estar.

Embora seja um estudo pequeno e mais pesquisas sejam necessárias, eles estão muito animados com os resultados.

— Se a meditação pode ajudar a retardar os sintomas de declínio cognitivo, mesmo que pouco, pode contribuir para melhorar da qualidade de vida de muitos pacientes — afirma Rebecca.

Os resultados foram publicados online no Neuroscience Letters, periódico com notícias referentes a neurociência.  

 

ESTRESSE NO TRABALHO AUMENTA RISCO DE INFARTO ENTRE MULHERES

Silencioso   03/12/2013

Dupla jornada feminina é fator que contribui para o estresse. 
Mudança de hábitos é o primeiro passo para evitar o problema.


O estresse é composto de um conjunto de reações fisiológicas que, se exageradas em intensidade ou duração, podem levar a um desequilíbrio no organismo. A reação ao estresse é uma atitude biológica necessária para a adaptação a situações novas. O problema está associado a maior incidência de infarto e outros eventos cardíacos.

As mulheres têm sofrido cada vez mais com o estresse. As exigências do mercado de trabalho e a dupla jornada enfrentada ainda por muitas mulheres podem gerar o problema. Soma-se ainda a falta de tempo para a prática de exercícios físicos e uma alimentação não balanceada. Esse cenário pode desencadear um processo patológico — como o infarto, por exemplo.

Outra combinação explosiva para as mulheres é o cigarro e o uso de anticoncepcionais. Estudos apontam que, nesses casos, o risco de a mulher sofrer um ataque cardíaco pode ser até 30 vezes maior. A explicação está nos hormônios femininos — estrogênio e progesterona — que protegem as mulheres de doenças como o infarto, mas que têm esse efeito reduzido pelo cigarro.

Segundo o cardiologista do Hospital Samaritano de São Paulo Maurício Jordão, a situação se complica ainda mais porque o infarto pode ser silencioso nas mulheres, sem gerar a típica dor no peito e o mal-estar — sintomas característicos do infarto nos homens.

— Os sintomas típicos mais conhecidos são dores no peito, que se estendem para o braço esquerdo, e formigamento. No entanto, outros sinais podem indicar o princípio da doença, como dor abdominal, suores frios, palidez, náuseas e vômitos. Em mulheres, a incidência dos sintomas típicos é menor — afirma o cardiologista.


>>Em site especial, leia reportagens sobre trabalho e qualidade de vida


Dicas para evitar o problema:


Faça exames completos periódicos, principalmente depois dos 40 anos, ou se você faz parte dos grupos de risco

Evite alimentos ricos em colesterol e o uso excessivo de sal

Evite o consumo excessivo de álcool

Elimine o uso de cigarros e drogas

Faça exercícios físicos sob orientação médica

Incorpore ao dia-a-dia atividades que ajudem a relaxar ou proporcionem momentos de alegria, como hobbies, passeios, entre outros

Previna ou trate doenças como diabetes, hipertensão e distúrbios relacionados ao colesterol

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2013/12/estresse-no-trabalho-aumenta-risco-de-infarto-entre-as-mulheres-4352996.html

 

CUBA É UM PIONEIRO NA TERAPIA CELULAR PARA DOENÇA PROGRESSIVA

Segunda-feira 2 dezembro de 2013

Várias crianças cubanas têm se beneficiado de terapia celular que ocorre na ilha.
Cuba está prestes a ser um dos primeiros países a desenvolver a terapia celular para tratar doenças progressivas e incuráveis, tais como a Distrofia Muscular, o tratamento foi realizado com sucesso em várias crianças cubanas que sofrem desta doença.


Hoje centenas de pessoas se beneficiam em Cuba progresso da terapia celular que está sendo feito para os pacientes que sofrem de doenças progressivas e incuráveis, tais como a distrofia muscular, e muito em breve, a ilha caribenha poderia estar entre os primeiros países a encontrar eficaz para este tipo de tratamentos da doença , informou segunda-feira a imprensa internacional .
Um dos primeiros a beneficiar desta terapia era o menino Enzo Barriga, que sofre de distrofia muscular e que tem feito progressos com o tratamento .
A mãe de um paciente de 12 anos que também sofre de distrofia muscular de Duchenne , a Sra. Cecilia Hernandez , disse a jornalistas sobre a melhoria que ele apresentou seu filho depois de passar por um células-tronco adultas autólogas dentro de um julgamento clínico .
"Meu filho ganhou independência. Você pode tomar banho e vestir-se . Abdominal atrás. Subir e descer alguns degraus de escada " , disse Hernandez.
Nesta ilha caribenha , os serviços de saúde , mesmo os mais avançados , são livres para seus quase 11,2 milhões de pessoas. Entre as reformas do modelo socialista que governa o país , o setor de saúde foi reorganizada em 2010, a fim de melhorar o atendimento e os avanços médicos continuam a representar uma mais-valia importante para o desenvolvimento cubano .
O Estado cubano gasto em saúde mais de 15 por cento do produto interno bruto e mantém apoio a estudos , como a terapia celular, que ainda estão em ensaios clínicos , envolvendo uma dezena de hospitais e são responsáveis ​​por cerca de cinco mil casos menos de uma década .
Na terapia celular, o pediatra cubano Omar Lopez, que está a participar neste projecto, disse aos jornalistas que '' foram se movendo com cautela. Enzo começou com pouco mais de um ano como uma terapia compassivo. O cara ganhou na função motora e deterioração parado. Nós estendemos o estudo para oito crianças , que tem sido uma melhoria mais óbvia. Não é uma cura, mas aumenta a sua qualidade de vida. "
Na sua opinião, os resultados promissores poderia ser explicado porque ter a capacidade de regenerar danificadas por doenças, traumatismos ou tecidos do envelhecimento , as células-tronco são capazes de manter estável por um período de tempo especificado perdeu força muscular. " Mas, no futuro , não sabemos o que vai acontecer ou se vai aumentar a expectativa de vida ", disse ele .
Cuba introduzido neste tipo de tratamento em 2004, lembrou aos repórteres hematologista Porfirio Hernández , coordenador nacional do grupo cubano de Medicina Regenerativa e Terapia Celular .
O especialista explicou que os testes são realizados principalmente em tratamentos angiológicas , doenças traumáticas e ortopédicas e doenças das gengivas .
" Ele tem trabalhado com sucesso em pacientes com fraturas ósseas complexas , distúrbios isquêmicos da parte inferior e membros periodontite ", disse ele .
Hernandez apontou que , em qualquer caso que utiliza células-tronco embrionárias por razões científicas e outras , inclusive econômico. "Além de a oposição de ordem ética , religiosa, moral e política, devemos levar em conta os riscos, porque uma elevada percentagem de células testadas nesses animais produzem tumores ", disse ele .
As células estaminais adultas são obtidas a partir da medula óssea do paciente , que , para sair em maiores números para a periferia , previamente inoculado factor estimulante de colónias de granulócitos . Este produto, muito caro a nível internacional, ocorre em Cuba com dois nomes, e Hebervital Leucocim , " felizmente para todos", disse o especialista .


 


MAIORIA DAS FRATURAS POR OSTEOPOROSE PODE REDUZIR EXPECTATIVA DE VIDA, APONTA ESTUDO

Atenção   02/12/2013 

Fraturas prejudicam significativamente a vida dos pacientes. 
Todas exigem cuidados médicos e tratamento adequado.

Já é sabido que as fraturas vertebrais e no quadril aumentam o risco de morte prematura. Entretanto, pouco se sabe sobre o impacto clínico das fraturas em outras partes do corpo. Uma nova pesquisa australiana mostra que elas também podem aumentar o risco de morte, descoberta que indica melhores formas de realizar o tratamento.

Esse tipo de fraturas correspondem a 50% daquelas causadas pela osteoporose e podem se tornar graves. Por isso, devem ser tratadas com medicamentos para reforço ósseo para reduzir o risco de uma fratura maior.

Os professores Jackie Center e Dana Bliuc examinaram os dados do Dubbo Osteoporose Epidemiology Study, o mais longo estudo em larga escala do mundo já realizado sobre fraturas ósseas por osteoporose. Os pesquisadores calcularam o risco de morte após uma fratura, bem como o risco de sofrer outra fratura. Os resultados foram publicados no Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism.

— O ponto importante que descobrimos é que todas as fraturas são sérias, algumas mais graves do que outras, mas a maioria tem o potencial de reduzir a expectativa de vida — disse Dana Bliuc. 

As fraturas como do úmero, das costelas ou pélvica podem ser tão graves como as fraturas vertebrais e podem reduzir a expectativa de vida. Já fraturas como do pulso ou do tornozelo não causam esse efeito, mas devem ser levadas a sério pois podem dobrar o risco sofrer novo trauma.

A professora Jackie Center acredita que a maioria das fraturas por osteoporose deve ser tratada com medicamentos para reduzir o risco de novos traumas.