ANSIEDADE , TRANSTORNO QUE COMEÇA NA INFÂNCIA

Alerta 31/07/2012


Santa Casa do Rio de Janeiro faz triagem para pesquisa internacional e trata de graça quadros psiquiátricos em crianças e adolescentes.

A Santa Casa da Misericórdia do Rio está participando de uma pesquisa de avaliação comportamental junto com a USP e a Duke University, nos EUA, com crianças e adolescentes entre 8 e 15 anos, com Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) e Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC). Desde o ano passado um grupo de 50 pessoas está em tratamento monitorado por questionários sofisticados a cada quatro meses: 88% melhoraram só com terapia, 8% precisaram de medicamentos e 4% abandonaram as sessões. A boa notícia é que a Santa Casa está fazendo uma nova triagem este mês para tratar de graça quadros de TAG e TOC, basta que os pais preencham questionários (veja os links em anexo) e, se observados pelo menos cinco dos sintomas descritos, entrem em contato com o Setor de Psiquiatria da instituição.

- O diagnóstico precoce ajuda a dar mais qualidade para as pessoas não sofrerem a vida toda com transtornos que, muitas vezes, são mais incapacitantes que diabetes e hipertensão - explica o psiquiatra Fábio Barbirato, chefe da psiquiatria infantil da Santa Casa do Rio.

O TAG, segundo ele, aumentou numa proporção de 10% ao ano nos últimos 15 anos por causa da violência e da maior exigência de que as crianças sejam boas em tudo, entre outros motivos. A idade média de início é aos 8 anos e meio, com maior frequência em meninas. O TOC é o quarto transtorno psiquiátrico mais comum, com prevalência de 2,5% ao longo da vida, com sintomas tendo início na adolescência. O tratamento na Santa Casa é feito em 40 consultas gratuitas ao longo de um ano, com terapias comportamentais que envolvem crianças e pais.

- Esta será uma amostra brasileira de uma pesquisa internacional. Com o tratamento agora, é possível que estas crianças e adolescentes tenham uma vida normal no futuro - diz Barbirato.

PESQUISAS COM CÉLULAS-TRONCO PODE AJUDAR NO CONTROLE DA HIPENTERSÃO EM MG

30/07/2012

  
Células-tronco podem ajudar no combate à hipertensão.
Professor de universidade em Uberaba desenvolve trabalho há sete anos.
Na cidade existem 30 mil hipertensos cadastrados, segundo secretaria. 

Em Uberaba, no Triângulo Mineiro, uma pesquisa desenvolvida com células-tronco cardíacas pode ter como resultado um medicamento para ajudar no combate à hipertensão. O professor de Fisiologia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Valdo José da silva, desenvolve o trabalho há sete anos. "Nós temos dados preliminares que mostram que células-tronco cardíacas do hipertenso são numericamente reduzidas e provavelmente a função delas também deve estar alterada. E isso deve ter algum impacto no desenvolvimento da hipertrofia cardíaca, que é muito comum no paciente hipertenso", explicou o professor.

Os primeiros testes já foram feitos em ratos e camundongos. Nos ratos hipertensos uma única injeção de um concentrado de células-tronco fez a pressão arterial apresentar uma queda de 20 a 30 milímetros de mercúrio por um período de até 15 dias. "Um dia na vida do rato corresponde a mais de um mês na vida do homem. Seriam 15 meses, ou seja, uma única injeção dessas células no ser humano vai fazer a pressão cair durante mais de um ano", concluiu Valdo. O estudo foi aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e receberá R$ 24 mil. O recurso será aplicado em novos testes em animais.


Em Uberaba, segundo dados da Secretaria de Saúde, existem 30 mil hipertensos cadastrados. O número de pessoas com a doença pode ser maior, já que nem todos procuram o serviço municipal de assistência conhecido como Hiperdia. Para se cadastrar no programa Hiperdia basta procurar uma unidade básica de saúde levando comprovante de endereço, cartão do Sistema Único de Saúde (SUS), documentos pessoais e se informar sobre os dias de atendimento aos grupos participantes.

A dona de casa Adriana dos reis descobriu que estava com hipertensão há pouco mais de um ano. "Eu sentia muita dor de cabeça e nos braços, às vezes o braço adormecia muito. Fui ao cardiologista e descobri que estava com a pressão bem alta", contou.

Para conviver com a doença e evitar sustos ela faz um controle minucioso. São três medicamentos diários, além da aferição com equipamento próprio. E a notícia da pesquisa com células-tronco reforça a esperança para enfrentar a doença. "Seria muito bom mesmo porque a gente tem que tomar remédio para o resto da vida e é difícil", disse Adriana.


NO DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA AS HEPATITES VIRAIS, SAIBA MAIS SOBRE AS MANIFESTAÇÕES DA DOENÇA

Fígado comprometido 28/07/2012


Como fica um fígado humano infectado pela Hepatite C.
Se não tratadas adequadamente, hepatites podem levar a cirrose e câncer no fígado.

Em suas diversas formas, as hepatites virais podem evoluir para cirrose e câncer no fígado, se não tiverem o tratamento adequado. Em 28 de julho, é lembrado o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, com diversas campanhas de conscientização, inclusive encabeçadas pelo Ministério da Saúde.

No Brasil, existem cerca de 3 milhões de portadores do tipo mais grave da doença, a hepatite C, transmitida através de transfusões de sangue ou cirurgias, relação sexual, utilização de agulhas e seringas contaminadas ou mesmo de mãe para filho. Nas transfusões sanguíneas realizadas no país antes de 1992 houve uma grande incidência de transmissão da hepatite C. Hoje, porém, já se usam métodos de análise que garantem a segurança do processo.

A doença é caracterizada pela inflamação do fígado na infecção aguda e fibrose nos casos crônicos. De acordo com a hepatologista Edna Strauss, os sintomas iniciais podem ser confundidos com os da gripe: febre, dores no corpo, náusea e falta de apetite. 

Cerca de 30% dos contágios de hepatite C acontecem por meios desconhecidos. E, apesar das várias linhas de pesquisa a respeito da doença, a vacina para esse tipo ainda não foi desenvolvida. Por isso, a especialista recomenda cuidados simples como não compartilhar objetos — escovas de dentes, alicates de unhas, agulhas de acupuntura e aparelhos de barbear. O uso de preservativos nas relações sexuais é outra maneira de não se expor ao risco.

Na fase aguda ou crônica da hepatite C são indicados medicamentos de alta complexidade, por tempo prolongado e que têm muitos efeitos colaterais. Quando o tempo de doença ultrapassa seis meses, as possibilidades de cura giram em torno de 50%, embora novos medicamentos alcancem porcentagens de 75%. O tratamento pode variar entre 24 a 72 semanas, dependendo do genótipo do vírus, do estágio da doença e da evolução da carga viral durante o tratamento.

Diferentemente das hepatites A e B, que podem ser prevenidas com a aplicação de vacinas, não há imunizante contra o tipo C, sendo fundamental o diagnóstico precoce para evitar o agravamento do quadro, causa mais frequente de transplante hepático no Brasil e no mundo.

Em Porto Alegre, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) organizou uma campanha no Parque da Redenção, das 10h às 17h, onde será disponibilizado à população testes rápidos para diagnóstico de hepatites B e C e vacinas para quem não tiver a doença. Quem tiver o resultado do teste positivo, será encaminhado para exames definitivos e acompanhamento médico.


:: Hepatite A


A hepatite A é adquirida através da ingestão de água e alimentos contaminados pelo vírus. Assim, merece especial importância ao ato de lavar bem as mãos antes e depois de ir ao banheiro, antes das refeições, além de lavar corretamente frutas e legumes antes de consumi-los.


:: Hepatite B


No caso da hepatite B, ganha destaque a transmissão através de relações sexuais sem preservativos e durante o parto das mães infectadas pelo vírus da hepatite B. Ela pode também ser transmitida por via parenteral, isto é, através do uso de drogas injetáveis, transfusões com sangue contaminado e realização de procedimentos com material contaminado e não esterilizado, como tatuagens e procedimentos estéticos em salões de beleza.


:: Hepatite C


Atualmente, a hepatite C é a maior causa de cirrose, sendo assim a principal doença que leva os pacientes ao transplante de fígado. Sua descoberta foi feita em 1989, mas apenas a partir de 1992 os bancos de sangue começaram o seu rastreamento entre os doadores. Assim, pacientes que receberam transfusões de sangue antes desta data estão entre a população de risco.


SERVIÇO

O quê? Dia Mundial da Luta contra as Hepatites Virais

Quando? Sábado, 28 de julho, das 10h às 17h

Onde? Parque da Redenção e no Hospital Parque Belém (avenida Oscar Pereira, 8.300, bairro Belém Velho)

Quanto? Gratuito

Mais informações: site da SMS

FONTE: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2012/07/no-dia-mundial-de-luta-contra-as-hepatites-virais-saiba-mais-sobre-as-manifestacoes-da-doenca-3834510.html

 

MUDANÇA DE TRÂNSITO DIFICULTA O ACESSO DE PACIENTES DA UPEM

28/07/2012 
Placas indicam as mudanças de tráfego perto da entidade que cuida de portadores de Esclerose. 


Os portadores de Esclerose Múltipla que frequentam a unidade de apoio à doença em Sorocaba têm enfrentado dificuldades de locomoção próximo à sede da a União dos Portadores de Esclerose Múltipla de Sorocaba e Região (Upem-Sor). Isso porque há cerca de duas semanas, a Urbes - Trânsito e Transportes fez algumas alterações no tráfego da região do Jardim Altos do Itavuvu. Com isso, a rua Otávio Luvizzoto, onde está situada entidade, passou a receber um grande número de veículos vindos da região dos bairros Jardim São Guilherme e Jardim Maria Eugênia.

Antes das alterações, o acesso à av. Itavuvu era feito direto pela rua Atanázio Soares. No entanto, agora com as mudanças é necessário que o motorista que vem de outras regiões passe ainda pelas ruas Atílio Silvano e Alcides Soares antes de entrar na via que sedia a Upem e dá acesso direto à principal avenida da região.
 


Por meio de nota, a Urbes informou que as alterações no tráfego do local foram feitas "com o objetivo de melhorar as condições de circulação na região devido à implantação do Plaza Shopping Itavuvu". Segundo a autarquia, a passagem de veículos na rua Otávio Luvizzoto é voltada para os moradores do Jardim Pacaembu, não sendo necessária a passagem de condutores que venham pela rua Atanázio Soares, que podem acessar a av. Itavuvu através da rua Abílio Figueiredo, conforme sinalização no local. A Urbes finaliza afirmando que o trecho ainda se encontra em período de obras, solicitando a compreensão de motoristas e moradores até o término dos serviços.

Para a vice presidente da Upem-Sor, Cristiane Reis Jesus Ferreira, percorrer uma distância de cerca de 150 metros da sede da entidade até sua casa de cadeira de rodas tornou-se uma tarefa ainda mais difícil, principalmente em horários de pico. "Depois que o fluxo foi alterado, passei a levar um tempo muito maior para fazer o trajeto. Entre o final da tarde e início da noite é praticamente impossível", lamenta. Cristiane, que postou um vídeo na internet, no qual leva mais de seis minutos para atravessar o trecho, explica que a passagem tem de ser feita em meio aos automóveis. "Não há como passar pela calçada, pois existem inúmeros degraus. E na rua os carros não param. Mesmo assim, acabo entrando em meio a eles. É arriscado, mas não tenho escolha", diz.

A voluntária da entidade, Sônia Fumie Otaguro, diz que não vê benefícios nas alterações de fluxo no local. "Não consigo entender até que ponto essa mudança é boa. Para os frequentadores da Upem, a dificuldade de locomoção já é grande. Agora a situação ficou ainda pior". Segundo ela, a união possuía um espaço público, que foi retirado. "Tínhamos um espaço no Hospital Regional de Sorocaba, porém tivemos que deixar o local há cerca de três anos para a realização de uma reforma. Desde então, tenho cedido minha residência para abrigar a sede", conta.

O presidente da Upem-Sor, Leandro Giraldi Martins, também critica as dificuldades de deslocamento encontradas pelos deficientes. "As calçadas e ruas são totalmente desapropriadas. Por aqui, a acessibilidade que deveria melhor cada vez mais, só piora", reclama. O presidente ressalta também que esperava maior atenção por parte do poder público. A Upem-Sor conta com cerca de 250 portadores da doença cadastrados, onde são oferecidos voluntariamente recursos como assistência psicológica, terapia ocupacional e fisioterapia.

Questionada sobre a falta de acessibilidade nas calçadas da rua Otávio Luvizzoto e a respeito do espaço do espaço destinado à Upem-Sor no Hospital Regional de Sorocaba, a Prefeitura não se manifestou até o fechamento desta edição.

Doença sem cura

A Esclerose Múltipla é uma doença incurável que ataca o sistema nervoso central (cérebro e medula) e progride lentamente. Alguns dos sintomas mais comuns são problemas visuais, perda de equilíbrio e força, dificuldade para andar, rigidez muscular e dores articulares, entre outros. Os surtos da doença são imprevisíveis e sua causa é desconhecida. O diagnóstico é feito através de exames de imagem, como por exemplo, o de ressonância magnética. (Supervisão: Admir Machado)

 

SISTEMA DIGESTIVO EM ORDEM

28 de julho de 2012 |


Realização de exames preventivos é essencial para evitar tumores.

Entre os tipos de câncer do sistema digestivo no Brasil, cerca de 30,1 mil neste ano serão de intestino (colo e reto), segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). As mulheres são as mais atingidas pela doença, com 15.960 novos casos, contra 14.180 do sexo masculino, mas a prevenção é necessária para ambos os gêneros, sobretudo a partir dos 50 anos.

A enfermidade pode, atualmente, ser identificada com bastante segurança e antecedência. De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed), Sérgio Bizinelli, já é possível detectar a doença de maneira precoce por meio da endoscopia baixa ou colonoscopia, um exame rápido e indolor e que gera grande possibilidade de cura.

– Se existissem programas no SUS para o incentivo do exame, menos pessoas morreriam por causa dessa enfermidade – afirma.

Os sintomas podem ter intensidade distinta. Variam de mudança do ritmo intestinal, com prisão de ventre ou diarreia sem causa aparente, ou anemias sem motivo. A pessoa que evacua uma vez ao dia e repentinamente passa dias sem evacuar ou que vai ao vaso muitas vezes no mesmo dia sem que tenha alterado a alimentação deve suspeitar de algum problema. Essa alteração no ritmo intestinal é um alerta para que se procure logo um médico.

 

Variações não visíveis

 

As variações no funcionamento normal do organismo também mudam de acordo com a localização do tumor. Se ao lado direito do abdômen, o mais comum é um quadro de fraqueza, anemia e diarreia. Quando do lado esquerdo, há maior probabilidade de prisão de ventre. Já o câncer no reto tem como principais indicativos o sangramento e a vontade recorrente de ir ao vaso. Nesse caso, é comum o paciente confundir o problema com hemorroida, o que mascara a doença. Mas há diferenças: em casos de hemorroidas, o sangue vivo não se encontra misturado às fezes, característica presente no sangue ocasionada pelo câncer. Mas como é complicado para o paciente distinguir entre um e outro, a indicação é procurar um médico em caso de sangramento.

Para Bizinelli, o Brasil deveria investir em campanhas de prevenção dos cânceres do aparelho digestivo, assim como ocorre com a mama e a próstata.

– Com a colonoscopia, conseguimos ver todo o intestino grosso. Podemos até retirar um pólipo, que é a formação de verruga na parede do intestino ou reto e que pode evoluir para um tumor, que é encaminhada para a biópsia – detalha o especialista.

Nem todos os casos de pólipos evoluem para um tumor, mas 95% dos casos de neoplasias do cólon provêm da formação de pólipos, como explica Bizinelli.

Se um pólipo é retirado, o repouso é de apenas 24 horas. No Brasil, o câncer no intestino é o quarto mais frequente nos homens, atrás apenas do câncer de estômago, de pulmão e de próstata. O desenvolvimento do câncer colorretal leva de 10 a 15 anos, segundo estimativas. Por isso, a maior incidência ocorre a partir dos 60 anos. Quanto mais casos na família, maior o risco de desenvolver a doença.


A eficiência da endoscopia

 

O endoscopista digestivo e diretor da Sobed de Minas Gerais, Jairo Silva Alves, lembra que os cânceres de esôfago, de estômago e de duodeno também podem ser diagnosticados por uma endoscopia alta. O tumor no esôfago é o mais recorrente entre os três órgãos e, geralmente, muito perigoso, pois se desenvolve silenciosamente.


– Existem alguns métodos para o diagnóstico, mas o mais seguro e eficiente é a endoscopia. Até porque permite intervenção imediata. O aparelho endoscópico permite inserirmos uma pinça para retirar o pólipo ou aplicar um medicamento – garante.





Dieta saudável

 

A alimentação está intimamente ligada ao surgimento tanto do câncer de intestino quanto do de esôfago. Gordura animal, refeições pobres em fibra e ricas em corantes favorecem a incidência. Os corantes liberam nitrosaminas no intestino, substâncias reconhecidamente cancerígenas, presentes numa série de produtos industrializados.

Na dieta rica em gordura, destacam-se as carnes gordas, a manteiga e os queijos amarelos. A gordura da carne vermelha, os alimentos salgados e os defumados também têm substâncias carcinogênicas e devem ser evitados.

 

 


COMPRIMIDO ÚNICO É CAPAZ DE TRATAR ALZHEIMER, PARKINSON E ESCLEROSE MÚLTIPLA

26/07/2012

Um comprimido desenvolvido por cientistas dos EUA tem potencial para tratar Alzheimer, Parkinson e Esclerose Múltipla. Dados recolhidos num estudo com ratos reúnem evidências de que, se administrada cedo, esta nova abordagem pode ser capaz de evitar que o desenvolvimento da doença de Alzheimer se complete, avança o portal Isaúde.


O medicamento funciona através do amortecimento da inflamação, considerada ser pelo menos parcialmente responsável por muitas doenças cerebrais degenerativas, como danos causados por ferimentos na cabeça e AVC.



Ensaios realizados com animais foram encorajadores. Actualmente, um estudo de fase I com humanos está em andamento, embora os resultados ainda não tenham sido divulgados.



Resultados dos estudos com animais mostram que o novo fármaco é eficaz contra a doença de Alzheimer, a doença de Parkinson, a Esclerose Múltipla (MS), a doença do neurónio motor, a demência frontotemporal, além de apresentar benefícios em casos de complicações de lesões cerebrais traumáticas.



As duas drogas, actualmente conhecidas como MW151 e MW189, foram patenteadas por cientistas da Northwestern University, em Chicago. Os medicamentos trabalham bloqueando a produção excessiva - e prejudicial - de moléculas sinalizadoras do sistema imune, chamadas citocinas pró-inflamatórias.



Os autores do projecto dizem que as drogas oferecem uma abordagem completamente diferente para o tratamento da doença Alzheimer, entre outras condições. A pesquisa publicada do Journal of Neuroscience traz informações sobre como a MW151 é capaz de impedir o desenvolvimento de Alzheimer em ratos de laboratório.



A abordagem tem como alvo o acúmulo dos depósitos da proteína beta amilóide no cérebro, característica chave da doença de Alzheimer.



Em contraste, as novas drogas são concebidas para fazer com que a inflamação pare de perturbar a fiação do cérebro e matar neurónios.



Citocinas pró-inflamatórias fazem com que as sinapses, conexões entre as células cerebrais, tenham uma falha na ignição. Eventualmente, toda a organização do cérebro cai em desordem, como um computador falhando, e os neurónios morrem.



"Os níveis elevados de citocinas pró-inflamatórias podem contribuir para a avaria sináptica", diz o investigador envolvido no estudo Martin Watterson.



Aos ratos geneticamente modificados para desenvolver a doença de Alzheimer foram dadas MW151 três vezes por semana a partir de seis meses de idade. Um estágio comparável em seres humanos seria quando um paciente começa a sofrer declínio mental leve. Como resultado, aos 11 meses, período em que os ratos deveriam ter o Alzheimer completamente desenvolvido, os níveis de citocinas encontradas nos cérebros das cobaias se mostraram normais. As suas sinapses também estavam trabalhando normalmente.



Ratos não tratados apresentaram níveis anormalmente altos de citocinas no cérebro e as suas sinapses foram falhando.



"A droga protege contra os danos associados a deficiência de aprendizagem e memória. Dar este medicamento antes das alterações de memória do Alzheimer pode ser uma abordagem promissora para tratar a doença no futuro", diz a co-autora do estudo Linda Van Eldik.



Uma inflamação prejudicial também desempenha um papel em uma grande variedade de outras doenças neurodegenerativas, levantando a possibilidade de usar a droga para o tratamento de diferentes condições.



Testes anteriores em ratos mostraram que MW151 é capaz de reduzir a gravidade de uma doença semelhante à esclerose múltipla em seres humanos.



Noutras experiências com ratos, a droga impediu o surgimento de citocinas pró-inflamatórias após a lesão cerebral traumática. "Tomar uma droga como esta logo após uma lesão cerebral traumática ou mesmo de um acidente vascular cerebral torna possível prevenir as complicações a longo prazo, incluindo risco de convulsões, deficit cognitivo, e, até mesmo, problemas mentais" diz o cientista envolvido no projeto Mark Wainright.



Parkinson, demência não originada do Alzheimer e doença do neurónio motor são outras condições que podem ser resolvidas através desta nova abordagem.



Uma das principais vantagens da droga é que ela pode ser engolida como um comprimido, em vez de ser injectada. O medicamento atravessa facilmente a "barreira cérebro-sangue", uma parede de fortaleza física e molecular que impede que moléculas tóxicas entrem no cérebro.



Resultados dos ensaios de fase I vão apresentar dados sobre a segurança da droga em humanos.


DOR CRÔNICA NO PESCOÇO PODE PIORAR COM A IDADE E REVELAR PROBLEMAS EMOCIONAIS

Coluna cervical 26/07/2012


Região cervical é a mais sensível da coluna, por isso, a dor no local exige cuidados.
Cervicalgia pode atingir metade da população mundial a partir dos 18 anos e indica problemas graves na coluna.

Responsável por sustentar o peso de seis quilos da cabeça e realizar mais de 600 movimentos diários, a coluna cervical, localizada na região do pescoço, é vítima de queixas constantes de dor e incômodo.

A cervicalgia, como é identificada pelos especialistas, é sintoma de um problema que pode atingir de 30% a 50% da população mundial durante a vida, agravando-se com o passar dos anos.

Composta por sete vértebras, a coluna cervical mantém contato com estruturas importantes do organismo, como a medula espinhal, vasos arteriais e venosos e nervos ligados ao cérebro. Entre 18 e 65 anos, é comum essa região começar a apresentar complicações, e a cervicalgia é um sintoma.

A dor na estrutura cervical é sinal de algum problema. O mais comum é o desgaste físico da coluna, que surge com o envelhecimento — afirma o cirurgião ortopedista Aldemar Roberto Mieres Rios.

Segundo o médico, as complicações começam nos discos intervertebrais, que são anéis fibrocartilaginosos entre as vértebras, responsáveis por amortecer o peso da cabeça e manter a estabilidade da coluna. Essas estruturas são compostas por um gel de proteína que se rompe com o passar do tempo, perdendo água e desidratando os discos. Consequentemente, eles perdem sua funcionalidade. Essas alterações também estão relacionadas a fatores genéticos e ao modo de vida.

O problema resulta em outros diagnósticos graves, transformando-se em uma "bola de neve" de doenças degenerativas. Conforme Rios, as complicações do envelhecimento da estrutura podem ocasionar hérnias de disco, quando ocorre compressão das raízes nervosas da coluna, ou estenoses, com o estreitamento ou redução do canal por onde passam a medula e os nervos.


Problemas psicossomáticos


A cervicalgia pode revelar problemas psicossomáticos. Segundo o médico ortopedista, quando a pessoa está com um nível de estresse elevado, por exemplo, a tensão é um fator para contrair a musculatura da coluna cervical, ocasionando a dor no pescoço. Dormência nos ombros, braços e pernas também são sinalizadores de problemas emocionais e físicos, quando ocorre compressão da medula e dos nervos.

O alívio da dor surge com o tratamento adequado da região cervical, que deve ser encaminhado por especialistas. O paciente passa por triagem e exames clínicos antes de iniciar procedimentos mais específicos.

A região cervical é a parte mais sensível da coluna, por isso, a dor no local exige cuidados — alerta o cirurgião.

Não é normal, por exemplo, haver incômodo no pescoço durante a noite, quando estamos relaxados. Isso pode indicar tumores ou infecções. Apenas o diagnóstico detalhado do médico pode trazer uma nova perspectiva para a pessoa manter uma vida tranquila.

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2012/07/dor-cronica-no-pescoco-pode-piorar-com-a-idade-e-revelar-problemas-emocionais-3833133.html

 

SAIBA O QUE FUNCIONA E O QUE NÃO FUNCIONA PARA ALIVIAR A ARTRITE

The New York Times 25/07/2012


Médico recomenda atividades sem impacto, como pedalar ao ar livre ou numa bicicleta ergométrica.
Cirurgia de substituição do joelho pode ser menos útil do que outras medidas para amenizar a dor.

Se você viver o bastante — isto é, mais de 50 ou 60 anos — existe uma boa chance de as articulações, provavelmente os joelhos ou a bacia, desenvolverem artrite. E se a dor ou a rigidez começar a limitar seriamente a capacidade de desfrutar a vida e executar tarefas rotineiras, existe a chance de você considerar a hipótese de substituir a junta problemática.

Pessoas com osteoartrite recorrem cada vez mais a cirurgias. A taxa de substituição do joelho está simplesmente explodindo, acima da proporção do aumento das mudanças artríticas vistas nas radiografias, e a cirurgia de substituição contribui enormemente para o crescimento dos custos da saúde pública — diz o reumatologista e epidemiologista da Faculdade de Medicina da Universidade de Boston David T. Felson.

Entre 1979 e 2002, a cirurgia de substituição do joelho subiu 800% entre as pessoas com mais de 65 anos. Embora Felson tenha descrito a substituição da bacia como "dinamite" — com grande eficiência no alívio da dor e recuperação da função — a troca do joelho pode ser muito menos útil.

Para entre 10 e 30% dos pacientes, a melhora não acontece — disse Felson.


Como o problema começa


A osteoartrite resulta do desgaste e ruptura das juntas. A artrite reumatoide, por sua vez, é um distúrbio autoimune. Cerca de 27 milhões de norte-americanos têm osteoartrite que limita a vida cotidiana, o número aumenta conforme a população envelhece e engorda.

A cada passo, a força exercida sobre as articulações que suportam peso é uma vez e meia a do peso corporal. Ao correr, a força aumenta sete ou oito vezes. Dessa forma, a maneira mais eficiente de prevenir a artrite nos joelhos e quadris é perder peso, para quem tiver sobrepeso, e buscar atividades recreativas sem impacto — afirma Glen Johnson, que falou sobre prevenção e tratamento da artrite na reunião anual da Associação Nacional de Treinadores Atléticos, em junho.

Enquanto a maioria das pessoas pensa que a osteoartrite é um rompimento da cartilagem que impede o contato direto entre os ossos, estudos recentes mostraram que ela é uma doença muito mais complicada e envolve tecidos dentro e ao redor das juntas, incluindo ossos e medula. A inflamação pode ser um fator contribuinte e a genética também desempenha um papel. Até agora, foram identificados três genes que aceleram o desenvolvimento da artrite.

Qualquer tipo de lesão ou cirurgia nas articulações, mesmo realizada por artroscopia, eleva o risco de surgimento da artrite. É por isso que tantos atletas profissionais e amadores desenvolvem artrite em idades mais jovens.

Mesmo assim, existem muitas soluções potenciais além da cirurgia para reduzir a dor artrítica e preservar — talvez até restaurando — a função normal da articulação. Ainda que a cirurgia seja necessária, ela pode ser adiada por vários anos com tratamentos cuja eficácia foi comprovada em testes clínicos bem planejados.

Geralmente, as juntas artificiais duram de 10 a 15 anos. Adiar a cirurgia é útil porque com quanto menos idade se substitui uma articulação, maior é a probabilidade de uma nova troca se mostrar necessária. E tanto equipamentos como técnicas cirúrgicas vivem sendo aprimoradas, ao adiar uma troca de articulação, você pode terminar passando por uma operação mais simples ou utilizando uma prótese mais durável.

Aceite o conselho de quem já passou por isso: a substituição da articulação, principalmente do joelho, não é moleza. É essencial fazer uma fisioterapia árdua e a recuperação pode ser demorada e dolorosa. Também existem limitações após a recuperação porque as juntas artificiais não são tão flexíveis com aquelas com que nascemos.


O que funciona e o que não funciona


:: Emagrecer


Vamos começar pelo básico. Se você pesa mais do que deveria, faça o possível para se livrar desses quilos extras. Até mesmo a perda de 10 a 15% do peso corporal pode fazer uma grande diferença.

Não tenho como salientar o bastante a importância do peso corporal. Com nossa crise nacional de obesidade, veremos mais e mais casos de artrite nos joelhos, tornozelos, quadris e coluna — explica Johnson.

Stephen Messier, professor de ciências da saúde e exercícios da Universidade Wake Forest, demonstrou num experimento entre 450 homens e mulheres com osteoartrite que uma dieta de perda de peso aliada a um programa de ginástica bem planejado podem reduzir de forma significativa a dor no joelho.


:: Fortalecer as coxas


De acordo com Johnson, os exercícios mais úteis são os que fortalecem os quadríceps (músculos da frente das coxas), como "leg press", miniagachamento, agachamento com apoio e exercícios de flexão e extensão que restaurem e preservem a extensão do movimento. Várias visitas ao fisioterapeuta podem ajudar.

"A severidade da dor está diretamente ligada ao grau de fraqueza muscular", Felson escreveu no New England Journal of Medicine. Ainda segundo ele, caso o joelho doa durante os exercícios, estes deve ser evitados.


:: Adaptar os sapatos


Outra medida que pode auxiliar é usar o calçado correto com ajustes na sola e salto, se necessários. Procure uma loja especializada em avaliar os pés e a pisada. Você tem pés chatos? Tem pernas arqueadas ou joelhos voltados para dentro? Palmilhas sob medida podem auxiliar a diminuir a pressão sobre joelhos ou quadris com artrite.


:: Pedalar


Embora a maioria dos especialistas recomende a caminhada, Johnson, por sua vez, prefere atividades sem impacto, como pedalar ao ar livre ou numa bicicleta ergométrica, nadar ou fazer ginástica numa máquina de remo seco ou elíptica. Segundo ele, quem preferir caminhar pode se beneficiar usando tênis para corrida.


:: Usar joelheiras


O emprego de joelheiras por um paciente com artrite também pode ser útil, principalmente se elas tirarem a pressão da parte afetada da articulação. As joelheiras auxiliam quem sofre de artrite a continuar participando de atividades físicas e a adiar a necessidade de cirurgia.


:: Tomar remédios


Normalmente, analgésicos só ajudam temporariamente, quando ajudam. De acordo com especialistas, deve-se tentar tomar doses diárias de paracetamol (o ingrediente do Tylenol) por ser significativamente mais seguro do que o ibuprofeno e outros antinflamatórios não esteroides.

Estudos clínicos bem conduzidos mostraram não haver alívio significativo da dor no joelho artrítico com o uso de suplementos de glucosamina e sulfato de condroitina, embora Felson tenha afirmado que, se as pessoas sentirem melhoras com eles, ele não desestimula seu uso.

Também não existem provas de benefício por meio de dimetil sulfona, S-adenosilmetionina ou acupuntura. Ainda segundo Felson, existem indícios de que remédios para osteoporose possam auxiliar, embora ainda não tenham sido avaliados no caso de pacientes com artrite num teste clínico randomizado.

Também existem sugestões do benefício da vitamina K, nutriente essencial encontrado em vegetais crucíferos (brócolis, couve, repolho e similares), os quais são bons para a saúde em geral (a menos que você tome anticoagulantes).

Os tratamentos médicos incluem injeções de esteroides a cada três ou quatro meses para controlar a dor e ganhar tempo, e injeções de substitutos do fluido sinovial, como Synvisc, duas vezes por ano. 

No geral, porém, assegura Johnson, isso não adianta muito quando a artrite chega ao estágio de osso no osso. 


 

USO FREQUENTE DE ANALGÉSICOS PODE AGRAVAR A DOR DE CABEÇA. MITO OU VERDADE?

24/07/2012


A intensidade da dor não diz nada sobre sua gravidade, já que uma crise de enxaqueca pode doer mais que um tumor cerebral.
Neurologista comenta crenças populares relacionados às causas, manifestações e tratamentos do problema.

É muito difícil conhecer alguém que não tenha experimentado crises de dor de cabeça durante a vida. Por ser um problema muito comum, existem diversos mitos e crenças populares relacionados às suas causas, manifestações e tratamentos.

— As pessoas relacionam a dor de cabeça com eventos que ocorrem simultaneamente por pura coincidência. Isso pode atrasar o diagnóstico e o tratamento da causa real da dor — afirma o neurologista Leandro Teles.


Para entender o que realmente tem de verdade em meio às crenças populares, o especialista analisa alguns comentários comuns sobre o tema. Mito ou verdade?


:: Uso frequente de analgésicos pode agravar o problema.

Verdade. Medicamentos analgésicos comuns são úteis para crises infrequentes ou devidas a uma causa aguda reversível. Pessoas com dores de cabeça crônicas com crises frequentes podem ter seu sintomas piorados com o uso abusivo dessas medicações. Com o tempo, a dor passa a responder cada vez menos e tende a retornar logo após o término do efeito do remédio. Considera-se exagerado o uso de analgésicos acima de duas vezes por semana.


:: Dores mais fortes são indícios de doença mais grave.


Mito. A intensidade da dor não diz nada sobre sua gravidade. A gravidade depende da causa. Uma crise de enxaqueca intensa pode doer mais que a dor relacionada a um tumor cerebral ou uma meningite. A diferença está nos sintomas associados, no contexto clínico e no exame físico. Por isso, é fundamental a avaliação de um médico mesmo para dores mais leves.


:: Quando a pressão arterial aumenta, a cabeça dói.


Mito. O aumento da pressão arterial é geralmente silencioso, não causa dor na cabeça. Já o contrário é bem mais provável, a dor de cabeça eleva a pressão arterial, principalmente em pessoas predispostas. É comum as pessoas medirem a pressão com dor de cabeça e ela estar elevada, aí nasce o mito e a confusão. A pressão alta é uma doença geralmente assintomática até que ocorram complicações, por isso é necessário vigilância e controle constante, mesmo sem dor.


:: Dor de cabeça pode ser sinal de fome.


Verdade. Para quem tem predisposição a enxaqueca e a dor de cabeça tensional, o jejum prolongado pode desencadear uma crise. A dica é não passar mais de seis horas, durante o dia, sem se alimentar.


:: Dor de cabeça pode ser sinal de miopia.


Mito. Muito comum as pessoas associarem dores crônicas de cabeça a problemas de visão. A miopia, de modo geral, não dá dor de cabeça, menos ainda dores intensas e frequentes. Como são doenças muito comuns, é comum a concomitância das duas, sem relação causal.


:: Rodelas de batata crua na testa melhoram a dor de cabeça.


Mito. Na verdade, o alívio surge da temperatura baixa da batata, e não da batata em si. O frio tem poder analgésico local e reduz o calibre dos vasos sanguíneos aliviando um pouco a dor.


:: Após a menopausa, a enxaqueca desaparece.


Mito. Na verdade o que ocorre é a melhora na frequência e intensidade das crises em algumas mulheres, não em todas. Aquelas que mais melhoram após a menopausa são as que têm dores relacionadas estritamente aos períodos perimenstruais.


:: Ficar com o cabelo preso muito tempo pode dar dor de cabeça.


Verdade. Mas isso depende do tipo de cabelo e do tipo de penteado. A tração intensa e contínua, principalmente em cabelos crespos, pode gerar uma dor de leve intensidade na região frontal e no topo da cabeça.


:: Sinusite crônica causa dor de cabeça.


Mito. Esse é o mito mais comum de todos. Na verdade, a sinusite aguda, aquela causada por infecção, pode trazer desconforto facial e eventualmente dor de cabeça, aliado a febre e secreção nasal espessa e amarelada. A rinite e sinusite crônica, de origem geralmente alérgica, não costumam cursar com dor na cabeça. Os sintomas da sinusite alérgica são: coceira no nariz, coriza, obstrução nasal e eventualmente espirros.


:: Alguns alimentos pioram a enxaqueca.


Verdade. Isso não ocorre com todos os pacientes, mas uma porcentagem importante refere piora das crises após ingesta de determinados alimentos. Entre os mais citados estão: chocolate ao leite, vinho tinto, queijos amarelos, condimentos e alimentos embutidos. No caso de associação convincente entre a ingestão e as crises de dor, o alimento deverá ser evitado.

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2012/07/uso-frequente-de-analgesicos-pode-agravar-a-dor-de-cabeca-mito-ou-verdade-3830929.html

 

PRENDER O ESPIRRO PODE FAZER MAL

21 de julho de 2012


Por meio do espirro, são eliminadas secreções e as vias aéreas são limpas. O ar que sai de um espirro pode atingir uma velocidade superior a 160 quilômetros por hora. Porém, quando seguramos esse ato involuntário, a pressão pode se voltar para dentro da cabeça, podendo provocar tontura e até inflamações.

Carolina Mello, otorrinolaringologista do Grupo Hospitalar Conceição, explica o que pode acontecer.

Isso vai gerando um acúmulo progressivo da secreção dentro do nariz, facilitando que esse acúmulo se estenda para os seios da face e possa causar uma sinusite. Então, o ideal é que realmente o espirro ocorra normalmente e que além disso seja feita uma higiene nasal, de preferência com soro fisiológico para eliminar a secreção – explica.

A especialista recomenda colocar a mão ou um lenço na frente do nariz quando formos espirrar, para não espalhar a secreção, que pode contaminar quem está em volta.

Para Alan Wild, professor de otorrinolaringologia da Universidade Saint Louis, fechar o nariz não é recomendável.

A pressão pode causar vertigem ou até romper o tímpano – ressalta.


O que pode acontecer?

> Machucar o diafragma.

> Romper um vaso de sangue na córnea, machucando seus olhos.

> Romper seu tímpano, perdendo a audição ou, em casos menos graves, ficar com vertigem e tontura.

> Enfraquecer um vaso sanguíneo do cérebro, fazendo com que ele se rompa posteriormente, quando a pressão sanguínea sofrer alguma elevação.


PREVENINDO A CISTITE

21 de julho de 2012


Medicação, hidratação e higienização adequada são fundamentais.


Infecção urinária – ou cistite, como também é chamada – está entre as doenças mais comuns, sobretudo entre as mulheres. No mundo todo, ocorrem cerca de 150 milhões de infecções urinárias por ano, o que representa, somente nos Estados Unidos, um gasto direto aproximado de US$ 6 bilhões. O principal responsável por essas infecções é uma bactéria chamada Escherichia coli, representando entre 70% e 90% dos casos.

A maior parte das infecções urinárias sintomáticas envolve mulheres jovens. Cerca de um a dois quintos delas terão cistite em algum momento durante a vida e 20% terão as chamadas infecções recorrentes. A colonização excessiva da mucosa vaginal e da região genital parece ser um pré-requisito necessário para as cistites causadas pela E. coli. Trata-se de uma bactéria que faz parte da flora normal da pele e das mucosas, por isso haveria uma predisposição para que ela se tornasse patogênica, ou seja, causadora de doença, no caso, a cistite.

As mulheres que apresentaram uma taxa de mais de duas infecções por ano ao longo dos anos têm grande probabilidade de continuarem a ter infecções recorrentes. Embora os episódios isolados de infecção possam ser tratados com o uso de antibióticos adequados em tratamentos de curta duração, algumas mulheres podem apresentar reinfecções em intervalos frequentes e, nesses casos, pode ser preferível a profilaxia, ou seja, tratar-se antecipadamente por um período pré-definido.

Medicamento de dose única

Na última década, agentes antibióticos como sulfametoxazol-trimetoprim, nitrofurantoína e quinolonas provaram-se eficientes no tratamento profilático de longa duração das cistites recorrentes. Entretanto, a emergência de cepas de bactérias urinárias resistentes a estas drogas representa uma preocupação.

A recomendação da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo é a utilização de Fosfomicina Tromental no tratamento. Estudos concluíram que, por ser ministrado em única dose, a droga apresenta menor resistência bacteriana.


Como descobrir a doença?


O exame de urina é útil no diagnóstico de mulheres com suspeita de cistite sem quadro clínico típico. Porém, o resultado negativo não exclui a possibilidade de infecção, sendo indicada urocultura. Abaixo, algumas das principais dúvidas sobre o problema.

O uso indiscriminado de antibióticos pode dificultar tratamentos futuros?

Sim. A escolha do tipo de medicação e o tempo em que será utilizada deve ser orientada pelo médico, pois pode deixar as bactérias mais resistentes.

As cistites sempre são causadas por bactérias?

Não. Os sintomas encontrados na cistite bacteriana podem estar associados a outras doenças.

Roupa íntima causa cistite?

Depende. Roupas muito justas, ou que dificultem a transpiração da região vaginal podem favorecer a proliferação bacteriana e colonização da bexiga. Algumas mulheres têm o hábito de usar diariamente absorvente vaginal, que também pode favorecer a ocorrência de cistites.



REMÉDIO CONTRA REJEIÇÃO APÓS TRANSPLANTE DE RIM SERÁ DISTRIBUÍDO PELO SUS

Assistência pós-cirúrgica 20/07/2012

Cerca de 30% dos procedimentos apresenta rejeição, segundo o Ministério da Saúde.


Todos os hospitais habilitados para a realização de transplante de rim poderão usar o medicamento imunoglobulina em pacientes que apresentarem rejeição do órgão após a cirurgia. A medida do Ministério da Saúde consta da Portaria 666, que cria o Protocolo Clínico e as Diretrizes Terapêuticas — Imunossupressão no Transplante Renal, publicada nesta sexta-feira, no Diário Oficial da União (DOU).

Outra novidade é a incorporação do exame C4d na tabela de procedimentos, que possibilita a identificação da rejeição aguda provocada por anticorpo no organismo do transplantado. Quando identificada, logo após a cirurgia, o paciente passa a ser medicado com imunoglobulina, o que aumenta as chances de o órgão transplantado se adaptar ao organismo do paciente. Para isso, o Ministério da Saúde destinará, anualmente, R$ 10 milhões a mais para aquisição do medicamento e para a realização do exame.

Cerca de 30% dos transplantes de rim realizados podem apresentar rejeição. Quanto mais cedo identificarmos esse problema, melhor será a recuperação do paciente — afirma o secretário Nacional de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães.

O medicamento estará disponível a partir de agosto, em toda rede do Sistema Único de Saúde (SUS).


Transplantes em números


:: Estima-se que 5.236 transplantes de rim sejam realizados em 2012, pelo SUS, 15% a mais do que em 2011, quando foram realizados 4.553 procedimentos. Levando em consideração esse dado, calcula-se que 1.571 dos pacientes podem apresentar rejeição aguda ao órgão recebido.

:: Em 2011, o Brasil atingiu recorde mundial de transplantes no sistema público de saúde. No ano passado, foram realizadas mais de 23 mil transplantes no país. Com relação ao número de pessoas à espera de cirurgia, houve redução de 23% em 2011 em relação a 2010. Para o transplante de rim houve uma redução de 14%.

:: Pela primeira vez, o Brasil ultrapassou o número de 10 doadores por milhão de habitantes. Atualmente, a média é de 11,4 doadores por milhão. Em 2003, esse número era de cinco por milhão.

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2012/07/remedio-contra-rejeicao-apos-transplante-de-rim-sera-distribuido-pelo-sus-3827458.html





EM MENOS DE UM MÊS,EUA APROVAM SEGUNDA DROGA PARA TRATAR OBESIDADE

Mais uma pílula 19/07/2012

No Brasil, os únicos emagrecedores permitidos são sibutramina e orlistate.
Agência reguladora americana estava há 13 anos sem conceder autorizações a emagrecedores.

A FDA, agência americana que regulamenta fármacos e alimentos, aprovou na terça-feira a comercialização de um novo remédio para tratar a obesidade: o Qsymia, antigo Qnexa, da farmacêutica Vivus. Em menos de um mês, esta foi a segunda autorização que a FDA concedeu a drogas para emagrecer, depois de ficar 13 anos sem aprovar nenhum remédio com essa finalidade e de suspender a venda de outros produtos por conta de efeitos colaterais.

O Qsymia será indicado para adultos obesos com índice de massa corporal (IMC) acima de 30 ou para adultos com sobrepeso e IMC acima de 27, desde que tenham alguma comorbidade associada, como hipertensão, diabete tipo 2 ou colesterol elevado. A droga é a mistura de dois outros medicamentos já existentes: a fentermina (derivado da anfetamina que funciona como supressor de apetite) e o topiramato (anticonvulsivante usado no tratamento de epilepsia e enxaquecas).

No Brasil, os medicamentos para emagrecer derivados de anfetamina foram banidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no ano passado — restaram a sibutramina e o orlistate como alternativas oficiais aos pacientes.


Perda considerável


Segundo a FDA, a dose diária recomendada de Qsymia contém 7,5 miligramas de fentermina e 46 mg de topiramato. Também foi liberada a comercialização de uma dose mais elevada (15 mg de fentermina e 92 mg de topiramato) para pacientes selecionados. Os resultados de dois ensaios clínicos mostram que, após um ano de tratamento com a dose diária recomendada e com a mais elevada de Qsymia, os pacientes tiveram uma perda de peso média de 6,7% e 8,9%, respectivamente. Na média, cerca de 69% dos pacientes perderam ao menos 5% do peso corporal com a dose recomendada, em comparação com 20% dos pacientes tratados com placebo.

Para Márcio Mancini, chefe do grupo de obesidade do Hospital das Clínicas de São Paulo, esse resultado é a maior perda de peso já obtida com um medicamento registrado nos EUA.

É uma perda de peso muito considerável. A sibutramina alcança a perda de peso obtida com a dose menor dessa droga — diz.

De acordo com Mancini, os dois medicamentos já existem no mercado americano isoladamente, mas tinham muitos efeitos colaterais quando administrados sozinhos. Assim, a união das substâncias reduziu a dose a ser consumida e os efeitos colaterais teoricamente ficariam menores.


Efeitos colaterais


O risco de efeitos adversos graves, aliás, é um dos perigos do consumo do Qsymia sem orientação médica adequada. Segundo a FDA, o medicamento não deve ser usado por grávidas porque pode provocar má-formação fetal, em especial o aparecimento de lábio leporino. A recomendação da agência é de que a mulher faça um teste de gravidez antes de iniciar o uso desse medicamento.

A droga também não deve ser usada em pacientes com glaucoma ou hipertiroidismo. Ela também pode aumentar a frequência cardíaca. Rosana Radominski, presidente da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade (Abeso), estima que de 10% a 20% dos pacientes devem apresentar algum efeito colateral previsto no uso da medicação, como boca seca, mudanças no paladar e alterações da frequência cardíaca.

Como os funcionários da Anvisa estão em greve, a agência não se pronunciou sobre essa aprovação. Mas, segundo Rosana, ainda não há previsão para que esse medicamento seja submetido à avaliação da Anvisa.

Se a Anvisa olhar para essa medicação com olhos isentos de preconceito, já que ela tem um componente derivado da anfetamina, é possível que esse medicamento seja registrado no Brasil e vire mais uma arma no combate à obesidade — afirmou Mancini.

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2012/07/em-menos-de-um-mes-eua-aprovam-segunda-droga-para-tratar-obesidade-3826066.html

TRATAMENTO EM DOBRO

Julho de 2012


Uso combinado de células-tronco e fator de crescimento reduz sintomas da doença em camundongos.

O emprego de injeções periódicas de um tipo de célula-tronco humana adulta combinadas com doses diárias de um fator de crescimento pode ser uma alternativa promissora para o tratamento de distrofias musculares progressivas. Pesquisadores do Centro de Estudos do Genoma Humano da Universidade de São Paulo (USP) obtiveram resultados animadores com essa abordagem em testes com células musculares de pacientes com distrofia de Duchenne e em camundongos com uma forma congênita de distrofia muscular. A terapia em dose dupla usou células-tronco mesenquimais (CTMs) obtidas do cordão umbilical de recém-nascidos conjuntamente com doses do fator de crescimento semelhante à insulina 1 (IGF-1). Nos tecidos humanos, o esquema terapêutico aumentou a expressão (ativação) da distrofina, proteína essencial para a manutenção da integridade dos músculos. Nos roedores, o protocolo de tratamento testado diminuiu a inflamação e a fibrose dos músculos, levando a uma melhora da condição clínica dos animais. Os resultados do trabalho foram publicados em 4 de junho na versão on-line da revista científica Stem Cell Reviews and Reports.

A dobradinha células-tronco mais IGF-1 não gerou novos músculos sadios, como, em princípio, era esperado. Mas parece ter criado condições mais favoráveis para a preservação da funcionalidade da musculatura já existente. Dessa forma, a abordagem poderia ser uma alternativa para evitar ou minorar a degeneração causada por distrofias em geral. A terapia conjugada também apresenta uma vantagem extra. “As células-tronco mesenquimais têm propriedades imunossupressoras”, explica Mayana Zatz, coordenadora da equipe que fez o estudo e do centro da USP, um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) financiados pela FAPESP. “Com elas, reduzimos o risco de haver rejeição do material injetado.” O sistema imunológico dos camundongos do experimento, por exemplo, não precisou ser “desligado” antes de os animais receberem as injeções de células-tronco humanas.

Normalmente, quando o doador e o receptor de tecidos ou células não são o mesmo indivíduo, é preciso destruir temporariamente as defesas imunológicas do organismo alvo do implante, procedimento sempre arriscado que deixa o paciente vulnerável a agressões externas. No entanto, se isso não for feito, o material cedido pelo doador será interpretado pelas defesas do receptor como um agente potencialmente perigoso e o implante será fatalmente rejeitado. Com o emprego de células mesenquimais, a questão da rejeição pode ser aparentemente contornada sem a necessidade de anular o sistema imunológico do doente – mesmo em casos extremos, como no experimento feito na USP, em que o receptor (camundongo) e o doador (ser humano) são de espécies distintas.

Há indícios de que ambos os componentes da candidata a terapia conjugada contra distrofia podem ser benéficos para os músculos. As células-tronco mesenquimais são bastante indiferenciadas e têm a capacidade de gerar muitos tipos de tecidos, como ossos, cartilagem, gordura, células de suporte para a formação do sangue e também tecido fibroso conectivo. Suspeita-se também que elas podem desempenhar algum papel no processo de regeneração muscular. Entre outras funções, o IGF-1 está envolvido nos processos de desenvolvimento e crescimento muscular. Avaliar, portanto, os possíveis efeitos de um esquema terapêutico com os dois ingredientes fazia todo o sentido.

Nos testes in vivo, os pesquisadores avaliaram por cerca de 60 dias diferentes protocolos de tratamento em 46 camundongos que apresentavam um quadro clínico tido como modelo das distrofias musculares congênitas. Devido a uma mutação no gene da laminina alfa 2, os animais tinham uma deficiência na produção da proteína merosina, disfunção que provoca fraqueza muscular e reduz a expectativa de vida. “Eles arrastam a pata traseira e têm considerável redução na força muscular”, afirma a bióloga Mariane Secco, principal responsável pelos experimentos em tecidos humanos e nos animais.

Os roedores foram divididos em quatro grupos: o primeiro não foi tratado e funcionou como controle; o segundo recebeu apenas injeções de células-tronco; o terceiro, somente doses do fator de crescimento; e o quarto foi alvo da terapia combinada. As células-tronco foram injetadas uma vez por semana nos roedores. Uma bombinha implantada sob a pele fornecia diariamente uma dose de dois miligramas de IGF-1 por quilo corpóreo dos animais. No final do estudo, foi feita a biópsia dos tecidos musculares e constatada uma melhora significativa entre os animais que receberam a terapia conjugada.

Diante dos resultados positivos, Mayana, Mariane e seus colaboradores sus-peitaram, inicialmente, que o IGF-1 tinha estimulado as CTMs a virar células musculares. Mas essa transformação não foi detectada em nenhum dos quatro grupos de camundongos. A melhora consta-tada foi ocasionada pela diminuição da inflamação e do nível de fibrose muscular, que, por sua vez,  podem ter levado a um aumento na forca da musculatura esquelética dos animais doentes. Aparentemente, o fator de crescimento potencializa os efeitos das células-tronco e vice-versa. “Acreditamos que não é necessário ocorrer a diferenciação das células-tronco injetadas em células musculares para que haja um benefício clínico”, diz Mayana. O tratamento com-binado será testado em cachorros com distrofia para ver se os resultados positivos também se manifestam nesses animais.


MAMOGRAFIA 3D OFERECE AVANÇOS NO DIAGNÓSTICO PRECOCE DO CÂNCER DE MAMA

Dia contra o câncer de mama 18/07/2012


Em 2012, segundo o Inca, espera-se mais de 52 mil novos casos da doença no país.
Técnica conhecida como tomossíntese, permite avanço de até 12% na detecção da doença.

Nesta quarta-feira, 18 de julho, celebra-se o Dia Estadual de Combate ao Câncer de Mama e nova técnica de diagnóstico precoce é um alento na busca da cura da doença. A vantagem do procedimento em 3D é que ele possibilita enxergar o câncer em um estágio inicial e em mamas densas e heterogêneas, nas quais normalmente o profissionais teriam dificuldades de visualizar através de um exame de mamografia convencional.

Conforme a médica Rádia Pereira dos Santos, as novos ângulos irão facilitar a detecção precoce do câncer de mama, representando um ganho importante para o cuidado da saúde feminina.

No Brasil, o exame é realizado há um ano em alguns centros de diagnóstico. O procedimento foi autorizado em 2011 pelo Food and Drug Administration (FDA), órgão governamental norteamericano que regula remédios, procedimentos, equipamentos e alimentos naquele país.


Conheça a pesquisa desenvolvida no Estado para desenvolver novo medicamento para tratar o câncer de mama


Segundo o especialista em física do radiodiagnóstico Marcus Vinicius Bortolotto o exame leva poucos segundos a mais do que a mamografia 2D e assim como neste procedimento, a mama é comprimida entre duas partes do aparelho. No entanto, ao invés de serem geradas duas imagens, são geradas 15 — num arco de 15 graus.

Esse processo, além de demonstrar com alta fidelidade lesões de alto e baixo contraste, lesões que antes permaneciam obscuras nas incidências convencionais, as partes crânio-caudal e médio-lateral, em função da sobreposição dos tecidos, agora são detectadas em outros ângulos, aumentando a possibilidade de detecção precoce do câncer de mama.


Câncer de mama


O câncer de mama metastático do tipo HER2-positivo acomete de 15% a 20% das pacientes em todo o mundo. Somente em 2010, foram identificados mais de 10 mil casos de câncer deste tipo no Brasil.
Em 2012, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca) esperam-se, para o Brasil, 52.680 casos novos de câncer da mama, com um risco estimado de 52 casos a cada 100 mil mulheres. Sem considerar os tumores da pele não melanoma, esse tipo de câncer também é o mais frequente nas mulheres do Sul (65 para cada 100 mil pessoas).

Apesar de ser considerado um câncer de relativamente bom prognóstico se diagnosticado e tratado oportunamente, as taxas de mortalidade por câncer da mama continuam elevadas no Brasil, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. A sobrevida média após cinco anos na população de países desenvolvidos tem apresentado um discreto aumento, cerca de 85%. Nos países em desenvolvimento, a sobrevida fica em torno de 60%.

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2012/07/mamografia-3d-oferece-avancos-no-diagnostico-precoce-do-cancer-de-mama-3824878.html

 

COMBATE AO HIV: INFECTOLOGISTA ALERTA QUE MEDICAMENTO PODE PASSAR FALSA SENSAÇÃO DE SEGURANÇA

Avanço na Medicina  17/07/2012

No mercado americano desde 2004, Truvada é o primeiro medicamento via oral a obter resultados positivos contra a infecção.
Pílula liberada pelos EUA ajuda na prevenção do vírus da Aids, mas não substitui métodos tradicionais como o uso de preservativos.

Uma pílula usada no tratamento de pessoas com HIV foi liberada na segunda-feira nos Estados Unidos para a prevenção ao vírus. É a primeira vez que um remédio é aprovado para esse fim. A Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA) norte-americana autorizou a utilização do Truvada apenas por pessoas com risco elevado de contrair o HIV, como cônjuges de soropositivos.

Produzido pelo laboratório Gilead, o remédio está disponível no mercado dos EUA desde 2004, usado em combinação com outros antirretrovirais no tratamento de soropositivos.

O Truvada representa uma abordagem efetiva e comprovada, que pode ser somada a outros métodos para ajudar a reduzir a propagação do HIV — afirmou Debra Birnkrant, diretora da divisão de antivirais da FDA.

Apesar da liberação, a agência ressaltou que o remédio deve ser usado como “parte de uma estratégia abrangente para a prevenção contra o HIV, que inclui outros métodos, como prática de sexo seguro, orientação para a redução de risco e testes regulares de HIV”. Um impeditivo extra para a utilização do medicamento é o custo, estimado em US$ 14 mil ao ano.

Desde 2010, testes revelam que o Truvada pode reduzir o risco de infecção. Estudo com 2.499 homens homossexuais apontou que o uso diminuiu entre 44% e 73% o risco.

Um segundo estudo, com 4.758 casais heterossexuais, em que um parceiro estava infectado e outro não, mostrou que o remédio diminuiu em 75% a contaminação. Mas o Truvada está longe de ser uma vacina. Não tem 100% de eficácia e deve ser ingerido diariamente.

No Brasil, a medicação obteve registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em maio, para tratamento, mas o Ministério da Saúde diz que não mudará a estratégia de prevenção à doença no país.

Ronaldo Hallal, coordenador de cuidado e qualidade do programa de DST/Aids do órgão, afirma que o tema foi discutido recentemente e que a decisão foi manter a política brasileira como está, com foco no incentivo ao sexo protegido, no diagnóstico e no tratamento:

Os estudos demonstram que, se a pessoa doente for tratada corretamente, há uma redução de até 95% na transmissão do vírus. Esse é um resultado mais eficaz do que os alcançados com a profilaxia pré-exposição. Estamos falando de resultados em estudos controlados, em que as pessoas são orientadas e acompanhadas a cada 30 dias. Na vida real, numa política de saúde pública, é totalmente diferente.

“A decisão deve ser questionada”
O infectologista Luciano Goldani, do Hospital de Clínicas, recebeu com reservas a liberação do Truvada nos Estados Unidos. Ele receia que o medicamento passe uma falsa sensação de segurança a quem o utilizar, tendo efeito contrário ao desejado pelas autoridades de saúde.

Zero Hora — A aprovação de um medicamento para prevenção ao HIV representa um momento importante na luta contra a Aids?
Luciano Goldani
— Não acho que isso tenha algo de fantástico. Do ponto de vista prático, não vai fazer muita diferença. O medicamento não é 100% seguro. A pessoa que o utilizar pode achar que está protegida e relaxar no uso da camisinha. Ou então ela pode, por causa da sensação de segurança, se envolver em mais situações de risco. Os estudos mostram eficácia entre homossexuais, mas nos estudos as pessoas cuidam para tomar a medicação adequadamente. Na vida real é diferente. As pessoas tomam um dia, depois falha. Minha opinião é que pode haver um efeito contrário e aumentar as infecções.

ZH — Nos grupos de maior risco de infecção, ele não seria útil?

Goldani
— Talvez para casais estáveis, em que um dos dois tem o vírus, o medicamento funcione. Mas até quando a pessoa vai ficar tomando a pílula? Uma das drogas usadas no Truvada, o tenofovir, é muito tóxica para o rim. Se a pessoa for tomar o medicamento sempre, quais vão ser as consequências? Há muitas questões nebulosas. A decisão da FDA deve ser, no mínimo, questionada.

ARMAS CONTRA O HPV

14 de julho de 2012


Ligado ao câncer de colo de útero, papilomavírus humano pode ser prevenido com vacina.

O câncer de colo do útero é um dos tumores mais comuns em mulheres. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é de que, neste ano, surgirão quase 18 mil casos no Brasil e que metade das pacientes não vai sobreviver. Para evitar que o número de mortes continue alto, especialistas apostam na vacina contra o papilomavírus humano, mais conhecido como HPV, indicada para meninos e meninas de nove a 14 anos. O governo já estuda incluí-la no programa nacional de imunização, mas, por enquanto, a vacina está disponível apenas na rede privada.

De acordo com a pesquisadora do Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer Luisa Lina Villa, estudos indicam que a vacina é totalmente eficaz na população que ainda não se expôs ao HPV, que é um vírus sexualmente transmissível. No Brasil, a vacina quadrivalente, que protege contra quatro tipos de HPV, incluindo os que provocam a erupção da pele, é comercializada desde 2006. A bivalente foi aprovada dois anos depois.

Apesar de ser mais indicada para crianças e adolescentes, a vacina quadrivalente contra o HPV pode oferecer benefícios para mulheres entre 26 e 45 anos, incluindo as que já foram infectadas pelo vírus.

 Mitos e verdades sobre o HPV

MITO

O HPV pode ser curado.

Não há nenhum tratamento específico que elimine a infecção viral. Portanto, a pessoa infectada será sempre um vetor de contágio. Em geral, a maioria das infecções por HPV é controlada pelo sistema imune e eliminada naturalmente pelo organismo, mas algumas persistem e podem causar tumores.


VERDADE


A infecção não apresenta sintomas.


Como é assintomático, a maioria das mulheres descobre que tem HPV por intermédio de um resultado anormal do Papanicolau: por isso, a importância do exame.


MITO


Os homens não desenvolvem doenças relacionadas ao HPV.


Nos homens, assim como nas mulheres, as manifestações clínicas mais comuns são as verrugas genitais, mas alguns tipos de HPV de alto risco, como o 16 e o 18, também causam câncer de pênis, de ânus e de cabeça e de pescoço.
Mitos e verdades sobre o HPV


MITO


O HPV pode ser curado.


Não há nenhum tratamento específico que elimine a infecção viral. Portanto, a pessoa infectada será sempre um vetor de contágio. Em geral, a maioria das infecções por HPV é controlada pelo sistema imune e eliminada naturalmente pelo organismo, mas algumas persistem e podem causar tumores.


VERDADE


A infecção não apresenta sintomas.

Como é assintomático, a maioria das mulheres descobre que tem HPV por intermédio de um resultado anormal do Papanicolau: por isso, a importância do exame.


MITO


Os homens não desenvolvem doenças relacionadas ao HPV.


Nos homens, assim como nas mulheres, as manifestações clínicas mais comuns são as verrugas genitais, mas alguns tipos de HPV de alto risco, como o 16 e o 18, também causam câncer de pênis, de ânus e de cabeça e de pescoço.


VERDADE


O HPV pode ser transmitido por meio de contato com toalhas, roupas íntimas e até pelo vaso sanitário.

Toalhas, roupas e até a tampa do vaso sanitário podem ter o HPV e ser uma fonte de infecção, apesar de rara.