CANSAÇO É O PRIMEIRO SINTOMA DO MAL

22/09/2011 

A Esclerose Múltipla (EM) ou esclerose disseminada é uma doença neurológica crônica, de causa ainda desconhecida, com maior incidência em mulheres e pessoas brancas (pessoas com genótipo caucasiano). Este tipo de patologia leva a uma destruição das bainhas de mielina que recobrem e isolam as fibras nervosas (estruturas do cérebropertencentes ao Sistema Nervoso Central ou SNC).

Ela começa com a simples sensação de extremo cansaço, o tempo todo, e inicialmente um paciente pode pensar que está contraindo uma enfermidade menos grave ou precisa de mais sono. Mas, a sensação de cansaço persiste. Depois é acompanhada de sintomas assustadores como dolorosas enxaquecas, formigamento e perda temporária de visão. Os médicos inicialmente ficam confusos e tratam os sintomas como eventos isolados ou diagnosticam outras doenças com sinais similares.

Por fim, um médico pede uma Ressonância Nuclear Magnética (RNM) do Sistema Nervoso Central (que inclui os nervos ópticos, o cérebro e a medula espinhal). Ele também pede uma punção lombar, na qual uma amostra do líquido que banha o cérebro e a medula espinhal (conhecido como fluido cérebro-espinhal) é coletada puncionando-se a medula espinhal entre duas vértebras.

Segundo um neuroclínico da rede de saúde pública, em Porto Velho há dificuldades para se diagnosticar essa doença pelo fato de o Sistema Único de Saúde (SUS) não fazer a cobertura.
As regiões afetadas são as do Sistema Nervoso Central (SNC), ou seja, a medula espinhal e o cérebro. Os nervos periféricos não são afetados, provavelmente porque a reação imunitária que danifica as células gliais será específica para os antígenos/antigéniosdo tipo das células produtoras de mielina do SNC, os oligodendrócitos (que são diferentes das células com a mesma função no Sistema Nervoso Periférico (SNP), conhecidas  como células de Schwann).

Esta doença causa uma piora do estado geral do paciente: fraqueza muscular, rigidez articular, dores articulares e descoordenação motora. O doente sente dificuldade para realizar vários movimentos com os braços e pernas, perde o equilíbrio quando fica em pé, sente dificuldade para andar, tremores e formigamentos em partes do corpo.

Em alguns casos a doença pode provocar insuficiência respiratória, incontinência ou retenção urinária, alterações visuais graves, perda de audição, depressão e impotência sexual. Nos estágios mais graves pode ocorrer um comprometimento respiratório, podendo acarretar episódios de infecção ou insuficiência respiratória, que devem ser tratados com atenção e rapidez, para minimizar o desconforto do paciente e coibir uma piora do seu estado geral.

Alguns pacientes se tornam tão incapacitados que precisam de uma cadeira de rodas para se movimentar e alguns morrem como resultado direto de sua doença. Por outro lado, muitas pessoas com EM convivem com ela por décadas e a maior parte nunca fica gravemente incapacitada.

Para minimizar os desconfortos respiratórios causados por esta patologia, são utilizados métodos como exercícios para desobstruir os brônquios, exercícios para reexpansão pulmonar e reeducação diafragmática e da musculatura acessória, com uso de incentivadores respiratórios.

Estimam-se mais de um milhão de casos mundiais diagnosticados, dos quais 450 mil só na Europa. Em Portugal, há mais de cinco mil casos diagnosticados. No Brasil, estima-se que são mais de 30 mil portadores.  

Entre os artistas famosos que têm a doença, está a atriz Cláudia Rodrigues, que atua como a Ofélia no programa Zorra Total. Ela  disse que antes de saber da doença sentia dormência no braço e resolveu procurar um médico. 

Cláudia ficou afastada por um ano e três meses para se tratar e agora segue tomado medicamentos e afirma estar pronta para trabalhar, viver e ser feliz. Além disso, a atriz diz que a filha de nove anos, os amigos, os fãs e a alegria são essenciais na luta contra a doença.

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