Uma das primeiras orientações que os médicos dão a seus pacientes para se ter qualidade de vida é a prática de exercícios físicos.
Neste mês, quando é celebrado o Dia Mundial da Saúde (07), o professor da Estácio, mestre em Educação Física, Luiz Guilherme da Silva Telles, chama a atenção para o fato de que evidências recentes mostram que o exercício físico, além de prevenir inúmeras doenças, tem potenciais propriedades anticâncer.
- O exercício físico foi associado a uma mortalidade 21% menor para todas as causas.
Falando especificamente, pacientes com cânceres de mama, colorretal e próstata, com um maior nível de prática de exercícios após o diagnóstico, foram associados a uma redução no risco de mortalidade de 28 a 44%, e a uma redução no risco de recorrência do câncer de 21 a 35%, conforme apontam estes estudos, informa.
O professor, que leciona na graduação de Educação Física na Estácio, diz que outros estudos apontam que, muito mais do que ajudar na manutenção da boa forma, a prática de atividades, preferencialmente com acompanhamento profissional, pode reduzir o risco de se desenvolver doenças como diabetes e doenças do coração.
Os benefícios são muitos e não devem ser ignorados por aqueles que buscam uma vida saudável, melhorando sua capacidade física de forma preventiva e comprovadamente eficaz.
- A prática regular de exercício pode prevenir 26 doenças crônicas, entre psiquiátricas, neurológicas, metabólicas, cardiovasculares, pulmonares e musculoesqueléticas. Entre elas, depressão, ansiedade, estresse, esquizofrenia, demência, doença de Parkinson, esclerose múltipla, obesidade, síndrome do ovário policístico, diabetes, hipertensão, insuficiência cardíaca, asma, fibrose cística, osteoporose, artrite reumatoide, entre outras.
Para os céticos e desanimados, Luiz Guilherme explica como o exercício atua no corpo das pessoas que o praticam.
- Nosso corpo responde aos exercícios, no primeiro momento, com um estressor ao organismo, quebrando o equilíbrio fisiológico interno.
Em um segundo momento, o organismo desencadeia mecanismos para reestabelecer o equilíbrio fisiológico, gerando adaptações sobre os sistemas orgânicos, preparando-o para um próximo estresse (exercício) para que ele esteja mais ajustado. Nesse sentido, o coração fica mais eficiente, os músculos mais fortes e resistentes, os ossos mais densos, os vasos sanguíneos ganham mais ramificações e aumentam de calibre, o cérebro se torna mais eficiente, dentre as diversas adaptações no corpo humano, enum era.
Vida saudável deve incluir prática de exercícios, especialmente neste momento de pandemia
Segundo o professor de Educação Física da Estácio, não há limite de idade para se iniciar a prática do exercício físico, podendo ele melhorar nosso corpo em todas as faixas etárias, da criança ao idoso, em vários aspectos, como aptidão física, crescimento e desenvolvimento infantil e do adolescente, qualidade de vida, disposição para atividades da vida diária, prevenção e tratamento de doenças crônicas.
- O American College of Sports Medicine (Colégio Americano de Medicina do Esporte) recomenda pelo menos 150 minutos semanais de atividade física aeróbica de intensidade moderada; e se for exercício físico intenso esse tempo mínimo cai para 75 minutos pelo menos duas vezes por semana; tendo como objetivo a promoção da saúde e a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis. Entre os exercícios mais indicados estão as caminhadas, corridas, ciclismo, natação, entre outras, diz Luiz Guilherme.
Ele esclarece que, mesmo as pessoas com problemas de coluna, de circulação ou outros problemas físicos, não só podem, como devem praticar exercício, entretanto, é necessária uma avaliação multidisciplinar individual para definir o planejamento mais seguro.
De acordo com Luiz Guilherme, uma mudança no estilo de vida, com hábitos saudáveis e prática de exercícios, é importante para prevenir doenças do corpo e também para saúde da mente, especialmente neste momento de pandemia onde a saúde mental de todos está afetada.
- Os exercícios físicos liberam substâncias químicas, denominadas neurotransmissores capazes de promover bem-estar, reduzir ansiedade e depressão. Se você está buscando motivos para começar a praticar exercícios, escolha uma atividade que te dê prazer e tenha uma boa saúde, conclui o professor de Educação Física da Estácio.
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