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17/09/2016
Doença é caracterizada pela formação de lesões avermelhadas, coceira e descamação do tecido cutâneo
Conhecida por ser uma doença inflamatória da pele, a dermatite atópica é caracterizada pela formação de lesões avermelhadas, coceira e descamação do tecido cutâneo.
Ela acomete crianças a partir dos três meses, tem o ápice entre quatro e cinco anos, e pode provocar crises até a adolescência, quando é esperada a sua remissão espontânea. Em raros casos, a doença se manifesta na fase adulta, podendo estar acompanhada de episódios de asma ou rinite.
O que é atopia?
É tendência hereditária a apresentar reações de hipersensibilidade imediata a antígenos ambientais comuns. As mais frequentes destas reações são a rinite alérgica, a asma brônquica e a dermatite atópica.
COMO IDENTIFICAR
A manifestação mais comum é a formação de placas vermelhas, descamativas e com coceira intensa, especialmente nas dobras do corpo como dos cotovelos, joelhos, punhos e axilas. Também há uma grande sensibilização da pele, que fica irritada e ressecada. Se a criança apresentar algum desses sintomas, a orientação é procurar um pediatra ou dermatologista.
A dermatite atópica pode ocorrer qualquer cor de pele
Causas
Embora sua origem não esteja bem esclarecida, sabe-se que a patologia está relacionada a fatores genéticos e externos – como exposição a produtos industrializados e alérgenos como ácaros e perfumes.
Filhos de pais com histórico de dermatite atópica grave podem ter crises com mais frequência. Durante o inverno, o quadro também tende a se agravar em função do ressecamento da pele. Alimentos como nozes e derivados do leite e do ovo podem servir de gatilho para as crises.
COMO PREVENIR
Consumir probióticos, que são lactobacilos vivos, durante a gestação e a amamentação pode ajudar na prevenção, pois auxiliam no restabelecimento da flora intestinal, responsável pela imunidade.
Depois disso, as únicas medidas preventivas servem para evitar as crises. São elas: utilizar hidratante todos os dias após o banho para repor a hidratação perdida, tomar banho rapidamente e com água morna – nunca quente – e manter-se longe de cortinas, tapetes e carpetes, que acumulam muitos ácaros.
Também é preciso optar por sabonetes sem perfume, hipoalergênicos e que não agridam a pele sensível. Por fim, é bom evitar roupas de materiais sintéticos, uso de amaciantes e produtos com muitas fragrâncias.
COMO TRATAR
Usar hidratantes e emolientes é o primeiro passo do tratamento.
Durante as crises, além dessa medida, o médico pode prescrever um corticoide tópico.
Quando o paciente tiver muita coceira, pode-se receitar um antialérgico via oral. Para casos mais graves, outras substâncias podem ser recomendadas.
Fontes: Aline Magalhães, gerente médica da Galderma e Leandra Metsavaht, diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia
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