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18.01.2016
Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte (EUA) acabam de tornar a quimioterapia mais eficiente. Eles não criaram um novo medicamento, mas sim uma nova forma de administrar um remédio já existente, o Paclitaxel.
O remédio é usado há algum tempo para destruir células cancerígenas em órgãos como pulmão, mama e pâncreas, mas traz muitos efeitos colaterais para o paciente, como cãibras musculares, diarreia e queda de cabelo.
A novidade nessa pesquisa é que os cientistas encontraram uma forma de isolar a droga dos outros tecidos do corpo até que ela chegue ao local em que deve destruir as células cancerígenas.
Assim, uma menor quantidade do medicamento é necessária, com menor prejuízo aos outros órgãos do corpo.
Essa ideia já existia anteriormente, mas os pesquisadores tentaram isolar a droga usando materiais plásticos, que eram vistos pelas células de proteção do corpo como uma ameaça, e eram atacadas antes de chegarem ao local de ação.
Agora, eles utilizaram células brancas do próprio paciente para camuflar a medicação.
Essa nova “embalagem” para o remédio é chamada de exosome. “Ao usar exosomes de células brancas, nós embrulhamos o remédio em uma capa de invisibilidade que o esconde do sistema imunológico”, explica a pesquisadora principal do projeto, Elena Batrakova.
A pesquisa
Para testar o exosome, os cientistas usaram o remédio Paclitaxel. Eles inseriram a droga nos pacotes de exosomes feitos de células de ratos e depois aplicaram a mistura em uma placa de Petri com várias células cancerígenas resistentes.
Nanotecnologia deverá acabar com a quimioterapia
Os pesquisadores perceberam que era necessário 50 vezes menos medicamento para matar as células do que quando usavam o Paclitaxel sem nenhuma modificação.
Além disso, outra constatação empolgante foi feita:
os pequenos pacotes têm potencial para ajudar no diagnóstico do câncer. Quando exosomes foram testados em ratos com câncer de pulmão, eles puderam identificar e marcar células cancerígenas.
O próximo passo da pesquisa é testar se os exosomes vão atuar tão bem nos ratos vivos quanto funcionaram nas placas de Petri.
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