27/11/2013 - 15:46
O tratamento adequado e o acesso aos medicamentos para a Esclerose
Múltipla (EM) são os principais temas do X Congresso Nacional da
Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla (SPEM), que se realiza no dia
7 de Dezembro, a partir das 9:30, no Auditório da Faculdade de Farmácia
da Universidade de Lisboa, como forma de comemoração do Dia Nacional da
Pessoa com Esclerose Múltipla, assinalado a 4 de Dezembro, avança a
SPEM, em comunicado de imprensa.
“O acesso ao medicamento é uma das áreas do tratamento da esclerose múltipla que mais nos preocupa. Existem no mercado seis medicamentos aprovados para a primeira linha de tratamento para a Esclerose Múltipla. No entanto, há cada vez mais hospitais do SNS que estão a privar um número considerável de doentes da medicação adequada, sem se atender às concretas prescrições dos médicos neurologistas assistentes. As razões apontadas são de política economicista relacionada com a aquisição do medicamento”, afirma Fátima Paiva, presidente da SPEM.
A dirigente acrescenta ainda que “acabam de ser aprovados na Europa e
nos EUA vários medicamentos inovadores de primeira e segunda linha para
tratar a esclerose múltipla e, perante a situação que vivemos
actualmente, não sabemos quando é que os doentes portugueses poderão ter
acesso a eles”.
Um tratamento adequado poderá evitar a progressão da doença até ao
estado de incapacidade e inactividade em que se encontram 55,6% das
pessoas que sofrem de Esclerose Múltipla em Portugal, a grande maioria
devido a reformas compulsivas, segundo números apurados pelo estudo de
empregabilidade realizado pela SPEM (acessível em www.spem.pt).
Dos indivíduos inactivos, 41,5% foi despedido ou reformou-se
antecipadamente, 33,2% desistiu por falta de capacidade para trabalhar e
15,7% atingiu o limite de tempo de baixa por doença.
Os direitos e protecção social da pessoa com EM, a vida para além da
doença crónica, a importância do estímulo cerebral, da psicologia
positiva e da resiliência estão também em destaque neste X Congresso e
serão debatidos por especialistas de áreas tão diversas como a economia
da saúde, medicina, assistência social e psicologia.
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