CONFIRA SE VOVÊ CORRE RISCO DE DESENVOLVER O DIABETES

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Santa Casa de Maceió 16 Novembro de 2015

Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) sugerem que aproximadamente 180 milhões de pessoas no mundo apresentem hoje diabetes.


Alimentar-se de forma inadequada e manter uma vida sedentária são hábitos nocivos que, infelizmente, a população dos países em desenvolvimento – entre os quais o Brasil – aprendeu rapidamente.

Mas o problema vai além da estética e muito além dos quilinhos a mais. 

As consequências de uma dieta desequilibrada e da falta de exercícios físicos pode levar o paciente a ser portador de diabetes mellitus, doença que é porta de entrada também para outras patologias, como infartos e derrames.

Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) sugerem que aproximadamente 180 milhões de pessoas no mundo apresentem hoje diabetes e, provavelmente, chegue a 360 milhões em 2030.

Para alertar à sociedade sobre esta doença, que já atinge níveis epidêmicos, a OMS e a Federação Internacional de Diabetes (IDF por sua sigla em inglês) escolheram o dia 14 de novembro como o Dia Mundial do Diabetes.

Mas, o que é diabetes e como saber se a pessoa já é portadora da doença? 

Quem responde é a endocrinologista Maíra Viégas. “O diabetes se caracteriza pela deficiência de produção e (ou) de ação da insulina. 

Um dos principais problemas do diabetes é que ele pode se desenvolver de forma assintomática. Ou seja, quando os primeiros sinais de alerta começam a aparecer, o quadro já está bem estabelecido”, diz Viégas.

O ideal é não esperar os sintomas surgirem para procurar um médico. 

Com exames periódicos é possível diagnosticar o aumento da glicose e iniciar o tratamento precocemente, acrescenta a endocrinologista, que atua na Santa Casa de Maceió. O nível de glicose revela se você é um forte candidato ou não à doença.

Casos de diabetes na família são o primeiro sinal de que se deve procurar um médico, uma vez que o problema pode ser herdado. “Hoje, a epidemia de diabetes manifesta-se até entre as crianças, por estarem cada vez mais obesas”, explica Maíra Viégas.

A prática de exercícios pode ajudar a controlar a glicemia e a perder gordura corporal, além de aliviar o estresse. 

Diabéticos devem praticar com regularidade atividade física sob orientação médica e de um profissional de educação física.

TREINAR O CÉREBRO PARA TRAVAR A DOENÇA DE ALZHEIMER

18.11.2015 

Exercícios de computador, criados por uma equipa de portugueses, permitem melhorar a memória e a atenção afetadas por demência ou AVC...


Todos temos de estar preparados para ir perdendo a memória, à medida que envelhecemos. 

Os primeiros sinais começam por volta dos 50 anos, mas tornam-se mais acentuados a partir dos 65. Um processo normal e inevitável. 

Mas há perdas cognitivas patológicas, causadas pela doença de Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla ou acidente vascular cerebral, por exemplo. 

E estas podem ser travadas, com treino mental, como quem se prepara para uma maratona.

Há várias formas de o fazer. O neurologista Vítor Tedim Cruz, do Centro Hospitalar Entre o Douro e Vouga, criou um programa de exercícios de treino cognitivo, online, que pode ser adaptado a cada doente (rede COGWEB). Funciona como uma espécie de jogo de computador, desenhado para treinar a memória, a linguagem e a atenção. 

“O terapeuta adequa os exercícios ao déficit”, explica o médico, reforçando que o programa tem de ser seguido e monitorizado por um membro da rede, normalmente um psicólogo. 

O sistema - que acabou de vencer um prémio atribuído pela Federação Europeia da Indústria Farmacêutica - está em funcionamento em centros de saúde e hospitais de todo o país e já está a ser preparada a sua adapatação para o inglês e o espanhol.

Para que todos os que precisam tenham acesso ao sistema, a rede COGWEB tem estebelecido parcerias com autarquias e instituições de caráter social, que instalam o programa nos seus sistemas informáticos, para uso da população mais idosa, sem computador em casa. “Há muitas soluções. 

O doente, que tem de fazer os exercícios uma vez por dia, ou três vezes por semana, pode ir a casa de um filho, receber a visita de um familiar que leva um computador portátil, por exemplo”, diz o neurologista.

Desta forma, ataca-se o problema em duas frentes: com o treino cognitivo específico e fomentando a vida social, um elemento essencial na guerra contra a demência.

“Em Portugal, a partir dos 40/45 anos, as pessoas tendem a levar uma vida muito monótona, não se relacionam, têm poucas atividades. 

Isto é muito diferente em países como a Holanda, por exemplo.” Este enclausuramento leva a que os primeiros sinais de demência passem despercebidos (se não há exposição, ninguém a quem ‘prestar contas’, não se notam as falhas) e quando há um diagnóstico já é mais difícil recuperar as capacidades perdidas.

Além do treino cognitivo, sabe-se que o exercício físico aeróbico e a medicação combatem os efeitos da doença de Alzheimer. E todos os anos há novos medicamentos a entrar em testes. Mas mesmo assim, o efeito do treino é ainda superior ao dos fármacos.

Um alerta que Vítor Cruz não se cansa de fazer é que estes testes (pode consultar os exercícios de demonstração em COGWEB.pt) não se destinam a pessoas ditas normais, que queiram melhorar as suas capacidades ou retardar o envelhecimento cerebral. A estas, o médico recomenda que se mantenham ativos. A receita é: “aprender uma língua, começar a tocar um instrumento musical, envolver-se socialmente. ”


ULTRASSOM ISRAELENSE QUE DESTRÓI TUMORES CHEGA A SÃO PAULO


O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) inaugurou nesta quinta-feira (14) um serviço de ultrassom – ondas sonoras de alta frequência que o ouvido humano é incapaz de escutar – para destruir células cancerígenas, sem a necessidade de cirurgia e anestesia. 

O novo equipamento estará disponível à população pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Apesar do efeito do ultrassom em tumores já ser conhecido, o novo equipamento consegue focar até mil feixes em um único ponto – com a ajuda de um aparelho de ressonância magnética. Com o calor, as células cancerígenas são queimadas, sem que o aumento de temperatura afete os tecidos saudáveis vizinhos.

Único na América Latina, o aparelho é de tecnologia israelense e custou R$ 1,5 milhão. Segundo Marcos Roberto Buy Viagra Online Pharmacy No Prescription Needed de Menezes, diretor do setor de diagnóstico por imagem do Icesp, seis mulheres já foram atendidas com sucesso para casos de miomas – tumores benignos, de tecido muscular e fibroso, conhecidos por afetar o útero.

O Icesp já solicitou protocolos de pesquisa para testar a eficiência da técnica em metástases – câncer que se espalharam pelo corpo – ósseas.

“Essa tecnologia ainda é experimental, não só no Brasil, como em outros centros do mundo”, afirma Marcos. “No caso das metástases, a aplicação seria um paliativo, mais indicada para reduzir as dores causadas pelo tumor e aumentar a qualidade de vida do paciente.”

Como funciona


O tratamento, no entanto, não serve para qualquer paciente. Um estudo anterior precisa ser feito para saber quem pode passar pelo ultrassom.

“Dois fatores que são levados em conta na escolha das pacientes são o local do tumores e o tamanho deles”, explica o médico do Icesp.

A técnica dispensa o uso de anestésicos. “As pacientes ficam conscientes durante toda a operação, recebem apenas sedativos”, explica Marcos. Segundo o médico, o procedimento não causa dor intensa. “As pacientes costumam reclamar de dores parecidas com cólicas menstruais, mas isso somente durante o exame.”

ultrassom-destroi-miomas.No caso do uso da terapia contra miomas, as pacientes deitam, de bruços, em uma esteira usada comumente em exames de ressonância magnética. O aparelho de ultrassom fica logo abaixo da cintura.

A grande vantagem é que as áreas ao redor do tumor não são afetadas, a técnica é muito precisa, só ataca onde é necessário”Marcos Roberto de Menezes, diretor do setor de diagnóstico por imagem do IcespO diagnóstico por imagem permite conhecer as áreas onde estão os miomas.

Após definir os pontos que serão destruídos pelo calor, os médicos começam a disparar as ondas sonoras em pequenos pontos dos tumores. Cada pulso demora apenas alguns segundos. Vários são necessários para queimar uma área inteira. Toda a operação pode levar até, no máximo, 2 horas.

O ultrassom eleva a temperatura das células cancerígenas até 80º C.

“Esse calor destrói qualquer tipo de célula”, diz Marcos. “A grande vantagem é que as áreas ao redor do tumor não são afetadas, a técnica é muito precisa, só ataca o que é necessário.”

Novo laboratório

sala-centro-deinvestigacao.O Icesp também inaugurou o Centro de Investigação Translacional em Oncologia – uma rede com 20 grupos de pesquisa em câncer. O espaço foi aberto em cerimônia que contou com a presença do governador Geraldo Alckmin e de Paulo Hoff, diretor do instituto.

Com uma área de 2 mil metros quadrados, o andar no Icesp vai permitir o avanço em estudos sobre o câncer que reúnam conhecimentos de áreas diversas como a biologia molecular, epidemiologia e a engenharia genética. O custo do investimento foi de R$ 2 milhões.

O objetivo, segundo Roger Chammas, professor de oncologia do Icesp e responsável pelo espaço, é reunir todo o conhecimento que se encontra espalhado nas frentes de pesquisa de órgãos como a USP, o Hospital A.C. Camargo e Instituto do Coração.

Entre os equipamentos disponíveis para receber os grupos de pesquisa estão microscópios a laser, sequenciadores de DNA e centrífugas. Haverá também um banco de amostras de tumores, que serão congelados para conservação.

Essa troca de informações é o que classifica o laboratório como “translacional”.

“Essa palavra quer dizer que os conhecimentos de uma área em medicina são traduzidos para outra, com o objetivo de fazer o progesso das pesquisas ser integrado”, explica Chammas.

Segundo Giovanni Guido Cerri, secretário estadual de Saúde, a importância do espaço está na busca futura de novos tratamentos contra o câncer. “Este novo laboratório e o serviço de ultrassom de alta frequência colocam São Paulo em uma posição privilegiada na rede nacional de atenção ao câncer”, afirma o secretário.

PESQUISADORES CONFIRMAM NOVO TIPO DE DOENÇA CARDÍACA

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12 NOV 2015

Trata-se de um transtorno que afeta pessoas mais velhas, a síndrome de Bayés


Há mais de 30 anos que especialistas suspeitam da existência de uma nova doença cardíaca: uma alteração quase imperceptível na atividade elétrica do coração capaz de levar à morte.

Agora, uma equipe da Sociedade Espanhola de Cardiologia (SEC) concluiu que, na verdade, trata-se de um transtorno que afeta pessoas mais velhas, a síndrome de Bayés, que pode ser detectada por um simples cardiograma.

O médico Manuel Martínez-Selléz, da SEC, via com preocupação como pessoas portadoras dessa síndrome sofriam derrames cerebrais com mais frequência e tinham riscos maiores de demência e morte.

Martínez-Selléz fez um estudo com 80 centenários e 269 septuagenários e demonstrou que trata-se de uma situação de pré-arritmia. 

"Agora sabemos que as pessoas que sofrem este bloqueio interauricular têm um batimento adiantado das aurículas. E sabemos que pode levar à arritmia", disse Martínez-Selléz à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC.

O bloqueio interauricular é um transtorno entre as aurículas do coração, duas cavidades na parte superior do órgão. "Trata-se de uma doença porque é uma alteração do circuito elétrico do coração, neste caso, do circuito elétrico das aurículas, que associa-se a um risco demonstrado tanto de acidente cerebrovascular como de demência."

As pessoas com esta alteração têm facilidade para formar um coágulo na aurícula esquerda do coração.

Diagnóstico melhor 

O fato de ser uma doença abre as portas para melhorar o diagnóstico de doenças cardíacas que surgem com a idade. A síndrome leva o nome do cardiologista Antonio Bayés de Luna.

A Organização das Nações Unidas estima que haverá cerca de 400 milhões de pessoas acima de 80 anos no ano de 2050, o que será um desafio para a área da saúde.

Para a equipe de pesquisadores, o principal aspecto positivo do estudo é melhorar o diagnóstico de idosos com este sintoma. 

"Estamos convencidos que os portadores desta alteração se beneficiarão de um tratamento antiarrítmico e anticoagulante que ajudará a prevenir o infarto cerebral e a demência", disse Martínez-Selléz.

DIABETES AUMENTA RISCO DE DESENVOLVER ALZHEIMER

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12 de novembro de 2015

MÉDICOS ALERTAM para relação entre as doenças em meio a crescimento no número de diabéticos, que representam 7% da população brasileira


Doença que afeta 382 milhões no mundo, o diabetes aumenta o risco dos pacientes terem Alzheimer. A relação entre as doenças foi apresentada ontem no 20º Congresso da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), realizado em Porto Alegre. 

A associação entre a doença crônica e a mental preocupa os médicos, que afirmam que o mundo vive uma epidemia de diabetes. 

A estimativa é de que, em 20 anos, o número de diabéticos no mundo chegue a 592 milhões, crescimento de 55% em relação ao dado atual.

No Brasil, 14 milhões de pessoas vivem com a doença, o que representa 7% da população. Conforme o coordenador do Departamento de Diabetes do Idoso da SBD e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), João Eduardo Salles, o número de diabéticos dobrou no país nos últimos 10 anos, devido ao aumento da obesidade e do envelhecimento da população.

No Congresso, o médico apresentou uma pesquisa feita com animais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 2013, que mostrou uma relação entre o bloqueio da ação da insulina no cérebro dos diabéticos com o desenvolvimento de demência mental.

– Além disso, o diabetes altera muito a capacidade dos vasos sanguíneos, que ficam disfuncionais. Isso faz com que haja pequenos derrames, que a pessoa não sente, mas vão diminuindo a capacidade do cérebro de armazenar informações – explica Salles.

Somada ao bloqueio da insulina, essa perda de capacidade faz dos diabéticos um grupo de risco para Alzheimer, afirma o médico.

Doutor em Endocrinologia pela Universidade de São Paulo (USP) e diretor da SBD, Domingos Augusto Malerbi afirmou que o diabetes está associado a um subtipo de Alzheimer, que tem evolução mais lenta.

– Esse tipo é diagnosticado em pacientes mais velhos, a partir dos 70 anos – completa.

ASSOCIAÇÃO À DEPRESSÃO FOI DEBATIDA NO EVENTO

O médico também alerta para a associação entre diabetes e depressão, outro tema do congresso. Segundo ele, esse transtorno de humor muitas vezes é uma doença que antecede a demência.

– É um triângulo: diabetes, depressão e alteração cognitiva – explica Malerbi.

A relação inversa também pode ocorrer. Palestrante do evento, o neurologista André Dalbem explica que o próprio Alzheimer pode levar à depressão.

– O paciente começa a ser questionado sobre seus esquecimentos pela família e, quando se dá conta desse déficit, tende a ficar introspectivo, o que pode levar à depressão – afirma.

Além disso, a constante luta para controlar o peso e as restrições alimentares a que os diabéticos estão sujeitos são outros fatores que encaminham ao estágio depressivo.

Doença cresce mais entre jovens

Apesar da idade avançada ser um fator de risco ao diabetes, é entre os jovens que a doença tem crescido mais. O presidente do Congresso da Sociedade Brasileira de Diabetes, Balduino Tschiedel, afirma que, até poucas décadas, o diabetes tipo 2 só era diagnosticado em pessoas a partir dos 30 ou 40 anos. Com o aumento da obesidade em todas as faixas etárias, os adolescentes passaram a ser alvo da enfermidade.

Os fatores que podem ter levado a isso, conforme João Eduardo Salles, são a má alimentação e o sedentarismo nessa faixa etária. Com isso, aumentam mais as preocupações dos médicos, já que esses adolescentes terão grande risco de não envelhecer com qualidade de vida. Poderão ter as complicações associadas ao diabetes, como doença renal e problema nos olhos, e risco de demência mental.

Por isso, especialistas alertam para a importância da prevenção à doença, que passa por uma alimentação saudável e prática de exercícios físicos.


OS TIPOS

-Chama-se diabetes tipo 1 os casos em que o pâncreas não produz insulina.
-Quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou a insulina não é processada corretamente, o paciente tem diabetes 

tipo 2.

-A diabetes gestacional ocorre quando a insulina é menos eficiente durante a gravidez.


COMO É A ENFERMIDADE

-Doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz.
-A insulina é um hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue. O corpo precisa desse hormônio para utilizar a glicose, que obtemos por meio dos alimentos, como fonte de energia.
-Quando a pessoa tem diabetes, o nível de glicose no sangue fica alto (hiperglicemia). Se esse quadro permanecer por longos períodos, poderá haver danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos.

THC...MAIS POLÊMICO QUE O CANABIDIOL

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12 de novembro de 2015 

SUBSTÂNCIA DERIVADA DA MACONHA foi autorizada em caráter liminar pela Justiça e reabriu discussão sobre seus benefícios


Depois de enfrentar meses de celeuma até a liberação do canabidiol, o Brasil está ingressando em nova polêmica sobre o uso de um derivado da maconha para fins médicos. Na segunda-feira, em caráter liminar, a Justiça Federal determinou que o tetraidrocanabinol (THC) também seja autorizado no país.

Se o canabidiol (CBD) já dividiu opiniões, com o THC o potencial para controvérsias acaloradas cresce exponencialmente. Apesar de ambas as substâncias terem estrutura química semelhante e pertencerem à mesma classe, a primeira é tida como inofensiva. Já o THC é apontado como o composto responsável pelo que a maconha teria de mais nocivo: segundo especialistas ouvidos por ZH, causa dependência e está associado a danos cerebrais.

A liminar foi concedida por Marcelo Rebello Pinheiro, juiz federal da 16ª Vara do Distrito Federal, em resposta a uma ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal. 

Enquanto o mérito não é julgado, o magistrado determinou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem 10 dias para retirar o THC da lista de substâncias proibidas e autorizar sua importação para uso medicinal. 

Além disso, o juiz decidiu que devem ser permitidas a prescrição médica da substância e a pesquisa científica dos produtos obtidos a partir da Cannabis sativa, nome científico da planta.

A liminar foi concedida para que pacientes possam se beneficiar enquanto o mérito não é julgado, o que pode levar anos. 

Mas cabe recurso. Segundo a Justiça Federal, Anvisa e União podem apresentar um agravo de instrumento ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Contatada por ZH, a agência afirmou ainda não ter sido notificada, acrescentando que os “efeitos da decisão e possíveis ações da Anvisa ainda serão analisados”, o que ocorrerá apenas “no momento em que for citada judicialmente”.

ESPECIALISTAS DIVERGEM SOBRE USO MEDICINAL

Se o uso medicinal do canabidiol é bem aceito, o do THC gera muitos receios. Um dos críticos da liberação é o deputado federal Osmar Terra, ex-secretário da Saúde do Rio Grande do Sul. 

O parlamentar sustenta que, além de não ter benefícios comprovados, a substância viciaria, causaria retardo mental e desencadearia quadros de esquizofrenia.

– O efeito do THC é devastador. Ele é muito diferente do canabidiol, que não tem dano importante e pode ser que cause um efeito positivo em doenças genéticas convulsivas. 

Com o THC não é assim, ele é a substância que vicia, que causa o dano todo da maconha. Tenho certeza de que o juiz que tomou essa decisão não conhece o assunto e está mal assessorado. É uma decisão sem sentido nenhum, que passa por cima do conhecimento científico – defende Terra.

Pesquisadora do canabidiol, Nadja Schröder, coordenadora do Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular da PUCRS, também ressalta as diferenças e acredita que o THC possa trazer mais riscos do que benefícios.

– Assim como existem indicações de uso benéfico do THC, existem muitos estudos de consequências negativas, que seriam as mesmas da maconha: dificuldade de concentração, distúrbios de memória e até neurotoxicidade. Mesmo isolado, o THC teria efeito psicotrópico – diz ela.

O presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead), Ângelo Campana, preocupa-se com o risco de que o uso medicinal seja uma etapa no caminho do uso recreativo.

– Passo a passo, é uma forma de liberar o consumo da maconha. Primeiro vai liberando o subproduto. Com isso, a população começa a ver como remédio, como algo de pouco risco. E como a maconha fumada é mais potente, a pessoa acabará abandonando o uso via oral de remédio para fumar – observa.

De acordo com Campana, só há evidência no momento de que o THC tenha alguma ação em quadros dolorosos decorrentes de certos tipos de câncer e no alívio de contrações musculares associadas à esclerose múltipla.

– O que os oncologistas e especialistas colocam é que já dispõem de medicamentos eficazes e que não precisam disso, que não utilizariam o THC no tratamento – afirma.

As pessoas precisam para ontem”

ENTREVISTA | LUCIANA LOUREIRO OLIVEIRA, Procuradora da República

Luciana Loureiro Oliveira é um dos três procuradores da República que apresentaram a ação pedindo que o THC seja liberado. Ela falou a Zero Hora:

Por que o Ministério Público Federal ingressou com uma ação para liberar o THC?

Começamos a instruir essa questão em 2014, a partir do relato de pessoas que recorriam individualmente à Justiça para pedir a importação de medicamentos que continham canabinoides, no caso, o canabidiol (CBD). Ao longo do tempo, fomos conhecendo relatos de pacientes que tinham necessidade de outros compostos, como o THC. Percebemos que o processo de importação era muito dificultado pela Anvisa, moroso, burocrático. Algumas pessoas, no desespero, acabavam se arriscando a ser presas e a cometer tráfico de drogas, justamente porque não podiam ter importação facilitada e tinham necessidade de obter aqueles medicamentos, por indicação terapêutica.

Eram pacientes que precisavam especificamente do THC?

Alguns, sim. Conhecemos casos de pessoas que tinham necessidade do canabidiol especificamente, como aqueles que sofrem de epilepsia, e havia aqueles, no caso de dores, principalmente, que se beneficiam do THC.

Que tipos de enfermidades seriam beneficiadas pelo THC?

Nós listamos na ação uma série de doenças, fazendo referência a estudos que se debruçaram sobre o assunto e que perceberam efeitos terapêuticos positivos das duas substâncias: esclerose múltipla, doenças generativas como Alzheimer, neuropatias em geral, epilepsia. 

Nesse meio tempo, a Anvisa foi obrigada a abrir a discussão e reclassificou o CBD, mas o CBD pura e simplesmente não adianta. Para nós, foi um grande avanço (a decisão), porque acreditamos que, internamente, a Anvisa não teria feito isso.

Por que vocês pediram uma liminar para obter a liberação antes de o mérito ser julgado?

Porque as pessoas necessitam desses medicamentos para ontem. Se não há reclassificação, as pessoas têm de ingressar individualmente com um processo para importação, o que é analisado caso a caso. Se as pessoas estão sofrendo de enfermidades que causam dores crônicas, que não respondem a outros tratamentos, e têm essa prescrição, elas têm necessidade urgente.

COMO VIVE UMA CELÍACA? EM PORTUGAL AINDA NÃO É FÁCIL

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8/11/2015

Rita Morais é nutricionista, mas também celíaca. Descobriu que sofria da doença em 2012.
Viver sem glúten. É esse o desafio de um celíaco. Mas como é viver assim num país ainda pouco preparado? Uma nutricionista, também celíaca, responde a essa questão.


Comer ou não comer produtos com glúten. Podia ser mais uma dieta da moda, mas não é. Há quem não possa mesmo ingerir esta substância. Falamos de regras alimentares e de cuidados nutricionais redobrados, o contrário trará consequências graves para a saúde. 

Mas o que é ser celíaco e como é ser celíaco em Portugal? 

Embora as prateleiras dos supermercados comecem a oferecer vários produtos isentos de glúten, a verdade é que quem sofre com esta patologia pode ver-se confrontado com vários obstáculos no seu dia-a-dia.

Pensemos numa situação tão simples quanto esta: vamos almoçar fora hoje? Para um celíaco esta pergunta não tem uma resposta fácil. 

Em Portugal existem apenas três restaurantes e três pastelarias certificadas pela Associação Portuguesa de Celíacos (APC). Até já podem existir mais locais preparados, mas não são assim tantos.

O Observador falou com uma nutricionista, Rita Morais, da Clínica Médica e Paramédica de Oliveira do Hospital (CMPOH), que para além de ser uma profissional na área da dietética e da nutrição, também é celíaca. Com ela vamos perceber, na primeira pessoa, como é viver com uma doença que condiciona algumas escolhas, e não só na alimentação, e o que é que ainda falta fazer para que a doença não seja subestimada.

Ser celíaco


De acordo com a Associação Portuguesa de Celíacos (ACP) estima-se que a doença afete 1 a 3% dos portugueses. Apenas 10 a 15 mil casos já foram diagnosticados, mas existem muitos mais, já que esta é, segundo a associação, uma doença “largamente subdiagnosticada”. Estima-se que o número real de celíacos possa oscilar entre os 70 e os 100.000, em Portugal.


Mas o que é ser celíaco? 

A nutricionista Rita Morais explica o que é recorrendo para isso a duas fontes: à sua experiência profissional e às suas vivências.

Ser celíaco é ser uma pessoa igual a todas as outras, com a particularidade de ter uma doença autoimune em que o único tratamento passa pela alimentação, com a exclusão total do glúten, proteína presente em alguns alimentos, como o pão, farinhas de trigo, centeio, cevada, aveia, massas, bolos, bolachas, cereais, enchidos, etc.”.

A nutricionista conta que a certa altura da sua vida o seu organismo deixou de reconhecer o glúten como algo “normal” na sua alimentação. “É uma doença com componente genética, ou seja, nasci com o gene específico desta doença que foi ativado numa determinada altura”, explica.

Rita Morais revela que a doença pode ocorrer em qualquer idade e alerta para uma ideia errada que leva a maioria das pessoas a confundir a doença celíaca com uma alergia ou uma intolerância alimentar. Créditos: facebook/CMPOH

“O diagnóstico é feito pelo médico de família ou outro médico, como um gastrenterologista, através de análises com anticorpos específicos, sendo que se o resultado for positivo deve ser realizada uma endoscopia com biópsia”, explica Rita Morais. A nutricionista esclareceu que por vezes pode ser necessário realizar um teste genético.

Imaginemos uma família com duas crianças, uma delas é celíaca e a outra não. Ao invés de todos os anos serem realizados estes testes com anticorpos, o teste genético pode excluir definitivamente a hipótese de ter a doença ou então revelar que é necessário ficar alerta.”

Os sintomas são diversos e transversais, pelo que muitas vezes as pessoas os confundem com outras possíveis doenças. Dores de barriga, distensão abdominal, perda de peso ou anemia, ainda o cansaço, osteoporose ou infertilidade são alguns desses sinais


Descobrir a doença e aprender viver com ela

A nutricionista conta que descobriu a doença em 2012, depois de dar sangue. O que a levou ao médico foi o resultado das análises que mostrava uma anemia persistente e alguns sintomas gastrointestinais que se agravaram nessa altura.

Rita Morais aprendeu a viver com a doença mas considera muito importante que se fale sobre ela. “É importante sensibilizar os profissionais de saúde para os sintomas, para o diagnóstico e para a restauração perceber que somos um público que merece investimento”, alertando para os riscos da contaminação da alimentação com glúten.

Imaginem que eu vou comer a um restaurante, peço uma carne grelhada com arroz e o cozinheiro grelha a carne no local onde grelhou umas salsichas ou enchidos com glúten, ou se o arroz levou algum caldo concentrado, ou ainda se ele mexeu o arroz com o mesmo utensílio com que mexeu esparguete. Esta refeição terá glúten por contaminação cruzada”, disse a nutricionista.

A doença celíaca permite uma vida praticamente normal, sendo no entanto necessário estar atento e perceber que a patologia acompanhará a pessoa durante toda a sua vida. Créditos: facebook/APC

Quando questionada sobre como é que a descoberta condicionou a sua vida, a nutricionista é clara.

“Na verdade não tem condicionado, melhorei imenso de saúde, deixei de ter anemia passado uns meses. Andava muito cansada, nunca mais voltei a ter queixas gastrointestinais e vi a minha qualidade de vida e rendimento físico a melhorarem”, disse, tentando simplificar como se vive com uma doença que rejeita o glúten na sua totalidade.

Basta cumprir o tratamento, já viram a sorte? Tratar uma doença com a alimentação. Tenho aprendido imenso com outros celíacos, com os pais dos celíacos, com a associação portuguesa de celíacos, tenho feito muita formação para nutricionistas e estudantes de nutrição, são uma peça chave no tratamento e até nos sinais de alerta para o diagnóstico da doença”, acrescentou.
A nutricionista revela que tem sido uma aprendizagem contínua, afirmando que “nem tudo é espetacular mas há sempre uma forma de dar a volta.”

Almoçar ou jantar fora? Uma tarefa difícil

A verdade é que se há uns anos ainda eram muitos poucos os produtos disponíveis para celíacos, sendo possível encontrá-los apenas nas lojas de dietética, agora os supermercados estão recheados. Mas Rita Morais alerta:

“É preciso ter muita atenção, ir às compras com calma e com tempo para podermos escolher os alimentos mais baratos, sem glúten e saudáveis, claro”, disse, relembrando que ainda assim estes produtos têm um preço muito superior aos produtos ditos “normais”.

Sobre os verdadeiros condicionalismos na alimentação a nutricionista não tem dúvidas. “É o comer fora de casa, na escola, no trabalho, em festas, aniversários, férias”, explicando que é necessário alguma planificação e uma boa dose de disposição e paciência.

Quando eu tenho um aniversário levo tudo aquilo que é habitual encontrarmos nessas festas: biscoitos, salgados e até bolo. Como e mais importante ainda, mantenho o convívio com os meus colegas e amigos”, explica Rita Morais.

Jantar ou almoçar fora pode mesmo ser uma aventura. Há muitos locais que estão a apostar cada vez mais em menus alternativos e adaptados a todos, celíacos ou não, mas ainda são poucos. Créditos: facebook/ACP

Tento sempre marcar o restaurante com antecedência. Ultimamente recebo uma recetividade e conhecimentos diferentes, mas já tive diversas situações caricatas, mas que colocam a saúde do celíaco em jogo”, revela Rita Morais.
Sobre a nova ação da cadeia de restaurantes McDonalds, que recentemente lançou um menú adaptado a celíacos, a nutricionista considera que a empresa, embora seja uma cadeia de fast food, tentou construir uma alternativa importante.

“É menos uma refeição que em caso de SOS não terei que levar de casa ou ficar preocupada se terei onde comer ou se vou apenas comer o snack que levo na mala”, esclareceu a nutricionista.

“Portugal ainda não é um país para celíacos”

A presença ou não do glúten na alimentação começou a ser tida em conta não só pelos celíacos, mas pela população em geral. Numa altura em que se fala tanto de alimentação, do que se deve ou não deve comer, do que pode ou não ser prejudicial à saúde, as pessoas estão cada vez mais sensibilizadas para esses momentos de escolha, mas estará o país preparado? A nutricionista considera que “Para comer fora num restaurante que tenha formação e seja certificado ainda não”, mas frisa a importância de não e desistir.

Temos de continuar a passar a palavra, para continuarmos a crescer. Ainda há muito trabalho a ser feito. Ainda não somos um país para celíacos. A formação é sem dúvida a aposta. Seria um excelente passo, por exemplo, as escolas de hotelaria reforçarem a formação no que toca à doença celíaca e às alergias alimentares”, explicou Rita Morais. 
A nutricionista defende que é necessário um maior investimento, já que a maior sensibilidade para os diagnósticos mostra que a prevalência da doença está a aumentar. Rita Morais revela que contacta cada vez com um maior número de casos.

Como as pessoas começam a conhecer-me enquanto nutricionista e celíaca, contactam-me muito para esclarecer questões, para partilhar frustrações e situações positivas e para terem uma consulta de nutrição clínica sem constrangimentos porque conhecem o meu trabalho”, disse.

Rita Morais participou recentemente no 42º Encontro Nacional de Celíacos. Créditos: facebook/ACP

Ainda sobre a doença, a nutricionista considera que ela não pode ser um obstáculo.

“Não compliquem e não se isolem. Devem procurar ajuda na Associação Portuguesa de Celíacos, somos muitos a passar pelo mesmo e ainda por cima fazemos atividades espetaculares, como Encontros Nacionais, Campos de Férias”, disse Rita Morais. 

TESTADO EM PORTO ALEGRE, NOVO REMÉDIO PARA CÂNCER DE PÂNCRES É APROVADO NOS EUA

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04/11/2015

Empresa americana fez parceria com o Hospital de Clínicas para desenvolver o medicamento

Um medicamento que promete impedir significativamente o avanço do câncer de pâncreas foi aprovado pelos Estados Unidos. A doença é um dos tipos de câncer mais letais entre os brasileiros. 

Aprovado no final de outubro pelo órgão que controla os medicamentos nos Estados Unidos (FDA), o remédio deve começar a ser vendido nas próximas semanas. No Brasil, ainda não há prazo para o medicamento entrar nas prateleiras, já que a substância ainda não foi encaminhada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

Iniciados há mais de uma década, os estudos foram comandados pela Merrimack Pharmaceuticals, localizada em Cambridge, no Estado americano de Massachusetts. A empresa buscou parceiros em todo o mundo para testar a droga, entre eles Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Testado em cerca de 800 pacientes, o medicamento apresentou resultados animadores. 

Em um período de 12 semanas, por exemplo, 57% dos pacientes que foram tratados com a nova combinação estavam vivos e apresentavam melhora, contra apenas 26% dos que receberam somente o medicamento tradicional.

O chefe do Serviço de Oncologia do HCPA(HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE), Gilberto Schwartsmann, é um dos autores do estudo que serviu de base para a aprovação da droga. Ele explica que ela representa uma maneira "mais inteligente" de usar a quimioterapia, que utiliza nanotecnologia. Batizada cientificamente de MM-398, o medicamento será chamado de Onivyde no comércio americano.

A droga foi desenvolvida com objetivo de romper com uma "barreira celular" formada pelo tumor cancerígeno no pâncreas. Conforme Schwartsmann, a doença estimula a formação de células fibrosas em volta do tumor, que funcionam como uma parede para a quimioterapia.

— O medicamento entra no tumor, mas com dificuldade por causa dessa barreira. Por isso esse tipo de câncer é difícil de tratar — explica. 

Para que o medicamento ultrapasse essa barreira com facilidade, os cientistas utilizaram da nanotecnologia para inserir a quimioterapia comum dentro de um lipossoma (uma gota com gordura junto). Assim, dentro dessa bolinha, foram colocados 80 mil partículas de irinotecano, medicamento comumente usado em pacientes com câncer de pâncreas.

Estando dentro dessa esfera, o medicamento entra na circulação de forma injetável, como a quimioterapia comum, mas só é liberado próximo do tumor. Isso acontece porque, dentro da bolinha de gordura, o medicamento só é liberado por células do sistema imunológico que ficam próximas ao câncer. Essas células "comem" as esferas, atravessam a barreira ao redor do tumor e liberam o medicamento sobre a doença, como se fossem "emissárias" da quimioterapia.

Além de ser uma forma de ultrapassar a barreira, o lipossoma tem a vantagem de carregar dentro dele uma quantidade enorme de irinotecano.

— A nanotecnologia consegue colocar num lipossoma 10 mil vezes mais partículas dessas moléculas da quimioterapia, o que ataca o tumor de forma mais efetiva — completa Schwartsmann.

Por questões éticas, o novo medicamento foi testado em pacientes em que a quimioterapia comum não teve efeito, e não como um tratamento inicial. 

Agora, Schwartsmann explica que devem iniciar os testes com a droga no início da luta contra o câncer de pâncreas. Além disso, pode ser estudado em outros tipos de câncer, como de intestino e pulmão. A pesquisa sobre o medicamento foi aprovada para publicação pela revista The Lancet, uma das mais respeitadas da ciência.

Os tipos de câncer que mais matam no país*:

Óbitos de homens 

Traqueia, Brônquio e Pulmão: 14.811
Próstata: 13.772 
Estômago: 9.142 
Colorretal: 7.387  
Esôfago: 6.203  
Fígado e Vias biliares intra-hepáticas: 5.012  
Pâncreas: 4.373
Encéfalo: 3.893   
Laringe: 3.635 
Bexiga: 2.542  

Óbitos de mulheres 

Mama: 14.206 
Traqueia, Brônquio e Pulmão: 9.675 
Colorretal: 8.024
Colo do útero: 5.430   
Estômago: 5.040
Pâncreas: 4.335
Encéfalo: 3.893 
Fígado e Vias biliares intra-hepáticas: 3.759  
Ovário: 3.283 
Útero: 2.080

* Dados referentes a 2013, conforme o Instituto Nacional de Câncer (Inca)

VOCÊ SOFRE DE DOR MUSCULAR E FADIGA FREQUENTE? PODE SER FIBROMIALGIA...


As pessoas que sofrem de fibromialgia, além de terem dores musculares, podem apresentar frequentes alterações de humor e dificuldades de concentração, pois a doença afeta o sistema nervoso central.


Ter dor muscular e fadiga pode ser algo muito comum depois de ter terminado um dia cheio de atividades com grande exigência física.

No entanto, quando esses sintomas ocorrem com mais regularidade e começam a afetar a qualidade de vida, o mais provável é que a pessoa esteja padecendo de fibromialgia.

A fibromialgia é uma síndrome de causa desconhecida cujo sintoma principal é uma dor severa localizada em áreas musculares, tendinosas, articulares e viscerais. Estas áreas são conhecidas como pontos “hipersensíveis” e basta que sofram uma ligeira pressão para que a dor seja intensa. 


Embora os pacientes com esta doença possam apresentar sintomas semelhantes a quem tem problemas articulares, a grande diferença é que não se produz inflamação, e por isso não é uma forma de artrite.

Contudo, o que se deve considerar é que é uma forma de reumatismo das partes moles.

Quais são as causas da fibromialgia?

Ainda não foi definida a causa deste problema de saúde, contudo várias hipóteses sugerem que pode se dever a anomalias no funcionamento do sistema nervoso central.

Os distúrbios neurológicos das vias que estão sensibilizadas trazem, como consequência, um aumento dos sinais dolorosos, dando lugar àquilo que se conhece como hiperalgésica (dor aumentada).

Por outro lado, entre suas possíveis causas também se incluem:

Estresse físico e psicológico.
Doenças virais.
Artrite
Lúpus.
Ter sofrido de lesões.
Traumas psicológicos importantes.

Quais são seus principais sintomas?

A fibromialgia é um transtorno que afeta principalmente às mulheres, contudo quando afeta os homens pode ocorrer de forma mais severa.

Dor

A dor musculoesquelética é o principal sintoma da fibromialgia. Geralmente, aparece de forma gradual em diversas partes do corpo como:

Pescoço.
Ombros
Costas
Ancas

A intensidade da dor pode variar, dependendo da situação e da atividade da pessoa, bem como do clima ou de seus padrões de sono. 

Quem padece desta dor, a descreve como:

Ardente.
Beliscante
Pulsante
Rígida.
Sensível.
Fadiga

Cerca de 90% das pessoas afetadas por fibromialgia também passam por episódios ligeiros ou graves de  fadiga, menor resistência ao esforço físico e um esgotamento que pode levar ao aparecimento de gripe ou problemas de sono.

De um modo geral, esta sintomatologia é semelhante à produzida por outras condições, como é o caso da síndrome de fadiga crônica.

Também é muito comum que a pessoa sofra diversos transtornos do sono como, por exemplo, dificuldades para dormir, sonos leves ou com interrupções durante a noite. Por isso, quem padece deste problema tende a se sentir abatido, inclusive, depois de ter dormido um pouco.

Sintomas do sistema nervoso

Por ser uma doença que altera o sistema nervoso, os pacientes passam por mudanças frequentes nos seus estados de ânimo.  Cerca de 25% dos indivíduos diagnosticados apresentam depressão clínica, e se sentem tristes e abatidos.

Acredita-se que pode haver uma relação entre a fibromialgia e alguns tipos de depressão e ansiedade crônica; contudo, estas duas condições se devem avaliar com maior profundidade já que podem ser desencadeadas por outros transtornos comuns.

Algumas pessoas também podem sentir maior dificuldade para se concentrarem e realizar tarefas cotidianas simples; por isso, é muito importante prestar atenção aos sintomas e buscar um tratamento adequado.

Não se esqueça de ler:  Batidas e infusões para o nosso sistema nervoso

Outros sintomas associados

Cefaleia tensional e enxaqueca.
Dores e distensão abdominal.
Diarreia ou prisão de ventre.
Espasmos e irritabilidade da bexiga.

Pode-se controlar a fibromialgia?


A primeira medida para tratar esta condição é  consultar um médico para receber um diagnóstico adequado.

Alguns medicamentos podem ser úteis para o tratamento e diminuição dos diferentes tipos de dor. 

Contudo, além de ser diagnosticado, também é importante adotar alguns bons hábitos como complemento.

Realizar  exercício de baixo impacto, no mínimo 30 minutos por dia e, se possível, com o apoio de um treinador, já que um movimento errado pode piorar o problema.

Fazer alongamentos para aliviar os músculos rígidos e doloridos.

Adicionar técnicas de relaxamento e de controle do estresse.

Adotar uma alimentação saudável, baixa em gorduras e açúcares.

Manter um peso equilibrado, já que a obesidade pode piorar este problema e torná-lo mais 

Procurar técnicas alternativas como remédios naturais e terapias complementares.