ENTENDA A ESPONDILITE ANQUILOSANTE...

20 de Fevereiro de 2018

Espondilite anquilosante é uma doença inflamatória crônica e progressivo, que ataca primeiramente a coluna vertebral, as articulações sacroilíacas e o esqueleto axial, principalmente coluna, quadris, joelhos e ombros.

Além do mais, a espondilite anquilosante pode evoluir com rigidez e até mesmo, agregar a importante limitação funcional progressiva e comprometer qualidade de vida dos pacientes.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que mais de 80% da população mundial sofrerá ao menos um episódio de dor nas costas na vida.

Perante a alta incidência, é importante estar alerta, porque, a dor nessa região pode ser sintoma de uma doença mais grave.

A Espondilite Anquilosante é uma patologia que pode vir seguida por uma série de sinais, sintomas e umas atributos peculiares.

Alguns pesquisadores ingleses apoiaram que se juntasse dentro de um mesmo conjunto determinadas doenças, ainda então consideradas inteiramente distintas entre si, mas que, na veracidade, apresentavam diversas características comuns, conhecido por espondiloartropatias.

Este conjunto incluiu a espondilite anquilosante, a artrite psoriásica, a artrite reativa e a síndrome de Reiter. 

EPIDEMIOLOGIA

A Espondilite Anquilosante geralmente tem início no adulto jovem, na segunda ou terceira década de vida, acometendo principalmente indivíduos do gênero masculino, na razão de 3:1 (Zink et al, 2000).

Acomete ambos os sexos, porém, tem predileção pelo sexo masculino, da cor branca e que herdam um determinado grupo sanguíneo dos glóbulos brancos, em uma proporção de dois a quatro homens para cada mulher BARROS et al, 2007).

De acordo com Golding (1980), a prevalência varia conforme a população e o critério diagnóstico utilizado, sendo rara em negros, asiáticos e africanos.

Diagnóstico

Para a aprovação diagnóstica da Espondilite Anquilosante, os critérios mais empregados são os de Nova York modificados, que acordam critérios clínicos e radiográficos, segundo Barros et al. (2007).

Assim, para o diagnóstico de Espondilite Anquilosante é imprescindível a apresentação de um critério clínico e um critério radiográfico.

Os critérios clínicos são:

a) Dor lombar de mais de três meses de duração que melhora com o exercício e não é aliviada pelo repouso;
b) Limitação da coluna lombar nos planos frontal e sagital;
c) Expansibilidade torácica diminuída (corrigida para idade e sexo).


 Os critérios radiográficos são:

a) Sacroiliíte bilateral, grau 2, 3 ou 4;
b) Sacroiliíte unilateral, grau 3 ou 4.

SINAIS E SINTOMAS

Os pacientes com espondilite anquilosante costumam relatar problemas de dor, rigidez, fadiga, perda de movimentos e função, sintomas esses, que são tratados usualmente pela fisioterapia, que dispões de vários recursos para isso.

A INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA

Para a Sociedade Brasileira de Reumatologia (2012), embora não exista cura para a doença, o tratamento precoce e adequado consegue tratar os sintomas (inflamação e dor), estacionar a progressão da doença, manter a mobilidade das articulações acometidas e manter uma postura ereta.

A intervenção fisioterapêutica é parte fundamental do tratamento. Atua de maneira preventiva ou retardando as complicações, com o objetivo de preservar os movimentos, manutenção de uma postura funcional e evitar incapacidades funcionais físicas, intervindo na melhora das atividades de vida diária dos portadores desse aspecto patológico (CHIARELLO,2005).

De acordo com Kisner (2005), deve-se aplicar técnicas de alongamento nas estruturas que se encontram contraídas e fortalecer os grupos musculares que estão com a flexibilidade diminuída e alongadas, extensão na coluna dorsal, rotação de tronco e pescoço.

CONCLUSÃO

Atualmente, existem evidências cientificas consistentes de que fisioterapia regular é essencial no tratamento de um paciente com espondilite anquilosante.

Sendo assim, a atuação do fisioterapeuta em pacientes portadores de espondilite anquilosante é de suma importância, visto que, a própria doença leva a um quadro clínico de dor aguda, rigidez, redução da mobilidade, levando à deformidade e incapacidade.

Fonte: Felipe Ricardo – Fisioterapeuta – CREFITO 14/235419 – http://www.frfisioterapia.com/

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