13/10/2015
Equipe da Universidade de São Paulo (USP) cria método inovador que frearia a doença.
No diabete tipo 1, o sistema imunológico, que deveria proteger o corpo, passa a investir contra o pâncreas, prejudicando, assim, a produção de insulina.
Atingida pelo fogo amigo, a glândula deixa de produzir esse hormônio que coloca a glicose para dentro das células do organismo — aí, ela fica sobrando nos vasos, onde causa estragos diversos.
Para cessar a agressão ao pâncreas, um grupo da USP Ribeirão Preto conseguiu “desligar” o sistema imunológico de 23 pacientes quando ele mal havia começado suas ofensivas contra o órgão — ou seja, até seis semanas após o diagnóstico do diabete tipo 1.
Primeiro, os médicos estimularam a medula óssea dos diabéticos a produzir células-tronco capazes de originar novas células imunológicas. Depois, os pacientes passaram por sessões de quimioterapia pesada para acabar com as células de defesa problemáticas.
Finalmente, aquelas células-tronco foram reinjetadas nos participantes, que tinham entre 12 e 31 anos. Com um sistema imune novinho em folha e sem vocação para a autossabotagem, o pâncreas logo voltou a fabricar insulina.
A experiência foi um sucesso — tanto que grande parte dos sujeitos submetidos à técnica reduziram drasticamente as doses de insulina que precisavam tomar diariamente. Alguns até ficaram livres das injeções.
O método arrojado deu esperança aos indivíduos acometidos pela diabete tipo 1 e, por isso, ganhou a categoria Saúde e Prevenção do Prêmio SAÚDE 2008. Este ano, a premiação reconhecerá pela décima vez os maiores projetos ligados à saúde brasileira. E você pode ajudar a escolher os vencedores.
Conheça os finalistas e faça suas escolhas no mdemulher.abril.com.br/saude/saude-e-vital/vote-no-premio-saude-2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário