27/10/2014
Pesquisadores das universidades de Dundee e Edimburgo, na Escócia,
realizarão um estudo que pretende revolucionar o diagnóstico da doença
de Alzheimer. O objetivo é viabilizar a detecção da doença degenerativa a partir de exames de vista.
Pesquisas prévias sugerem que mudanças nas veias e artérias oculares
podem estar ligadas à ocorrência de derrames e doenças cardíacas.
Envelhecimento
O estudo das universidades escocesas quer descobrir se tais alterações também não poderiam ser um “alerta prévio” para o Alzheimer, mal que atinge mais de 35 milhões de pessoas no mundo, segundo estatísticas da ONG Alzheimer’s Disease International.
Com o uso de um software especialmente
desenvolvido para o projeto, os pesquisadores vão analisar imagens em
alta definição de olhos e também estudar uma base de dados médicos do
Ninewells Hospital, o maior hospital universitário da Europa.
Para o líder do estudo, Emanuele Trucco, a importância do projeto está na possibilidade de diagnósticos preventivos baratos.
- Estamos examinando a possibilidade de podermos examinar os olhos de
um paciente usando equipamento que não custa uma fortuna para termos a
chance de descobrir o que pode ser o risco de demência – explica Trucco.
- Além de não ser um método invasivo, poderemos ainda estudar o uso do teste para diferenciar os tipos variados de demência.
O projeto custará cerca de R$ 4 milhões e a verba foi doada ao
Conselho de Pesquisas em Engenharia e Ciência, uma agência do governo da
Grã-Bretanha.
- O país enfrenta um grande desafio nas próximas décadas. Temos uma
população envelhecendo e um provável aumento no número de casos de
demência – explica Philip Nelson, presidente da agência.
Com início previsto para abril de 2015, o estudo terá duração de três anos.
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