FISIOTERAPIA É ALIADA NO TRATAMENTO DE ALZHEIMER...

24/09/2017😎

Fisioterapeuta Elenrose do Amaral Camargo faz atividades com idosas em clínica em Jaú BEATRIZ ZAMBONATO SANTOS...
Doença é caracterizada pela morte gradual de neurônios; paciente necessita de reabilitação global ...


Caracterizada pela morte gradual de neurônios, o Alzheimer está entre as doenças que afetam o cérebro. A enfermidade, cujo dia mundial foi relembrado quinta-feira (21), vai se instalando lentamente e danifica a capacidade do indivíduo de se relacionar com o mundo exterior e consigo mesmo.

Como tratamento, a fisioterapia busca melhorar a qualidade de vida do paciente, uma vez que ele necessita de reabilitação global, envolvendo equipe multidisciplinar. 


Por ser degenerativa, a doença compromete funções cognitivas, como a memória, boa parte da praxia, ou seja, dos gestos coordenados e eficazes, e também a linguagem, segundo Cristiano Tanuri, neurologista do núcleo de memória do Hospital Israelita Albert Einstein.  

Pode acometer ambos os sexos, sendo mais comum em mulheres. 

“No que se refere à faixa etária, a partir dos 65 anos, o risco de desenvolvimento da doença duplica a cada cinco anos, sendo assim, uma pessoa de 70 anos tem o dobro de chance de desenvolver Alzheimer em relação a uma de 65 anos”, comenta a fisioterapeuta especialista em geriatria e gerontologia Elenrose do Amaral Camargo. 

São raros os casos em pessoas na faixa etária dos 40 anos, sendo denominado, nesse caso, de pré-senil. 


O médico explica que existem sinais clássicos que são relacionados à enfermidade, como a perda de memória por fatos recentes e irritação. 

É sempre importante frisar, no entanto, que o diagnóstico deve ser feito por um profissional especialista na área, uma vez que muitos sintomas são genéricos. 


Não há cura para o Alzheimer, mas há abordagens que podem ser feitas para amenizar suas ocorrências tanto na fase aguda, bem como no início. “Há abordagem medicamentosa que visa retardar o avanço da doença, mas não há nenhum tratamento que faça sua prevenção”, afirma Tanuri. 

Durante o acompanhamento médico, é possível adotar ações que melhorem a qualidade de vida desse paciente. Caminhadas, musicoterapia e fisioterapia são apenas alguns dos procedimentos que podem ser feitos. 


Multidisciplinar

A pessoa com Alzheimer necessita de uma reabilitação global, envolvendo uma equipe de profissionais de várias áreas. Elenrose ressalta que o papel do fisioterapeuta, nesse quadro, é fundamental tanto na reabilitação motora quanto no retorno às relações interpessoais, bem como na obtenção da independência por parte do paciente. 

As técnicas de fisioterapia são as mesmas usadas nas pessoas de terceira idade que não apresentam demência. “A maneira de abordá-las, porém, exige habilidade especial. Nesse sentido, faz-se uso de recursos lúdicos, visto as dificuldades de compreensão dos pacientes acometidos pela doença”, afirma a fisioterapeuta. 

O trabalho concentra-se na fisioterapia motora, com foco na cognição, exercícios associados à preservação da memória e à capacidade funcional dos pacientes. 

Exercícios ativos são imprescindíveis, uma vez que objetivam a amplitude de movimento, alongamento, fortalecimento muscular, exercícios aeróbicos e respiratórios, treino de equilíbrio, reeducação postural, treino de marcha e atividades para memória.


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