Esclerose Múltipla atinge até quatro vezes mais as mulheres

Matéria Publicada em: 27 /05/2010








Outras celebridades acometidas são o ator americano Richard Pryor, que morreu em 2005 e fez o filme Cegos, Surdos e Loucos, e o inglês Clive Burr, ex-baterista da banda Iron Maiden. Alguns biógrafos de Santos Dumont acreditam que o pai da aviação também teve a patologia.
No Dia Mundial da Esclerose Múltipla (27 de maio), saiba 15 detalhes sobre ela, listados pelo neurologista Fernando Coronetti Gomes da Rocha, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp)/Botucatu. Confira:
1) A esclerose múltipla é uma doença inflamatória, degenerativa e sem cura, que compromete áreas do cérebro, nervo óptico ou medula espinhal. Há o aparecimento de diversos pontos de inflamação, que cicatrizam e ficam com consistência endurecida (esclerose = endurecimento), e perda da mielina (revestimento dos neurônios);
2) Os sintomas são variados, o que torna o diagnóstico difícil. Entre eles estão embaçamento da visão com dor ocular, visão dupla, vertigem (tontura giratória), neuralgia do trigêmeo (sensação de choque no rosto), fraqueza ou adormecimento em um ou mais membros, falta de coordenação nos movimentos, fadiga intensa, incontinência urinária, disfunção erétil, raciocínio lento;
3) Na forma mais comum da patologia (cerca de 85% dos casos), a remitente-recorrente, os sintomas neurológicos surgem e desaparecem em dias ou semanas espontaneamente ou com uso de corticoide. Ao longo do tempo, habitualmente após mais de dez anos, muitos pacientes não apresentam melhora completa após um surto, permanecendo com alguma sequela (forma secundariamente progressiva).
4) A enfermidade primariamente progressiva (10% a 15%) consiste em um déficit neurológico lentamente progressivo desde o início, como dificuldade para vagar, sem que haja surto. A manifestação mais rara é a progressiva com surtos. A pessoa tem uma lenta evolução dos problemas e, eventualmente, uma piora rápida ou um novo sintoma, sem recuperação completa do estado clínico anterior;
5) A esclerose múltipla, especialmente nas formas progressivas, evoluem de maneira que a pessoa possa apresentar dificuldade para andar, precisando de apoios (bengala, muletas ou andador). Uma situação de excesso de contração muscular, denominada espasticidade, também prejudica os atos de sair da cama, levantar-se ou caminhar. Alguns casos persistem com alterações da coordenação ou fraqueza, o que dificulta o dia a dia. Parte dos pacientes não consegue esvaziar adequadamente a bexiga, facilitando as infecções urinárias;
6) A ansiedade e a depressão têm sido cada vez mais observadas, não só como efeitos das lesões cerebrais, mas também secundárias à situação vivenciada pelo doente;
7) Ao que tudo indica, a patologia tem causas multifatoriais. Pessoas geneticamente suscetíveis apresentam um desequilíbrio no sistema imunológico, passando a formar anticorpos contra componentes do sistema nervoso central, especialmente a mielina. Vale ressaltar que tendência genética não significa que a doença seja hereditária. São raros os casos de repetição em uma mesma família. A esclerose múltipla é mais observada em alguns grupos (como descendentes europeus) e menos em outros (afro-descendentes);
8) É possível que fatores ambientais influenciem o seu desencadeamento. Sabe-se que crianças com menor exposição solar até os 15 anos mostram maior tendência de desenvolver a esclerose múltipla. Isso está relacionado à maturação do sistema imunológico por meio das radiações solares benéficas (sol do início da manhã ou final da tarde);
9) Outro possível gatilho que tem sido estudado é o contato com alguns vírus, provavelmente ao Epstein-Barr. Alguns autores levantaram a hipótese de que o excesso de limpeza e pouca exposição a antígenos ambientais (parasitas intestinais, por exemplo) também poderia facilitar o surgimento da enfermidade em quem tivesse propensão genética;
10) O diagnóstico é realizado por um neurologista, que procura descartar outras causas para os sintomas. Tem como auxílio exames, tais como de sangue e ressonância magnética do encéfalo e medula;
11) O tratamento dos surtos é normalmente realizado com corticoide intravenoso durante três a cinco dias, que proporciona uma recuperação mais rápida com retorno às atividades cotidianas. Há medicamentos para reduzir a frequência e a intensidade dos surtos, além de retardar a progressão da doença e aliviar incômodos (como fadiga, depressão, alterações urinárias e sexuais). A terapia com células-tronco ainda é experimental. É possível investir em fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional;
12) Não existe cura, mas o acompanhamento adequado faz com que muitos consigam se manter ativos, sem restrições significativas;
13) Raramente, a esclerose múltipla é fatal. O que os médicos observam é que o paciente pode morrer por complicações secundárias (infecção urinária ou respiratória grave);
14) A esclerose múltipla costuma se manifestar dos 15 aos 60 anos. Alguns estudos demonstram que crianças com o problema costumam ter uma evolução mais intensa, por fatores desconhecidos;
15) Atinge três a quatro vezes mais mulheres que homens. Os motivos ainda não foram determinados.

Abbott e a Biogen iniciam Fase III de ensaio de fármaco para esclerose múltipla


Matéria Publicada em: 25/05/2010

A Abbott e Biogen Idec anunciaram segunda-feira que inscreveram o primeiro paciente para um ensaio de Fase III que vai comparar o fármaco experimental desenvolvido pelas companhias, o daclizumab, com o Avonex® (interferão beta-1a), em doentes com esclerose múltipla remitente-recorrente, avança o site FirstWord.

O estudo DECIDE, que vai recrutar cerca de 1500 doentes e avaliar a administração subcutânea mensal de daclizumab, tem como objectivo primário a prevenção da recaída da doença. Alfred Sandrock, vice-presidente sénior de I&D de Neurologia da Biogen disse que o estudo "baseia-se nos resultados positivos que vimos no ensaio CHOICE, que mostrou que o daclizumab, quando adicionado a interferão beta, reduziu significativamente as lesões da esclerose múltipla em comparação com o tratamento com apenas interferão beta".

Sob um acordo de colaboração assinado pelas companhias, a inscrição do primeiro doente no ensaio acarreta um marco de pagamento de 30 milhões de dólares da Biogen à Abbott.

O teste de DNA nas prateleiras

Rede de farmácias americana anuncia a venda de kits
que revelam a predisposição a doenças graves. Para
muitos médicos, talvez seja melhor não saber


Nataly Costa
Michael Nagle/Redox
Alta ansiedade
Casal colhe saliva para o teste de DNA: é melhor fazer isso sob supervisão médica


Muitos médicos e cientistas avaliam que os conhecimentos acerca da própria saúde proporcionados pelo Health Kit podem trazer mais prejuízos do que benefícios, deflagrando um estado permanente de medo de que a doença se desenvolva. Ocorre que ter predisposição genética a determinada doença não significa que se vá desenvolvê-la. Sua incidência depende de outros fatores, como os hábitos e o estilo de vida. "Os resultados desses testes podem ser muito relativos. Lê-los sem nenhuma orientação médica é loucura, só vai deixar as pessoas paranoicas", diz a geneticista Mayana Zatz, da Universidade de São Paulo, que também é colunista de VEJA on-line. "Uma mulher cujo teste revele que ela tem apenas 10% de probabilidade de desenvolver câncer de mama pode achar que não precisa mais se submeter a mamografias", completa Salmo Raskin, presidente da Sociedade Brasileira de Genética Médica. Em última análise, fica a critério de cada um dispor desse tipo de conhecimento sobre seu DNA.O laboratório americano Pathway Genomics anunciou na semana passada, em parceria com 6 000 farmácias da rede Walgreens espalhadas pelos Estados Unidos, a venda de estojos para testes caseiros de DNA feitos com uma amostra de saliva. Há dois anos esse tipo de teste pode ser comprado pela internet, mas pela primeira vez se divulga sua venda nas prateleiras, diretamente ao consumidor. A notícia causou alvoroço entre os médicos e provocou reação imediata da Food and Drug Administration (FDA), a agência que regula o setor farmacêutico nos Estados Unidos. O órgão conseguiu que as duas empresas suspendessem o início das vendas até que se chegue a um consenso sobre a necessidade ou não de regulamentação dos testes. A controvérsia se deve ao fato de que um deles, o Health Kit, informa a predisposição genética a diversos tipos de câncer, Alzheimer, diabetes, glaucoma, infarto do miocárdio, hipertensão e Esclerose Múltipla, entre outros males. Ele também mede a probabilidade de intolerância a determinados remédios. O outro teste cuja venda foi anunciada, chamado Ancestry Kit, rastreia os antecedentes genômicos em busca das origens étnicas do indivíduo.
FONTE: http://veja.abril.com.br/190510/teste-dna-prateleiras-p-078.shtml

Banco de cérebros do Colorado (EUA) quer ajudar a descobrir a causa e a cura da esclerose múltipla

Matéria publicada em: 13/05/2010

                  
Montagem da exposição "Cérebro - O mundo dentro da sua cabeça", em São Paulo

Jennifer Brown
The Denver Post
Em Denver, Colorado (EUA)
UOL
                

A sala grande e gelada zumbe devido ao funcionamento de dez ventiladores de resfriamento e 62 freezers gigantescos, máquinas de tecnologia tão sofisticada que são capazes de enviar mensagens de texto para advertir sobre a presença de invasores ou para transmitir um alerta quando a temperatura cai muito abaixo de -80ºC.
Câmeras vasculham esse local do campus de medicina da Universidade do Colorado, protegendo os objetos valiosos que estão congelados lá dentro: fragmentos de câncer de próstata, células-troncos embrionárias e fatias de cérebro humano danificado pela esclerose múltipla.
“Para mim, é como caminhar em direção a uma zona de penumbra”, diz Karen Wenzel, diretora-executiva do Centro de Esclerose Múltipla das Montanhas Rochosas.
Com a recente mudança das instalações do banco de cérebros do centro, a universidade torna-se o local em que se encontra a maior coleção exclusiva de cérebros humanos afetados pela esclerose múltipla na América do Norte, com o objetivo de encontrar a causa e a cura dessa doença neurológica.
O banco possui cerca de 350 fatias de cérebros e, no futuro, com a instalação de freezers adicionais, ele terá capacidade para armazenar milhares desses órgãos nas suas novas instalações de alta tecnologia.
A pedido de cientistas de todo o mundo que pesquisam a esclerose múltipla, as amostras de cérebros são embaladas em gelo seco e isopor e remetidas por via aérea no dia seguinte às solicitações.
“A esclerose múltipla pode ser uma doença bastante devastadora, e nós ainda temos muito o que aprender a respeito dos fatores biológicos dessa doença”, afirma o médico Timothy Vollmer, que é neuroimunologista e professor da Escola de Medicina do Colorado.
Pelo menos 400 mil pessoas nos Estados Unidos sofrem de esclerose múltipla, e no decorrer de um período de 15 anos após a manifestação da doença, cerca da metade desses indivíduos terá que utilizar cadeiras de rodas ou andadores.
A melhor maneira de estudar a esclerose múltipla é examinando o cérebro de um paciente que morreu. Escaneamentos de cérebros de pessoas vivas mostram faixas cinzentas nas quais a substância cerebral denominada mielina morreu.
No interior desse tecido cicatricial, o cérebro luta para enviar mensagens indicando como o corpo deve se mover ou como o indivíduo deve pensar. Mas para estudar a doença em um nível celular, os cientistas precisam observar esse tecido sob o microscópio.
Sandee Walling, que foi diagnosticada com esclerose múltipla 16 anos atrás, é uma das 1.400 pessoas que comprometeram-se a doar os seus cérebros ao banco das Montanhas Rochosas quando morrerem.
“O mínimo que eu posso fazer para todos é tentar contribuir com algo para que se encontre uma causa e uma cura”, explica Walling, uma mulher de Denver cuja doença a deixou sensível ao calor e à percepção de profundidade. Logo após ser diagnosticada com a doença ela usava um andador, mas agora acredita ter recuperado a mobilidade com a prática de pilates terapêutico e ioga.
“Eu sei que isso é algo que eu tenho que fazer”, resume ela.
Muitos pacientes que planejam doar seus cérebros veem esse ato como “um último murro na esclerose múltipla”, diz Wenzel. “O indivíduo sente que o seu cérebro pode ser aquele que possibilitará a descoberta da causa e da cura da doença”.
O fato de o maior banco de cérebros dedicado exclusivamente à esclerose múltipla ficar no Colorado faz sentido, já que este Estado está localizado no epicentro da doença, explica a médica Bette Kleinschmidt-DeMasters, uma professora de neurologia que verifica o diagnóstico de esclerose múltipla em cada um dos cérebros doados.
Cerca de um em cada 580 habitantes do Colorado sofre de esclerose múltipla – o que representa um dos índices mais elevados de incidência dessa doença nos Estados Unidos.
“É algo como estudar a malária e morar na África”, diz ela. A esclerose múltipla tem maior incidência aos 40 graus de latitude norte, um paralelo terrestre que passa pela cidade de Boulder.
A causa da doença é desconhecida, mas os cientistas observam que há “indícios impressionantes” de que a esclerose múltipla é desencadeada por algum tipo de infecção, diz DeMasters.
A doença é provocada por uma combinação de fatores genéticos e de toxinas ambientais – os pesquisadores estão investigando, por exemplo, a combinação do fumo e de um histórico de infecção por mononucleose –, mas os cientistas ainda não descobriram o fator chave para prever e prevenir a esclerose múltipla .
A doença aparece tipicamente por volta dos 30 anos de idade, e as mulheres apresentam duas vezes mais probabilidade do que os homens de sofrerem de esclerose múltipla.
O custo médio da remoção de um cérebro e do seu envio para o banco é de US$ 1.500 (R$ 2.660). O banco também coleta tecidos da coluna vertebral de pacientes com esclerose múltipla. As verbas para as atividades de pesquisas são oriundas da Sociedade Nacional da Esclerose Múltipla.
Desde 2004, mais de 90 pesquisadores em todo o mundo requisitaram tecidos do banco de cérebros. O trabalho resultou na publicação de mais de 20 trabalhos de pesquisa.
Os pesquisadores das universidades acreditam que as respostas para o enigma da doença dependem de uma combinação dos trabalhos de cientistas de todo o mundo.
“Pode demorar dois, três ou dez anos até que alguém encaixe as peças do quebra-cabeças para poder afirmar qual é a causa da esclerose múltipla”, explica DeMasters. “A coisa não é tão simples, caso contrário nós já teríamos encontrado uma resposta”.

Farmácia americana adia venda de kits para testes genéticos

Matéria Publicada em: 13/05/2010


WASHINGTON, EUA — A gigante farmacêutica americana Walgreens adiou seu plano de vender kits para realizar testes genéticos personalizados, após o organismo regulador, FDA, sugerir que os testes precisam ser aprovados pelas autoridades, indicou nesta quinta-feira a rede de farmácias.

O kit proposto pela Pathway Genomics, denominado "Insight Saliva Collection", que deveria começar a ser vendido nesta sexta-feira nas lojas Walgreens dos Estados Unidos por cerca de 20 a 30 dólares, permite recolher uma amostra de saliva de acordo com instruções simples e contém um envelope padrão para enviar o material coletado a um dos laboratórios para análise.

Mas a Food and Drug Administration (FDA) contactou nesta semana a empresa para informar sobre a necessidade de uma aprovação das autoridades que controlam os medicamentos para poder vendê-los ao público.

Com preços diferenciados, as pessoas podem descobrir a partir do teste se têm predisposições a diversas doenças, como diabetes, Alzheimer ou câncer, e também reações a determinadas substâncias, como cafeína, medicamentos que combatem o colesterol, anticoagulante varfarina e tamoxifeno utilizado para combater o câncer de mama.

Casais que planejam ter filhos também podem descobrir se são portadores ou não de 23 variações genéticas que predispõem os filhos a doenças hereditárias, como a Talassemia (um tipo de anemia) ou os rins policísticos, além de serem informados sobre predisposição a leucemia, esclerose múltipla ou doenças cardiovasculares.

EUA: testes genéticos serão distribuídos em rede de farmácias

Matéria Publicada em: 11/05/2010


WASHINGTON — A firma americana de biotecnologia Pathway Genomics anunciou, nesta terça-feira, que começará a distribuir testes genéticos personalizados para detectar eventuais riscos de doenças, como o Alzheimer, pela rede de farmácias Walgreens.

É a primeira vez que uma variedade de testes genéticos é comercializada em larga escala para consumo de massa.

Há anos, as empresas de genética propõem via internet testes desse gênero para medir os riscos de surgimento de certas doenças.

Os testes de paternidade e de descendência já estão sendo amplamente disponibilizados em muitas farmácias especializadas dos Estados Unidos.

O kit proposto pela Pathway Genomics, chamado "Insight Saliva Collection", permite recolher uma amostra de saliva de acordo com instruções simples e contém um envelope padrão para enviar o material coletado a um dos laboratórios para análise.

O produto é oferecido por um preço variando entre 20 e 30 dólares, em qualquer uma das 7,5 mil lojas da Walgreen, exceto às do estado de Nova York em razão das leis locais, precisou a empresa em um comunicado.

Para os compradores dessa região, é preciso entrar no site da Pathway Genomics, criar uma conta pessoal segura onde poderão encomendar um dos três testes genéticos oferecidos.

A empresa oferece por 79 dólares um teste para reações a determinadas substâncias, como, por exemplo, cafeína, medicamentos que combatem o colesterol, anticoagulante varfarina e tamoxifeno utilizado para conbater o câncer de mama.

Os casais que planejam ter filhos podem, por 179 dólares, saber se são portadores ou não de 23 variações genéticas que predispõem os filhos a doenças hereditárias, como a Talassemia (um tipo de anemia) ou os rins policísticos.

Pelo mesmo preço, eles poderão saber se haverá predisposição a câncer no pulmão, leucemia, esclerose múltipla ou doenças cardiovasculares.

Fonte: http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5g9oNhKUcfSIVllhkC-lHmLS3_24A

FDA rejeita segunda petição da Teva para bloquear genéricos do Copaxone®

Matéria Publicada em: 14/05/2010

A FDA (entidade que regula o medicamento nos EUA) negou pela segunda vez o pedido da Teva para que a agência bloqueasse a aprovação de uma versão genérica do seu medicamento Copaxone® para o tratamento da esclerose múltipla, noticia o site FirstWord.

A entidade reguladora rejeitou a segunda petição, pelos mesmos motivos que respondeu negativamente à primeira, observando que "seria prematuro e inadequado" a concessão dos pedidos de Teva.
Respondendo às alegações da Teva de que fabricantes de genéricos não são capazes de mostrar que os seus produtos são uma cópia exacta do Copaxone®, a agência afirmou o seu "alargado poder discricionário" para determinar se o medicamento genérico é o mesmo que o original, acrescentando que, embora pode exigir que uma farmacêutica genérica prove a identidade do medicamento original, "não podemos afirmar com certeza que critérios devam ser esses".

Na sua carta, a farmacêutica israelita também afirmou que uma versão genérica do Copaxone® vendido na Índia e Ucrânia pela NATCO, sob licença da Mylan, "é bastante diferente" do Copaxone® de marca.
A agência disse que as reivindicações da Teva eram "pouco convincentes", porque os produtos não foram aprovados pela FDA.

Ambas a Mylan e a Momenta Pharmaceuticals apresentaram pedidos para comercializar versões genéricas do Copaxone®, que teve vendas de 2,8 mil milhões de dólares em 2009.
A Teva processou as duas empresas.


Conheça os sintomas da Esclerose Múltipla

Matéria Publicada em: 11/05/2010

Reportagem sobre Esclerose Múltipla realizada pela Rede Record/RS com a participação do paciente André Ponce (RS) e do neurologista Dr. Alessandro Finkelsztejn, também do Rio Grande do Sul.



Fonte: http://noticias.r7.com/videos/conheca-os-sintomas-da-esclerose-multipla/idmedia/f6e1406d9bd30885002e24710465bbdd.html

"Cães terapeutas" ajudam a tratar depressão e Alzheimer

Matéria publicada em: 01/05/2010

"Pet terapia" conquista espaço em casas de reabilitação no Rio.


ONG Pêlo Próximo terá reforço de calopsita nas visitas de trabalho.
Idosos com Alzheimer, portadores de necessidades especiais, além de crianças e adultos com depressão podem obter avanços no quadro clínico graças ao contato com cães. A afirmação é da ONG Pêlo Próximo - Solidariedade em 4 patas”, que utiliza a chamada "pet terapia" (terapia realizada com a presença de animais) para ajudar no combate a doenças e ainda estimular o respeito ao animal.

Foto: Boxer Napoleão recebe carinho dos idosos

São 23 “cães terapeutas”, de diferentes raças, e 35 voluntários no projeto, entre veterinário, adestrador, fonoaudiólogo, psicólogo, fisioterapeuta, acupunturista e terapeuta ocupacional. De acordo com a psicóloga e coordenadora do grupo, Roberta Araújo, os animais realizam atividades para trabalhar o raciocínio, como a escovação, exercícios com arco, boliche e futebol, além da apresentação de shows dos cães.

“A vantagem do cão é que o amor dele é incondicional. Para ele não tem preconceito. Em visitas a idosos, você vê um idoso que não levanta a mão pra pegar um copo de água, mas ele abaixa o tronco pra fazer carinho no cachorro, ele penteia o cachorro, que é um exercício de extensão dos membros. Se é cadeirante, é um tipo de exercício, se é idoso, é outro”, explica Roberta.

Para as crianças, há ainda o “pet health”, quando os cães viram os pacientes e os pequenos, os médicos. “Eles escutam o coraçãozinho do cachorro, examinam os olhos, dão injeção com seringa sem agulha, enfaixam a patinha”, exemplifica.
 
Calopsita vai ajudar no trabalho
 
A partir de maio, o projeto ganha um novo integrante: a calopsita Billy. O objetivo é que a ave auxilie no estímulo da motricidade fina, como a ação de segurar um copo, por exemplo.
“Na verdade, isso não é nem um trabalho, é um prazer inenarrável. Se os cães pudessem falar, eles diriam da alegria que é atender quem realmente necessita, quem está abandonado em lares e hospitais. Eles mudam completamente a rotina dessas pessoas. E essas pessoas adquirem uma esperança a mais”, disse a psicóloga, que alegou ainda que, em alguns casos, pacientes até diminuem a ingestão de remédios após a visita da ONG.
Foto: a Calopsita Billy vai auxiliar na Pet-Terapia.

Quem já participou, faz festa. A dona de casa Elisabete Teixeira, de 47 anos, é voluntária do grupo e dona de um dos cães e da calopsita. Ela começou o trabalho por causa da filha Nathália, de 21 anos, que sofre de depressão e ansiedade. “Pra gente é altamente gratificante. Faz bem pra gente e a gente vê a felicidade do outro. Minha filha teve uma melhora muito grande. E os visitantes adoram. Na despedida sempre pedem pra gente não demorar a voltar”, contou.

Mas ainda há resistência de algumas clínicas de reabilitação em relação aos animais, segundo a coordenadora. “Há um preconceito. É difícil entrar em hospitais, eles não aceitam. Aqui no Rio é muita luta, em São Paulo eles têm passagem aberta”, revelou.
 
Idosos com Alzheimer exercitam a memória

A assistente social Rita de Cássia Ribeiro, dona de uma clínica para idosos no Grajaú, Zona Norte do Rio, já recebeu o grupo Pêlo Próximo e faz coro com a psicóloga. “A pet terapia é uma coisa muito nova. A vigilância sanitária tem muito medo dos animais. O animal tem que estar totalmente vacinado, entre uma série de outras exigências, e tem gente que não gosta de bichos”, disse.

Para Rita, no entanto, que tem especialização em Gerontologia, os animais são extremamente importantes na recuperação de várias doenças. Segundo ela, o contato com os cães estimula o retorno ao passado para idosos com Alzheimer. Ela conheceu esse tipo de trabalho em um congresso e desde então o adota em sua clínica.

Foto: a Poodle Babi joga boliche com idosa.


“É um trabalho maravilhoso. Tem uma senhora aqui que ela nunca sorri, e ela sorrindo pra gente com a cachorrinha menor foi fascinante. E aí eles lembram que tiveram animais, lembram do nome”, explicou ela.

Segundo ela, mesmo sabendo que poucos idosos se recordam da experiência com o grupo, os instantes de felicidade que os animais proporcionam nas visitas são compensatórios e transformadores. “É uma coisa que não abro mão”, declarou.