O que é Síndrome da fadiga crônica?
Sinônimos: sfc, síndrome da disfunção imune, encefalomielite miálgica
A síndrome da fadiga crônica é uma doença caracterizada pela fadiga extrema, que não pode ser explicada por nenhuma condição médica subjacente.
Nesta síndrome, a fadiga costuma piorar com a atividade física ou mental, mas também não melhora com o repouso.
Sinônimos
SFC, síndrome da disfunção imune, encefalomielite miálgica
Causas
Os cientistas não sabem exatamente o que causa a síndrome da fadiga crônica, embora existam muitas teorias – que vão desde infecções virais até estresse psicológico. A hipótese mais aceita hoje em dia, na verdade, é que uma combinação de fatores possa estar envolvida na causa da doença.
Alguns destes fatores que têm sido estudados incluem:
Infecções virais
Muitas pessoas desenvolvem a síndrome da fadiga crônica depois de ter tido uma infecção viral, que levaram a uma gripe, resfriado, sinusite, etc.
Por essa razão, os especialistas passaram a dar atenção especial para alguns vírus que possam estar envolvidos na ocorrência da doença.
O mistério é entender por que, nestes casos, a infecção vai embora, mas deixa alguns sintomas em seu rastro que caracterizam a síndrome da fadiga crônica.
Problemas no sistema imunológico
Os médicos também verificaram que o sistema imunológico de pessoas que têm síndrome da fadiga crônica parece mais enfraquecido que o de pessoas totalmente saudáveis. Não está claro, no entanto, se essa deficiência é suficiente para causar o transtorno.
Desequilíbrios hormonais
As pessoas que têm a síndrome da fadiga crônica também têm, por vezes, os níveis de hormônio em quantidades anormais na corrente sanguínea – principalmente os hormônios produzidos pelo hipotálamo, pela hipófise ou pelas glândulas suprarrenais. Mas, da mesma forma, as motivações dessas anormalidades também são desconhecidas.
Fatores de risco
Apesar das causas da síndrome da fadiga crônica ainda não estar totalmente esclarecida para os médicos, alguns fatores são conhecidamente capazes de aumentar o risco de ocorrência da doença. Veja:
Idade
A síndrome da fadiga crônica pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum em pessoas entre os 40 e os 50 anos.
Sexo
Pessoas do sexo feminino são mais comumente afetadas pela síndrome da fadiga crônica do que pessoas do sexo masculino. Os médicos, no entanto, também não sabem por que a doença parece ser mais recorrente entre elas.
Estresse
Uma grande carga de estresse na rotina, principalmente no trabalho e nas relações íntimas e familiares, parece estar envolvida na ocorrência da síndrome da fadiga crônica.
Sintomas de Síndrome da fadiga crônica
A síndrome da fadiga crônica tem oito sinais e sintomas oficiais, elencados pelos médicos como uma espécie de critério para o diagnóstico da doença. O principal sintoma da doença, evidentemente, é o que dá origem ao seu nome: fadiga.
Os outros sete sinais são:
Perda de memória ou de concentração
Garganta inflamada
Aumento dos gânglios linfáticos no pescoço ou nas axilas
Dor muscular inexplicável
Dor nas articulações, principalmente quando a dor migra de uma articulação para outra, sem apresentar, no entanto, nenhum sinal de inchaço ou vermelhidão na área afetada
Dor de cabeça
Sono recorrente e intermitente
Exaustão extrema que dura mais de 24 horas após o exercício físico ou mental.
No entanto, os pacientes podem, ainda, apresentar sintomas diferentes destes, como febre, irritabilidade e confusão.
Buscando ajuda médica
A fadiga pode ser um sintoma de muitas doenças, que vão desde infecções a distúrbios psicológicos. Em geral, a consulta com um médico é importante para determinar justamente a causa subjacente à fadiga. No entanto, quando a fadiga apresenta é muito forte e persistente, a recomendação é que se procure um especialista o quanto antes.
Especialistas que podem diagnosticar a síndrome da fadiga crônica são:
Clínico geral
Otorrinolaringologista
Pneumologista
Infectologista
Reumatologista
Neurologista
Psicólogo
Psiquiatra
Médico do sono.
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:
Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:
Quais são seus sintomas?
A fadiga crônica vem acompanhada de outros sintomas? Quais?
Qual a intensidade de seus sintomas?
Você tem tido problemas de memória e concentração?
Você tem tido problemas para dormir?
Você já foi diagnosticado com alguma outra condição de saúde? Qual?
O quanto os sintomas apresentados têm prejudicado sua qualidade de vida e sua rotina?
Você se sente depressivo e ansioso com frequência?
Qual a frequência de seus sintomas? Eles são recorrentes ou ocasionais?.
Diagnóstico de Síndrome da fadiga crônica
Não há nenhum teste específico capaz de confirmar o diagnóstico para a síndrome da fadiga crônica.
Como os sintomas desta doença podem ser muito similares aos de muitos outros problemas de saúde, você pode precisar passar uma série de diferentes exames para poder diagnosticar a causa.
Esses testes são feitos para descartar possíveis outras causas que possam estar envolvidas da fadiga extrema, como distúrbios do sono (insônia, apneia do sono e síndrome das pernas inquietas, por exemplo), anemia, diabetes, disfunções da tireoide (hipertireoidismo e hipotireoidismo), depressão, ansiedade, transtorno bipolar e até mesmo esquizofrenia.
De um modo geral, os critérios para diagnóstico da síndrome da fadiga crônica, após a realização de exames que eliminam outras possibilidades, incluem a descrição e presença dos oito principais sinais e sintomas característicos da doença.
Tratamento de Síndrome da fadiga crônica
O tratamento para a síndrome da fadiga crônica se concentra, principalmente, no alívio dos sintomas. Para isso, há duas abordagens possíveis. Confira:
Medicamentos
Como a síndrome da fadiga crônica afeta as pessoas de muitas maneiras diferentes, o tratamento costuma variar de acordo com o paciente e os sintomas apresentados por ele. Para levar o alívio dos sintomas para essas pessoas, os médicos costumam indicar alguns medicamentos específicos, como antidepressivos e pílulas para dormir.
Terapia
O tratamento mais eficaz para a síndrome da fadiga crônica parece ser uma abordagem dupla que combina aconselhamento psicológico com um programa de exercícios leves.
Um fisioterapeuta pode ajudar a determinar que tipos de exercício são melhores para o seu caso.
Pessoas sedentárias geralmente começam a série de exercícios com atividade física e alongamentos de apenas alguns minutos por dia. Aos poucos, essa carga vai sendo aumentada, conforme você ganha mais força e resistência.
Já no que consiste o acompanhamento psicológico, a terapia é feita com um profissional que o ajudará a entender alguns motivos pelos quais você possa ter desenvolvidos sintomas negativos, como depressão, ansiedade, estresse e tristeza.
Convivendo/ Prognóstico
Para síndrome de fadiga crônica, além do tratamento, algumas medidas de autocuidado também podem ajudar.
Veja:
Reduza o estresse.
Procure desenvolver um plano para evitar ou limitar esforço excessivo e o estresse emocional. Relaxe por algum tempo todos os dias
Melhore seus hábitos de sono. Vá para a cama cedo e levante sempre no mesmo horário. Procure dormir somente durante a noite. Se possível, evite sestas. Além disso, corte cafeína, álcool e nicotina de sua rotina
Organize suas atividades para que você não as faça todas no mesmo dia. Aprender a gerenciar melhor o tempo e suas ocupações podem ajudar nesta tarefa.
Complicações possíveis
Se não for tratada, a síndrome da fadiga crônica pode levar a algumas complicações de saúde, como:
Depressão
Isolamento social
Restrições de estilo de vida
Qualidade de vida prejudicada por baixo desempenho no trabalho e nos estudos
Efeitos colaterais de medicamentos.
Expectativas
A perspectiva no longo prazo para pacientes com síndrome da fadiga crônica varia de pessoa para pessoa, de modo que é difícil prever quando os sintomas começam. Alguns pacientes se recuperam completamente dentre de seis meses a um ano.
Prevenção
Não há formas conhecidas capazes de prevenir a síndrome da fadiga crônica.
fontes e referências
Ministério da Saúde, Centers for Disease Control and Prevention
2 comentários:
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