#UnidosSomosMaisFortes
13/08/2016
Doença é caracterizada por inflamação aguda ou crônica nas paredes internas do estômago
É uma inflamação aguda ou crônica nas paredes internas do estômago, que pode atingir todo ou apenas parte do órgão.
Resulta de falhas na mucosa, fazendo com que o ácido gástrico –utilizado pelo organismo para a digestão dos alimentos – se transforme em um fator de irritação, dando início ao processo inflamatório.
Em sua forma aguda, a doença é autolimitada, desaparecendo em curto período, desde que tratada. Já a gastrite crônica pode durar longos períodos.
COMO IDENTIFICAR
A gastrite tem como sintomas queimação, dor no estômago, distensão gástrica e náuseas, sinais parecidos com os de refluxo gástrico, má digestão e até câncer.
O diagnóstico é realizado por meio de um exame chamado endoscopia digestiva alta, que permite a visualização de toda a mucosa do estômago.
A endoscopia também proporciona a realização de biópsias, que auxiliam na identificação microscópica da gastrite e na verificação da presença da Helicobacter pylori.
A bactéria também pode ser encontrada por meio de exames de fezes, de sangue e de testes respiratórios.
Causas
A bactéria Helicobacter pylori é apontada como um dos causadores da doença.
Esse microorganismo resiste bem em ambiente ácidos, como o interior estomacal. Estima-se que 80% dos brasileiros dos brasileiros tenham a bactéria no seu corpo, mas somente de 5% a 15% da população manifesta a doença.
Além disso, a doença também pode surgir, na forma aguda, como resultados de infecções virais.
Fatores de risco
O uso continuado de determinadas substâncias e o consumo de alguns alimentos e bebidas pode contribuir para o surgimento da gastrite.
Entre os fatores de risco estão medicamentos anti-inflamatórios, café, chimarrão, bebidas alcoólicas, cigarro, doces (em excesso) e alimentos condimentados.
Hábitos alimentares equivocados, como períodos prolongados de jejum e ingestão excessiva de gorduras e frituras, também estão relacionados à gastrite.
COMO PREVENIR
A disciplina alimentar é uma boa forma de prevenção.
Neste sentido, a principal regra é não deixar o estômago vazio – o suco gástrico é secretado permanentemente pelo estômago e deixá-lo vazio faz com que o ácido ataque diretamente a mucosa.
Além de mastigar bem a comida (a redução do alimento a pedaços menores facilita a digestão), deve-se diminuir o consumo de café e de chimarrão (a cafeína presente em ambos exerce ação irritante sobre a mucosa), de bebidas alcoólicas e de alimentos gordurosos (fazem o estômago produzir mais suco gástrico, o que contribui para o agravamento
da gastrite).
Consequências da doença
A infecção prolongada pela bactéria Helicobacter pylori pode levar ao desenvolvimento de gastrite atrófica, atrofia do estômago e até mesmo câncer de estômago.
COMO TRATAR
Em geral, o tratamento é feito com medicamentos que diminuem a acidez do estômago, permitindo a cicatrização da mucosa e reduzindo as condições para a subsistência da Helicobacter pylori, além de antibióticos.
Fontes: Richard Ricachenevsky Gurski, chefe do Serviço de Cirurgia do Aparelho Digestivo do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) e Leonardo Menegaz Conrado, cirurgião do aparelho digestivo e médico endoscopista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário