10/04/2014
Distúrbio neurológico ainda é desconhecido da maioria da população e
desafia a medicina, não somente na descoberta da causa, mas na forma de
tratamento.
Pergunte a uma pessoa na rua o que é Esclerose Múltipla. As respostas
vão variar, mas 70% delas dirá tratar-se de uma doença da terceira
idade, associada a quadros de demência.
Esse fato, constatado por uma pesquisa Ibope, ajuda a elucidar a atmosfera de desconhecimento que envolve a doença. Por isso, um dado como o que será apresentado a seguir, soa assustador:
A Esclerose
Múltipla é a segunda maior causa de incapacitação do jovem, perdendo
apenas para os traumas (consequência de acidentes e episódios
violentos).
A Esclerose Múltipla é um desafio para a medicina. Doença neurológica autoimune, de causas desconhecidas, atinge uma região chamada bainha de mielina, responsável pela transmissão de estímulos elétricos.
Daí nascem os sintomas mais comuns: visão dupla, rigidez, fraqueza, falta de equilíbrio, dormência, dor, problemas no controle da bexiga e intestinos, fadiga, entre outros. Apesar de tratável, não tem cura e atinge cerca de 35 mil pessoas no Brasil e 2,5 milhões no mundo.
Além do desafio no diagnóstico, que pode levar anos, a doença tem um tratamento baseado em injeções, que visam, principalmente, reduzir o número de surtos.
Porém, há anos ONGs e associações de classe lutam pela
incorporação de um medicamento oral, que pode retardar a evolução da
doença e melhorar a qualidade de vida. O fármaco, denominado
Fingolimode, já foi aprovado pela ANVISA, mas ainda não está disponível
no SUS.
Incorporação de tratamento oral está em fase de consulta pública.
Apesar de aprovado pela ANVISA, o medicamento oral precisa da aprovação da CONITEC - órgão que regula a incorporação de novas tecnologias - para fazer parte da lista do SUS.
Recentemente, a Comissão avaliou a inclusão do Fingolimode e levou a decisão para consulta pública. Nesse mecanismo, o cidadão comum pode opinar sobre as decisões do governo, durante um período de tempo determinado. O principal objetivo é tornar o parecer mais democrático e transparente.
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