9 razões de saúde para não andar sempre zangado (e um truque para contrabalançar)...

28.11.2017
Se é verdade que ninguém gosta de se sentir zangado ou irritado também é verdade que para alguns é difícil sair desse registo. Mas por muito fortes que sejam as razões, aqui ficam outras, bem importantes, para lutar contra esse estado de espírito

A propósito da "explosão" do deputado britânico Paul Farrelly depois um debate acalorado sobre o Brexit, o The Mail on Sunday, que recorda que o mesmo político já tinha sido notícia por agredir um vendedor de jornais, em 2010, lembra que quase um terço dos britânicos afirma ter um familiar ou amigo próximo com problemas ao nível do controlo temperamental. 

Servem o episódio com Paul Farrelly e estes dados para justificar uma compilação de 9 razões para os leitores não se deixarem tomar pela raiva/irritação.

As pessoas zangadas morrem mais cedo

Investigadores da Universidade do Iowa descobriram que homens com idades entre os 20 e os 40 anos e nívels elevados de raiva tinham mais do dobro da probabilidade de estarem mortos daí a 35 anos, em comparação com outros, mais calmos. 

Um grande número de fatores pode explicar essa associação, como a ligação do stress a danos psicológicos. 

A libertação frequente de adrenalina durante períodos de stress danifica o ADN, o que pode levar ao surgimento de doenças potencialmente fatais, como a esclerose múltipla.

As pessoas zangadas não dormem bem

A sensação de raiva ativa a amígdala, a região do cérebro associada aos instintos de sobrevivência. 

Escusado será dizer que com o cérebro em modo de alerta e ansiedade e consequente aumento do fluxo sanguíneo nos membros e coração, o sono torna-se mais difícil...

No entanto, uma equipa de neurocientistas da Universidade de Massachusetts concluiu que, uma vez expostos ao estímulo irritante, mais vale não tentar ignorá-lo - Os participantes na investigação que não falaram sobre os efeitos desse estímulo tinha maior probabilidade de ter insónias do que os tinham feito o exercício de escrever sobre a causa da sua irritação. "Liberta espaço na cabeça", explica Mike Fisher, diretor da Associação Britânica para Gestão da Raiva.

A raiva faz dores de cabeça

Emoções como a raiva levam a um aumento da libertação de hormonas como o cortisol (a hormona do stress), a adrelina ou a testosterona na corrente sanguínea, o que deixa corpo em estado de tensão e o cérebro sob pressão. O resultado, como mostrou um estudo que envolveu 422 participantes saudáveis mas como problemas de gestão de raiva, podem ter dores de cabeça.

Pode desencadear problemas pulmonares

Um estudo da Harvard School of Public Health permitiu perceber que as pessoas com maior tendência para a hostilidade sofrem uma redução no funcionamento do sistema respiratório. Ao longo de oito anos, foram observados mais de 2 mil homens. Os que tinham níveis de raiva/irritação muito elevados sairam-se muito pior num simples exercício de inalação.

Torna as pessoas ansiosas e depressivas

Quando nos sentimos com raiva, os neurotransmissores e hormonas que são enviados pela corrente sanguínea levam a um aumento da frequência cardíaca e tensão muscular. Quando isto acontece muitas vezes, essa reação pressiona os neurónios do hipotálamo, o "centro de controlo de stress" do cérebro, tornando-se difícil desativar o modo de alerta.

E ficam doentes mais vezes

Demasiado cortisol no corpo pode levar a um desequilíbrio dos níveis de açúcar no sangue, no funcionamento da tiroide e até levar a uma diminuição da densidade óssea, concluíram investigadores da Universidade de Southampton. O aumento contínuo de cortisol torna o corpo mais suscetível aos vírus.

Aumenta o risco de doenças cardíacas

Esta é fácil de perceber: Com o aumento da adrenalina, aumenta a pressão sanguínea. O coração bate mais depressa e pode até bater a um ritmo anomal potencialmente fatal. Mas há mais: a adrenalina também desencadeia a libertação de plaquetas, podendo levar à formação de coágulos sanguíneo ou ao entupimento de artérias (sobretudo se já estiverem diminuídas pela acumulação de colesterol). Vários estudos, como este, têm demonstrado a associação entre notas altas na escala de raiva e doenças cardíacas.

Torna a digestão mais díficil

Uma vez ativado o "modo sobrevivência" no cérebro, o sangue é dirigido em maior quantidade às zonas do corpo que precisam de entrar em ação, como os membros (para uma possível fuga), reduzindo-se assim o fornecimento de sangue ao sistema digestivo.

... e até faz rugas

Esta descoberta deve-se a um grupo de cientistas brasileiros, que concluiu que níveis elevados de stress reduzem a disponibilidade de glicocorticoides - as hormonas envolvidas na síntese do colagénio, essencial para a elasticidade da pele. A falta de colagénio contribuiu para uma pele baça e enrugada. Além disso, o sistema imunitário enfraquecido pela resposta ao stress aumenta as reações inflamatórias com os patogenos que proliferam sob a pele.

UM TRUQUE PARA LIDAR COM A RAIVA

Lembra-se da questão as insónias? De como quem não falava sobre o que o fazia zangar-se dormia pior do que os que "desabafavam" para o papel?

Não é só com o sono que este efeito se verifica. Um estudo da Universidade de Chicago registou que há um risco particularmente elevado de hipertensão arterial nos indivíduos irritáveis que tendem a manter a raiva "abaixo do nível de consciência".

Reprimir emoções deste tipo leva à retenção de um excesso de hormonas do stress nas áreas do cérebro responsáveis pelo processamento de emoções, o que faz como as reações físicas se tornem crónicas.

Por isso, já sabe, se ficou convencido com todas as razões acima mas não consegue deixar de se sentir zangado com o mundo... pelo menos não "guarde" tudo.

Os remédios do futuro...

24.11.2017 

Novas drogas mudam a forma de tratar as doenças. 

O câncer é uma delas. Elas têm alvos precisos de ataque, agem mais rapidamente e dão menos efeitos colaterais...

É quase como se a pílula tivesse sido criada para você. 

O remédio do futuro será assim. 

Ele será desenhado para atingir alvos específicos relacionados às doenças e sua escolha será determinada pela forma como cada um reage. Essa espécie de medicação sob medida será possível graças ao conhecimento a respeito do DNA e seu impacto sobre as enfermidades e a reação do corpo aos remédios.

Os primeiros exemplos desse tipo de medicação estão disponíveis, mudando o tratamento de diversas doenças. O câncer é uma delas. A doença é complexa e tem sua manifestação e evolução muito variáveis. Por isso a necessidade de criar medicamentos que atuem não de forma generalizada, mas focada. Há bons exemplos à disposição. Um deles é o olaratumabe para sarcoma de partes moles (conjunto raro de tumores). Outro, prestes a ser aprovado no Brasil, é o Ibrance, para pacientes na pós-menopausa com tumor de mama avançado do tipo ER positivo e HER2 negativo. É a maioria dos casos.

O princípio de agir no alvo norteia a imunoterapia contra o câncer, usada para aumentar as defesas do paciente. É uma forte linha de combate à enfermidade. Exemplos de remédios são o Blincyto, contra a Leucemia Linfoblástica Aguda, e o pembrolizumabe, usado contra o melanoma e aprovado para tratar o tipo mais comum de câncer de bexiga. “As imunoterapias promoveram um avanço no que antes era sombrio”, diz o oncologista Fernando Maluf, da BP e do Hospital Albert Einstein (SP).
“Uma das novidades contra a depressão causa menos ganho de peso” Guido May, psiquiatra 

Outras doenças começam a ser combatidas com armas certeiras. Entre elas, a psoríase (um dos remédios é o Taltz), a esclerose múltipla (entre as opções está o ocrelizumabe), a perda óssea (o Prolia é uma das novidades), e o colesterol, por meio do Repatha e do Praluent. 

Entre os destaques de medicações com mecanismos de ação diferentes e menos efeitos colaterais está o Brintelix, contra a depressão. 

Ele age em seis alvos distintos. “Os estudos mostram que ele causa menos queda de libido e ganho de peso”, afirma o psiquiatra Guido May, da empresa GnTech. Nesta área, outra novidade é o Zodel, primeiro similar de uma das molécula mais usadas contra a enfermidade.

Contra a hepatite C, hoje curável em 95% dos casos, um dos exemplos é o Epclusa. Para doenças contra as quais não havia opções, como a Atrofia Medular Espinhal (mal neurodegenerativo que acomete um em cada mil bebês), também surgiram esperanças. Neste caso, é o Spinraza, liberado recentemente no Brasil.


Para quem eles servem


A medicina está criando formas de saber para quem servem as medicações. 

São únicos os mecanismos pelos quais cada um metaboliza os remédios. 

Por essa razão, é preciso identificar como a droga atuará de acordo com o paciente. Existem várias opções de testes farmacogenéticos com essa finalidade. “Usamos esses exames para verificar a resposta a diversos antidepressivos, por exemplo”, diz o psiquiatra Guido May. O cuidado leva a maior eficácia no tratamento e inteligência no uso dos recursos. Os remédios modernos são eficazes, mas em geral caros. Usá-los em pacientes que não serão beneficiados por causa de características individuais, além de inócuo, é desperdício.

6 dicas para exercitar seu cérebro...

Já ouviu falar em neuróbica? Adote a prática para manter a sua saúde cerebral...
A Neuróbica melhora as conexões cerebrais, a atenção e a memória.

Que é preciso manter o corpo em forma para envelhecer bem, todos sabem. 

Já o esforço para manter o cérebro em forma, também essencial nessa jornada, acaba ficando um pouco de lado para a maioria das pessoas. A neuróbica, assim como a ginástica para o corpo, é uma série de exercícios desenvolvidos pensando na manutenção da saúde cerebral, que deve ser praticada por todos os que querem viver bem e bastante.

Por que exercitar?

Segundo o coordenador do Laboratório de Educação Cerebral da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Emilio Takase, o cérebro humano passou por uma longa evolução até chegar ao ponto em que se encontra hoje, e sempre foi impulsionado por necessidades que o faziam se exercitar, como a obtenção de alimento, a necessidade de abrigo, a luta. “Hoje, temos tudo sem precisar de muito esforço, ou até mesmo sem precisar mover o corpo. O cérebro entende que não faz sentido gastar energia se temos tudo à mão”, explica ele. O que a neuróbica faz é estimular produção dos hormônios neurotransmissores dopamina, adrenalina e serotonina, o que melhora as conexões entre as células nervosas.

Mais estímulo, mais memória

A diminuição da capacidade de aprender e se lembrar de informações é muito comum dentre idosos, e a coordenadora do Programa Cérebro Ativo do Instituto Sírio-Libanês, Gislaine Gil, lembra que técnicas de estimulação cognitiva ajudam a melhorar a atenção e a memória. “Elas ainda previnem o aparecimento de doenças degenerativas, como a doença de Alzheimer”, afirma.

Pratique

Criadores do termo neuróbica, os pesquisadores americanos Lawrence C. Katz e Manning Rubin, elencam no livro Mantenha seu cérebro vivo (Sextante) 83 exercícios que desafiam o cérebro a sair de sua zona de conforto. A ideia é estimular a realização de tarefas de jeitos diferentes dos habituais. 

Confira alguns desses exercícios e outros propostos por Takase e Gislaine, que servem para aguçar a memória, o raciocínio lógico e a concentração.

Respire melhor


O ritmo da respiração influencia as oscilações elétricas do cérebro, e praticar a respiração correta é uma maneira de “sincronizar” a frequência cerebral. Para isso, é preciso respirar pelo diafragma em vez do tórax, inspirando pelo nariz até encher o abdome (o que aumenta os batimentos cardíacos) e soltando pela boca por um tempo mais longo, até esvaziar (diminuindo os batimentos).

Fique de pé e caminhe

Ao realizar atividades cotidianas que geralmente fazemos sentados, como conversar, ler e usar o celular em pé ou caminhando, estamos aumentando a frequência cardíaca e ativando o cérebro, que fica alerta. O cérebro precisa se sentir mobilizado para alguma atividade motora cognitiva, emocional ou social e, assim, o “lembramos” que ele tem um corpo todo para cuidar.

Faça diferente


Fazer atividades rotineiras de maneiras diferentes é um meio simples de dar um pouco de trabalho ao cérebro, em vez de apenas fazer com que siga um hábito. Para isso, vale vestir-se de olhos fechados, escrever com a mão “ruim”, trocar o relógio de um pulso para o outro, olhar para fotos de cabeça para baixo, mudar o caminho até o trabalho.

Faça associações


Não lembrar onde estacionamos o carro é normal em todas as faixas etárias, pois é uma ação que fazemos desatentos. Um exercício de associação pode ajudar e ainda estimular o cérebro: se o carro está no segundo andar de garagem (G2) e na vaga F1, memorize algo como “dois gatos e uma foca”. A associação pode ajudar a resolver casos como o esquecimento de uma palavra que estava “na ponta da língua”. Geralmente isso acontece com palavras que usamos pouco. Em vez de insistir em lembrar dela, procure um sinônimo, o que acaba exercitando o vocabulário.

Jogue


Os jogos cognitivos ensinam as pessoas a enxergar os erros que cometem no modo como elas pensam, e servem para medir e desenvolver as capacidades cognitivas e emocionais. Podem ser jogos de tabuleiro (xadrez, reversi, Xo Dou Qi), jogos individuais de desafio (por exemplo, de encaixe, como pentacubos e Tetris), brinquedos sensoriais (que estimulem os sentidos, principalmente para crianças), ou jogos eletrônicos e aplicativos que exercitem memória e estratégia (como Luminosity, Multitasking e Eidetic).

Aprenda artes


Aprender novas línguas ou uma arte, como a dança, são atividades que exigem bastante do cérebro: 
atenção, memória, imaginação, mentalização, além do treinamento de habilidades de socialização, trazendo bem-estar e afastando sintomas de depressão.



Dança dos olhos desfoca imagens e prejudica a visão...

24 NOV2017

"Normalmente, o nistagmo provoca incapacidade de manter fixação estável, desfoca imagens e prejudica a visão a distância", explica o oftalmologista Hilton Medeiros, da Clínica de Olhos Dr. João Eugenio. 

Segundo o médico, o nistagmo pode ser facilmente percebido pela simples observação, mas deve ser investigado clinicamente para descobrir se surgiu isoladamente ou se está associado a outras doenças.


Conhecido popularmente como "olhos dançantes", o nistagmo são oscilações rítmicas, repetidas e involuntárias em um ou ambos os olhos. 

Os movimentos podem ser nos sentidos horizontal (de um lado para o outro), vertical (de cima para baixo) ou rotatório (circulares). 

Existem duas formas de nistagmo: 

a síndrome do nistagmo infantil (INS), presente no nascimento, ou o nistagmo adquirido por alguma doença ou lesão.

O movimento involuntário presente no nascimento não costuma ser grave, nem está relacionado a qualquer doença ou distúrbio.

Todavia, há casos em que a acuidade visual do bebê pode ser menor do que a ideal e deve ser aprimorada com cirurgia. 

Estima-se que 1 em cada 1000 nascidos tenham nistagmo. 

O nistagmo adquirido, que se desenvolve ao longo da vida, pode ser resultante de ESCLEROSE MÚLTIPLA; derrame cerebral; labirintites; maculopatias; acidentes com ferimentos na cabeça; uso de drogas; excesso de álcool, deficiência de vitamina B12, sedativos que prejudiquem as funções do labirinto, entre outras causas. O nistagmo normal é simplesmente o reflexo que ajusta os olhos para a visão. 

"O tratamento para nistagmo depende da causa e nem sempre há cura. 

Pode-se recorrer a ortóptica (oclusão alternada), tratamento óptico (com uso de prismas) para corrigir o mau posicionamento da cabeça, mudança dos óculos por lentes de contato (para prevenir outros problemas oftalmológicos)", esclarece Hilton Medeiros.

O tratamento medicamentoso é feito com substâncias estimuladoras do sistema neurotransmissor inibitório ou depressoras do sistema neurotransmissor excitatório. 

Já a cirurgia para tratar o nistagmo objetiva a melhoria da acuidade visual através de procedimentos específicos nos músculos dos olhos. 

Nos casos decorrentes de medicamentos ou infecção, os movimentos nos olhos costumam voltar ao normal depois que a pessoa melhora. 


Além da pele, herpes-zóster compromete a visão e o coração...

23 nov 2017

Vírus da catapora fica alojado no organismo e pode voltar com força total...
A doença, causada pelo agente infeccioso da catapora, causa muita dor e poderá afetar até um terço da população...


 Saiba como prevenir.


Na última semana, a humorista Claudia Rodrigues foi internada no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, por causa de complicações de esclerose múltipla. 

Poucos dias depois, quarta-feira (22 de novembro), a assessoriacon da artista firmou que uma baixa na imunidade, algo comum nesses casos, resultou em um quadro de herpes-zóster, gerando lesões na região do olho direito e ameaçando a visão da atriz. 

Mas qual a verdadeira origem do problema?

Pense em um bandido detido, levado à prisão e que, depois de décadas cumprindo pena, se aproveita de uma bobeada da segurança para escapar das grades e cometer um novo crime, ainda mais grave. É o que acontece com o vírus varicela-zóster. Normalmente na infância, ele provoca a catapora.

Após o organismo tomar conta da situação, o mau elemento recua e se esconde no sistema nervoso, onde fica anos quietinho aguardando o momento para dar o bote. “Ele se vale da queda na imunidade para se reativar”, explica o médico Cipriano Ferreira, da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

E é aí que aparece o herpes-zóster ou só zóster, palavra grega que significa “cinturão” e reflete uma das principais características da doença: a formação de bolhas bem doloridas ao longo de uma faixa na pele, em geral em apenas um lado do corpo.

Uma vez que baixas no sistema imune são mais frequentes com a idade, não é de espantar que a incidência do mal aumente depois dos 50. 

Mas não são só os mais experientes que estão ameaçados pelo retorno do vírus. “O declínio das defesas que ocorre com o envelhecimento é um fator importante, porém existem outros gatilhos e situações a considerar”, diz o virologista Fernando Spilki, da Universidade Feevale, em Novo Hamburgo (RS).

Entram no grupo de risco indivíduos que se submeteram a um transplante e pessoas com doenças crônicas como diabetes, aids ou outras condições que exigem o uso de remédios imunossupressores. Não é pouca gente.

O drama é que se espera um crescimento no número de casos de zóster pelo mundo. Segundo análise publicada no periódico científico BMC Geriatrics, a incidência deve subir cerca de 3% ao ano até 2030. O dado reforça uma estimativa do próprio Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos, o CDC, que calcula que o problema já possa atingir um terço da população. Ora, o vírus está escondido no corpo de muitos adultos, e eles estão envelhecendo.

O bicho pega mesmo porque todo mundo que já teve catapora está sujeito ao herpes-zóster. “Estima-se que pelo menos 95% da população tenha o vírus latente, esperando baixas significativas na imunidade para se expressar livremente”, conta o pesquisador Igor Brasil Costa, especialista em saúde pública do Instituto Evandro Chagas, em Belém do Pará.

Com o caminho liberado, ele passa a se replicar e avançar nas terminações nervosas, provocando uma inflamação local e generalizada. 

Daí vem a dor, seguida das erupções de feridas na pele. 

Se a infecção não for contida, pode haver complicações em outros cantos, como os olhos.

Aliás, o processo inflamatório desencadeado pelo zóster traz outras ameaças a distância. 

Um estudo recente publicado na revista da Associação Americana do Coração identificou que, até um ano após o controle da enfermidade, suas vítimas correm um risco consideravelmente maior de sofrer um infarto ou derrame. 

O que justificaria essa relação? 

A inflamação despertada pelo vírus, capaz de repercutir negativamente nas artérias que abastecem o cérebro e o coração.

Para entender e brecar os tormentos mais imediatos da doença, o bioquímico Thiago Mattar Cunha e colegas da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, analisaram o mecanismo da infecção e descobriram que um dos processos cruciais para o aparecimento da dor é o aumento nos níveis de uma molécula inflamatória, o TNF-alfa.

O achado tem potencial de ajudar a identificar a melhor forma de impedir e contra-atacar uma das principais complicações do zóster, a neuralgia pós-herpética – quando o vírus machuca tanto os nervos que o incômodo não passa mesmo após o fim da infecção.

O tratamento do zóster hoje é feito com comprimidos antivirais, os mesmos utilizados contra outros agentes infecciosos. “O uso dos medicamentos deve começar nos primeiros dias após o diagnóstico a fim de diminuir a intensidade dos sintomas e o risco de complicações”, esclarece o dermatologista Claudio Wulkan, do Einstein.

A dor, que costuma surgir dias antes das lesões cutâneas, junto com coceira e formigamento, é tão intensa que muitas vezes exige internação. 

Analgésicos comuns não dão conta do recado, o que faz os médicos partirem para fármacos que atuam diretamente no sistema nervoso. Tudo para aliviar uma sensação descrita como lancinante.

#Prevenção do crime

Mais eficiente (e tranquilo) do que a estratégia polícia e ladrão é apostar em um plano de ação preventivo. O ideal é imunizar-se contra a catapora na infância, mas essa proteção só foi incluída no Calendário Nacional de Vacinação em 2013. Ou seja, serão décadas pela frente até que toda a população esteja devidamente blindada desde cedo contra o vírus.

Não é por menos que a farmacêutica MSD desenvolveu uma vacina específica para o zóster, já disponível no Brasil na rede particular. “Ela é 14 vezes mais forte que a da catapora e está indicada a partir dos 60 anos pelas sociedades médicas, embora já faça efeito a partir dos 50”, explica Maísa Kairalla, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia – Regional São Paulo.

O imunizante depende de uma única dose, comercializada com o preço médio de 500 reais, o que ainda limita o acesso a muitos brasileiros. Apesar de a vacina ser a melhor opção para se resguardar da reativação do varicela-zóster, manter a imunidade em alta é outro conselho bem-vindo. Ora, são as células de defesa que impedem que o malfeitor se reproduza e cause estragos nos nervos e na pele.

Nesse sentido, vale prezar por alimentação balanceada, atividade física regular e exposição frequente ao sol. “O estresse do cotidiano também baixa a imunidade”, lembra Ferreira. Pois é, corpo e mente em equilíbrio são essenciais para que as forças de segurança do organismo não vacilem e deixem o bandido microscópico aprontar.

#Repercussões do herpes-zóster em outros cantos

#Encefalite

Ao se reativar, o varicela-zóster pode acessar e atacar o cérebro, levando a uma inflamação potencialmente fatal e capaz de gerar sequelas.

#Herpes ocular

Quando aparece no rosto e alcança a linha dos olhos, o vírus pode migrar até o globo ocular e comprometer a vista.

#Dor crônica

Até 40% das vítimas têm neuralgia pós-herpética, quadro doloroso que permanece depois que a infecção termina. Chega a durar meses ou anos.

#Infarto e AVC

A inflamação associada à doença eleva, em um cenário de maior risco, a probabilidade de um entupimento nas artérias.

#Não confunda os vírus

#Herpes-zóster

O varicela-zóster causa catapora na infância e, depois, se aloja nos gânglios nervosos, podendo se reativar mais tarde.

#Herpes labial

Dois terços da população vivem com o herpes simples tipo 1, capaz de causar feridas na boca e até nos genitais.

#Herpes genital

Transmitido sobretudo pelo sexo, o herpes simples tipo 2 afeta as partes íntimas, mas também pode ir para a boca.

#De um lado só

A proliferação do vírus do herpes-zóster segue o caminho do nervo afetado, mas nunca passa de uma das metades do corpo. Por isso, as lesões na pele ficam só de um lado do rosto, do abdômen…

Anvisa autoriza registro de genérico contra câncer de próstata...

17/11/2017
Novembro Azul

Medicamento controla produção de hormônios sexuais, responsáveis pela evolução da doença...

Os pacientes que enfrentam o câncer de próstata poderão contar com mais uma alternativa de tratamento: 
na próxima segunda-feira (20), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai liberar o registro de um medicamento genérico para tratar a doença.

O acetato de abiraterona é indicado para casos em que a doença já se espalhou e persiste. 

A indicação é que ele seja utilizado combinado com outros remédios, como o prednisona ou prednisolona.

Com a medida, o custo do tratamento devem ser reduzidos, já que os genérios são cerca de 35% mais baratos.

A evolução da doença é impulsionada pela produção anormal de hormônios sexuais. 

Por isso, uma enzima presente no remédio inibe exatamente a produção desses hormônios para combater a doença.

Fonte: Governo do Brasil, com informações da Anvisa

SUS incorpora novos medicamentos para pacientes com Parkinson...

19/11/2017 

O Ministério da Saúde anunciou, na sexta-feira (17), uma atualização no protocolo de tratamento para Parkinson no país. 

Com investimento de R$ 17,1 milhões, a pasta acrescentou ao Sistema Único de Saúde (SUS) dois novos medicamentos para tratar a doença....

Incorporada em agosto deste ano, a Rasagilina deve estar à disposição de toda a população até fevereiro de 2018. 

A outra novidade é a Clozapina, já ofertada para tratamento de transtorno bipolar e esquizofrenia, que passa a integrar a lista de fármacos para controle de sintomas psicóticos de pessoas que têm Parkinson.

Segundo o ministério, o custo da Rasagilina é estimado em R$ 16 milhões e o da Clozapina, em R$ 1,9 milhão.

Parkinson é neurodegenerativa e, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), acomete 1% da população mundial, com idade superior a 65 anos. 

No Brasil, estima-se que cerca de 200 mil pessoas sofram com a doença. 

Além dos problemas motores mais conhecidos, várias manifestações não motoras podem surgir à medida que a doença progride, inclusive os sintomas psicóticos.

 Os sintomas motores mais comuns são:

tremor, rigidez muscular, bradicinesia (lentidão na resposta) e alterações posturais. 

Entretanto, manifestações não motoras também podem ocorrer, como: 

comprometimento da memória, depressão, alterações do sono e distúrbios do sistema nervoso autônomo. 

A evolução dos sintomas é, usualmente, lenta e variável em cada caso.

Melhor compra de carro para PCD tem opções populares...


Como adquirir um carro para pessoas com deficiência (PCD), quais são os documentos, como é o processo para conseguir o desconto no veículo?

Carros para PDC chegam a 25% de desconto, como identificar se você tem direito a um super carro com um baita desconto? 

Parece mágica, mas não é. 

Trata-se de um direito que muitos motoristas ainda nem sabem que podem recorrer, se é o seu caso ou de algum familiar, acompanhe esta matéria que vamos falar o passo-a-passo com todas as dicas que você precisa saber na hora de exigir seus direitos.

Primeiro, é preciso ter muita paciência para conquistar seu primeiro veículo nestas condições, afinal, é quase um ano de espera pelo carro novo. 

Há os que digam que vale muito a pena, já que os descontos podem somar um quarto do valor final do veículo.

Há mais vantagens do que a grana, também são veículos que além da isenção de IPI e ICMS, tem isenção de IPVA e rodízio municipal no caso da cidade de São Paulo, por exemplo.

Casos de veículos para PNE (portadores de necessidades especiais) é bem extensa, diria até que é bem maior do que podemos imaginar. 

Pessoas com síndrome de Down, mal de Parkinson, nanismo, próteses internas e externas, escoliose acentuada, neuropatias diabéticas, hepatite C, HIV positivo e mais algumas dificuldades que vou enumerar durante o texto.

Para os portadores de doenças ou deficiências severas, aquelas que impossibilitam a condução, os portadores de necessidades especiais podem apresentar representantes legais, que passam a ter o direto ao desconto. 

Porém, saiba que no Brasil há limitações, por exemplo: para isenção total o veículo deverá ser fabricado no país e tem como valor limite de 70 mil reais, acima deste valor, somente o IPI será descontado do valor do veículo (mas, mesmo assim, o abatimento pode ser um bom negócio). 

Vale ressaltar que picapes ficam de fora.

Após o deferimento do pedido PNE o portador deverá comprar o veículo em até 270 dias, é um prazo legal e inflexível. 

O comprador deverá ficar pelo menos dois anos com o carro adquirido com descontos legais. 

Há um limite de potência de 129 cv para compradores nestas condições para que ele tenha IPI, ICMS e IOF isentos.

Quem pode tirar um carro com descontos no Brasil?


Pessoas com ausência ou má formação de membros, tais como: nanismo, mastectomia, quadrantectomia (retirada parcial da mama), amputação ou encurtamento de membros.

Pessoas com problemas de coluna (graves ou crônicos), tais como: escoliose acentuada, espondilite anquilosante e hérnia de disco.
Pessoas que tenham doenças que afetem braços e ombros, tais como: túnel do escarpo, bursites, tendinite e manguito do rotador.

Pessoas que tenham doenças neurológicas ou degenerativas, tais como: mal de Parkinson, sindrome de Down, AVC, paralisia cerebral, AVE, ESCLEROSE MÚLTIPLA, usuário de talidomida e ostomia.

Portadores de patologias como: diabetes, hepatite C, HIV+, renais crônicos (com fístula), hemofílicos, portadores de câncer, cardiopatias e linfomas.

Pessoas que tenham paralisias, exemplo: triplegia, triparesia, monoplegia, paraplegia, tetraplegia, tetraplegia, hemiplegia.
Pessoas com problemas em nervos e ossos, tais como: artrite, artrose, artrodese, lesões por esforços repetitivos, próteses internas e externas e poliomelite.

Pessoas com dificuldades visuais: acuidade visual menor que 20/200 (indice Snellen) No melhor olho, campo de visão menor que 20º ou ambos.

Depois de você identificar em qual tipo de necessidade você ou a pessoa que vai recorrer aos direitos se enquadra, o que deverá ser feito?

Como adquirir as isenções de taxas para veículos PCD?

Primeiramente você deverá tirar ou fazer as alterações no documento de habilitação, Carteira Nacional de Habilitação (CNH) sendo classificado como portador de necessidades especias. 

Em seguida deverá procurar o Detran para a perícia médica e, ainda depois, uma autoescola.

Falando em isenção de IPI: a pessoa ou seu representante legal deverá procurar a Receita Federal apresentando os documentos e laudos médicos necessários requisitando a isenção do IPI.

O formulário segue disponível no site da Receita Federal.

Depois destes passos estarem concluídos e ok, partimos para a escolha do seu modelo.

Você deverá ir às lojas e definir um modelo zero-quilômetro com fabricação nacional com preço de até 70.000, lembra-se? Disse ali em cima. 

Mas ressaltando que estas condições são para isenção total de IPI, no caso do veículo escolhido ser de valor superior, o IPI será descontado.

Em seguida, você deverá providenciar uma carta para entrada do ICMS. 

Depois que escolher o seu carro (abaixo de 70 mil), o próximo passo é requerer a isenção do ICMS na Secretaria da Fazenda do Estado, isso se faz por meio de uma carta disponibilizada pela loja, detentora do seu futuro carro.

Pronto, o seu carro poderá ser adquirido.

(Achou simples também? – não né, completamente burocrático, mas foco no seu desconto!)

Agora é a última parte:

Como fazemos com o IPVA e rodízio de placas citado acima neste texto?

Vamos às respostas. 

Após fechar o negócio e comprar seu carro, você precisará ir ao Detran. Seu documento receberá o status de intransferível, com a validade de dois anos após a compra. 

Nesta fase são feitas as isenções do IPVA e rodízio, caso seja do município de São Paulo. Inclusive seu cartão de estacionamento em vagas de deficiente, acontece no fim deste processo.

Alguns dos principais modelos com isenção são: Chevrolet Onix, Jeep Renegade, Toyota Etios sedã, Audi A3 sedã, Honda HR-V, Toyota Corolla e Hyundai Creta.


Banco é condenado a pagar R$ 30 mil a idoso que passou vexame em agência de Manaus...

09/11/2017 

O cliente de mais de 80 anos foi impedido de usar o banheiro da agência e fez necessidades fisiológicas na área de atendimento ao público


O juiz Antônio Carlos Marinho, do 12º Juizado Especial Cível da Comarca de Manaus, condenou uma instituição bancária a indenizar em R$ 30 mil como reparação por danos morais, um cliente idoso de mais de 80 anos, portador de esclerose múltipla que, impedido de usar o banheiro de uma das agências da instituição, na av. Djalma Batista, se viu obrigado a fazer as necessidades fisiológicas na área de atendimento ao público, à vista de outros clientes.

Conforme os autos, acompanhado por sua esposa e cuidadora, o cliente idoso se dirigiu à agência bancária a fim de efetivar um saque e, após a realização da operação, foi acometido por um mal súbito e forte necessidade de urinar. 

Ao pedir a autorização para utilizar um dos banheiros da agência, este teve a solicitação negada, fato que o obrigou a realizar a necessidade fisiológica na sala de autoatendimento à vista de outras pessoas. Pelo ato, o idoso – mesmo em estado abalado – ainda foi advertido pelo gerente do estabelecimento.

Instada para pronunciar-se perante Juízo, a instituição bancária por meio de sua defesa, alegou que o autor da Causa teria adentrado nas dependências da agência após encerramento do expediente com o único propósito de utilizar um de seus banheiros, objetivo que lhe fora negado por questões de segurança. 

Alegou ainda inexistir regramento legal que permita ao cidadão adentrar nas dependências internas do banco após o encerramento do expediente e que ao urinar na sala de autoatendimento o idoso deu ensejo a atentado violento ao pudor, razão de ser da intervenção de seus servidores.

Em sua decisão, o juiz Antônio Carlos Marinho afirmou não existir razões de defesa da propriedade privada – alegando segurança bancária – que possam suplantar o respeito à dignidade de um cliente idoso, portador de esclerose múltipla e visivelmente combalido que solicitando o acesso a um dos banheiros teve o pedido negado pelos destinatários.

Nos autos, diz o juiz, que “a falta de regramento específico voltado ao setor bancário não justifica a recusa ao atendimento humanitário do cliente em homenagem ao princípio da dignidade da pessoa humana, presente no art. 1º, inciso III da Constituição Federal. Obtempero, ainda, que o próprio segurança (da agência) poderia ter acompanhado o cliente ao banheiro, o que já seria suficiente para dissuadi-lo de investir contra o patrimônio do banco”, mencionou o magistrado.

O juiz Antônio Carlos Marinho citou, ainda, nos autos que “quando o autor não conseguiu evitar a concretização do fisiologismo no próprio local, fora ele surpreendido com a eficiência do gerente – antes não demonstrada – que no exercício de suas funções cumpriu o desiderato de admoestar firmemente o idoso que se esvaia no local envergonhado da própria realidade que se abatia sobre ele naquele instante”, citou o magistrado.

Ao afirmar que a situação vexatória pela qual passou o autor da causa nas dependências da agência “é suficiente para quebrar a paz interior do indivíduo dadas as circunstâncias excepcionalíssimas do episódio em que se envolveu o correntista, trazendo-lhe angústia (…) com ofensa direta ao primado da dignidade da pessoa humana (art. 1º. III da Constituição Federal)”, o titular do 12º Juizado Especial Cível condenou a instituição bancária a pagamento de indenização por danos morais arbitrada em R$ 30 mil em favor do idoso.