FIBROMIALGIA...A DOR QUE A SOCIEDADE NÃO VÊ...NEM ENTENDE

#UnidosSomosMaisFortes

08 Agosto 2016

A fibromialgia foi reconhecida como doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1992. Atualmente, a fibromialgia afeta 4% da população, sendo que deste total quase 90% são mulheres.

É conhecida como a “doença invisível” porque afeta todas as partes macias do aparelho locomotor e não pode ser diagnosticada facilmente através de exames médicos. A fibromialgia não se vê, não deixa marcas na pele nem provoca feridas que outros possam ver. É uma dor solitária, desesperadora.

Sofrer de fibromialgia é algo muito duro: 

não sei como vou acordar hoje, se conseguirei me mexer, se poderei rir ou só terei vontade de chorar… O que eu sei com certeza é que não finjo: eu sofro uma doença crônica.


Atualmente ainda se desconhece a etiologia desta doença, mas o que sabemos é que ano após ano são mais pessoas diagnosticadas, por isso a medicina está tentando trabalhar em uma intervenção o mais globalizada possível, incluindo, evidentemente, o aspecto biopsicossocial.



Hoje queremos apresentar algumas dicas básicas para que você possa enfrentar a doença com força, melhorando a sua qualidade de vida na medida do possível.

Fibromialgia: a doença real que não se vê

Quando uma pessoa não pode se levantar da cama porque sente que “agulhas ardentes” ferem as suas articulações, não está fingindo nem procurando uma desculpa para não ir ao trabalho. 

Quem sofre de fibromialgia deve adicionar à sua própria doença a incompreensão social, com a sensação de se sentir invisível em um mundo que só acredita no que vê.

O principal problema da FM (fibromialgia) está na controvérsia da sua origem: psicológica ou orgânica. Estas são as principais conclusões que os especialistas apontam:

Possível origem da fibromialgia

É preciso esclarecer em primeiro lugar que não existe evidencia médica que relacione a fibromialgia com uma doença psiquiátrica.

Alguns autores falam de que cerca de 47% dos pacientes sofrem de ansiedade, mas é preciso considerar também que esta dimensão psicológica pode ser uma resposta da própria dor, da própria doença.

- Segundo um trabalho publicado na revista “Arthritis & Rheumatology” quem sofre de fibromialgia experimenta uma maior hipersensibilidade à estimulação sensorial cotidiana.

- Através de uma ressonância magnética os pesquisadores descobriram que frente a um estímulo visual, tátil, olfativo ou auditivo, as regiões de integração sensorial cerebral sofrem um sobre estímulo maior que o normal.

- As pessoas com fibromialgia têm um maior número de fibras nervosas sensoriais nos seus vasos sanguíneos, de modo que todo estímulo ou mudança de temperatura causa uma dor intensa.

- Algo a considerar é que qualquer fator emocional irá aumentar a sensação de dor nestas fibras nervosas. Uma situação pontual de estresse irá resultar em uma sobrecarga na estimulação e em dor, e a sensação de dor e cansaço crônico pode conduzir o paciente à impotência e inclusive a uma depressão.

- Portanto, caímos em um círculo vicioso no qual uma doença de origem orgânica é aumentada pelo fator psicológico. 

Por isso, vale a pena controlar a dimensão emocional para atenuar ou pelo menos “controlar” a origem etiológica.

Estratégias psicológicas para enfrentar a fibromialgia

- A dor crônica faz parte da nossa realidade social, sendo a fibromialgia (FM) uma das suas principais causas. 

Agora que já temos clareza de que fatores como estresse ou a tristeza irão aumentar a sensação de sofrimento, é importante introduzir algumas estratégias básicas de enfrentamento que podem ajudar.

- Hoje você se levantou, se vestiu e pode sair para a rua. Ninguém mais entenderá as suas conquistas, mas esses pequenos triunfos são importantes para você e devem lhe dar forças: você pode ser mais forte que a sua doença.


5 chaves para obter uma melhor qualidade de vida

Em primeiro lugar é importante considerar que nem sempre as mesmas estratégias servirão para todas as pessoas. 

Você precisa encontrar aquelas estratégias que sejam boas para você de acordo com as suas peculiaridades e necessidades. 

Para isso, experimente e selecione você mesmo aquelas que lhe causam maior alívio.


- Entenda a sua doença. 

Isso implica estar em contato com especialistas, médicos e psicólogos. São necessários tratamentos multidisciplinares e cada um lhe trará todo o conhecimento desta condição para que você “compreenda” o seu inimigo. Desta forma, você estará mais seguro e prevenido.

- Passe a ter uma atitude positiva na sua vida.

 Sabemos que não é simples, mas em vez de reagir frente a dor, é melhor aceitá-la e tratá-la, não se deprimir. Não hesite em conversar com pessoas que sofram o mesmo que você, não se isole, nem guarde rancor daqueles que o rodeiam.

- Procure atividades que lhe permitam enfrentar o estresse e a ansiedade: 

existem técnicas de relaxamento muito adequadas que podem lhe ajudar. A ioga, por sua vez, também pode ser muito benéfica.

- Nunca perca o controle da sua vida, não deixe que a dor domine. 

Para isso, estabeleça momentos de ócio cotidiano por menores que sejam. Saia para caminhar e não evite o contato social.

- Ouça as suas emoções, os seus pensamentos e a sua linguagem. 

O que pensamos e sentimos tem uma influência direta sobre a doença. 

Se você disser frases como “não vou conseguir me levantar”, “isso não tem solução” ou “já não tenho mais forças”, você aumentará o seu sofrimento.

Vire estas frases do avesso e você verá como a sua realidade muda.

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