TRATAR ESCLEROSE MÚLTIPLA COM CÉLULAS-TRONCO É MAIS EFICAZ QUE MEDICAÇÃO...

28/05/2018 

Dos transplantados acompanhados por pesquisa, apenas três (6%) reativaram a doença após o transplante. No outro grupo, tratado com a medicação disponível no País, 33 (60%) –
Transplante de células da medula óssea do próprio paciente também custa menos do que usar medicação

O transplante com células-tronco da medula óssea do próprio paciente para combater a esclerose múltipla é mais eficaz do que a medicação disponível no mercado. Esta é a conclusão de estudo feito por pesquisadores do Brasil, Suécia, Inglaterra e Estados Unidos.

Os resultados foram apresentados em março no encontro anual da European Society for Blood and Marrow Transplantation e publicados na Neurology. uma revista científica de alto impacto. 

“Os resultados comprovam que os transplantes apresentam melhores resultados do que as medicações utilizadas para o tratamento da esclerose múltipla”, afirma a professora Maria Carolina de Oliveira, pesquisadora do Centro de Terapia Celular (CTC) da USP e da Divisão de Imunologia Clínica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP.

De acordo com ela, “parte da pesquisa ainda continua e os pacientes serão acompanhados por mais tempo e novos resultados devem ser apresentados em dois ou três anos. O objetivo é ver como a resposta ao transplante se sustenta em acompanhamento mais prolongado”, explica.

Ao todo, nos quatro países, participaram 110 voluntários, dos quais 55 foram transplantados e 55 receberam tratamento convencional. “Dos transplantados, apenas três (6%) reativaram a doença após o transplante. No outro grupo, tratado com a medicação disponível no País, 33 (60%)”, afirma Maria Carolina.

Professora Maria Carolina de Oliveira 

No entanto, o transplante deve ser aplicado apenas aos pacientes que estejam na fase de surto remissiva da doença. 

“É a fase em que o paciente tem surtos de perda neurológica súbita. Passa a ter dificuldade para andar e mexer os membros. Esses surtos acumulam incapacidades neurológicas e o transplante tem que ser realizado antes que chegue à fase progressiva”, explica.

Para identificar a possibilidade de transplante, os médicos utilizam a escala neurológica EDSS para medir o grau de comprometimento que a doença já provocou no paciente. Se estiver entre 2,5 e 5,5, o paciente pode ser transplantado. Fora desse parâmetro, não. O paciente não pode estar em cadeira de roda ou acamado, situações que acontecem nas fases mais avançadas da doença.

Experiência

O Hospital das Clínicas da FMRP tem experiência de 16 anos em transplante de medula óssea para pacientes com esclerose múltipla. Começou, em 2002, com o professor Júlio Voltarelli. Esses procedimentos não são pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A verba utilizada é de projetos de pesquisas. “Pretendemos, com esses resultados, convencer as autoridades a incluir este tipo de transplante na lista do SUS”, afirma Maria Carolina.
Entre os 90 transplantes realizados no HC-FMRP, “2/3 melhoraram. Sendo que deste total, metade manteve a doença controlada e na outra metade houve progressão ao longo do tempo. Isso porque a maioria desses pacientes foi transplantada na fase tardia, já degenerativa, da doença. O transplante funciona melhor nas fases mais precoces, inflamatórias da doença”, explica.

Custo

O estudo não levantou custos comparativos entre o transplante e a medicação, mas a reportagem apurou que o transplante tem custo estimado de R$ 22 mil, considerando o uso de instrumental e a medicação usada durante o procedimento (não fazem parte deste valor os custos de salários da equipe e internação). Já a medicação tem preço aproximado de R$ 12 mil ao mês.

Um estudo de pesquisadores poloneses, apresentado também no encontro da European Society for Blood and Marrow Transplantation, comparou os gastos médios de 102 pacientes com esclerose múltipla no ano anterior ao transplante àqueles de um ano após o procedimento. A média de gastos anuais caiu de 4.520 euros para 810 euros.


DOENÇA DE CROHN E COLITE ULCEROSA: DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS AUTOIMUNES

As doenças inflamatórias intestinais resultam da inflamação crónica do intestino e podem ser divididas em dois grupos: Doença de Crohn e Colite Ulcerosa...

Ambas são doenças autoimunes e representam um grupo heterogéneo de patologias crónicas, de evolução variável e etiologia desconhecida.

É possível que exista uma tendência genética que, ao interagir com fatores ambientais, desencadeia uma resposta imunológica descontrolada que provoca o processo inflamatório crónico intestinal.

A doença inflamatória intestinal afeta cerca de 7000 a 15000 portugueses e estima-se que a sua incidência ronde os 1,2/10.000 habitantes por ano para a Colite Ulcerosa e 4,7/ 10.000 para a Doença de Crohn.

A faixa etária de maior incidência é entre os 15 e os 30 anos, e entre os 60 e os 80 anos é mais frequente a Doença de Crohn.

A Doença de Crohn afeta qualquer parte da parede do trato gastrointestinal desde a boca até ao ânus e os doentes apresentam sintomas:

Gastrointestinais
Cólica abdominal
Diarreia (podendo ser sanguinolenta)
Obstipação
Náuseas e vómitos
Fissuras anais, incontinência fecal
Úlceras aftosas
Sistémicos
Atraso no crescimento (crianças e adolescentes)
Febre (38,5 °C)
Perda ou ganho de peso
Sintomas Extraintestinais
Eritema nodoso
Fotofobia, Uveitis, Episcleritis
Espondiloartropartia seronegativa
Espondilite anquilosante, Sacroileitis
Trombose Venosa Profunda, Tromboembolismo Pulmonar
Anemia Hemolítica Autoimune
Osteoporose e fraturas ósseas
Sintomas Neurológicos (cefaleias, depressão, neuropatias, miopatias)


A Colite Ulcerosa localiza-se especificamente no cólon e os doentes apresentam sintomas:

Gastrointestinais
Diarreia muco-sanguinolenta
Cólica abdominal
Obstipação/Tenesmo
Sistémicos
Perda de peso
Anemia
Taquicardia
Febre (38ºC-39ºC)
Sintomas Extraintestinais
Úlceras aftosas na boca, lábios, palato e faringe
Iritis, Uveite, Episclerite
Artrite seronegativa
Espondilite Anquilosante
Sacroileite
Eritema nodoso
Pioderma gangrenoso
Trombose Venosa Profunda
Tromboembolismo pulmonar
Colangite Esclerosante Primária
O diagnóstico é realizado com recurso a exames endoscópicos, (endoscopia e colonoscopia), imagiológicos (tomografias e radiografias do intestino) e laboratoriais (análises clínicas sanguíneas e às fezes).

As análises ao sangue revelam a presença de anticorpos nos pacientes com Doença de Crohn, ajudando a distingui-la da Colite Ulcerosa. 

Cerca de 4 a 5 dos doentes com Doenças Inflamatórias Intestinais podem ser diagnosticados apenas pela pesquisa da presença de autoanticorpos no soro.

No que respeita à cultura das fezes, esta inclui a pesquisa de sangue oculto, permitindo detetar a presença de pequenas quantidades devido à irritação dos intestinos e assegura que os sintomas não são causados por uma infeção.

Outra metodologia de diagnóstico é a Biópsia. 

Realiza-se a partir da remoção de uma pequena amostra de tecido do revestimento do intestino e o material é examinado para identificar a presença de sinais de inflamação. É muito útil para confirmar a Doença de Crohn e excluir outras doenças.

Por Maria José Rego de Sousa, Médica, Doutorada em Medicina, Especialista em Patologia Clínica.

FDA AMPLIA APROVAÇÃO DE GILENYA PARA TRATAR ESCLEROSE MÚLTIPLA EM PACIENTES PEDIÁTRICOS...

11 de maio de 2018

Comunicado de imprensa da FDA
A Food and Drug Administration dos EUA aprovou hoje Gilenya (fingolimod) para tratar a esclerose múltipla (EM) recidivante em crianças e adolescentes com 10 anos ou mais. Esta é a primeira aprovação da FDA de um medicamento para tratar a esclerose múltipla em pacientes pediátricos.

"Pela primeira vez, temos um tratamento aprovado pela FDA especificamente para crianças e adolescentes com esclerose múltipla", disse Billy Dunn, MD, diretor da Divisão de Produtos de Neurologia do Centro de Avaliação e Pesquisa de Drogas do FDA. 

A esclerose múltipla pode ter um impacto profundo na vida da criança. Essa aprovação representa um avanço importante e necessário no atendimento de pacientes pediátricos com esclerose múltipla ”.

Gilenya foi aprovado pela primeira vez pela FDA em 2010 para tratar adultos com EM recidivante.

A MS é uma doença autoimune, inflamatória e crônica do sistema nervoso central que interrompe a comunicação entre o cérebro e outras partes do corpo. Está entre as causas mais comuns de incapacidade neurológica em adultos jovens e ocorre mais frequentemente em mulheres do que em homens. Para a maioria das pessoas com EM, episódios de piora da função e aparecimento de novos sintomas, chamados recidivas ou surtos, são inicialmente seguidos por períodos de recuperação (remissões). Com o tempo, a recuperação pode ser incompleta, levando a um declínio progressivo da função e aumento da incapacidade. A maioria das pessoas com EM experimenta seus primeiros sintomas, como problemas de visão ou fraqueza muscular, entre 20 e 40 anos.

Dois a cinco por cento das pessoas com EM têm início dos sintomas antes dos 18 anos e estimativas sugerem que 8.000 a 10.000 crianças e adolescentes na região. EUA tem MS.

O ensaio clínico que avaliou a eficácia do Gilenya no tratamento de doentes pediátricos com EM incluiu 214 doentes avaliados com idades entre os 10 e os 17 anos e comparou o Gilenya com outro fármaco da EM, o interferão beta-1a. No estudo, 86 por cento dos pacientes que receberam Gilenya permaneceram livres de recidiva após 24 meses de tratamento, em comparação com 46 por cento daqueles que receberam interferão beta-1a.

Os efeitos colaterais de Gilenya em participantes de ensaios pediátricos foram semelhantes aos observados em adultos. 

Os efeitos colaterais mais comuns foram cefaléia, elevação das enzimas hepáticas, diarréia, tosse, gripe, sinusite, dor nas costas, dor abdominal e dor nas extremidades.

Gilenya deve ser dispensado de um Guia de Medicação do paciente que descreva informações importantes sobre os usos e riscos do medicamento. 

Riscos sérios incluem lentidão da frequência cardíaca, especialmente após a primeira dose.

 Gilenya pode aumentar o risco de infecções graves. Os pacientes devem ser monitorados quanto à infecção durante o tratamento e por dois meses após a descontinuação do tratamento. Uma infecção cerebral rara que geralmente leva à morte ou deficiência grave, chamada leucoencefalopatia multifocal progressiva (PML) foi relatada em pacientes em tratamento com Gilenya. Os casos de LMP geralmente ocorrem em pacientes com sistema imunológico enfraquecido. Gilenya pode causar problemas de visão. Gilenya pode aumentar o risco de inchaço e estreitamento dos vasos sanguíneos no cérebro (síndrome de encefalopatia reversível posterior). 

Outros riscos graves incluem problemas respiratórios, lesão hepática, aumento da pressão arterial e câncer de pele. Gilenya pode causar danos a um feto em desenvolvimento; As mulheres em idade fértil devem ser avisadas do risco potencial para o feto e usar métodos contraceptivos eficazes.

A FDA concedeu a designação Priority Review and Breakthrough Therapy para essa indicação.

A FDA concedeu a aprovação de Gilenya à Novartis.

A FDA, uma agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, protege a saúde pública garantindo a segurança, a eficácia e a segurança de medicamentos humanos e veterinários, vacinas e outros produtos biológicos para uso humano e dispositivos médicos. A agência também é responsável pela segurança e proteção do suprimento alimentar de nossos países, cosméticos, suplementos dietéticos, produtos que emitem radiação eletrônica e regulam os produtos de tabaco.

FOI USADO TRADUTOR GOOGLE NESTA POSTAGEM...

NÃO DEMORE A TOMAR REMÉDIO PARA TRATAR A ESCLEROSE MÚLTIPLA...

11 de maio de 2018

Quanto mais cedo você começar a tomar medicamentos contra o MS, melhor, diz novas diretrizes...

Para a maioria das pessoas, é melhor usar drogas para a esclerose múltipla (EM) mais cedo do que deixar a doença seguir seu curso, de acordo com as novas diretrizes de tratamento da Academia Americana de Neurologia.

A EM é uma condição inflamatória crônica que afeta o sistema nervoso central. 

Pode causar sintomas como fraqueza muscular, problemas de visão e problemas emocionais, bem como dificuldades de coordenação e raciocínio. MS afeta cerca de 400.000 americanos e é uma das principais causas de incapacidade entre os jovens adultos.

Cedo é melhor que mais tarde

As diretrizes anteriores foram publicadas em 2002. Um novo desenvolvimento desde então é uma pesquisa recente mostrando que o uso de uma droga MS tão cedo quanto possível pode ser melhor do que deixar a doença seguir seu curso, diz Alexander Rae-Grant, MD, principal autor das diretrizes. e um neurologista da Cleveland Clinic. Isso ocorre porque a doença geralmente piora com o tempo.

Danos ao sistema nervoso central como resultado da esclerose múltipla não podem ser desfeitos. Mas uma pesquisa mais recente mostra que as pessoas podem retardar a progressão de sua doença tomando remédios contra MS mais cedo do que tarde, diz o Dr. Rae-Grant.

Novos medicamentos

Também desde 2002, novos medicamentos importantes surgiram, diz o Dr. Rae-Grant.

Essas drogas modificadoras da doença podem alterar ou alterar o curso da EM para os pacientes, ao contrário dos tratamentos que simplesmente gerenciam os sintomas. 

Embora essas drogas não sejam uma cura, elas podem reduzir o número de recaídas que uma pessoa tem e retardar a progressão da doença.

"A orientação anterior que tivemos foi em 2002, e naquela época tínhamos apenas uma pequena variedade de medicamentos para pessoas com esclerose múltipla", diz a Dra. Rae-Grant.

 "Agora temos 17 medicamentos aprovados pela FDA e é muito mais complicado, mas muito mais emocionante, em termos do que podemos fazer para pessoas com esclerose múltipla".

Se isso não funcionar, mude

Outro novo aspecto das diretrizes aconselha a mudança para outro medicamento quando uma pessoa que já está tomando medicamentos para a esclerose múltipla experimenta um retorno da doença.

"Nossas novas diretrizes levam os médicos a tratar as pessoas mais cedo e a monitorá-las com mais cuidado em busca de mudanças em sua condição, para que possamos mudar os remédios conforme eles precisarem", diz Rae-Grant. "Sabemos que não podemos eliminar qualquer lesão que tenha ocorrido no período da doença, por isso, quanto mais pudermos prevenir as coisas, melhor poderemos fazer isso".

A Dra. Rae-Grant disse que é importante para qualquer pessoa com EM conversar com seu médico sobre os riscos e benefícios dos medicamentos MS antes de iniciar um plano de tratamento.

"O cenário de tratamento para pessoas com EM mudou drasticamente na última década", diz ele. "Agora temos uma série de terapias modificadoras da doença para escolher, que podem ajudar a tratar a EM, mudando a forma como a doença afeta as pessoas ao longo do tempo, retardando o processo da doença."

As novas diretrizes aparecem on-line em Neurology , a revista médica da Academia Americana de Neurologia.

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