DEPRESSÃO ATINGE MAIS DE 350 MILHÕES DE PESSOAS EM TODO O MUNDO

23/01/2013

Doença é muitas vezes confundida com tristeza ou falta de interesse.
Estima-se que cerca de 17 milhões de brasileiros sofram deste mal.


Os números são alarmantes. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão atinge 350 milhões de pessoas ao redor do mundo. A OMS prevê que até 2020 a depressão passe a ser a segunda maior causa de incapacidade e perda de qualidade de vida. Estima-se que cerca de 17 milhões de brasileiros tenham a doença.

Especialistas dizem que esses números são semelhantes ao número de casos de hipertensão e infecções respiratórias. Ao contrário dessas doenças, entretanto, muitos não estão preparados para reconhecer e tratar a depressão.

Estudo realizado no Brasil com 157 médicos e mais de seis mil pacientes mostrou que pessoas em tratamento com agomelatina (Valdoxan) retornam mais rápido às atividades sociais e funcionais.

A melhora, que já era percebida pelos pacientes e pelos médicos, foi comprovada através de pesquisa apresentada pelo professor Pedro Lima, psiquiatra e pesquisador da PUC-RS, com duração de 12 semanas. Os dados do estudo observacional "VITAL" foram divulgados durante o XXX Congresso Brasileiro de Psiquiatria, em Natal.

A doença é uma desordem psiquiátrica muito mais frequente do que se imagina. A agomelatina, substância utilizada no Brasil há três anos, é a primeira em uma nova classe de antidepressivos que trata a depressão através da restauração dos ritmos bilógicos.

De acordo com publicação da revista The Lancet, existe uma relação direta entre a depressão e a desregulação dos ritmos biológicos. Foi comprovado que quanto mais alterado o ritmo biológico, mais grave é a depressão.

A depressão tem algumas características que muitas vezes passam despercebidas, não somente por quem sofre da doença mas também por familiares e amigos, podendo ser confundida com tristeza ou falta de interesse. Ficar atento a esses sintomas é importante – afinal, isso possibilita um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz, de acordo com a recomendação dos médicos.

A agomelatina é tão eficaz quanto os antidepressivos tradicionais, com a vantagem de ter uma eficácia rápida no retorno às atividades, proporcionando uma nova vida ao paciente, e sem os mesmos efeitos colaterais.

— É uma nova classe de medicamentos, eficaz e com ação mais localizada — afirma Ricardo Moreno, diretor do Grupo de Estudos de Doenças Afetivas (GRUDA) da USP e Presidente da Associação Brasileira de Transtorno Bipolar (ABTP). 

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