SAIBA MAIS SOBRE EPILEPSIA

Fonte de mitos e preconceitos 30/09/2012

É a doença neurológica mais antiga da qual se tem registro

A Epilepsia é a doença neurológica mais antiga da qual se tem registro. Apesar disso, a falta de conhecimento sobre o problema fez surgir mitos, crenças e preconceitos. Com prevalência de 1 a 2% da população brasileira, a epilepsia é caracterizada por um descompasso elétrico nos circuitos cerebrais. 

Quando queremos mexer uma parte do corpo, como a mão, por exemplo, enviamos uma ordem para o nosso cérebro, que dispara um impulso nervoso. Até chegar na mão, esse impulso viaja pelas ramificações dos neurônios e passa também por estações em que os impulsos dependem de transporte químico (sinapses) para que a informação chegue enfim aos músculos da mão. 

Imagine agora um grupo de neurônios que resolve disparar esses mesmos impulsos sem autorização, provocando movimentos involuntários das mãos. É isso que acontece com os epilépticos. 

Podemos dizer que uma pessoa sobre de epilepsia quando já apresentou mais de uma crise epiléptica não provocada por períodos indeterminados, ou seja, pode ser uma vez ao mês, uma vez ao ano, todo dia. Ouvir o histórico do paciente e o relato das pessoas que presenciaram a crise também ajuda a determinar o diagnóstico. 

Além disso, é preciso certificar-se de que não existe nenhum fator precipitante da crise, seja tóxico, seja provocado por alguma outra doença — explica o neurologista Adriano Campos Vieira, da Santa Casa de Juiz de Fora. 

A Epilepsia pode levar a repercussões sociais dificultando nas relações interpessoais, na inclusão escolar, na conquista e manutenção de um emprego. Essas dificuldades podem acarretar problemas psicológicos como a estigmatização, além de desajustes emocionais como: transtorno de humor, depressão, entre outros — completa o especialista. 

Com tratamento adequado, à base remédios, 90% dos pacientes conseguem se livrar dos acessos epiléticos. Isso significa poder desenvolver suas atividades cotidianas normalmente com a redução ou controle das crises.

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2012/09/saiba-mais-sobre-a-epilepsia-3901959.html

HOMENS QUEREM PASSAR DOS 80 ANOS, MAS NÃO FAZEM CONSULTAS PREVENTIVAS

Pesquisa nos EUA 29/09/2012

Jaleco branco mete medo em homens, diz pesquisa.
Dor prolongada e grave é o principal motivo que faz americanos procurarem o médico

Uma pesquisa com 2 mil homens realizada em junho nos Estados Unidos revelou que a maioria dos entrevistados desejam viver pelo menos até os 80 anos, mas 52% costumam ir ao médico apenas quando há um problema, ou seja, não fazem consultas preventivas nem check-up anuais. 

A pesquisa mostrou também que a dor prolongada e grave é o principal motivo que faz os homens procurarem ajuda médica — vômitos, sangramento ou coceira, por si só, não são razões suficientes, relataram os participantes.

Em relação ao sentimento associado a uma visita ao médico, 46% disseram que ficam nervosos, ansiosos ou com medo. E o maior medo, para 50%, é descobrir que há um problema sério de saúde.

O que está claro a partir dos resultados da pesquisa é que há uma barreira emocional para ir ao médico. É importante encorajarmos os homens a serem mais proativos sobre a saúde — afirma o médico Steven Lamm, da Escola de Medicina da Universidade de Nova Iorque.

Lamm é um dos porta-vozes da campanha Drive for Five, cujo objetivo é educar homens sobre cinco riscos de saúde importantes: colesterol alto, pressão arterial alta, alta taxa de açúcar no sangue, altos índices de antigenio específico da próstata e baixa testosterona.

Tanto a pesquisa quanto a campanha foram promovidas pela rede internacional de laboratórios Abbot. Confira outros dados da pesquisa: 

:: Apenas um a cada três homens se considera "muito bem informado" sobre o impacto da pressão arterial e dos níveis de glicose na saúde .

:: Poucos se dizem "muito bem informados" sobre ingestão calórica, o impacto de uma dieta rica em sódio e as possíveis implicações de níveis altos de antigenio específico da próstata.

:: Mais de um terço dos homens relata que um cônjuge ou alguém importante em sua vida é o motivador mais poderoso em sua decisão de consultar um médico.

:: Homens em relacionamentos são mais propensos a ter um atendimento médico preventivo e vão ao médico pelo menos uma vez por ano para um check-up e são geralmente menos relutantes em agendar seu próprio médico.

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2012/09/homens-querem-passar-dos-80-anos-mas-nao-fazem-consultas-preventivas-3901928.html
 

CAMPANHA ALERTA MULHERES SOBRE DOENÇAS DO CORAÇÃO

Mais fatal para elas 29/09/2012
Uma em cada cinco mulheres acima de 30 anos corre risco de ter problemas cardíacos.
Entidade quer derrubar mito que problema é coisa de homens ou da terceira idade


Hoje, 29 de setembro, é o Dia Mundial do Coração. A data foi criada pela Federação Mundial do Coração (WHF, na sigla em inglês), cuja meta para 2012 é derrubar o mito que doenças cardiovasculares são problema de pessoas mais velhas e homens.

A entidade alerta que mulheres e crianças são afetadas pelo problema em igual medida. Para isso, a entidade lançou, em conjunto com empresas e entidades de classe brasileiras, a campanha O que mais existe por trás do biquíni?
 
No site da campanha, há dados sobre a incidência das doenças cardiovasculares nas mulheres, os principais fatores de risco, dicas de como manter a saúde do coração e um guia para check-up disponível para impressão.

Mulheres morrem mais

De acordo com a Magaly Arrais, chefe do centro cirúrgico do Hospital do Coração, em São Paulo, as doenças cardiovasculares são a primeira causa de mortes entre as brasileiras, superando todos os tipos de câncer juntos.

Uma em cada cinco mulheres acima de 30 anos corre risco de desenvolver problemas relacionados ao coração.

No entanto, embora o índice de mortalidade por infarto seja maior no público feminino, ainda existe a falsa percepção de que os homens são o principal grupo de risco.

Os homens sofrem três vezes mais infartos do que as mulheres, mas nas mulheres o episódio é mais fatal. Várias razões levam a isso, principalmente a demora em identificar o problema cardiovascular entre as mulheres. Quando elas descobrem, a doença já evoluiu — afirma.

Diferença de sintomas

Segundo ela, a obesidade é um dos fatores de risco mais preocupantes, já que o número de brasileiras acima do peso cresceu 64% em 10 anos. Quando a mulher fuma e usa pílula anticoncepcional, os riscos cardiovasculares são triplicados.

Os sintomas de problemas cardíacos nas mulheres geralmente são diferentes dos sintomas nos homens. Quando o homem vai ter um infarto, costuma sentir uma forte dor no peito que irradia para os braços.

Entretanto, nas mulheres também é comum sentir náusea, fraqueza, dores gástricas e falta de ar — sintomas que podem ser confundidos com outras doenças.

Antes do nascimento

Em relação às crianças, o alerta da WHF é para o fato de que a doença cardiovascular pode ter seu início antes do nascimento e se desenvolver durante a infância devido à exposição a fatores de risco relacionados ao estilo de vida, como má alimentação, falta de atividade física e exposição à fumaça de cigarro.

Segundo a entidade, se não forem tomadas medidas para aumentar as atividades saudáveis para o coração, as crianças de hoje terão um maior risco de desenvolver um problema cardiovascular mais tarde.

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2012/09/campanha-alerta-mulheres-sobre-doencas-do-coracao-3901956.html
 

NO EMBALO DO FENÔMENO

29 de setembro de 2012

Ex-craque, que passa por desafio de emagrecer em quadro do Fantástico, evidencia a preocupação dos homens com o aumento de peso – e da barriga

Quem conferiu o quadro Medida Certa do programa Fantástico, no domingo passado, não pode deixar de reparar no tamanho da barriga do ex-jogador de futebol Ronaldo Nazário, que parece estar no auge de sua má forma física. Ostentando 118,4 kg e 1,83cm, o Fenômeno será o alvo das atenções durante os próximos três meses, quando terá que diminuir sua circunferência abdominal de 107cm para 94cm. Sua missão, porém, não será perder só peso: terá que melhorar seus índices de colesterol, mudar hábitos alimentares e voltar a se exercitar – a parte mais difícil, já que o craque confessa que não se exercita mais e costuma se alimentar de forma errada há bastante tempo.

Assim como Nazário, 36 anos, muitos homens em faixa etária similar sofrem com a balança. É o caso de um engenheiro civil de 37 anos, que não quis se identificar.

Nunca tive problemas. Mas agora, noto que com qualquer descuido ganho peso – afirma.

O dentista Angelo Menuci Neto, 40 anos, acredita que o efeito sanfona prejudica sua rotina e está disposto a virar o jogo:

Sempre perdi peso rapidamente, e com a mesma facilidade volto a ganhar. Tenho muitos compromissos profissionais e o trabalho é uma desculpa perfeita para abandonar a atividade física e a dieta. Porém, vi que minha saúde vinha piorando e resolvi buscar ajuda, após várias dietas e mensalidades pagas e não frequentadas de academia.

REPROGRAMANDO O CORPO
Para quem se identifica com casos como estes, a nutricionista Lenice Carvalho afirma que é preciso agir e que a missão não é impossível – sobretudo quando se fala em excesso de peso e não em obesidade:

Sempre é hora para começar ou melhorar os cuidados com a saúde.

O sexo masculino, mais avesso às palavras “dieta” e “balança”, pode ser convencido a uma mudança de hábitos pelo argumento de que, se entrar nos eixos, tem muito menos chances de desenvolver doenças que vão de infarto a AVC até impotência sexual. Além disso, terá como benefício mais disposição e energia.

Os exercícios físicos são o outro pilar da fórmula, que de secreta não tem nada.

Nessa faixa etária, é muito comuns os homens apresentarem a gordura acumulada na região abdominal, a visceral, que é altamente perigosa. Para combatê-la, não há segredo: é preciso sair da inércia e procurar ajuda. Uma avaliação física é o primeiro passo para uma mudança – afirma Christian Krause, 34 anos, educador físico.

Regras para virar o jogo

1) Procure orientação profissional. As chances de qualquer plano dar certo é muito maior – e mais seguro.

2) Vá com calma. Não ache que pode perder 10 kg num só mês.

3) A dobradinha dieta e exercício físico segue sendo a melhor – senão única – forma de emagrecer sem comprometer a saúde. Troque massa gorda por massa magra (músculos). Você vai acelerar seu metabolismo e tonificará seu corpo. Ao simplesmente “fechar a boca”, você não oxida as gorduras e deixa os resultados mais lentos. Sem contar que, flacidez, definitivamente, não é sinônimo de boa forma.

4) A maneira mais rápida de se corrigir o comportamento é ter consciência dele em tempo real, e não depois do ocorrido. Pegue uma imagem exata de seu ponto de partida: pode ser ruim, mas ignorá-la não a mudará.


Dicas nutricionais que muita gente não segue

Beber água entre as refeições (cerca de seis copos por dia).

Evitar alimentos industrializados. Ingerir frutas (café da manhã, lanche da manhã e da tarde) e saladas e legumes variados no almoço e jantar (à vontade).

Evitar gorduras trans e saturadas (alimentos industrializados, carnes gordas, linguiças, sorvetes, frituras, etc).
Ingerir alimentos com gorduras boas como o azeite de oliva, as castanhas, alguns peixes (salmão, sardinhas), abacate, coco em pequenas porções.

Variar os alimentos ao longo do dia.

Exemplo: se comeu pão pela manhã, evite outro farináceo no mesmo dia.

Se já comeu banana no café, leve outra fruta no lanche.

AS DORES DO REUMATISMO

29 de setembro de 2012 
Bursites, tendinites, problemas de coluna, artrose e atrite reumatoide são apenas alguns tipos dessa doença

Os incômodos nos dedos foram os primeiros sinais de que algo não ia bem com a saúde de Nelson Kumai, 63 anos. Porém, as dicas que o corpo dava foram ignoradas durante cerca de um ano.

Foi só depois de fraturar um dos pulsos que o aposentado descobriu ter artrite reumatoide. O diagnóstico, há 11 anos, veio acompanhado por um termo assustador: incurável. Palavra que hoje Kumai prefere substituir por controlável.

A demora no diagnóstico, segundo especialistas, é o principal vilão no tratamento de doenças reumáticas.

A imensa maioria protela (a ida ao médico). Como no começo não é uma dor muito forte, o paciente acaba se automedicando com paliativos. Vai mascarando a doença – avalia Kumai, que atualmente integra a diretoria do Grupo de Apoio aos Pacientes Artríticos de São Paulo (Grupasp).

Conforme o Ministério da Saúde, há mais de uma centena de doenças reumáticas – cada uma com diferentes subtipos. As mais comuns são as bursites, tendinites, problemas de coluna, além de doenças como a artrose, a osteoartrite, a artrite reumatoide, a osteoporose e a fibromialgia. E, ao contrário do que muitos pensam, atingem gente de todas as idades – de crianças a idosos –, em ambos os sexos.

Pensar que reumatismo é “coisa de velho” não é sabedoria popular, mas uma crença que deve ser esclarecida, desmistificada. Os reumatismos podem aparecer na infância ou em pessoas bem idosas – explica o ex-presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia, Fernando Neubarth.

O susto do diagnóstico

Moradora de Pelotas, no sul do Estado, Ângela Marina Macalossi descobriu o problema aos 21 anos. Ela tem espondilite anquilosante, conhecida como a “doença do bambu” por agredir a coluna e, em casos extremos, deixá-la curvada. Mais comum em homens, costuma aparecer em jovens com idades entre 15 e 30 anos. Para ela, foi um susto:

Eu não conseguia levantar da cama. Aos 21 anos, ouvi de um médico que teria de me acostumar com a dor. Tu vês pessoas em estado terminal e não quer isso para tua vida – conta.

Aos 31 anos, a estudante de restauro e especialista em patrimônio cultural vive com mais qualidade de vida. Faz tratamento com medicação biológica (feita a partir de moléculas humanas) e pratica pilates. Admite que aprendeu a conviver com os limites:

A minha profissão de restauro exige um pouco da minha postura. Também tem a repetição de movimentos. Tenho de ser disciplinada. Não posso esquecer da medicação nem deixar a atividade física e os alongamentos.

Como a espondilite é uma doença autoimune (é como se o corpo agredisse o próprio corpo), ela redobra os cuidados durante o inverno.

– A imunidade pode baixar, então um simples resfriado precisa de atenção – atenta a restauradora.

carla.dutra@zerohora.com.br 

*A editora acompanhou o Congresso Anual da Liga Europeia Contra o Reumatismo (Eular), a convite do Abbott, em Berlim (Alemanha)
CARLA DUTRA*



Só lesões e envenenamentos afastam mais do trabalho

Conforme dados do Ministério da Previdência Social, as doenças reumáticas são as que mais afastam funcionários do trabalho no Brasil. Dados de janeiro a março deste ano mostram que, de 511.564 auxílios-doença concedidos pelo governo (com mais de 15 dias de afastamento), 93.703 foram por doenças reumáticas – o correspondente a 18,31%. Só as lesões (como traumatismos) e envenenamentos tiram mais trabalhadores do serviço.

A artrite reumatoide afastou do trabalho Silvana Spinatto Schereshewsky, 54 anos. Ela descobriu a doença depois do parto do filho, há 19 anos. Na época, era professora em escola de educação infantil. As dores, a vermelhidão e o inchaço nos pés, tornozelos e joelhos dificultavam a locomoção. A doença também a fez ser barrada em dois concursos públicos.

Mudei meu ritmo. O que eu levava 15 minutos para fazer, hoje levo duas horas. Mas sempre penso que amanhã vou estar melhor – afirma Silvana.

Diagnosticada logo depois da primeira crise, ela preferiu adiar o começo do uso dos anti-inflamatórios para poder amamentar. Desde então, passou por diferentes tratamentos e, há cerca de três meses, usa o Humira, um dos remédios biológicos disponibilizados pelo SUS, aplicado a cada 15 dias.

A estimativa é de que as doenças dos ossos e das juntas, como a artrite, causem a incapacidade de 4% a 5% da população adulta. A importância do diagnóstico e do tratamento precoces foram abordados durante o Congresso Anual da Liga Europeia Contra o Reumatismo (Eular), neste ano, em Berlim. Quanto mais cedo o diagnóstico, mais chances de retardar a progressão da doença. O reumatologista Fernando Neubarth destaca que há reumatismos que, quando tratados, podem entrar em remissão (não progredir mais):

O problema é que, muitas vezes, deixam sequelas ou deformidades que podem comprometer o bem estar do paciente por toda a vida.

Osteoartrite atinge 15 milhões no Brasil

Somente uma das doenças reumáticas, a osteoartrite (que causa dor nas articulações), atinge 16,5% da população maior de 45 anos e até 65% das pessoas acima de 60 anos

Para lidar melhor com o reumatismo

>
Aceitar a doença.

>
Procurar informações sobre a doença e orientações, se possível, de uma associação ou de um grupo de apoio.

>
Entender que, embora incurável, a doença é controlável.

>
Aderir aos tratamentos e segui-los à risca.

>
Sob orientação médica, usar tratamentos medicamentos que retardem a aceleração da doença.


O valor de compartilhar experiências

Grupos de apoio são apontados por reumatologistas e pacientes como componentes importantes no tratamento de quem sofre com doenças reumáticas. Costumam ser um porto seguro para quem busca informações sobre reabilitação ou para quem se vê obrigado a conviver com uma doença crônica – que, em muitos casos, causa depressão.


Criado há 28 anos, o Grupo de Pacientes Artríticos de Porto Alegre (Grupal) é um dos pioneiros na América Latina. Com 678 associados, ajuda não apenas em questões médicas, mas também burocráticas. A ONG sobrevive com doações de empresas e contribuições de pessoas físicas. Sócios que têm condições financeiras contribuem de forma espontânea.

Começou no consultório de um reumatologista, na sala de espera – diz a gerente-administrativa Roberta Reis.

Atendimento psicológico e de uma nutricionista, pilates, ioga, dança, atividade física direcionada a pacientes de espondilites e de artrites reumatoides estão entre os serviços oferecidos – todos gratuitos. Além disso, o Grupal conta com uma assessoria jurídica que orienta associados sobre a documentação necessária para se conseguir, junto ao governo, medicamentos ofertados pela rede pública.

Foi por sugestão da reumatologista que a acompanha que Ângela Marina Macalossi procurou o grupo. Os anti-inflamatórios não faziam os sintomas cessarem, e a recomendação era mudar a medicação – que custa cerca de R$ 7 mil por mês. No Grupal, ela recebeu orientação sobre como buscar, na Justiça, o direito de receber gratuitamente, pelo SUS, o remédio que necessitava.

Atualmente, não tenho as dores horríveis. Há desconforto e, muitas vezes, cansaço – relata.

O Grupal

> Endereço: Rua dos Andradas, 1.332, 6º andar, centro de Porto Alegre

>
Telefone:
(51) 3028-5646

> E-mail:
contato@grupal.org.br

>
Site:
www.grupal.org.br

Problema atinge mais mulheres
 
O impacto de uma artrite reumatoide (AR) pode ir além das articulações. Dor, depressão e risco de doenças cardiovasculares, em muitos casos, acompanham a doença, conforme destaca Klaus Krüger, do departamento de Reumatologia da Universidade de Munique, na Alemanha. Segundo ele, 1% da população mundial tem AR, e a maioria dos pacientes é diagnosticada entre os
40 e 60 anos. Do total,
70%
são mulheres.



DIREITOS DOS PACIENTES COM DOENÇAS CRÔNICAS

16/05/2009
DIREITOS DOS PACIENTES COM DOENÇAS CRÔNICAS
 
REPORTAGEM ANTIGA,MAS TEM MUITOS QUE NÃO CONHECEM SEUS DIREITOS.


PALESTRA NA CAPITAL ESCLARECERÁ DIFERENÇA ENTRE DISTRAÇÃO E DÉFICIT DE ATENÇAO

Dificuldade de concentração 28/09/2012
Em crianças, é comum a queda no rendimento escolar.
Psicólogo e psiquiatra falarão sobre o problema em evento gratuito na próxima terça-feira.

A distração e o esquecimento podem ocorrer algumas vezes na vida de qualquer pessoa. A questão é quando a falta de atenção se torna rotineira e se estende não só no campo pessoal, mas também nos estudos e na vida profissional. Algumas pessoas têm déficit de atenção e passam a vida toda sem receber o diagnóstico adequado.
Para esclarecer a diferença entre distração ou déficit de atenção, o próximo Encontro com o Concurseiro terá a presença do psicólogo Fernando Elias José e da psiquiatra Maria da Graça de Castro. Gratuito, o evento será na terça-feira, 2 de outubro, a partir das 19h30min, na Livraria Saraiva do Shopping Praia de Belas, em Porto Alegre.
Conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) atinge 4% da população. De acordo com o psicólogo Fernando Elias José, é preciso buscar auxílio cedo e ficar atento aos sinais.
— Nem sempre todas as queixas de distração ou pouca concentração são causadas pelo transtorno. Por isso, casos do déficit de atenção não diagnosticados e tratados, podem trazer sérios prejuízos a curto e longo prazo — destaca.
Em crianças, é comum a queda no rendimento escolar, por causa de desorganização, da falta de paciência para assistir às aulas e estudar. Na fase adulta, o problema pode ser a causa de uma severa baixa autoestima, além de afetar os relacionamentos interpessoais, uma vez que a pessoa tem dificuldades em se ajustar a horários e compromissos.
A psiquiatra Maria da Graça de Castro, explica que 4% da população adulta apresenta TDAH.
— É um transtorno neurobiológico que aparece na infância e acompanha o indivíduo por toda a vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. O tratamento, na maioria das vezes, deve ser uma combinação do uso de medicações e a manutenção de psicoterapia — comenta.
Segundo Maria da Graça, o uso indiscriminado do cloridrato de metilfenidato, estimulante do sistema nervoso central, pode repercutir negativamente na saúde do individuo. Outros aspectos são a idade e a maturidade do paciente, pois a dose deve ser adequada e ajustada de acordo com o perfil de cada paciente. Diferente do que muitos estudantes acreditam, para quem não apresenta o TDAH, a substância não resulta em um aumento da concentração e dá uma falsa sensação de aproveitamento do tempo de estudo.
O projeto Encontro com o Concurseiro foi criado em 2009 pelo psicólogo Fernando Elias José, em parceria com a Livraria Saraiva do Shopping Praia de Belas. São encontros mensais com centenas de pessoas que se preparam para vestibulares, provas e concursos públicos, sempre contando com a presença de convidados das mais diversas áreas, como psiquiatria, nutrição e educação física para falar sobre qualidade de vida e bem-estar na rotina dos estudantes.
Serviço
O quê: Encontro com o Concurseiro — Distração ou Déficit de Atenção?
Quem: psicólogo Fernando Elias José e psiquiatra Maria da Graça de Castro
Quando: terça-feira, 2 de outubro, às 19h30min
Onde: Livraria Saraiva do Praia de Belas Shopping (Av. Praia de Belas, 1181/2º andar)
Quanto: gratuito, por ordem de chegada e com lugares limitados
Informações: (51) 3231-6868


FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2012/09/palestra-na-capital-esclarecera-diferenca-entre-distracao-e-deficit-de-atencao-3899469.html

 

PESQUISA DA UFRGS DESENVOLVE TÉCNICA PARA POSSIBILITAR QUE MULHERES COM CÂNCER TENHAM FILHOS

Depois de curadas 27/09/2012

Hoje é possível criopreservar o gameta feminino, que é fertilizado artificialmente depois.
Criopreservação de tecido ovariano permite também manter as funções fisiológicos ovarianas.



A criopreservação de tecido ovariano é objeto de pesquisa do Departamento de Ciências Morfológicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A técnica pode beneficiar pacientes oncológicas, que muitas vezes ficam impossibilitadas de ter filhos por conta dos efeitos da quimioterapia.

O objetivo do estudo da UFRGS, coordenado pela professora Adriana Bos-Mikich em parceria com o Centro de Pesquisa e Reprodução Humana Nilo Frantz, é garantir não só a possibilidade de a mulher ter um filho biológico, mas também de manter todas as funções ovarianas preservadas após o tratamento.

Hoje é possível criopreservar o gameta feminino, que é fertilizado artificialmente, sendo os embriões resultantes transferidos ao útero da mulher, que está menopausada — explica Adriana.

A infertilidade após o tratamento quimioterápico é causada porque os medicamentos acabam afetando células saudáveis, ao mesmo tempo em que atacam as cancerígenas. A intenção da pesquisadora é permitir que adolescentes e mulheres jovens mantenham as funções fisiológicos da vida reprodutiva, com os ciclos ovarianos normais de mentruação, fertilidade, libido e efeitos na pele e no corpo da mulher de uma maneira geral por um período prolongado de tempo.

Atualmente, o retransplante de tecido ovariano que teve maior período de vida nas pacientes foi de sete anos e permitiu o nascimento de oito bebês sadios e normais de três mulheres previamente tratadas para uma condição oncológica. 

Nosso objetivo é aumentar esse período de viabilidade do tecido para até 10 ou 20 anos. Diferentemente do homem, que renova seus gametas, a mulher já nasce com a reserva ovariana completa, por isso, as células perdidas durante a quimioterapia, por exemplo, não podem mais ser renovadas, daí a importância da criopreservação — esclarece a pesquisadora.

Testes são feitos em bovinos

O primeiro passo da pesquisa foi comparar tecidos criopreservados em cápsulas de metal com tecidos ovarianos frescos. Na comparação morfológica, não foi detectada perda de propriedades do tecido criopreservado. 

O uso de receptáculos metálicos, em vez de plásticos, ainda não tinha sido testado em outros centros de estudo que pesquisam a técnica, esse é um dos diferenciais — comenta Adriana.

A pesquisa também se diferencia por ser realizada em grau clínico, ou seja, de maneira que possa ser utilizada clinicamente tão logo tenha segurança atestada e autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O método ainda passará por mais um estágio. O tecido ovariano será colocado em uma incubadora em uma solução de cultivo por dois dias. Se o tecido permanecer vivo, será implantado posteriormente em uma vaca. Antes do implante, o animal passará por uma quimioterapia, simulando os efeitos do tratamento de câncer. Assim, a pesquisadora poderá verificar se o ciclo ovular da fêmea voltou ao normal após o reimplante do tecido que havia sido criopreservado. 

Segundo Adriana, a vaca é o animal mais indicado para o teste porque tem um ciclo muito parecido com o da mulher, o tamanho e a estrutura do ovário são bem semelhantes ao humano e a vaca é mono-ovulatória. 

Essa etapa será feita em parceria com a USP Pirassununga e deve ser realizada até o fim do ano.

ENTENDA A RELAÇÃO ENTRE DEFICIÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO E SAÚDE

27 de Setembro de 2012 

 

Cerca de 52 milhões de americanos sofrem de algum tipo de deficiência de desenvolvimento, como autismo, paralisia cerebral, retardamento mental, lesão medular, deficiência visual e auditiva, distrofia muscular, depressão e convulsões.
Há também 25 milhões de americanos com deficiência grave.

A maioria destes indivíduos recebe tratamento odontológico em hospitais,estabelecimentos públicos e lares para idosos, mas, no mercado de hoje, podem também procurar a ajuda de cirurgiões dentistas particulares.


Ao prestar assistência odontológica às pessoas com deficiências de desenvolvimento, o dentista deve comunicar-se de maneira efetiva tanto com os pacientes como com as pessoas que cuidam deles.

Deve também estar ciente das limitações causadas pela doença, saber como tratar esses pacientes e procurar tornar o tratamento uma experiência positiva para eles.

A legislação define como deficiente a:
- pessoa portadora de deficiência física ou mental que limita uma ou mais atividades fundamentais.

-
pessoa com histórico de deficiência.

- pessoa considerada como portadora de deficiência.


Essas deficiências são causadas por problemas ocorridos durante os estágios de desenvolvimento, que vão desde o nascimento aos 18 anos.

Esses problemas podem ocorrer antes, durante ou após o nascimento e podem compreender anomalias cromossômicas, paralisia cerebral, autismo e epilepsia.
As deficiências adquiridas provêm de problemas ocorridos após os estágios de desenvolvimento, como, por exemplo, Traumatismo Craniano, Lesão Espinhal, Esclerose Múltipla e Artrite.
O consultório

É importante compreender as implicações da deficiência e, em seguida, discuti-la com o dentista com o objetivo de identificar o que precisa ser feito desde a chegada do paciente ao consultório.

Deve-se avaliar o tratamento para saber se trata-se de uma consulta para exame clínico, profilaxia, restaurações ou extração e se o procedimento pode ser feito no consultório ou terá que ser feito em hospital.

Os procedimentos devem ser discutidos com o paciente, bem como com a pessoa que cuida dele, para instruí-los sobre as formas corretas de, em casa, limpar e remover a placa bacteriana e resíduos alimentares.

Os dentes devem ser escovados duas vezes ao dia, com um creme dental com flúor que contenha ingrediente antibacteriano.

A limpeza interdental deve ser feita pelo menos uma vez por dia para manter a placa bacteriana sob controle e evitar a gengivite.

Dependendo da necessidade do paciente, pode-se recomendar um enxaguante bucal com flúor para reduzir a placa bacteriana e a gengivite, assim como a cárie.

Após a consulta, a pessoa responsável pelo paciente deve discutir essas informações com o dentista e sua equipe.

FONTE:http://saude.terra.com.br/saude-bucal/condicoes-medicas/entenda-a-relacao-entre-deficiencia-de-desenvolvimento-e-saude,6a71324d8670a310VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html

HEPATITE B CAUSA 25% DE DESCARTES DE CÓRNEA NO RS

27 de setembro de 2012  DESPERDÍCIO NA SAÚDE


Apesar das dificuldades na captação do órgão, número de transplantes subiu 25%, contribuindo para reduzir a fila de espera no Estado.

Especialista defende testes mais eficazes durante a triagem para evitar os resultados falso-positivo.

 

O Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos, lembrado hoje, poderia ser marcado pelo fim da espera por córnea não fosse o avanço da hepatite B no país. É o que mostram os levantamentos anuais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) iniciados a partir de 2009 junto aos 44 bancos de olhos que fazem a captação e distribuição de córneas no país.

Em 2010, o Rio Grande do Sul, que está entre os quatro maiores captadores do país, descartou 56% das córneas captadas, totalizando 1.974 unidades. Dos descartes, um em cada quatro foram causados pela hepatite B.

Segundo o Hospital Banco de Olhos de Porto Alegre (HBO), a Central de Transplantes do Estado constatou crescimento de 24,7% nos transplantes de córneas realizados em 2010 em comparação a 2009. Devido ao índice crescente de doações, o hospital gaúcho conseguiu diminuir pela metade a fila de espera, passando de 930 pacientes em 2009 para 465 em 2012.

Um deles, o agricultor aposentado José Itor de Franceschi, 69 anos, passou pela cirurgia ontem, seis meses após ter o olho esquerdo perfurado por um arame em uma plantação na cidade de Novo Cabrais, na Região Central. Como o olho direito já estava comprometido há dois anos por conta de uma alteração de pressão no nervo ótico, o caso de José era considerado de urgência.

Só quando a gente precisa é que a gente se dá conta do valor que tem uma doação – diz Valesca de Franceschi, mulher de José.

O oftalmologista Elcio Sato, membro da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, suspeita que o alto índice de hepatite B entre os doadores de córnea seja porque os exames de sorologia apresentam muitos resultados falso-positivo. Sato diz que isso poderia ser resolvido com testes mais eficazes na triagem das córneas, como o Nucleic Acid Test (NAT), que reduz a “janela imunológica” em relação aos testes de anticorpos.

A maior causa do transplante de córnea é o ceratocone. A doença provoca o afinamento da porção central da córnea. A causa pode ser úlcera, trauma, alergia, doenças hereditárias e uso prolongado de lentes de contato.

*Colaborou Taís Seibt

daniela.santarosa@zerohora.com.br
DANIELA SANTAROSA*


Conheça a doença

A ENFERMIDADE

Hepatite B ataca as células do fígado:

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É transmitida pelo vírus VHB, que tem predileção por infectar os hepatócitos, as células do fígado

- O vírus da hepatite B pode sobreviver ativo no ambiente externo por vários dias

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O período de incubação dura, em média, de um a quatro meses

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Uma pessoa infectada por ele pode desenvolver as seguintes formas da doença: hepatite aguda, hepatite crônica (ou ambas) e hepatite fulminante, uma forma rara da doença que pode ser fatal.

TRANSMISSÃO DO VHB

- Por via perinatal, isto é, da mãe para o feto na gravidez, durante e após o parto

- Por via horizontal, por meio de pequenos ferimentos na pele e nas mucosas

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Pelo uso de drogas injetáveis e por transfusões de sangue

- Por relações sexuais

SINTOMAS

- Náuseas

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Vômitos

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Mal-estar

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Febre

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Fadiga

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Perda de apetite

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Dores abdominais

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Urina escura

- Fezes claras

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Icterícia (cor amarelada na pele e conjuntivas)

- A hepatite aguda pode passar despercebida, porque a doença ou é assintomática, ou os sintomas não chamam a atenção. Em menos de 5% dos casos, o VHB persiste no organismo e a doença torna-se crônica.

COMO SE VACINAR

- Neste ano, o programa de vacinação se estende até a idade de 29 anos, devendo favorecer ainda mais quem está na fila de córnea.

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Quem quiser evitar a contaminação deve comparecer a um posto de saúde e tomar as três doses da vacina.

PARA DOAR A CÓRNEA

- Quem quer doar a córnea precisa deixar a vontade por escrito: é necessário comunicar a família. Só os familiares podem decidir sobre a doação.
 

 

CARTILHA ORIENTA ATENDIMENTO E ESCLARECE DÚVIDAS SOBRE SINDROME DE DOWN

Novas diretrizes 26/09/2012 

Ministro da Saúde lançou diretrizes para qualificar assistência a pacientes com a síndrome no SUS.

 

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lançou as Diretrizes de Atenção à Saúde da Pessoa com Síndrome de Down na manhã desta quarta-feira, no Rio de Janeiro.

O objetivo da cartilha é orientar o atendimento qualificado a portadores da síndrome e seus familiares no Sistema Único de Saúde (SUS). Conforme o Ministério da Saúde, o Brasil tem 300 mil pessoas com Síndrome de Down.

O documento foi construído ao longo de cinco meses com a colaboração de entidade sociais e especialistas. A partir das diretrizes, uma versão simplificada, denominada de Cuidados de Saúde às Pessoas com Síndrome de Down, foi elaborada em parceira com jovens que têm a síndrome. 

A proposta é qualificar e humanizar o atendimento desde os primeiros dias de vida do paciente, alertando sobre as patologias que têm maior prevalência e os principais cuidados para garantir o desenvolvimento saudável. 

No documento, há informações que ajudam o profissional a identificar as características físicas da Síndrome de Down, como pregas palpebrais oblíquas para cima, base nasal plana, face aplanada, protusão lingual, cabelo fino entre outros.

 A análise genética, o cariótipo, complementa o diagnótico. 

Esta é a primeira de uma série de diretrizes de cuidados às pessoas com deficiência que será lançada pelo Ministério da Saúde. 

O documento traz recomendações aos profissionais sobre, por exemplo, como dar a notícia da família de forma humanizada tirando dúvidas, incertezas e inseguranças com relação à saúde da criança e para que a família compreenda a necessidade dos exames e dos procedimentos solicitados.

 Há orientação sobre o diagnóstico clínico e os exames necessários em cada fase da vida.
A cartilha está disponível no site do Ministério da Saúde: http://zhora.co/RYEFFD

CUBA APRESENTA VACINA CONTRA CÂNCER DE PRÓSTATA

25/09/2012

A farmacêutica estatal cubana Labiofam apresentou nesta terça-feira (25), durante congresso na capital Havana, seus novos produtos contra o câncer, entre eles uma vacina e um medicamento terapêutico.

De acordo com a empresa, que tem cerca de 30 vacinas virais e bacterianas entre seus produtos, a nova vacina teria sido testada com sucesso em pacientes com câncer de próstata. 

Além disso, a Labiofam anunciou o lançamento de um produto anticancerígeno, a base do veneno de um escorpião cubano.

Segundo a Labiofam, a vacina contra o câncer de próstata, batizada de Heber Provac, teria sido capaz de melhorar o estado de 56 pacientes ainda não submetidos à radioterapia ou quimioterapia, em dois hospitais de Cuba. 

O medicamento tem como objetivo tratar carcinomas de estágios três e quatro. A estatal espera que no futuro a vacina substitua os tratamentos tradicionais em todo o mundo.

O outro produto, obtido através do veneno do escorpião azul e comercializado como Vidatox, teria propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e anticancerosa.

Segundo os resultados apresentados no congresso, o medicamento melhorou a qualidade de vida de 65 mil pacientes com câncer. "Ao contrário de qualquer outro, o Vidatox atravessa a barreira hemo-encefálica", ressaltou o presidente da Labiofam, José Antonio Fraga Castro.

FONTE:http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2012/09/25/cuba-apresenta-vacina-contra-cancer-de-prostata.htm

ESTUDO COMPROVA EFICÁCIA DA REPOSIÇÃO HORMONAL NO TRATAMENTO DE OBESIDADE EM HOMENS

Hormônio masculino  25/09/2012

No Brasil, 66% da população masculina não conhece a andropausa.

 

 

Homens com deficiência de testosterona que não obtêm sucesso com os tratamentos convencionais para obesidade e que apresentam baixo nível do hormônio masculino podem se beneficiar com a reposição hormonal no controle do peso. É o que afirma uma pesquisa mundial liderada por Farid Saad, da área científica da Bayer Healthcare Pharmaceuticals — matriz Alemanha, e publicada no periódico Current Diabetes Reviews. 

Segundo o estudo, os homens que não tinham quantidades suficientes de testosterona no organismo e fizeram reposição hormonal perderam em média 16 quilos em cinco anos de tratamento, havendo uma redução, aproximadamente, de 107 para 98 centímetros da circunferência abdominal, além da mudança de estilo de vida (dieta e exercícios). 

A obesidade forma um círculo vicioso negativo para a saúde do homem, contribuindo para patologias como a síndrome metabólica, doença cardiovascular, diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial, disfunção endotelial e a própria deficiência de testosterona (hipogonadismo). 

O objetivo é definir cada vez mais, com precisão, o papel da testosterona no tratamento da obesidade e doenças associadas em homem com deficiência do hormônio — aponta Archimedes Nardozza Junior, diretor do Núcleo de Pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia e professor da Unifesp. 

O médico ainda reforça que a reposição hormonal age de forma eficaz na manutenção da massa muscular e na redução da massa de gordura e, assim, no equilíbrio da composição corporal. A regulação dos níveis de testosterona também contribui para a melhora do humor, da energia e reduz a fadiga. 


Queda hormonal


Estima-se que, a partir dos 40 anos, começa o declínio da testosterona a uma taxa média de 1% por ano de vida. A baixa acentuada do hormônio a partir dessa faixa etária é chamada de Distúrbio 

Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM), popularmente conhecido como andropausa.

Aproximadamente 20% dos homens têm níveis de testosterona total abaixo do normal.

De acordo com uma pesquisa comportamental realizada no mês de junho pela Sociedade Brasileira de Urologia, com apoio da Bayer HealthCare Pharmaceuticals, que contou com a participação de 5 mil homens acima de 40 anos nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Recife, Bauru, Belo Horizonte, Goiânia, Porto Alegre e Belém, 66% não sabem o que é andropausa — nome popular do Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (Daem) — , a principal causa de queda de testosterona em homens maduros. A pesquisa mostra que 64% dos homens nunca fizeram um exame para medir os níveis de testosterona. 

De acordo com o endocrinologista João Eduardo Salles, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, a andropausa pode trazer outras complicações para o homem, como a diminuição da libido, disfunção erétil, irritabilidade, sonolência, perda da memória, osteoporose, entre outros. Por isso, a importância dos homens prestarem atenção na saúde e consultarem regularmente um médico. Na pesquisa, foi constatado que 38% dos entrevistados não costumam ir ao médico com frequência. 

Quando perguntados sobre a vida sexual após os 40 anos, 35% dos homens se declararam 100% satisfeitos e 32% se declararam satisfeitos. Apenas 11% afirmaram que a vida sexual poderia ser melhor. No entanto, 48% declararam ter vergonha de falar sobre sexo com parceira e 37% fazem uso de medicamentos para disfunção erétil em suas relações sexuais. 

Para avaliar o paciente, recomenda-se a realização de exames laboratoriais como dosagem de testosterona total, testosterona livre, PSA total, LH, FSH, entre outros, além de um exame físico completo. Caso seja recomendado o tratamento, uma opção para a reposição hormonal é o undecilato de testosterona. 


Números de Porto Alegre


A pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia ouviu 500 homens acima de 40 anos na Capital. Confira os números:


:: 56% costumam ir ao médico, sendo 32% uma vez ao ano e 28% uma vez a cada dois anos. 

:: 69% não tomam remédio de uso contínuo. 

:: 55% não fazem dieta. 

:: 55% não praticam atividade física. 

:: 58% estão acima ou muito acima do peso ideal, 27% estão no peso normal e 14% abaixo do peso. 

:: 73% não sabem o que é andropausa. 

:: 25% apontaram perda de libido e força muscular; 25% perda da força muscular e calvície; 28% obesidade e diabetes; 17% pressão alta e cansaço como sinais do envelhecimento masculino.

:: 50% nunca fizeram exames para detectar os níveis de testosterona, 37% fizeram uma vez e 13% fazem anualmente. 

:: 22% dos gaúchos estão 100% satisfeitos com a vida sexual, 25% estão satisfeitos, 27% responderam mais ou menos e 26% não estão satisfeitos. 

:: 60% têm vergonha de falar sobre sexo com a parceira.

:: 63% não tomam medicamento para disfunção erétil.

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2012/09/estudo-comprova-eficacia-da-reposicao-hormonal-no-tratamento-de-obesidade-em-homens-3895872.html

SUS PASSA A DISTRIBUIR REMÉDIOS PARA DOENÇA PULMONAR CRÔNICA

Medicação gratuita 25/09/2012 

Médicos, no entanto, pedem inclusão de mais uma droga necessária ao tratamento.

 


Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) passarão a receber medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS). Os remédios budesonida, beclometasona, fenoterol, sabutamol, formoterol e salmeterol estarão disponíveis dentro de 180 dias. A decisão foi publicada nesta terça-feira no Diário Oficial da União.

Atualmente, não há remédios para pacientes com DPOC na rede pública de saúde, com exceção de alguns Estados que oferecem medicamentos por conta própria. Serão ofertados também exames diagnósticos, oxigenoterapia domiciliar e vacina contra influenza. 

Além das novas drogas, o ministério está preparando um protocolo clínico para a doença — afirma o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

A equipe responsável pelo protocolo analisa a possibilidade da incorporação de mais uma droga ao tratamento, o tiotrópio.

O professor da Universidade Federal de Ciências da Saúde, Paulo Teixeira, considera essa uma boa notícia, mas entende como fundamental a oferta também do tiotrópio. O remédio, de longa duração, seria indicado para um grupo específico de pacientes. 

Autoridades muitas vezes temem que a incorporação de uma nova droga provoque aumentos elevados nos custos. Mas se ela for prescrita da forma correta, o efeito é justamente o oposto: a redução do número de internações — diz o professor.

O número de mortes causadas pela doença aumentou 12% em cinco anos. Em 2005, foram registradas 33.616 e, em 2010, 37.592. Ano passado, foram 116.707 internações. De acordo com Padilha, estima-se que 5 milhões de pessoas tenham DPOC. 

Como não há nada, é um avanço. Mas não são remédios que indicaria para meus pacientes — comenta o coordenador da Comissão de DPOC da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, Fernando Lundgren.

Segundo Padilha, as próximas doenças que deverão ter novas drogas incorporadas ao tratamento são Esclerose Sistêmica e Síndrome Nefrótica Pulmonar. 

FONTE:http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/bem-estar/noticia/2012/09/sus-passa-a-distribuir-remedios-para-doenca-pulmonar-cronica-3896877.html

ESTUDO PUBLICADO NA REVISTA NATURE RECLASSIFICA CÂNCER DE MAMA EM QUATRO TIPOS

24/09/2012 

Doença é responsável pela morte de 12 mil mulheres ao ano.

 

 


Um estudo publicado no domingo no site da revista Nature reclassifica o câncer de mama em quatro classes principais. Dentro da nova classificação, os pesquisadores encontraram mutações genéticas que podem aproximar o câncer de mama com outros tipos de câncer, como o de ovário. O achado revela uma nova maneira de ver o câncer, que pode passar a ser definido não apenas pelo órgão que ele afeta.

Essas descobertas deverão levar a novos tratamentos com drogas já aprovadas para os casos de câncer em outras partes do corpo, além de novos tratamentos mais precisos no combate a anomalias genéticas que hoje não têm tratamento. O estudo é a primeira análise genética ampla do câncer de mama, que mata 35 mil mulheres ao ano nos Estados Unidos e quase 12 mil no Brasil. 

É a indicação do caminho para uma cura do câncer no futuro — disse Matthew Ellis, da Universidade de Washington, um dos envolvidos na pesquisa.

A pesquisa é parte de um amplo projeto federal americano, o Atlas do Genoma do Câncer, destinado a criar mapas de mudanças genéticas em cânceres comuns. O levantamento sobre o câncer de mama foi baseado numa análise de tumores em 825 pacientes.

A investigação identificou pelo menos 40 alterações genéticas que podem ser atacadas por medicamentos. Muitos já foram desenvolvidos para outros tipos de câncer que têm as mesmas mutações.

Nós agora temos uma boa perspectiva do que está errado no câncer de mama — disse Joe Gray, especialista em genética na Universidade de Ciência e Saúde do Oregon, que não participou do estudo.

A nova classificação divide o câncer de mama nas seguintes classes: HER2 amplificado, Luminal A, Luminal B e basal. Essa divisão foi feita com base em dados antes não disponíveis, que identificaram novos caminhos de atuação do tumor, possibilitando aos pesquisadores novos alvos para combater a doença.

A maior surpresa do estudo envolveu um tipo de câncer atualmente conhecido como triplo negativo, mais frequente em mulheres mais jovens, em negras e em mulheres com genes cancerígenos BRCA1 e BRCA2. Segundo os pesquisadores, os distúrbios genéticos tornam esse tipo de câncer mais similar ao do ovário do que outros cânceres de mama. Suas células também se assemelham às células escamosas do câncer de pulmão.

O estudo dá uma razão biológica para se tentar os tratamentos de rotina para câncer de ovário neste tipo de câncer de mama. E uma classe comum de drogas usadas no câncer de mama, das antraciclinas, podem ser descartadas, já que não ajudaram muito no câncer ovariano.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

FAZER XIXI DEMAIS OU DE MENOS PODE REVELAR DOENÇAS

Bexiga cheia 23/09/2012

Volume e cor da urina podem apontar para diagnósticos de infecção renal, pedras nos rins, tumores, e até mesmo diabetes.


A análise da frequência, volume e cor da urina do paciente pode apontar para diagnóstico de diversas doenças nefrológicas. 

Isso inclui desde infecção e pedras nos rins até a presença de tumores, falência dos rins e, inclusive, diabetes — quanto o doente sente uma espécie de urgência urinária. Mas como saber se você está fazendo xixi demais ou de menos? 

De acordo com o médico Paulo Campana, patologista do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), em São Paulo, problemas relacionados ao trato urinário geralmente apresentam sintomas em estágio avançado. Adultos saudáveis urinam entre quatro e seis vezes ao dia, sendo que o volume pode variar de 700 ml a dois litros. 

Quando um paciente elimina um volume de urina superior a dois litros por dia é necessário checar se ele está ingerindo, proporcionalmente, muito líquido ou se está fazendo uso de diuréticos — comenta o médico.

Conforme Campana, o álcool e a cafeína também podem ter ação diurética.

Outra possibilidade é acusar uma taxa elevada de açúcar no sangue, indicando o diabetes. Em alguns casos, a pessoa pode estar com a bexiga pressionada ou irritada.

O diagnóstico mais comum, até para os casos de urinar pouco, é de infecção urinária. 

Em casos mais raros, também pode indicar um tumor. Daí a importância de fazer os exames necessários para obter um diagnóstico detalhado e assegurar um tratamento adequado recomenda Campana. 

Para o especialista, essa avaliação mais criteriosa do paciente contribuirá para um diagnóstico preciso. Alguns pacientes com doença renal crônica apresentam sintomas não específicos, como perda de apetite, sensação de cansaço, náuseas e até mesmo coceira generalizada.

Outros sintomas já são mais assertivos, como dor nos flancos, inchaço das pernas e pés, ou ainda problemas urinários.

COLESTEROL, NÃO VACILE NA COMIDA

15 de setembro de 2012

Entenda qual a influência do colesterol no organismo e como controlar seus índices com hábitos corretos

 

Infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC). Dois dos mais temidos infortúnios que podem ocorrer com qualquer pessoa ocorrem em função de uma obstrução de uma artéria ou uma veia, provocada por uma criação do próprio corpo: o colesterol. Mas há quem não saiba que, sem ele, seria impossível sobreviver.

Embora haja os tipos “bom” e “ruim” de colesterol, ambos são necessários para produzir desde membranas celulares até hormônios. A diferença entre eles é que um é o “entupidor” e outro “desentupidor”. O ruim, em excesso, forma placas de gordura que podem “congestionar” o sistema circulatório. Enquanto o bom consegue dominar o mau e transportá-lo até o fígado, onde é eliminado.

Aquela frase famosa “meu colesterol está alto” se refere, portanto, ao ruim. A conta é simples: o mau precisa estar em níveis baixos, e o bom em índices altos.

Mas como convencer o organismo a manter esse balanço? Pela alimentação e pela atividade física. Muitas gorduras ou doces podem aumentar o colesterol ruim. No entanto, “nossas células precisam de gordura, mas não precisam de fritura”, salienta a nutricionista e mestre em Ciências Nefrológicas pela Universidade Federal de São Paulo (USP) Hevoise Papini. Segundo ela, a gordura que os alimentos naturais contêm, e que não pode ser vista, é o que o corpo demanda:

A natureza não colocou nenhum alimento ruim, portanto o ideal é ingerirmos o alimento mais próximo da forma natural. É preciso equilibrar as doses e ter cuidado com comidas manipuladas.

Evitar o exagero de delícias como batatas fritas, bife à parmegiana ou sorvete é um bom passo. Todos esses alimentos são compreendidos pelo organismo como estimulantes do colesterol ruim. Já para encorajar o bom, muitos exercícios aeróbicos. É preciso caminhar, correr ou andar de bicicleta, por exemplo.

Essas atividades aumentam o consumo de oxigênio e estimulam o organismo a fabricar enzimas que destroem o colesterol ruim e estimulam o bom. Mas deve-se praticar no mínimo três vezes por semana durante 30 minutos – avalia o cardiologista Carlos Cereser.

Genética é fator determinante

Então todo mundo que tiver uma vida saudável estará livre dos problemas do colesterol? Não necessariamente. A alimentação é responsável por cerca de 30% dos fatores determinantes das doses do lipídio no corpo, de acordo com Hevoise. O restante é determinado pela genética. Cereser diz que a maior parte dos casos que chegam ao consultório tem a ver com uma dieta inadequada. Há outros agravantes, como estar acima do peso ou ser fumante.

O cigarro estimula a liberação de substâncias que ajudam o colesterol a se ligar mais facilmente aos vasos sanguíneos – observa o cardiologista do Instituto de Cardiologia Miriana Basso Gomes.


De olho nos números

Para medir o colesterol bom e ruim,é importante ir ao médico e pedir uma prescrição de exame feito em laboratório.

Para o teste, é preciso estar de 12 a 14 horas em jejum e não ter ingerido bebida alcóolica há pelo menos três dias.

Saiba se você está de acordo com os Cientistas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) descobriram que a erva-mate pode diminuir o colesterol ruim. O estudo apontou que pessoas que consomem um litro diário de chimarrão ou chá mate, durante 40, 60 ou 90 dias, podem reduzir em média de 10 a 15 mg/dL o colesterol ruim.

Isso sugere que esses indivíduos poderão ter redução do risco para desenvolver doenças cardiovasculares também da ordem de 10 a 15% – comemora o coordenador da pesquisa, o doutor em
Farmácia e Análises Clínicas Edson Luiz da Silva.

Os examinados tiveram que tomar a bebida durante ou pouco antes do horário das principais refeições do dia.

Pois, assim, as propriedades  do líquido serviriam como uma espécie de barreira ao colesterol ingerido através dos alimentos.

Outro motivo do sucesso é que o líquido diminui “a síntese do colesterol no fígado”, explica Silva.

De olho nos números

Erva-mate, uma aliada

LDL (colesterol “ruim”):

> Oficialmente, menos de 160 se você não apresentar risco, menos de 100 se tiver risco alto e menos de 70 se tem diabetes ou já sofreu infarto ou AVC. O ideal é ter como meta um nível abaixo de 100, sobretudo para fumantes, para quem tem pressão alta ou apresenta fatores de risco como sinais de placa de gordura nos vasos ou diabetes.

HDL (colesterol “bom”):

> Mais de 50 para mulheres e mais de 40 para homens


Abrindo mão da churrascada

Olírio Bernardes Corrêa, 57 anos, até o ano passado, tinha três fatores de risco: histórico familiar, tabagismo e despreocupação com a alimentação. Filho de mãe com problemas cardíacos, ele abusava das churrascadas no final de semana e das frituras na mesa. Um domingo acordou se sentindo mal e foi parar no hospital.

Depois de um infarto “por causa do colesterol alto”, como conta, e um cateter no coração, mudou radicalmente o que coloca no prato e os hábitos. Largou o cigarro, caminha todos os dias e dá “graças a Deus por não ter tido sequela alguma”. Sorte que Corrêa agradece, pois as doenças cardiovasculares são as principais causas de mortalidade no Brasil.


A DIFÍCIL TAREFA DE DRIBLAR A CANTINA

Embora o colesterol ruim alto seja mais comum em adultos, crianças também podem desenvolvê-lo. As causas são as mesmas de gente grande: alimentação inadequada, sedentarismo, estresse e genética. Aos 10 anos, Jordano Henrique Gonçalves da Silva foi diagnosticado com níveis altos do lipídio. A mãe Maria Isabel, 45 anos, procurou um médico para o filho ao vê-lo ganhar peso. O motivo era óbvio – desde os seis, quando Maria começou a estudar à noite, ele comia congelados e fast-food no jantar. Hoje, dois anos depois da descoberta, eles tentam contornar com uma alimentação mais adequada, mas as tentações estão por toda parte: 

Às vezes, na cantina da escola, não tem nada saudável, daí ele acaba comendo um enroladinho de salsicha. E as pessoas também não entendem que um menino possa ter colesterol alto e ficam oferecendo doces, besteiras. É um boicote sem querer, que é difícil para ele – resume a assistente administrativa.

Como geralmente não há sintomas – a conscientização se torna mais penosa ainda. O tratamento, segundo o cardiologista Carlos do Amaral Ferreira, representante da Sociedade Brasileira de Cardiologia no Rio Grande do Sul, pode envolver até medicamentos, caso, após seis meses na mudança de estilo de vida não haja modificação nos resultados de exames.

 

 

Alimentos do bem

A nutricionista e secretária-geral da Associação Gaúcha de Nutrição (Agan), Claudia Martins Mallmann, preparou uma lista com as comidas mais indicadas para quem quer baixar os níveis de colesterol ruim. Confira:

> Alimentos ricos em fibras, pois diminuem a absorção de gorduras, se forem ingeridas na mesma refeição.

Exemplos: cereais integrais, farelo de arroz, de trigo, de soja e de aveia, raízes e hortaliças, frutas cítricas, maçã, aveia e cevada.

> Alimentos ricos em ômega-3, porque aumentam o colesterol bom.

Exemplos: peixes como cavala, cavalinha, arenque, atum, salmão, truta, bacalhau, sardinha, linguado, viola, lagosta e mariscos; vegetais como nozes, semente de chia, grão de soja, semente de linhaça, vegetais folhosos, germe de trigo.

>
Alimentos ricos em fito estrógenos, já que melhoram o perfil lipídico.

Exemplos:
erva-doce, tofú, soja hidrolisada, trigo integral (tabule, quibe, pão integral), semente de linhaça, lúpulo, amendoim, alface, uva vermelha, sálvia e manjerona.


Alimentos que devem ser evitados

Gorduras saturadas e trans-saturadas. Coma com moderação frituras, maionese, carne vermelha, manteiga, margarinas duras, gordura vegetal hidrogenada, bolacha recheada, vísceras (fígado), torresmo, gorduras animais, azeite de dendê, embutidos (salsicha, linguiças, patê), comidas processadas, hambúrguer, queijos amarelos, sorvetes, chocolates e doces com creme de leite ou leite condensado.