VACINAÇÃO EM MASSA CONTRA A GRIPE H1N1,POR Pedro Simon

14 de julho de 2012 


Aumentou no país a incidência da gripe influenza A (H1N1), a gripe suína, em níveis que configuram quase uma epidemia. Nestes seis meses de 2012, o número de óbitos registrados até agora, de aproximadamente 120, foi quatro vezes maior do que o verificado no ano anterior. O Rio Grande do Sul está entre os Estados mais atingidos, junto com Santa Catarina e o Paraná.

Um exemplo da gravidade da situação é a fila de cerca de 5 mil pessoas em busca de imunização, formada na manhã do dia 11 de julho passado, em Santa Rosa, na Região Noroeste. Se levarmos em conta que a população total do município é de 68 mil pessoas, conforme dados de 2010 do IBGE, teremos uma ideia da real dimensão do problema. Projetando esses números, teríamos uma fila imaginária de quase 1 milhão de pessoas num Estado com cerca de 10 milhões de habitantes.

É louvável o esforço do governo federal, em especial do Ministério da Saúde, com a vacinação da população como forma de prevenção eficaz para diversos tipos de enfermidades. Os números referentes a tais mobilizações são eloquentes: um público-alvo de milhões de pessoas, envolvendo grande parte da população; além de recursos imensos despendidos a cada ano para a vacinação de homens, mulheres e crianças por todo o país para evitar doenças como tuberculose, sarampo, poliomelite, rubéola, febre amarela e hepatite B, entre outras. Esse cuidado tem produzido grandes resultados, sendo que a varíola já está erradicada do nosso território.

Não obstante tal cuidado, é prudente as autoridades sanitárias dispensarem maior atenção à gripe H1N1. Têm sido constantes as solicitações, dirigidas à União, dos governos de diversos Estados de novos e urgentes lotes de vacina para a prevenção, enquanto as escolas, por conta própria, já antecipam as férias dos alunos para reduzir as oportunidades de contágio.

Diante dessa situação e avaliando o drama que vive a população diante de uma enfermidade que avança – no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1,2 bilhão de pessoas estão suscetíveis, com elevado risco de contaminação –, duas medidas urgentes se impõem: a vacinação em massa da população, sem diferenciação por grupos mais suscetíveis; e uma campanha permanente de mobilização e conscientização nos veículos de comunicação.

*Senador (PMDB-RS)

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