PREVENINDO A CISTITE

21 de julho de 2012


Medicação, hidratação e higienização adequada são fundamentais.


Infecção urinária – ou cistite, como também é chamada – está entre as doenças mais comuns, sobretudo entre as mulheres. No mundo todo, ocorrem cerca de 150 milhões de infecções urinárias por ano, o que representa, somente nos Estados Unidos, um gasto direto aproximado de US$ 6 bilhões. O principal responsável por essas infecções é uma bactéria chamada Escherichia coli, representando entre 70% e 90% dos casos.

A maior parte das infecções urinárias sintomáticas envolve mulheres jovens. Cerca de um a dois quintos delas terão cistite em algum momento durante a vida e 20% terão as chamadas infecções recorrentes. A colonização excessiva da mucosa vaginal e da região genital parece ser um pré-requisito necessário para as cistites causadas pela E. coli. Trata-se de uma bactéria que faz parte da flora normal da pele e das mucosas, por isso haveria uma predisposição para que ela se tornasse patogênica, ou seja, causadora de doença, no caso, a cistite.

As mulheres que apresentaram uma taxa de mais de duas infecções por ano ao longo dos anos têm grande probabilidade de continuarem a ter infecções recorrentes. Embora os episódios isolados de infecção possam ser tratados com o uso de antibióticos adequados em tratamentos de curta duração, algumas mulheres podem apresentar reinfecções em intervalos frequentes e, nesses casos, pode ser preferível a profilaxia, ou seja, tratar-se antecipadamente por um período pré-definido.

Medicamento de dose única

Na última década, agentes antibióticos como sulfametoxazol-trimetoprim, nitrofurantoína e quinolonas provaram-se eficientes no tratamento profilático de longa duração das cistites recorrentes. Entretanto, a emergência de cepas de bactérias urinárias resistentes a estas drogas representa uma preocupação.

A recomendação da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo é a utilização de Fosfomicina Tromental no tratamento. Estudos concluíram que, por ser ministrado em única dose, a droga apresenta menor resistência bacteriana.


Como descobrir a doença?


O exame de urina é útil no diagnóstico de mulheres com suspeita de cistite sem quadro clínico típico. Porém, o resultado negativo não exclui a possibilidade de infecção, sendo indicada urocultura. Abaixo, algumas das principais dúvidas sobre o problema.

O uso indiscriminado de antibióticos pode dificultar tratamentos futuros?

Sim. A escolha do tipo de medicação e o tempo em que será utilizada deve ser orientada pelo médico, pois pode deixar as bactérias mais resistentes.

As cistites sempre são causadas por bactérias?

Não. Os sintomas encontrados na cistite bacteriana podem estar associados a outras doenças.

Roupa íntima causa cistite?

Depende. Roupas muito justas, ou que dificultem a transpiração da região vaginal podem favorecer a proliferação bacteriana e colonização da bexiga. Algumas mulheres têm o hábito de usar diariamente absorvente vaginal, que também pode favorecer a ocorrência de cistites.



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