PESQUISAS COM CÉLULAS-TRONCO PODE AJUDAR NO CONTROLE DA HIPENTERSÃO EM MG

30/07/2012

  
Células-tronco podem ajudar no combate à hipertensão.
Professor de universidade em Uberaba desenvolve trabalho há sete anos.
Na cidade existem 30 mil hipertensos cadastrados, segundo secretaria. 

Em Uberaba, no Triângulo Mineiro, uma pesquisa desenvolvida com células-tronco cardíacas pode ter como resultado um medicamento para ajudar no combate à hipertensão. O professor de Fisiologia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Valdo José da silva, desenvolve o trabalho há sete anos. "Nós temos dados preliminares que mostram que células-tronco cardíacas do hipertenso são numericamente reduzidas e provavelmente a função delas também deve estar alterada. E isso deve ter algum impacto no desenvolvimento da hipertrofia cardíaca, que é muito comum no paciente hipertenso", explicou o professor.

Os primeiros testes já foram feitos em ratos e camundongos. Nos ratos hipertensos uma única injeção de um concentrado de células-tronco fez a pressão arterial apresentar uma queda de 20 a 30 milímetros de mercúrio por um período de até 15 dias. "Um dia na vida do rato corresponde a mais de um mês na vida do homem. Seriam 15 meses, ou seja, uma única injeção dessas células no ser humano vai fazer a pressão cair durante mais de um ano", concluiu Valdo. O estudo foi aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e receberá R$ 24 mil. O recurso será aplicado em novos testes em animais.


Em Uberaba, segundo dados da Secretaria de Saúde, existem 30 mil hipertensos cadastrados. O número de pessoas com a doença pode ser maior, já que nem todos procuram o serviço municipal de assistência conhecido como Hiperdia. Para se cadastrar no programa Hiperdia basta procurar uma unidade básica de saúde levando comprovante de endereço, cartão do Sistema Único de Saúde (SUS), documentos pessoais e se informar sobre os dias de atendimento aos grupos participantes.

A dona de casa Adriana dos reis descobriu que estava com hipertensão há pouco mais de um ano. "Eu sentia muita dor de cabeça e nos braços, às vezes o braço adormecia muito. Fui ao cardiologista e descobri que estava com a pressão bem alta", contou.

Para conviver com a doença e evitar sustos ela faz um controle minucioso. São três medicamentos diários, além da aferição com equipamento próprio. E a notícia da pesquisa com células-tronco reforça a esperança para enfrentar a doença. "Seria muito bom mesmo porque a gente tem que tomar remédio para o resto da vida e é difícil", disse Adriana.


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