MAMOGRAFIA,ALARME FALSO

09 de junho de 2012

80% dos nódulos que aparecem em mamografias não têm a ver com câncer.

Muitas mulheres perdem o controle quando abrem o exame de mamografia e dão conta da presença de um nódulo. Mas, de acordo com a American Cancer Society, cerca de 80% das alterações submetidas à biópsia por agulha (mamotomia) são consideradas benignas. Guiada por ultrassom ou estereotaxia (mamografia), a biópsia percutânea resulta na remoção de uma amostra do tecido para que seja realizado um exame histológico, que apontará se as alterações celulares são benignas ou malignas.

Para este ano, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer, estão previstos no Brasil 52 novos casos de câncer de mama para cada grupo de 100 mil mulheres. Nas regiões Sudeste e Sul, a incidência da doença é maior: 69/100 mil e 65/100 mil, respectivamente. De acordo com Vivian Schivartche, radiologista especialista em diagnósticos de câncer de mama, o rastreamento mamográfico começa aos 40 anos, mas as mulheres podem notar o aparecimento de um nódulo no seio em qualquer idade.

Somente 20% dos nódulos diagnosticados por métodos de imagem são associados a tumores malignos. Mesmo nesses casos, as chances de cura são promissoras. Hoje em dia, as pacientes contam com recursos diagnósticos de ponta. Durante a mamotomia, é feita a biópsia de nódulos de até 1,5cm ou calcificações muito pequenas agrupadas nas mamas. O procedimento, que é guiado pela estereotaxia (mamografia), ultrassom, ou por ressonância magnética, é realizado em clínica ou ambulatório, dispensa internação, faz uso de anestesia local – sendo indolor – e praticamente não deixa nenhuma cicatriz.

De acordo com a radiologista, até poucos anos atrás, a mulher era submetida a um procedimento cirúrgico para retirar a lesão e analisar se o nódulo era benigno ou maligno. A paciente permanecia internada por dois ou três dias e ainda ficava com cicatriz. Com as novas técnicas, além do diagnóstico mais preciso, as pacientes não ficam com marcas – nem físicas, nem emocionais.

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