ESTUDO REVELA QUE 30% DOS ASMÁTICOS CORREM O RISCO DE ATAQUE FATAL

Falta de ar 21/06/2012 


Doença causa 2,5 mil mortes por ano no Brasil.
Encapar colchões e travesseiros é uma das formas de evitar crises de asma.


O primeiro dia de inverno é também o Dia Nacional de Controle da Asma. Em 2011, 177,8 mil pessoas foram internadas através do Sistema Único de Saúde (SUS) em decorrência de complicações da doença, sendo 77,1 mil crianças. Um estudo realizado pelo Instituto de Asma UK, da Grã-Bretanha, revelou que um terço das pessoas que sofrem de asma correm o risco de sofrer um ataque fatal.

Caracterizada por uma inflamação nas vias aéreas, a asma acomete geralmente os brônquios e bronquíolos, dificultando a respiração. Os principais sintomas estão ligados a falta de ar, chiado e aperto no peito, além de cansaço e tosse seca.

No inverno aumentam os casos de problemas respiratórios, em especial a asma. O tempo seco, partículas de fumaça, gases irritantes, substâncias químicas potenciais existentes na atmosfera agravam as crises — destaca o pneumologista do Hospital do Coração, Carlos Carvalho.

A pesquisa realizada na Grã-Bretanha foi online e abrangeu 25 mil pessoas, tendo como objetivo avaliar a gravidade da asma em diferentes pacientes para tentar determinar os riscos de morte associados ao problema na região. Antes de passar pelo teste, menos da metade dos pacientes com asma reconheciam esse risco.

De acordo com os pesquisadores, cerca de 75% das internações de emergência relacionadas a asma poderiam ser evitadas se houvesse um melhor gerenciamento da doença. Mais da metade dos pacientes pesquisados (55%) não acredita estar sob risco sério, embora o estudo revele que 93% deles poderiam ter um ataque fatal. No Brasil, o mal é responsável por pelo menos 2,5 mil mortes ao ano.

Nossa realidade não é diferente e são poucos os que realmente conhecem os riscos da asma. A doença não tem cura, porém se controlada com acompanhamento médico, o paciente pode ter uma vida normal com remédios anti-inflamatórios e broncodilatadores, que promovem a dilatação dos brônquios — explica Carvalho.

O estudo conclui que os sintomas podem ser diferentes de acordo com cada paciente, sendo que aqueles que se internaram nos últimos seis meses têm mais chances de sofrer um ataque grave. 

Pacientes que precisam utilizar inaladores cinco ou mais vezes ao dia ou que tomaram medicamentos com base em esteroides nos últimos seis meses também foram classificados como pacientes de alto risco.


Como evitar ataques de asma no inverno


:: Encapar colchões e travesseiros

:: Lavar semanalmente as roupas de cama

:: Retirar cortinas, tapetes e carpetes

:: Evitar contato com animais domésticos

:: Promover a ventilação do ambiente

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